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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Assédio Moral, Mobbing e Burnout





Durante todo o mês de Julho e Agosto está sendo divulgada em rede nacional uma Campanha de Combate ao Assédio Moral. O Ministério Público do Trabalho em São Paulo (MPT-SP) lançou a campanha dia 2 de Julho.
Assédio Moral é uma insistência, perseguição e uma espécie de dano à integridade e à moral de um indivíduo. O assediado muitas vezes sente-se humilhado, diminuído e menosprezado diante do outro. O assédio possui como base a supremacia e a imposição numa situação de hierarquia autoritária e é muito presente no ambiente de trabalho, no qual se denomina ‘mobbing’. Consiste numa conduta abusiva, através de palavras, gestos, insinuações ofensivas, ameaças, comportamentos agressivos e repetitivos, causando constrangimento e situações vexatórias, degradando o clima de trabalho e colocando em risco o emprego da vítima.
Fenômeno antigo tanto quanto o próprio trabalho, este tipo de assédio moral poderia ser considerado um bullying no ambiente de trabalho. Foi estudado inicialmente na década de 80 pelo professor Heinz Leymann, o primeiro a usar o termo mobbing. A Dra. Margarida Barreto, médica ginecologista e do trabalho, pesquisadora do Núcleo de Estudos Psicossociais de Exclusão e Inclusão Social (Nexin PUC/São Paulo) trouxe a tona este tema aqui no Brasil no ano de 2000 em sua dissertação de mestrado intitulado ‘Uma jornada de humilhações’.
A primeira lei do país que tipificou o assédio moral foi no estado de Pernambuco, lei estadual nº 13.314 de 15 de Outubro de 2007, de autoria deputado Isaltino Nascimento. Hoje em dia o assédio moral é tipificado como crime de acordo com a lei 10.224/2001 do código penal, de 15 de Maio de 2001.
O mobbing, que deriva do verbo ‘to mob’, significa ‘tratar mal’, cercar, rodear. Pode acontecer de três maneiras distintas, do chefe para com seus subalternos, entre colegas ou grupos específicos de colaboradores e também, quando o ato de assediar acontece dos subordinados para com o chefe. Através de críticas, desqualificação e isolamento, este assédio moral no ambiente de trabalho é aviltante e visa intimidar e manipular o empregado através do medo do desemprego. O sofrimento é gradativo. Sutilmente a vítima se sente angustiada, triste e deprimida. As relações aéticas estabelecidas são desumanas e pode causar instabilidade a ponto do profissional pedir demissão.
A experiência ao mobbing é subjetiva, ou seja, depende de como cada profissional vivencia as imposições sofridas no ambiente de trabalho. Muitos podem se adaptar por medo de ser despedido e força-se a trabalhar além da própria capacidade. Abre-se mão de uma vida social, do lazer e até mesmo da família para dedicar-se intensamente e exclusivamente ao trabalho. Não existe um propósito de crescimento e amadurecimento na profissão, mas a dedicação está atrelada ao receio de ser julgado como um mal profissional, perder o emprego e não sofrer as humilhações que outros colegas sofrem. A competitividade é estimulada de maneira destrutiva e muitos profissionais reproduzem os abusos e excessos do assediador.
Em uma sociedade na qual o individualismo vem se perpetuando como uma cultura social busca-se cada vez mais enaltecer que o bom profissional deve ser autônomo, independente, criativo, ambicioso, flexível e agressivo. A qualificação é de inteira responsabilidade do profissional, bem como a culpa por não apresentar tais características. Em prol de uma identidade, capacitação e principalmente de conforto financeiro, o profissional se sujeita às condições mais inóspitas no ambiente de trabalho. Esta competição é perversa e distorce a realidade. O mobbing acontece diante deste abuso de poder.
Metas a cumprir, melhorias dos resultados, aumento na carga de horas e de trabalho podem ser classificadas como assédio moral, associado à diminuição de salário ou ameaças de demissão. O assédio pode ocasionar um estresse severo ao profissional, um verdadeiro terror psicológico.
Neste sentido, a Síndrome de Burnout é uma consequência às pessoas que são assediadas moralmente. Burnout significa ‘estar acabado’. Predominante no âmbito de trabalho, a síndrome é uma cronificação do estresse, uma ruptura da integridade e afetividade do indivíduo. Comum aos profissionais da área da educação, principalmente em professores e da saúde, acometendo mais os enfermeiros. A questão é tão séria que esta síndrome pode levar a pessoa ao suicídio.
É importante salientar que a disputa, a cobrança eleva o profissional. Metas a cumprir e aumento de produção não viola os direitos do trabalhador, desde que não sejam abusivas e absurdas. O mobbing é um fenômeno silencioso e uma realidade no mercado de trabalho. Severo, assim como o capitalismo se apresenta.

Breno Rosostolato - psicólogo e professor da Faculdade Santa Marcelina - FASM

TEMPO SECO

Foto de Senado Federal.

Como um psicólogo pode mudar sua vida






No dia 27 de agosto, comemora-se o Dia do Psicólogo no Brasil, e, por isso, é importante atestar como ter um profissional desses ao seu lado pode ajudá-lo
Todos os dias, milhares de pessoas seguem uma rotina diária corrida, que envolve acordar cedo, se deslocar até o trabalho e voltar para o conforto do lar só depois do céu já ter escurecido. Principalmente nas grandes cidades, esse dia a dia movimentado contribui para o desenvolvimento de diversas doenças e transtornos mentais, acarretando, também, em baixa autoestima, confiança e segurança para ir e vir.
Nesse cenário que, para muitos, chega a ser normal, não é difícil existirem casos de pessoas que se sentem pressionadas de todos os lados, e, por isso, precisam de alguém com quem possam falar, se abrir e descarregar todos os sentimentos que ficam guardados dentro de si. Por essas e outras razões, a figura do psicólogo é de extrema importância na vida de alguém, para que essa pessoa aprenda a lidar com as decepções, tristezas e alegrias (entre muitos outros sentimentos) que recheiam o dia a dia de cada um.
Segundo Carla Ribeiro, psicóloga clínica e hospitalar voltada à saúde do homem, atuante do Rio de Janeiro, a psicologia vai muito além do consultório tradicional, que é normalmente a primeira imagem que vem à cabeça das pessoas quando se fala na profissão. "A psicologia busca a compreensão dos processos mentais e comportamentais, e seu objetivo varia de acordo com a área de atuação. A psicologia clínica foca no bem-estar do paciente; a escolar, no sucesso acadêmico; a hospitalar, no conforto da família e do paciente que está internato, e por aí vai. É importante que se observe que a figura do psicólogo não pode ser subestimada em nenhum ambiente, desde escolas até grandes corporações", explica.
Ela lembra que, no dia 27 de agosto, é comemorado o Dia do Psicólogo no Brasil. "Por mais que várias pessoas não compreendem a importância da profissão, ela é valiosa, pois ajuda os pacientes a lidarem com seu dia a dia, prevenindo doenças e estimulando-os a melhorar sua vida. O momento que a maioria das pessoas acaba procurando a ajuda de um psicólogo é quando o indivíduo resolve dar um "basta" em tudo aquilo que o aflige, e isso é ótimo, pois permite uma recuperação do indivíduo, levando-o a aumentar sua qualidade de vida", afirma.
Carla finaliza, lembrando que, mesmo se a pessoa for desmotivada por amigos e familiares, ainda é aconselhável que ela procure ajuda para solucionar seus conflitos internos. “Muitas vezes, o interessado em procurar ajuda desiste pois, por meio da má influência de pessoas próximas a ele, acaba pensando que se consultar com um psicólogo é perda de tempo e dinheiro, ou pior; apenas para os fracos. Na verdade, esta imagem apenas impede as pessoas de procurarem ajuda, o que pode acarretar problemas futuros, tudo por uma falta de incentivo a se consultar com um psicólogo", conclui.

Carla Ribeiro - Psicóloga Clínica e Hospitalar voltada para Saúde do Homem. E-mail:  caribeiro.psi@gmail.com - Página: https://www.facebook.com/psicologacarlaribeiroRJ
Av. Nelson Cardoso, 1149 - sala 1213, Jacarepaguá (Taquara), Rio de Janeiro/RJ.

Você sabe se está pisando corretamente?





Pisada torta pode estar relacionada com problemas relacionados a alterações no quadril, nos joelhos ou em toda a parte inferior do corpo
Sabe aquela dor nas pernas que surge no final do dia? Pode estar relacionada com o jeito como você pisa ao andar. Aparentemente inofensiva, a pisada torta pode levar a problemas mais graves, como alterações no quadril, nos joelhos ou na estrutura musculoesquelética de toda a parte inferior do corpo. Por meio da análise da pisada é possível identificar quadros de alterações na postura e na mecânica da marcha, movimento realizado durante a caminhada e a corrida.
“A avaliação da pisada analisa duas características: o tipo de pisada e o tipo de aterrissagem dos pés no solo. O conhecimento do tipo de pisada permite elaborar estratégias para corrigir desvios no movimento dos pés e limitar a sobrecarga nas articulações do pé e tornozelo, enquanto que a análise do tipo de aterrissagem permite atuar no controle do impacto que o exercício provoca sobre o corpo”, explica o médico do esporte do Lavoisier Medicina Diagnóstica, Dr. Luiz Augusto Riani Costa.
Tipos de pisada 
Os principais tipos de pisada são a pisada pronada (rotação excessiva para dentro forçando a porção medial do pé), a supinada (rotação insuficiente para dentro ou até rotação para fora forçando a porção lateral do pé) e a neutra (ligeira rotação para dentro – ação normal que promove distribuição equilibrada das forças pelo pé). Já em relação à aterrissagem, o retorno ao solo pode acontecer pela parte anterior ou posterior do pé.
Em casa, uma das formas de identificar qual é o tipo da sua pisada é observar a sola do calçado depois de bastante usado. Ela estará mais gasta no local onde o pé faz mais pressão ao pisar.
Análise da pisada
“A identificação dos tipos de pisada e de aterrissagem pode ser realizada por meio da filmagem do movimento de caminhada ou corrida, assim como pela análise em plataformas de força específicas, que avaliam as porções do pé que tocam o solo e a força exercida durante a marcha”, detalha Dr. Luiz Riani. A principal função da análise da pisada, de acordo com ele, é proteger o sistema esquelético e muscular contra o desgaste excessivo e reduzir a incidência de lesões.
Para as pessoas que já apresentam queixas específicas em relação à movimentação dos pés, o acompanhamento por um especialista para tratar das lesões é fundamental. Caso não seja feito o tratamento adequado, pode ocorrer degeneração do aparelho muscular e esquelético, além de desgastes nas articulações, fraturas por estresse e tendinites. Vale lembrar que a análise da pisada deve fazer parte de uma avaliação mais ampla do comportamento musculoesquelético do organismo, e o trabalho para prevenção de lesões também envolve exercícios de fortalecimento, flexibilidade e equilíbrio.
Qual é o melhor calçado? 
A escolha do calçado pode interferir nesses mecanismos. O principal aspecto que deve ser observado é o conforto que o tênis ou sapato proporciona aos pés. “Apenas o uso contínuo do calçado pode confirmar se a escolha foi correta. Além da discussão sobre o tipo de pisada, outras questões devem ser consideradas como as variações no sistema de amortecimento dos calçados e de estabilização da pisada, sendo que mais recentemente surgiu uma onda em direção ao uso de tênis minimalistas, mas essa indicação deve ser avaliada com muito cuidado”, alerta o especialista.
A escolha também deve buscar o controle de desvios e proteção do pé, mas precisa ser acompanhada por uma orientação bem mais completa e complexa, incluindo a correção da pisada e um trabalho específico sobre as estruturas envolvidas nos movimentos dos pés, do quadril e de todo o membro inferior.

Lavoisier - www.lavoisier.com.br

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