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sábado, 13 de maio de 2017

Algumas coisas que você precisa saber sobre o VSR



Pediatra explica quando os pais precisam se preocupar e o que podem fazer 


Com a chegada do outono e do tempo mais frio e seco, começa o chamado “pico das doenças virais”. Não é a toa que os pronto-socorros infantis vivem lotados nessa época do ano. O primeiro semestre, principalmente os meses de março a junho, marcam a sazonalidade do Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

A cada ano, 4-5 milhões de crianças menores de 4 anos adquirem uma infecção por VSR e mais de 125.000 são hospitalizados anualmente segundo dados dos EUA. Particularmente esse ano, a virulência do vírus está mais forte do que no ano passado, e quadros mais graves tem atingido 10% das crianças, contra 6% do ano passado.
De acordo com a pediatra de São Paulo, Maria Júlia de Carvalho, os principais problemas que o VSR podem causar são a bronquiolite e a pneumonia em bebês e crianças pequenas, principalmente nos menores de 1 ano, nos quais ele atinge o trato respiratório inferior com frequência.

 “O VSR geralmente inicia com sintomas de um resfriado comum e progride rapidamente ao longo de 2 a 3 dias para uma inflamação em pequenas vias aéreas, os chamados bronquíolos, levando a obstrução da via aérea por edema, necrose, aumento da produção de muco e broncoespasmo. Por isso, a respiração fica mais difícil e sintomas como chiado no peito, aumento da tosse, dificuldade para mamar podem aparecer", explica a especialista.

O quadro é mais grave quando atinge crianças menores, principalmente nos menores de 6 meses,  nos prematuros, cardiopatas ou com alguma doença de base. Além disso, um estudo realizado pelo BREVI (Brazilian Respiratory Virus Study) apontou o VSR como responsável por 66,7% dos episódios de hospitalização de bebês prematuros.

Segundo a especialista, esse vírus pode ser transmitido facilmente, basta acontecer o contato das gotículas da via aérea de uma pessoa contaminada com uma pessoa saudável através de um simples espirro, tosse ou até mesmo se a pessoa doente falar muito perto do bebê, principalmente os prematuros, que estão muito mais sujeitos a possíveis contaminações.  Objetos contaminados como brinquedos e grades de berço também são fontes de transmissão.

“Para prevenir o contágio é recomendado que os pais evitem o contato dos pequenos com adultos que possuam sintomas de gripe ou resfriado e prefiram lugares calmos, com pouco números de pessoas. As crianças maiores e adultos transmissores acabam tendo sintomas muito frustros, limitados a via aérea superior ou ainda serem portadores assintomáticos da doença, pois o calibre da via aérea é bem maior. Além disso, a amamentação é essencial, já que o leite materno fortalece o sistema imunológico da criança e diminui em um terço o risco de hospitalização por infecção do trato respiratório inferior”, alerta a pediatra. O tabagismo dos pais também deve ser desestimulado e medidas básicas como lavagem constante das mãos, uso frequente de álcool em gel e uso de máscara simples quando os pais estiverem sabidamente resfriados também são medidas simples e eficazes. 

O diagnóstico da doença é essencialmente clinico e normalmente exames adicionais não são indicados. Atualmente, existem exames laboratoriais para detectar o virus nas secreções respiratórias como o teste de reação de cadeia de polimerase (PCR) que é altamente sensível, de fácil coleta (com um simples swab de orofaringe) e permite o resultado rápido.  

Independente do exame, não há tratamento específico e a maioria dos cuidados são de suporte. A pediatra explica que manter uma boa oferta hídrica é de extrema importância pois o bebê perde bastante líquido pela respiração acelerada, pela febre e acaba ingerindo menos pelo cansaço, podendo desidratar rapidamente, piorando mais a parte respiratória. "A inalação com soro fisiológico é fundamental no tratamento da bronquiolite, e deve ser usada para umidificar as vias aéreas e ajudar a eliminar as secreções. Além disso, a lavagem nasal, deve ser feita inúmeras vezes ao dia pois os bebês pequenos respiram predominantemente pelo nariz, piorando o cansaço, e se esse está obstruído e pode levar secundariamente à otite, principal complicação da bronquiolite", alerta Maria Júlia. 

É importante destacar que se houver algum sinal de alerta como prostração ou irritabilidade excessiva, diminuição da diurese, baixa ingestão de líquidos, sinais de cansaço,  gemência ou dúvida quanto ao estado geral da criança, o médico deverá ser consultado. "O atraso em levar ao médico pode levar à piora do quadro clínico e a consequências graves", finaliza a médica. 






Dra. Maria Julia Carvalho - formada pela UNICAMP (2004-2009). Fez residência em pediatria pela Santa Casa de SP (2010-2012). E é especialista em oncohematologia infantil pela Santa Casa de São Paulo (2012-2014). Plantonista na unidade de internação do hospital infantil Sabara e na UPA do Einstein de Perdizes. facebook.com/dramajucarvalho




30 milhões de brasileiros sofrem de enxaqueca



Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a enxaqueca é a 10ª doença mais incapacitante e acomete em torno de 15% da população mundial. No Brasil são aproximadamente 30 milhões de pessoas que sofrem da doença. E não faltam motivos que podem desencadear o problema: estresse, obesidade, sono inadequado, jejum, alguns alimentos, cheiros fortes, tempo seco, entre outros. A enxaqueca ainda é mais comum entre as mulheres, pois além de fatores ambientais e emocionais, elas tem também os fatores hormonais.

Na enxaqueca, a dor ocorre geralmente em um dos lados da cabeça, é latejante ou pulsátil, dura de 4 a 72 horas e pode vir acompanhada de náuseas e/ou vômitos, tonturas, intolerância à luz (fotofobia), barulho (fonofobia), cheiros (osmofobia) e movimentos (cinetofobia).


Problemas da automedicação
Mas esse cenário já está mudando. Novos tratamentos chegam ao país para combater um dos erros mais comuns de quem sofre com a enxaqueca: a automedicação. A neurologista Dra. Célia Roesler explica que há diversos tipos de tratamentos disponíveis no país de acordo com o estágio da doença e o perfil de cada paciente. “o uso abusivo de analgésicos sem prescrição médica pode transformar uma dor de cabeça que era episódica em enxaqueca cr&o circ;nica com dores de cabeça quase diárias”, completa a especialista.

Além de analgésicos, anti-inflamatórios e vasoconstritores isolados ou associados para abortar a dor, entre os tratamentos disponíveis atualmente no Brasil estão o uso da toxina botulínica e a neuromodulação, que permitem uma melhora na qualidade de vida das pessoas com enxaqueca, diminuindo o uso de medicamentos.


Neuromodulação como alternativa
Quando se fala em enxaqueca, a mais recente novidade é a neuromodulação. Um novo aparelho em formato de arco que, ao ser colocado na cabeça, gera pequenos estímulos elétricos ao nervo trigêmeo, principal causador das dores de cabeça, e por meio desses impulsos, altera a forma que a dor é assimilada.

O método não invasivo e sem efeitos colaterais, é ideal para quem possui dores de cabeça e crises de enxaqueca frequentes como: enxaqueca comum, enxaqueca com aura, enxaqueca oftálmica, enxaqueca episódica, enxaqueca crônica, enxaqueca menstrual, sinusite, dor na região anterior da cabeça e dor de cabeça crônica. 

Com duas opções focadas ao tratamento das cefaleias, a primeira deve ser utilizada no momento da crise, voltada a melhora dos sintomas reduzindo a intensidade da dor, já o segundo programa atua na prevenção de enxaqueca e o uso do aparelho deve ser diário, com sessões de cerca de 20 minutos, pois seu uso frequente induz a uma diminuição da quantidade, intensidade ou até mesmo o desaparecimento das dores. Os efeitos são sentidos cerca de um ou dois meses depois. “Seu uso só deve ser feito com acompanhamento m&ea cute;dico”, sinaliza a Dra. Célia.



Livre-se da enxaqueca, também na gravidez 

Quem pensa que enxaqueca é uma simples dor de cabeça se engana. Mais de 30 milhões de brasileiros convivem com o problema e, para tentar amenizar a dor, acaba recorrendo aos analgésicos que, se usados durante a gestação podem comprometer a saúde da mãe e do bebê 


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a enxaqueca é a 10ª doença mais incapacitante e acomete em torno de 15% da população mundial. No Brasil são aproximadamente 30 milhões de pessoas que sofrem da doença.  

E não faltam motivos que podem desencadear o problema: estresse, obesidade, sono inadequado, jejum, alguns alimentos, cheiros fortes, tempo seco, entre outros. Atualmente há mais de 200 tipos de dores de cabeça, então o primeiro passo é diferencia-la da enxaqueca.  

Se uma pessoa que nunca teve dor, apresenta uma cefaleia súbita e intensa, pode estar associado a um quadro de aneurisma. Se o sintoma for febre, rigidez de nuca e vômito, pode ser meningite. Já a enxaqueca é uma dor latejante, que pulsa e, normalmente, acomete um lado do crânio, mas pode mudar de lado também.  



Entendendo o problema
A enxaqueca pode ser com aura e sem aura. É na enxaqueca com aura que ocorrem as alterações visuais como pontos escuros, luminosos, linhas em zig e zag ou manchas na visão que podem anteceder ou acompanhar a dor de cabeça e costumam durar de 5 a 60 minutos ou alterações sensitivas como formigamentos que iniciam na mão, antebraço, braço, hemiface e metade da língua. Já a forma mais comum de enxaqueca é a sem aura, sem essas alterações. 

Segundo a neurologista Celia Roesler, vice-coordenadora do Departamento Científico de Cefaleia da Academia Brasileira de Neurologia, antes de qualquer coisa, é preciso muita cautela, pois nem toda dor de cabeça é enxaqueca mesmo porque existem variações de sintomas que podem indicar doenças diferentes, como cefaleia tensional, cefaleia em salvas, cefaleia causada por sinusite, por alterações do nervo trigêmeo entre outras. “Mas, se você possui uma dor de cabeça constante, isto é, dois episódios em única semana, que duram de 4 a 72 horas, e utiliza analgésicos é importante ficar alerta e procurar ajuda, pois já está fazendo o uso abusivo de medicamentos para as dores. E o melhor, você não é obrigado a conviver com este problema para o resto da vida”, explica Dra. Célia. 



Tratamento
Quando se trata de enxaqueca temos os tratamentos abortivo e o preventivo.  Entre os tratamentos abortivos estão diversos medicamentos como vaso constritores e anti-inflamatórios. Mas na prática, o paciente tem que fazer um tratamento preventivo com remédios que diminuem a frequência e a intensidade das crises. Porém, se a paciente enxaquecosa estiver gestante, é comum durante o primeiro trimestre as dores serem mais constantes, mesmo porque há a oscilação hormonal.  

No primeiro trimestre de gravidez ocorrem as oscilações hormonais que em muito contribuem para que a paciente tenha mais dores de cabeça. Além disso, devido aos enjoos, a paciente se alimenta mal e tem crises de enxaqueca por hipoglicemia e pela ansiedade que costuma ocorrer nos primeiros meses. “Esse é um período muito crítico em que as pacientes têm que tomar muito cuidado com o uso de medicamentos que podem ser teratogênicos ou mesmos abortivos. As mães não devem administrar nenhum tipo de medicaç&at ilde;o para não comprometer a saúde dos dois, nem correr o risco de haver má formação ou aborto. Nesses casos, a neuromodulação do Cefaly se torna um aliado e tanto na prevenção de dores de cabeça e enxaquecas”, explica a especialista. 

O Cefaly, aparelho em formato de arco que, ao ser colocado na cabeça, gera pequenos estímulos elétricos no nervo trigêmeo, principal causador das dores de cabeça, e por meio desses impulsos alivia a dor. Livre de efeitos colaterais, este método preventivo também pode ser utilizado por crianças a partir de oito anos e idosos. “Mas atenção, seu uso só deve ser feito com acompanhamento médico”, alerta. 



Como usar o Cefaly
Primeiro limpe cuidadosamente a pele na região da testa com água e sabão. Depois use um espelho para ajudar a posicionar o eletrodo corretamente mesmo porque a parte mais estreita é posicionada para baixo e as curvas menores são posicionadas na horizontal, de modo que conecte as sobrancelhas. Coloque o Cefaly desligado e com a sua parte central na altura da testa, abaixe-o de forma que encaixe sobre o pino do eletrodo. 

Faça isso de frente ao espelho nas primeiras vezes de uso do Cefaly, para se familiarizar com o procedimento. Na sequência, aperte o botão para iniciar a sessão e selecione um dos três programas: tratamento de crise, prevenção e antiestresse. Durante os 20 minutos da sessão do Cefaly aconselha-se parar suas tarefas, esteja em local calmo e relaxe. Ao término da sessão, levante a parte central do aparelho para desconectá-lo do eletrodo e guarde de volta em local adequado. 



Pequenas mudanças, grandes resultados
Alguns hábitos da rotina de qualquer indivíduo podem funcionar como um verdadeiro gatilho para a enxaqueca. Dormir menos de 8 horas por dia, consumir muitos alimentos industrializados e carboidratos, chocolates, molhos, queijos amarelos, vinhos, glutamato monossódico, tudo isso pode estar associado às dores. Mas calma: não é preciso abandoná-los, somente tente diminuir o consumo e preste atenção em sua alimentação. 
  
Crie o hábito de anotar o que pode ser uma verdadeira “bomba” para você no sentido do aparecimento da enxaqueca. Musculação, corrida ou caminhada, pilates, além do yoga, são excelentes práticas que trazem benefícios diretos aos pacientes. “É importante deixar ressaltar que o enxaquecoso consegue ter uma vida normal, desde que esteja atento aos gatilhos que podem desencadear uma crise. Com apenas algumas mudanças de hábito de vida é possível ter uma qualidade de vida melhor”, reforça a neurologista.





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