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terça-feira, 30 de agosto de 2016

Saúde corre risco nas escolas, diz pesquisa



Pesquisa do IBGE aponta risco de doenças infecciosas entre adolescentes por falta de água e sabão para higienizar as mãos nas escolas.


Pesquisa com 102.301 alunos do 9º ano do ensino fundamental que acaba de ser divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta condições precárias de higiene na rede de ensino fundamental do país.  Isso porque, o levantamento feito entre abril e setembro de 2015 aponta que só 61% das escolas, sendo 55% das públicas e 96,8% das privadas, oferecem água e sabão para estudantes lavarem as mão.

De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier a higiene das mãos é o primeiro passo para evitar doenças infecciosas. Quando se trata da saúde dos olhos, uma das preocupações é o compartilhamento de computadores  nas escolas e empresas. Isso porque, o contato com o mouse e teclado representa importante veículo de transmissão da conjuntivite. Trata-se da inflamação ou infecção da conjuntiva, membrana que recobre a face interna das pálpebras e a esclera, parte branca do olho. Outras formas de transmissão são o compartilhamento de maquiagem, fronhas, toalhas e colírios. A doença também pode ser contraída pelo contato das mãos com carrinhos de supermercado, corrimãos de escadas em espaços públicos e óculos distribuídos nos cinemas para exibições 3D. Por isso, a recomendação é sempre lavar as mão após o contato com superfícies e objetos de uso comum.

Tipos de conjuntivite

O oftalmologista destaca que quem acredita que a conjuntivite é uma doença típica do verão se engana. O tempo seco e frio do inverno cria um ambiente perfeito para a proliferação de vírus. Já o calor favorece a disseminação de bactérias, observa.  Isso explica porque é mais fácil contrair gripe e conjuntivite viral no frio e conjuntivite bacteriana no calor. Nos dois tipos de conjuntivite o médico diz que os sintomas são: olhos vermelhos, lacrimejamento, coceira, sensação de corpo estranho, queimação, fotofobia e visão borrada. A diferença está na secreção aquosa quando se trata da viral e secreção purulenta quando é bacteriana. Independente da causa a limpeza das mãos é a primeira medida de prevenção, afirma.

Hábitos dos adolescentes

A boa notícia da pesquisa do IBGE é que apesar das condições precárias das escolas o hábito de lavar as mãos está crescendo entre adolescentes. Prova disso é que em 2012 15,2% nunca ou raramente lavavam as mãos antes das refeições. Em 2015 este índice caiu para 12,7%, sendo que no estado do Rio de Janeiro o descuido atingiu 16,6% dos entrevistados.  A pesquisa também mostra que as meninas são menos cuidadosas do que os meninos. Entre elas o hábito de nunca ou raramente lavar as mãos que em 2012 era de 16% melhorou para 14,2% em 2015. A frequência do descuido entre eles caiu para 11% em 2015 contra 14.4% em 2012. Já o hábito de nunca ou raramente lavar as mãos após ir ao banheiro para os dois sexos 8,2% para 6,2%.

Alívio imediato

A recomendação de Queiroz Neto a qualquer desconforto nos olhos é interromper o uso de lente de contato imediatamente. Insistir no uso pode causar ceratite, inflamação da córnea, e resultar em baixa visual permanente.  Para aliviar a conjuntivite viral recomenda compressas de água fria. Para a bacteriana compressas quentes. Não desaparecendo os sintomas em dois dias, aconselha consultar um oftalmologista


6 mitos e verdades sobre a Medicina Nuclear



Especialidade médica permite diagnóstico de alta qualidade do corpo em funcionamento


Ainda pouco conhecida, a medicina nuclear (MN) utiliza quantidades mínimas de substâncias radioativas (radiofármacos) como ferramenta para visualizar o funcionamento dos órgãos e tecidos vivos em pleno funcionamento. Dessa forma a especialidade pode realizar imagens, diagnósticos e até ser usada como opção de tratamento para doenças crônicas e até oncológicas.

A diretora do serviço especializado da MND Campinas, Elba Etchebehere, explica que entre os principais avanços desse tipo de medicina estão exames como a cintilografia do miocárdio e óssea, além da densitometria. “A MN é capaz de diagnosticar diversas doenças, que incluem embolia pulmonar, infecções agudas e infarto do miocárdio, câncer, obstruções renais, demências e outras”, conta.

Por mais que não seja nova, ainda existem muitos mitos acerca da especialidade, que é visto com receio por parte da população. Para mudar esse cenário, a médica fala sobre os seis principais mitos da especialidade:

- A radioatividade dos procedimentos da MN é perigosa para o organismo
Mito. De maneira alguma. As quantidades de radiação utilizadas tanto para diagnósticos tanto para terapias em medicina nuclear são muito pequenas e utilizam substâncias que são rapidamente eliminadas pelo corpo (meia-vida muito curta).

- A radioatividade dos radiofármacos tem a ver com os acidentes nucleares de Chernobyl e Fukushima
Mito. No caso de acidentes como esses há a liberação de enormes quantidades de radiação sem controle. Essas sim podem ter efeitos nocivos no organismo. Quando pequenas quantidades são utilizadas de maneira controlada, como na MN, não há dano.

- Alguém que se trata com radiofármacos pode ficar radioativo
Mito. Além da baixa radioatividade presente nestes medicamentos, os radiofármacos não são indicados para serem utilizado com frequência. Esse tipo de tratamento, de maneira geral, é feito em dose única ou com poucas doses, diferente de medicamentos habituais em que é feito uso contínuo.

- O médico é quem toma a decisão de inserir a medicina nuclear como terapêutica ou diagnóstico
Verdade. Essa decisão é tomada sobretudo levando em consideração os procedimentos minimamente invasivos, capazes de preservar a saúde do paciente e evitar intervenções desnecessárias.

- Os radiofármacos podem ser utilizados com outros medicamentos
Verdade. Dependendo do tratamento, os radiofármacos são usados muitas vezes em concomitância com outros tratamentos (terapia alvo).

- A medicina nuclear é utilizada sobretudo no campo do diagnóstico
Verdade. Pode-se dizer que é a capacidade de diagnósticos funcionais é um dos principais pontos da especialidade. A tecnologia empregada permite a visualização de tecidos e órgãos em pleno funcionamento. Dentre os exames disponíveis estão análises do funcionamento do coração, cérebro, tireoide, rins, fígado e pulmões, além da avaliação de doenças nos ossos e o diagnóstico de tumores nos principais órgãos do corpo.



O desemprego aumenta o número de casos de depressão e 1 em cada 10 brasileiros sofre com a doença



O desemprego está relacionado a 20% dos suicídios no mundo, segundo um estudo feito pela Universidade de Zurique


O Brasil já tem mais de 11 milhões de desempregados e a reação à perda do emprego pode suscitar diferentes reações no indivíduo. A depressão pode estar sujeita a experiência de vida, do modo de pensar e da forma como o indivíduo encara as adversidades. Existem alguns agravantes que contribuem para acelerar o processo depressivo como o tempo de trabalho no antigo emprego o efeito surpresa.

 "Quando o desemprego acontece, o medo, a vergonha, a culpa e até a sensação de perda de identidade pessoal podem assaltar quem se vê obrigado a iniciar uma nova etapa profissional e social", explica o psicólogo clínico e coaching, Alessandro Vianna.  

 O preconceito em relação à doença e o desconhecimento popular sobre ela  também dificultam o diagnóstico e o tratamento correto da depressão, porque atribuem ao doente a fama de preguiçoso, encostado, quando na verdade ele está sofrendo com os sintomas da doença.

 Um estudo recente financiado pela Universidade de Zurique concluiu que o desemprego é a causa de um em cada cinco suicídios no mundo. Este foi o resultado de uma análise feita com base nos dados da Organização Mundial da Saúde. Um levantamento dos óbitos registrados de 2000 a 2011, em 63 países revelou que 45 mil suicídios estavam relacionados ao desemprego, ou 20% do total de 233 mil suicídios registrados no período. Os pesquisadores identificaram um aumento de casos durante a crise econômica mundial de 2008, por exemplo.   

 O psicólogo  Alessandro Vianna alerta que é preciso estar atento ao sinais da doenças e que nestes momentos de crise no emprego são os homens que mais sofrem com a depressão.  "Para os homens que ainda carregam o esteriótipo de provedor, a depressão como consequência, infelizmente é quase um caminho certo", conclui. 

 *Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional de Saúde 2015 – Indicadores de Saúde e Mercado de Trabalho



Dr. Alessandro Vianna - Formado em psicologia pelas Faculdades Metropolitanas Unidas, especializado em hipnose clínica pela Academia Internacional de Hipnologia Clínica Y Experimental Navarra. Também recebeu título de Especialista em medicina chinesa pelas Faculdades Metropolitanas Unidas e título de Coach pela Sociedade Latino Americana de Coaching.

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