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terça-feira, 13 de junho de 2017

CONHEÇA AS VACINAS PARA DOENÇAS TÍPICAS DE INVERNO E PREVINA-SE



As doenças respiratórias são as enfermidades que mais acometem a população nesta época do ano, dentre elas destacam-se a gripe, pneumonia e asma


Com a chegada do inverno, aumenta a incidência de algumas doenças típicas dessa época do ano, entre elas as disfunções respiratórias como a gripe e a pneumonia. Acontece que ambas podem ser causadas por vírus, bactérias ou até mesmo fungos que se disseminam com facilidade durante os dias mais frios, quando as pessoas tendem a ficar mais aglomeradas e em ambientes fechados, com pouca ventilação.

De acordo com a pediatra, alergista e imunologista da rede de centros médicos dr.consulta, Thamyres Lourenço, a gripe é causada pelo vírus influenza, existente em mais de 100 subtipos, diferente dos resfriados, que são menos graves e causados por outros vírus e sem a possibilidade de prevenção com vacinas. Já a pneumonia, na maioria dos casos, é causada por bactérias, especialmente Streptococcus pneumoniae (também conhecido como pneumococo), mas também pode ser contraída por  vírus e fungos, além de comumente ser resultado de complicações da gripe.

Prevenção e vacinas

Existem três tipos principais de vacinas indicadas para doenças respiratórias como gripe e pneumonia: 

• A vacina contra a gripe, que reduz a possibilidade de contrair os vírus que estão em circulação e os casos mais graves da doença. 

• Vacina contra Haemophilus influenza tipo B (Hib), que previne contra pneumonias - principalmente em crianças.

 • Vacina antipneumocócica, que previne contra a pneumonia e a meningite (do tipo causado pela bactéria Streptococcus pneumoniae).
 
Periodicidade

• É indicado que a vacina da gripe seja aplicada anualmente. Vale ressaltar que a vacinação anual é inativada, ou seja, não é capaz de causar a gripe, e confere proteção contra o vírus que circulou com maior prevalência no ano anterior e outros dois de maior importância clínica para prevenção.

 • Já no caso da antipneumocócica, o mais indicado é que as pessoas que apresentam predisposição a infecções pneumocócicas, principalmente as formas graves, recebam uma nova dose a cada cinco anos, ou quando necessário.

• No caso das crianças, é muito importante que elas recebam todas as vacinas do calendário vacinal nas datas corretas. E, em caso de dúvidas, consulte o pediatra.

Atenção redobrada aos grupos de risco e recomendações

As vacinas de gripe são muito seguras e recomendadas a toda a população. Existem alguns grupos de risco que devem ser priorizados na hora da imunização. São eles:
         Mulheres que tiveram filhos nos últimos 45 dias
         Crianças de seis meses a cinco anos
         Pessoas com mais de 60 anos
         Pessoas com condições médicas crônicas, tais como diabetes, asma, hipertensão, insuficiência renal, hepática etc
         Profissionais da área da saúde 
         Gestantes

Recentemente, também foram incluídos ao grupo de risco professores da rede pública e privada, trabalhadores de sistema prisional, prisioneiros e adolescentes que estão sob medidas socioeducativas. 

As vacinas são contraindicadas somente para pacientes que apresentarem reações alérgicas graves a qualquer componente da vacina. Também é recomendado que pessoas que estejam doentes e com febre aguardem, pelo menos, 48 horas depois do último episódio febril para receber a vacina.

Ainda de acordo com a especialista da rede de centros médicos do dr.consulta, alguns sintomas podem aparecer após a vacinação. “Dor, inchaço e vermelhidão no local da aplicação, além de sintomas gerais como febre, irritabilidade, cefaleia, dor no corpo, sonolência e perda de apetite”, afirma.
 
Por fim, ela faz um alerta sobre a automedicação. ”O Brasil é o país onde as pessoas consomem a maior quantidade de medicamentos sem o auxílio de um profissional em todo o mundo, no entanto o sucesso de muitos tratamentos depende de um diagnóstico precoce e adequado”, diz. Por isso, toda vez que um sintoma inexplicado surgir, consulte o médico
.




dr.consulta


Depressão: saiba mais sobre essa doença incapacitante



 Problema de saúde pode acabar com a vontade de viver, mas tem tratamento e cura em muitos casos


De vez em quando é normal ficar desanimado ou triste. Mas quando a tristeza se intensifica e atrapalha as atividades do dia a dia pode ser um transtorno cerebral bastante conhecido: a depressão. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 322 milhões de pessoas no mundo sofrem desse mal. No nosso país, estima-se que esse número chegue a 11,5 milhões de brasileiros. Em 2020, a depressão será a doença que mais impactará as pessoas.

 “O diagnóstico precoce é importante para que o tratamento ocorra o quanto antes. Infelizmente, muitas pessoas levam anos para procurar um especialista e sofrem com os sintomas que podem ser incapacitantes”, explica Rafael Brandes Lourenço, especialista em psicogeriatria pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e psiquiatra pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Os sintomas variam bastante, mas os principais são: tristeza, perda de prazer e interesse por atividades que gostava, falta de disposição, alterações no sono, sentimentos de desesperança, falta de libido, mudanças no apetite, pensamentos relacionados à morte e até tentativa de suicídio. “Na consulta com um psiquiatra, o paciente e seus familiares conversarão sobre os sintomas que vêm ocorrendo. O médico investigará quando começaram esses sinais, qual a intensidade e como atrapalham a rotina do paciente”. 

O tratamento costuma ser realizado com antidepressivos. Há uma variedade de medicamentos e todos visam reduzir ou aliviar os sintomas da depressão. “Os medicamentos podem ser utilizados em quadros de depressão leve, mas são usados nas depressões moderadas e graves. A fase aguda (quando o paciente tem mais sintomas) do tratamento dura entre 6 e 12 semanas. Depois da melhora, mantemos o remédio por mais 4 a 9 meses, o que é chamado fase de continuação, e por um ano ou mais, fase de manutenção.  

O especialista lembra que, em todos os casos, nos primeiros meses existe alto risco de recaída, por isso, há a orientação de continuar o uso da medicação após a remissão dos sintomas. “O correto é que sejam reduzidos de forma gradual e suspensos com supervisão médica, para diminuir o risco de ter um novo episódio depressivo."

Além do tratamento com medicação, a pessoa que está deprimida pode precisar de psicoterapia para ajudá-la a identificar e trabalhar fatores que possam causar a doença. As questões emocionais (ligadas ao estresse) podem se unir a questões genéticas e a desequilíbrios químicos cerebrais. “Outra questão bastante importante é em relação à dependência de medicamentos antidepressivos. Isso não ocorre em pesquisas ou na prática clínica. Apesar disso, os remédios agem no Sistema Nervoso Central e são vendidos com receitas de controle especial. Há diversos medicamentos disponíveis no mercado e apenas o especialista consegue definir qual é indicado em cada caso e se existe algum risco a ser monitorado”, afirma. 

A boa notícia é que o tratamento para depressão não costuma durar a vida toda. O psiquiatra destaca que cerca de 70% dos casos não são complicados. "Quando é o primeiro episódio depressivo a fase de continuação dura por um ano. O tratamento torna-se mais extenso quando se dá o segundo episódio depressivo ou mais. Costumeiramente, os casos difíceis são aqueles que demoram a procurar ajuda, avançando em gravidade ou complicados do ponto de vista neurobiológico."

Há ainda preconceito em relação ao uso de medicamentos, mas a depressão é um transtorno cerebral que deve ser tratado. “Não há porque se envergonhar; é um problema de saúde que ocorre por vários fatores, atingindo homens e mulheres de todas as idades. Procurar ajuda de um médico é o primeiro passo para voltar a ser feliz”, finaliza.





Dr. Rafael Brandes Lourenço – é psiquiatra pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Psicogeriatra e médico do sono pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.




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