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terça-feira, 4 de julho de 2023

O intestino tem relação com o autismo? Especialista explica

Dra Lorena Balestra explica se há relações entre o Transtorno e condições intestinais


Nos últimos anos, a busca por entender a relação entre o intestino e o autismo tem crescido, tanto na mídia quanto na ciência. Perturbações gastrointestinais, como diarreia, obstipação e cólon irritável, têm sido observadas em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), ocorrendo mais do que em crianças sem o transtorno. Curiosamente, a gravidade do autismo muitas vezes está correlacionada com a severidade dos distúrbios intestinais e vice-versa. Estudos indicam que quando as perturbações gastrointestinais são tratadas, ocorrem melhorias no comportamento dos pacientes autistas. Essa conexão tem despertado o interesse dos pesquisadores, especialmente em relação à microbiota intestinal. 

Segundo a médica Dra. Lorena Balestra, pacientes autistas frequentemente apresentam permeabilidade intestinal, inflamação e perturbações intestinais e neurológicas associadas a uma resposta exacerbada ao estresse. A teoria de que o desequilíbrio da microbiota intestinal seria a causa do autismo ganhou destaque na mídia, mas os cientistas australianos alertam para não confundir causa e consequência. Estudos publicados na revista Cell revelaram que são os componentes alimentares das pessoas autistas que interferem em suas microbiotas, e não o contrário. 

Em uma extensa pesquisa envolvendo 247 crianças australianas, incluindo 99 com diagnóstico de autismo e 148 não, os cientistas analisaram a composição bacteriana presente nas amostras, levando em consideração fatores como consistência das fezes, alimentação, sexo e idade. O diagnóstico de autismo não apresentou associação significativa com a composição da microbiota intestinal. 

No entanto, o estudo revelou que a composição da microbiota das crianças autistas está fortemente ligada à alimentação, consistência das fezes e idade. É comum que crianças autistas tenham uma preferência por determinados alimentos, consumindo-os repetidamente, além de apresentarem desafios em relação a gostos, cheiros e texturas. Isso resulta em uma alimentação menos diversificada e, consequentemente, uma redução na diversidade da microbiota intestinal, o que pode levar a fezes mais moles. 

Embora a fisiopatologia do TEA ainda seja incerta, estudos apontam que as comorbidades associadas ao autismo têm origem multifatorial, envolvendo interações entre fatores genéticos, nutricionais, ambientais e epigenéticos. 

Mas para ajudar a melhorar a ingestão de nutrientes em autistas com seletividade alimentar, e melhorar esses sintomas, a Dra. Balestra oferece algumas dicas práticas: 

1. Consulte um profissional de saúde especializado em TEA e nutrição para orientações personalizadas.

2. Introduza gradualmente alimentos novos na dieta, respeitando as preferências individuais.

3. Ofereça opções nutricionalmente equilibradas, variadas em cores, sabores e texturas.

4. Considere a suplementação adequada de nutrientes, se necessário, sempre sob orientação médica.

5. Explore estratégias sensoriais para tornar a alimentação mais atraente, como apresentar os alimentos de maneiras diferentes (cortados em formatos divertidos, por exemplo).

6. Incentive a participação da criança no processo de preparação das refeições, tornando-o mais envolvente e estimulante.

7. Busque o apoio de grupos de pais ou comunidades online para compartilhar experiências e dicas úteis. 

Embora a relação entre o intestino e o autismo ainda seja complexa, compreender a importância da alimentação diversificada e adequada para a microbiota intestinal é fundamental. Promover hábitos alimentares saudáveis e fornecer os nutrientes necessários pode contribuir para o bem-estar geral das pessoas com TEA. Lembre-se sempre de buscar orientação médica especializada para um acompanhamento adequado e individualizado.

 

Dra. Lorena Balestra - médica pós-graduada em nutrologia e endocrinologia. Em 2013 fez um workshop de biologia molecular na Michigan State University, em Michigan. É pesquisadora no CPAH - Centro de Pesquisa e Análises Heráclito.


Disfunção erétil pode ser o primeiro sinal de doença cardiovascular

 

·         Veja 5 sinais para procurar ajuda médica

·         15 de julho é o Dia Nacional do Homem

                                          #SBEMSP

 

Obesidade, diabetes mellitus e dislipidemia (alterações do colesterol e/ou triglicerídeos) podem representar a síndrome metabólica e devem sempre ser lembrados para tratar da saúde do homem. A disfunção erétil (DE) atinge cerca de mais de 152 milhões de homens em todo o mundo e está comumente associada ao diabetes mellitus, à hipertensão arterial e obesidade e pode ser o primeiro sinal de que o homem está apresentando alguma doença cardiovascular. Entre os riscos estão o infarto do miocárdio e o acidente vascular encefálico (“derrame”). 

“Os homens apresentam muito mais resistência em procurar assistência médica preventiva, por medo, vergonha ou ‘falta de tempo’ do que as mulheres, o que resulta em diagnósticos mais tardios e complicados na maioria dos casos. Cuidados com a saúde geral em caráter preventivo podem melhorar a saúde e a qualidade de vida de homens e mulheres”, explica a Dra. Larissa Garcia Gomes, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

 

Atenção para os 5 sinais de alerta para procurar um médico:

1.   Grande quantidade de gordura abdominal - Em homens-> cintura com mais de 94 cm.

2.   Baixo HDL (“bom colesterol”) - Em homens-> menos que 40mg/dL.

3.   Triglicerídeos elevado (nível de gordura no sangue) - 150mg/dL ou superior.

4.   Pressão sanguínea alta - 135/85 mmHg ou superior ou se está utilizando algum medicamento para reduzir a pressão.

5.   Glicose elevada no sangue.

    

O risco de vir a ter síndrome metabólica aumenta se o homem apresenta hábitos sedentários; aumento do peso, principalmente, na região abdominal (circunferência da cintura); se há histórico familiar de diabetes, pressão alta, e níveis elevados de gordura no sangue. Dieta mais saudável, prática de atividade física regular e abandono do tabagismo são necessários para a melhora da saúde.

 

Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino - trata-se da falta de testosterona na corrente sanguínea. Mais frequente em homens com diabetes, obesidade e sedentarismo, a andropausa traz sintomas como: queda de desejo sexual (libido), disfunção erétil, desânimo, cansaço, ondas de calor (fogachos), alteração do sono, perda de massa muscular, acúmulo de gordura no abdômen (”barriga”) e até ossos fracos (osteoporose).

 

O papel da testosterona - Produzida principalmente nos testículos, a testosterona é o mais importante hormônio sexual do homem (androgênios). “Essencial para boa saúde dos músculos e ossos, ajuda na disposição e na função sexual do homem”, finaliza a endocrinologista.

 



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Julho Amarelo

Com diferentes origens em adultos e crianças, câncer ósseo requer atenção redobrada 

Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear chama a atenção para sintomas e a importância do diagnóstico precoce

 

O mês de julho é focado na conscientização sobre o câncer nos ossos e a importância do diagnóstico precoce para um tratamento mais eficaz e assertivo. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados 704 mil casos novos de câncer para o triênio 2023-2025. A American Cancer Society divulgou que os tumores ósseos não metastáticos são raros, representando menos de 1% de todos os tipos de câncer. Devido à sua particularidade, é preciso redobrar a atenção, especialmente em adultos. 

Quando o câncer se origina no próprio osso, isto é, tem sua origem na produção de células anormais do tecido ósseo, o classificamos como um câncer ósseo primário. Porém, especialmente em adultos, podemos ter casos originados em outras partes do corpo, como mama, próstata e pulmões - os três mais frequentes - que não foram detectados no início e sofreram uma metástase, chegando aos ossos. Neste caso, trata-se de câncer secundário”, explica o Dr. Diego Pianta, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN). 

O chamado câncer primário é mais comum entre crianças e adolescentes. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o osteossarcoma é a neoplasia óssea mais prevalente na população infantojuvenil (0 a 19 anos de idade), correspondendo de 3% a 5% de todas as neoplasias nesta faixa etária, sendo mais frequente no sexo masculino e acometendo principalmente ossos longos como fêmur, tíbia e úmero. 

“Os pais devem estar atentos a dores ósseas incomuns, que não são explicadas por batidas ou traumas e que não são as conhecidas, como as dores do crescimento. Dores assimétricas, que acometem um membro e não o outro, ou dores que não aliviam, e há um aumento de volume de algum membro, são sinais e sintomas que merecem atenção”, pontua Dr. Diego Pianta. 

Já os cânceres secundários acometem mais a população adulta e, quando diagnosticados, em sua maioria já se encontram em uma fase metastática. “Por isso é tão importante que sejam feitos exames de rotina para rastrear os possíveis cânceres. A dor prolongada e persistente por mais de 10 ou 15 dias é um indicativo para que se procure um médico para uma avaliação mais avançada”, indica o diretor da SBMN. 

Tanto para a detecção do câncer ósseo primário como para o secundário, os exames da Medicina Nuclear são fundamentais. Dentre esses exames, o mais comum é a cintilografia óssea, como explica o Dr. Diego Pianta: “A cintilografia óssea trifásica permite uma avaliação completa dos ossos. Ela consiste, em suma, na injeção de um radiofármaco em que há a possibilidade de avaliar a vascularização, ou seja, a irrigação sanguínea dos tumores, a produção de matriz óssea pelos tumores e uma investigação de corpo inteiro. Além disso, cintilografia óssea é um exame fundamental na avaliação de tumores comuns em homens e mulheres adultos (por exemplo, câncer de próstata e câncer de mama), que frequentemente causam metástases ósseas.”. 

Outro exame muito utilizado para o diagnóstico do câncer ósseo é o chamado PET-CT. “Este exame permite uma avaliação mais detalhada dos tumores ósseos primários ou secundários, ao conseguirmos avaliar, ao mesmo tempo, alterações tomográficas e de metabolismo, uma vez que tumores malignos costumam ter maior metabolismo de glicose”, elenca Dr. Diego Pianta. 

Muitos avanços têm ocorrido no tratamento das neoplasias ósseas nos últimos anos. São progressos fundamentais para melhorar a sobrevida dos pacientes e o resultado funcional. “Houve uma importante evolução na capacidade diagnóstica e de tratamentos de tumores ósseos. A cintilografia óssea tornou-se mais robusta, com melhores resoluções de imagem ao longo dos anos. Além disso, o PET-CT ganhou força e evidências demonstram a grande evolução que o método trouxe, ao demonstrar, de forma mais acurada, as lesões (sejam primárias ou secundárias)”, aponta o especialista da SBMN. 

Dr. Diego Pianta reforça que não é apenas no diagnóstico que a Medicina Nuclear é fundamental, ela também auxilia nos tratamentos dos cânceres ósseos: “A medicina nuclear tem papel importante no tratamento de lesões ósseas metastáticas de câncer de próstata, além do já tradicional tratamento que auxilia no combate à dor de pacientes com metástases ósseas de diversos tumores”. 

Sobre possíveis contra-indicações, o especialista esclarece: “Usualmente, evitamos realizar exames com radiação ionizante em mulheres gestantes. Em alguns casos, o benefício do exame é maior que o risco potencial de lesão ao feto, então, utilizamos doses menores de radiação, que permitam o diagnóstico adequado. Crianças podem realizar os exames sem complicações, as doses são reduzidas e calculadas em relação ao peso do paciente.”

 

Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear - SBMN

 

Como Saber se Está Precisando Tratamento Dermatológico? Veja 9 sinais de que você deve buscar um especialista em dermatologia

A pele é o maior órgão do corpo humano, e é responsável por proteger o nosso corpo contra os danos ambientais e regular a temperatura. Por isso, é importante cuidar da pele, prestar atenção nos sinais que o corpo dá e procurar um especialista quando necessário.

 

Quando buscar devo procurar um especialista em dermatologia? 

A médica especialista em dermatologia, Dra. Kelly Pico, destaca que existem várias situações em que pode ser necessário procurar um profissional da área. Aqui estão alguns sinais:

 

1. Problemas de pele persistentes: Se você tiver uma erupção cutânea, acne, eczema ou outra condição de pele que não desapareça por conta própria ou com tratamentos caseiros, pode ser hora de consultar um especialista.

 

2. Mudanças na pele: Se você notar mudanças na cor, textura ou aparência da pele, como manchas escuras ou verrugas, pode ser um sinal de uma condição de pele mais grave.

 

3. Sinais de câncer de pele: Se você notar um sinal ou pinta nova, ou existente que mudou de tamanho, forma ou cor, pode ser um sinal de câncer de pele. Nesse caso, é importante procurar um especialista imediatamente.

 

4. Queda de cabelo: Se você notar uma queda de cabelo excessiva ou padrões de calvície, pode ser um sinal de um problema de saúde pré-existente ou de uma condição de pele que afeta o couro cabeludo.

 

5. Sinais de envelhecimento: a Dra. Kelly Pico comenta que se você estiver preocupado com sinais de envelhecimento na pele, como rugas ou manchas senis, um especialista em dermatologia pode recomendar tratamentos e procedimentos para retardar o processo de envelhecimento.

 

6. Problemas de unhas: Se você tiver problemas com as unhas, como unhas quebradiças, infecções ou deformidades, o profissional pode ajudar a diagnosticar e tratar a condição.

 

7. Dermatite de contato: A dermatite de contato é uma condição de pele que ocorre quando a pele entra em contato com uma substância irritante ou alérgica. Ela pode causar vermelhidão, coceira, inchaço e bolhas na pele.

 

8. Psoríase: A psoríase é uma condição de pele crônica que causa manchas vermelhas e escamosas na pele. Ela pode ser desencadeada por fatores como estresse, infecções e lesões na pele.

 

9. Rosácea: A rosácea é uma condição de pele que causa vermelhidão, inflamação e lesões na pele, especialmente no rosto. Ela pode ser desencadeada por fatores como alimentos picantes, bebidas alcoólicas, exposição ao sol e estresse emocional.

 

Além de procurar a ajuda profissional, existem muitas coisas que você pode fazer em casa para cuidar bem da sua pele. 

Uma dieta saudável e equilibrada também é fundamental para manter uma pele saudável e bonita. Além disso, evite fumar, pois o tabagismo pode causar danos à pele e acelerar o processo de envelhecimento. 

“Além disso, é importante cuidar da pele em casa, seguindo algumas dicas simples, como limpar a pele com um sabonete suave, hidratar a pele diariamente e protegê-la dos raios UV prejudiciais com protetor solar. Se você notar qualquer problema de pele persistente, é importante buscar orientação especializada para obter orientações e tratamentos adequados.” Finaliza a Dra. Kelly Pico. 

 

Dra. Kelly Pico: CRM – 97978 - Especialista em dermatologia estética.
Com mais de 22 anos de experiência na medicina,
Kelly Pico é formada pela Faculdade de Medicina ABC 
Pós graduação em Medicina Estética e Medicina Preventiva

 

Inclisirana, novo medicamento da Novartis para controle do colesterol ruim (LDL), é aprovado pela ANVISA

Com duas aplicações ao ano, injeção reduziu em 52% o nível do LDL e surge como alternativa para pacientes que já tiveram infarto ou AVC isquêmico [1][2]

 

Nesta segunda-feira, a Anvisa aprovou um novo medicamento para o controle do colesterol ruim (LDL). Inclisirana, da Novartis, é indicado para adultos com hipercolesterolemia primária (familiar heterozigótica ou não familiar) e dislipidemia mista. É uma novidade para a redução do colesterol ruim (LDL), especialmente em pacientes de muito alto risco cardiovascular – ou seja, que já sofreram ataque cardíaco (infarto) ou derrame (AVC isquêmico).

“Pacientes que já sofreram com ataque cardíaco ou derrame precisam não só reduzir o colesterol ruim (LDL), mas controlá-lo, isto é, mantê-lo abaixo de 50mg/dL”, conta o Dr. Raul Santos, cardiologista do InCor-HCMFUSP, professor associado da Faculdade de Medicina da USP e ex-presidente da Sociedade Internacional de Aterosclerose (IAS). “Manter o colesterol ruim (LDL) controlado é essencial para que um paciente não volte a ter novos eventos cardiovasculares graves como esses, que têm mais chances de acontecerem depois de um primeiro caso”[3]. Completa o especialista, explicando ainda que essa meta foi definida a partir de atualizações de diretrizes nacionais e internacionais da especialidade.

Inclisirana utiliza como mecanismo de ação um pequeno RNA de interferência que limita a produção da proteína hepática PCSK9, auxiliando na redução dos níveis de colesterol ruim (LDL) no sangue[4]. Segundo a série de estudos ORION, que demostrou os dados de eficácia e segurança do medicamento, duas injeções da substância ao ano foram suficientes para reduzir, em média, 52% dos níveis de colesterol ruim (LDL) em pacientes que já tomavam a dosagem máxima de estatina tolerada [1][5], mas que ainda não haviam alcançado a meta de acordo com seu risco cardiovascular.

Hoje, 92,6% dos pacientes que sofreram infarto não estão com o colesterol ruim (LDL) abaixo de 50mg/dL[6]. “Mesmo mudando o estilo de vida e tomando as medicações mais comuns para o controle do colesterol, muitos desses pacientes que já tiveram um ataque cardíaco ou um derrame não conseguem manter o colesterol ruim (LDL) dentro da meta. Nesse sentido, a inclisirana entra em cena como um avanço para controlarmos o colesterol ruim (LDL) nesses pacientes”. Associado ao tratamento medicamentoso, Dr. Raul reforça a importância de aliar uma alimentação equilibrada e um estilo de vida saudável[7].

Já aprovado pelos órgãos reguladores dos Estados Unidos e da União Europeia, inclisirana ganha aprovação da Anvisa no Brasil, onde anualmente ocorrem cerca de 400 mil mortes relacionadas a doenças cardiovasculares[8] – número maior do que todas as mortes por cânceres somadas[9]. Esses eventos cardiovasculares têm a aterosclerose (acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos, principalmente causada pelo colesterol ruim (LDL) alto) como uma de suas principais causas[10] [11].

“As doenças cardiovasculares, especialmente a aterosclerose, são a principal causa de mortalidade no Brasil, demonstrando a necessidade de novos tratamentos para pacientes que precisam atingir as metas de colesterol ruim (LDL) recomendadas pela SBC”, explica Priscila Raupp, gerente médica sênior de cardiologia da Novartis no Brasil. “Inclisirana surge como um tratamento inovador, que oferece conveniência e praticidade ao paciente, ao mesmo tempo em que promove uma redução eficaz e sustentada do colesterol ruim (LDL)[12]”, completa. “Desta forma, o paciente pode retomar sua rotina após um episódio de infarto ou AVC”.

O controle do colesterol ruim (LDL) é, portanto, essencial para a saúde do coração: “A alimentação é responsável por cerca de 25% do colesterol no sangue [13]. Para pacientes que já sofreram ataque cardíaco (infarto) ou derrame (AVC), a adoção de dieta e exercício é necessária, mas não é suficiente para controle do colesterol ruim (LDL). Para diminuir o risco de um novo infarto ou um novo AVC, esses pacientes precisam tomar regularmente seus medicamentos, conforme a orientação do cardiologista”, completa Santos.

 

Brasileiros conhecem o colesterol, mas sabem pouco sobre

Grande parte dos brasileiros (64%) desconhece seu risco cardiovascular e, consequentemente, sua meta de colesterol ruim (LDL) para reduzir a chance de ataque cardíaco e derrame cerebral[14]. É o que aponta uma pesquisa encomendada pela Novartis em parceria com a Ipsos. Apesar de 80% conhecerem o termo “colesterol”, esse ainda é um tema sobre o qual os brasileiros não só sabem pouco, como também não se preocupam.

No levantamento, a Ipsos pediu aos entrevistados que ranqueassem, de acordo com nível de preocupação, algumas das doenças e condições clínicas mais comuns do dia a dia. Entre as doenças cardiovasculares e metabólicas, o colesterol ruim (LDL) não controlado é a que menos preocupa os brasileiros. Curiosamente, lideram o ranking infarto e AVC, problemas cardiovasculares que são diretamente ligados ao excesso do colesterol ruim (LDL) no sangue.

A pesquisa, que ouviu 1000 entrevistados em dezembro de 2022, trouxe ainda um alerta: os brasileiros não enxergam o colesterol como um vilão silencioso (como a classe médica enxerga), já que só 12% dos entrevistados têm consciência de que o colesterol ruim (LDL) alto não gera sintomas.  Entre aqueles que conhecem o colesterol, 50% acreditam que é possível controlá-lo sem remédio, mesmo quando o paciente se enquadra em um perfil considerado de alto ou muito alto risco. A alimentação (50%) e a eliminação da ingestão de alimentos gordurosos (58%) são vistas como as principais formas de controle do colesterol.

Outro dado preocupante é referente aos pacientes que precisam ter um controle mais rígido do colesterol ruim (LDL), como aqueles que já tiveram infarto ou AVC: 68% deles não sabem que tem que manter o colesterol ruim (LDL) abaixo dos 50mg/dL e apenas 34% dos diagnosticados com colesterol ruim (LDL) não controlado fazem uso de medicação para auxiliar na redução.

 


Novartis
https://www.novartis.com.br/



[1] Raal F, Kallend D, Ray K, et al. Inclisiran for Heterozygous Familial Hypercholesterolemia. N Engl J Med. 2020;382(16):1520–1530.

[2] Ray K, Wright R, Kallend D, et al. Two Phase 3 Trials of Inclisiran in Patients with Elevated LDL Cholesterol. N Engl J Med. 2020;382(16):1507–1519.

[3 Jeong, Su‐Min, et al. Effect of change in total cholesterol levels on cardiovascular disease among young adults.Journal of the American Heart Association7.12 (2018): e008819

[4] Saborowski M, Dölle M, Manns MP, et al. Lipid-lowering therapy with PCSK9-inhibitors in the management of cardiovascular high-risk patients: Effectiveness, therapy adherence and safety in a real world cohort. Cardiol J. 2018;25(1):32–41.

[5] (Stoekenbroek RM, Kallend D, Wijngaard PL, et al. Inclisiran for the treatment of cardiovascular disease: the ORION clinical development program. Future Cardiol. 2018;14(6):433–442.)

[6] Bernardi A, Olandoski M, Erbano LO, Guarita-Souza LC, Baena CP, Faria-Neto JR. Achievement of LDL-Cholesterol Goals after Acute Myocardial Infarction: Real-World Data from the City of Curitiba Public Health System. Arq Bras Cardiol. 2022 May 9;118(6):1018–25.

[7] Centers of Disease Control and prevention (CDC). Preventing High Cholesterol. Disponível em: https://www.cdc.gov/cholesterol/prevention.htm Acesso em maio de 2021.

[8] Adaptado de: Global Burden Disease https://vizhub.healthdata.org/gbd-compare/Global Burden Disease. Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) is an independent global health research center at the University of Washington. Disponível em https://vizhub.healthdata.org/gbd-compare/

[9] Global Burden Disease. Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME). Disponível em https://vizhub.healthdata.org/gbd-compare/. Acessado em 09/02/2022

[10] Ference BA et al. JACC 2018. 72(10):1141-56

[11] Ference BA et al. EHJ 2017. 38(32):2459-2472

[12] Ray KK, Wright RS, Kallend D, et al. Two Phase 3 Trials of Inclisiran in Patients with Elevated LDL Cholesterol. N Engl J Med. 2020;382(16):1507-1519. doi:10.1056/NEJMoa1912387

[13] Ference BA, Graham I, Tokgozoglu L, et al. Impact of Lipids on Cardiovascular Health: JACC Health Promotion Series. J Am Coll Cardiol. 2018 Sep 4;72(10):1141-1156.

[14] POP20221952 - Pesquisa Ipsos - Awareness Colesterol. Estudo quantitativo realizado pela Ipsos a pedido da Novartis no Brasil entre 16/12/2022 e 20/12/2022. Foram realizadas 1000 entrevistas online em amostra representativa da população brasileira. Margem de erro de 3.1 p.p.



Rinite: ambiente controlado diminuiu riscos de crises

Os ácaros são os maiores responsáveis em 80% dos casos


Muito frequente em crianças, a rinite alérgica atinge cerca de 30% a 35% da população. Trata-se de uma inflamação crônica da mucosa nasal, caracterizada clinicamente por espirros continuados, coriza e obstrução nasal.

 

A rinite causa uma grande queda na qualidade de vida, prejudicando sobremaneira as funções profissionais ou escolares. O bom funcionamento do nariz é importante, pois ele é responsável pelo transporte de ar, filtração, umedecimento, aquecimento do ar e olfato. 

 

O Dr. Clóvis Galvão, especialista em Alergia e Imunologia pela USP e diretor da Clínica Croce responde a algumas dúvidas sobre rinite:

 

1-   Quais são os principais alérgenos dentro de casa


Nos lares brasileiros são os ácaros, animais domésticos (quando a pessoa já é alérgica), fungos, restos de insetos (como baratas) e polens que estão presentes em algumas regiões do Brasil.

 

2-   O que pode desencadear uma crise de rinite?

Existem os fatores específicos (alérgenos) e inespecíficos (irritantes) como, por exemplo, poluição, produtos de limpeza, perfumes, cigarro, mudanças climáticas etc.

 

3-   Quais são as dicas para se ter um ambiente livre de ácaros?


De 70% a 80% dos casos são os ácaros os responsáveis pelas crises de rinite, por isso a importância de alguns cuidados no ambiente:


·        Deixe entrar sol nos cômodos;

·        Limpeza frequente com aspiradores com filtro de água;

·        Capas protetoras de travesseiro e colchão;

·        Manter os animais domésticos fora de casa e, principalmente, do quarto;

·        Combater fungos.

 

4-   Qual o tratamento mais eficiente contra a rinite?


O tratamento é baseado em três pilares: controle ambiental; medicamentoso (anti-inflamatório e sintomático); e imunoterapia alérgeno-específica (dessensibilização). Um tratamento adequado é fundamental para o controle do sintomas e melhora da qualidade de vida. 



Clínica Croce
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Alerta: inverno e pouca ingestão de água aumentam os casos de infecções urinárias

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Caso não sejam tratadas corretamente, as infecções podem se tornar mais graves, levando até a quadros de Sepse


Com a chegada do inverno, diversas doenças possuem aumento no número de casos. Alguns exemplos mais comuns são os problemas respiratórios, gripes, resfriados, entre outros, mas as infecções urinárias também se manifestam e devem ser tratadas o quanto antes. Nos últimos dias veio a público a história de Gabrielle Barbosa, de 20 anos, que teve seus pés e mãos amputados após uma infecção urinária. O caso da jovem acendeu um alerta: infecções urinárias devem ser tratadas com remédios certos e de forma ágil.

Existem dois tipos de infecção urinária, uma baixa (cistite) e a outra alta (pielonefrite). “A cistite é mais leve, com sintomas de ardência para urinar, dor abdominal e urgência miccional. A pielonefrite é um quadro mais grave, com dor nas costas e febre, e muitas vezes necessita de internamento para iniciar medicação endovenosa”, explica o médico clínico geral do Hospital Vita, Dr. João Carneiro. No caso de Gabrielle, médicos responsáveis pelo caso acreditam que tenha sido o segundo tipo, tendo em vista que a infecção, após alguns meses do tratamento, chegou até o fígado, se tornando generalizada, o que é chamada de Sepse. 

No inverno, é comum que os números aumentem por alguns motivos, entre eles uma ingestão menor de água. Ainda segundo o clínico geral, os principais sintomas são ardência para urinar, juntamente com dor na região da bexiga, alteração na cor e odor da urina e aumento na frequência urinária. Em casos mais graves, como o da jovem, os sintomas que surgem são febre e um mal-estar geral, podendo até progredir para desmaios. 


Diagnóstico e tratamento

O principal meio de diagnóstico é feito a partir dos sintomas relatados pelos pacientes, mas alguns exames são realizados para confirmação. Segundo Carneiro, o principal é o parcial de urina com cultura, seguido de outros exames e dependendo do quadro clínico. De acordo com a gerente-executiva da Biolag, Dra. Suelen Moraes, os principais materiais utilizados na coleta do exame são o frasco de boca larga e o frasco cônico. O primeiro é onde o paciente realiza a lavagem e inicia a coleta da urina e, após a coleta, o transfere para o segundo frasco, que é encaminhado para análise em laboratório. Ainda de acordo com a biomédica, 99% das infecções urinárias em pacientes ambulatoriais é causada pela bactéria Escherichia coli.

A FirstLab, empresa com atuação no desenvolvimento de soluções para o mercado da saúde, produz materiais utilizados nas fases pré-analítica e analítica, e se destaca pela preocupação com a sustentabilidade, ao utilizar menos plásticos e  resíduos de perdas na fabricação de novos itens, mas sem diminuir a resistência e qualidade. O laboratório Biolag utiliza os materiais produzidos pela empresa, e a gerente-executiva ressalta os diferenciais da empresa. “Somos parceiros há mais ou menos um ano e meio, e o principal diferencial é a presença da área comercial no atendimento, estando junto com o laboratório entendendo as necessidades e buscando soluções, inclusive em proporcionar a visita na área produtiva, onde podemos acompanhar de perto a qualidade da empresa. Temos a responsabilidade de buscar empresas que tenham também a preocupação com a sustentabilidade”. 

Caso o diagnóstico dê positivo para a infecção urinária, o tratamento é feito com antibióticos, e o tempo de cura depende de cada paciente. De acordo com Carneiro,  médico do Hospital Vita , alguns casos são tratados em dose única, já outros tratamentos duram entre dez e 14 dias, como é o caso da pielonefrite, um tipo de infecção urinária mais grave e com sintomas mais graves.
Em casos mais graves, como, por exemplo, a progressão da infecção para uma Sepse, o diagnóstico rápido e certeiro pode salvar vidas. A empresa brasileira Mobius Life Science fornece kits para identificação de patógenos e genes de resistência aos pacientes sépticos. Se o diagnóstico é feito rapidamente, identificando o patógeno responsável pela infecção, e o tratamento for iniciado no intervalo de poucas horas, o paciente tem mais chance de sobreviver e ficar sem sequelas. 


Cuidados no inverno

Nessa época do ano, alguns cuidados devem ser redobrados, a fim de evitar as infecções. Entre os principais, é necessário aumentar a ingestão de líquidos, principalmente água, que costuma ter a quantidade reduzida no inverno. Também é preciso consumir frutas e verduras. Utilizar roupas íntimas mais leves também é indicado, pois roupas apertadas retém calor e facilitam a proliferação de bactérias. 



FirstLab
https://firstlab.ind.br/

Infecções respiratórias podem ser prevenidas

Saiba como o vírus sincicial respiratório, conhecido como VSR, pode ser identificado e prevenido

 

Com a chegada do inverno, as campanhas de vacinação para a gripe se intensificam. Nessa estação, há uma diminuição da umidade do ar, deixando as mucosas do trato respiratório ressecadas e mais propícias à irritação. Além disso, pela baixa temperatura os ambientes tendem a ficar fechados, abafados e como as partículas ficam suspensas no ar, aumentam a contaminação de vírus, bactérias e alérgenos.

Na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, as internações por quadros respiratórios, em leitos pediátricos, representam a principal causa de internação entre março e junho de 2023 englobando os diagnósticos de gripes, bronquiolite, broncoespasmos  e pneumonias, correspondendo a cerca 60% das internações. 

Além  do vírus Influenza, outro  vírus atinge o sistema respiratório, é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), afetam mais o público infantil e idoso, podendo ser fatal para esse público em questão. O VSR é o mais prevalente, podendo ser encontrado em até 40% das pesquisas virais, de acordo com a Rede São Camilo de São Paulo. Isso reforça a importância da vacinação durante o inverno para prevenir o vírus H1N1, por exemplo. 

“O VSR em si não possui um imunizante, e sim, um medicamento indicado para que as pessoas possam se proteger do vírus. Porém, é necessária a prescrição desse medicamento e ele só é indicado para o período de sazonalidade do vírus”, comenta a infectologista pediátrica da Rede São Camilo, Claudia Maruyama.


Sintomas e Prevenção

Maruyama destaca os principais sintomas e as formas de prevenção do VSR. Entre os principais sintomas do vírus sincicial respiratório estão dores de garganta, chiado no peito, febre baixa, dores de cabeça, tosse e espirros. Nos casos mais graves, pode levar a pneumonia e insuficiência respiratória aguda grave, levando a necessidade de intubação orotraqueal. 

Atualmente, a primeira vacina contra o vírus sincicial respiratório foi aprovada este ano nos Estados Unidos desenvolvida pela empresa GSK indicada para  as pessoas a partir dos 60 anos de idade.  

Logo, as principais maneiras de prevenir vírus como o VSR, são:

  • Vacinar-se e vacinar os pequenos contra a gripe. O vírus Influenza também é uma causa de infecções respiratórias graves;
  • Não frequentar aglomerações com bebês ou crianças pequenas, elas são o público mais atingido pelo vírus sincicial;
  • Ficar atento ao quadro de sintomas nas crianças é importante para a identificação precoce do vírus;
  • Usar a máscara se estiver com algum sintoma;
  •  Higienização constante das mãos com água e sabão ou álcool 70%;
  • Manter ambientes internos sempre ventilados, evitar ambientes fechados, abafados e evitar contato com pessoas sintomáticas;
  • Manter alimentação e hidratação adequada.


Cenário da vacinação no Brasil

A vacinação é algo cada vez mais importante para a sociedade, seja a BCG, a vacina contra pólio, Covid-19 e HPV o imunizante é responsável por proteger as formas graves, diminuindo os riscos de internação, disseminação da doença e óbitos, podendo levar até a erradicação da doença. Especialmente após a pandemia da Covid-19, imunizantes se tornaram assunto ainda mais presente nas conversas do dia a dia da população.

A cobertura vacinal vem apresentando uma queda considerável, segundo o Ministério da Saúde, a cobertura vacinal do país em 2022 ficou em cerca de 67,94%, sendo que o recomendado é acima de 95%. Nesse cenário, entender como as vacinas são feitas pode ser uma alternativa para a desinformação. 

De acordo com a infectologista pediátrica na Rede de Hospitais São Camilo, Claudia Maekawa Maruyama, as vacinas foram responsáveis por erradicar somente a varíola. o imunizante tem por objetivo prevenir algumas doenças infecciosas ou a sua forma grave, diminuindo os riscos de internação, disseminação da doença e óbitos, podendo levar até a erradicação da doença. “Doenças como paralisia infantil, sarampo, rubéola, coqueluche, tétano, entre outras, não estão erradicadas, mas são efetivamente controladas pela vacinação”, comenta. 

É importante ressaltar que todos os imunizantes no Brasil são regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que possam ser disponibilizados nas redes de saúde. 

 

Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

 

Fez uma cirurgia de urgência? Aprenda a evitar complicações pós-cirúrgicas

Equipe médica e paciente precisam seguir protocolos e orientações para que tudo transcorra da melhor forma possível


Quando se trata de cirurgias de urgência, a atenção muitas vezes é direcionada para o sucesso da intervenção em si. No entanto, é igualmente importante garantir que os pacientes tenham uma recuperação segura e livre de complicações após o procedimento. As complicações pós-cirúrgicas podem ter um impacto significativo na saúde e no bem-estar dos pacientes. Para evitar possíveis complicações, equipe médica e paciente precisam tomar cuidados importantes no pós-operatório.

Uma das principais medidas para prevenir complicações pós-cirúrgicas é a implementação de protocolos rigorosos de controle de infecções. Isso inclui a esterilização adequada de equipamentos, higienização das mãos, uso de antibióticos profiláticos e monitoramento contínuo para identificar precocemente qualquer sinal de infecção.

Além disso, é fundamental garantir uma adequada prevenção de trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar, que são complicações graves que podem ocorrer após cirurgias de urgência. Medidas preventivas, como o uso de meias de compressão, medicamentos anticoagulantes e a mobilização precoce dos pacientes, têm se mostrado eficazes na redução do risco dessas complicações.

“Outro aspecto importante é o cuidado com a incisão cirúrgica. A atenção adequada aos curativos e a prevenção de infecções no local da incisão são essenciais para promover uma cicatrização adequada e evitar complicações como a abertura dos pontos”, explica o cirurgião de urgência e emergência e CEO do Grupo Surgical, Bruno Pereira.

O médico ressalta que toda intervenção médica tem seus riscos e, mesmo tomando os cuidados necessários, pode haver complicações. “As cirurgias de urgência e emergência são feitas em condições diferentes de uma cirurgia eletiva. Por isso, é importante redobrar os cuidados. Felizmente, a medicina evoluiu muito e os resultados costumam ser muito positivos. Mas é importante ressaltar que, além da equipe médica, o paciente tem um grande papel em sua recuperação”, comenta.

Confira alguns cuidados que devem ser tomados pelo paciente:

- Siga as instruções médicas: ouça atentamente as instruções do seu médico e siga-as rigorosamente. Isso pode incluir tomar medicamentos prescritos, fazer curativos ou cuidados específicos com feridas ou realizar exercícios de reabilitação.

- Descanse adequadamente: é essencial dar tempo ao seu corpo para se recuperar. Siga as orientações sobre repouso e evite atividades extenuantes durante o período de recuperação inicial.

- Alimente-se adequadamente: uma dieta saudável e equilibrada pode ajudar na recuperação pós-cirúrgica. Siga as recomendações do seu médico ou nutricionista em relação à alimentação, especialmente se houver restrições alimentares ou necessidade de dieta específica.

- Cuide da incisão cirúrgica: se você tiver uma incisão, mantenha-a limpa e seca. Siga as instruções do seu médico sobre troca de curativos e cuidados com a ferida. Observe sinais de infecção, como vermelhidão, inchaço, drenagem ou dor excessiva, e informe seu médico se notar algum problema.

- Previna complicações: tome medidas para prevenir complicações pós-operatórias, como trombose venosa profunda (TVP) ou infecções respiratórias. Faça exercícios para prevenir coágulos sanguíneos, movimentando-se conforme orientação médica. Seja cuidadoso ao tossir, respirar profundamente ou fazer esforços, especialmente se o sistema respiratório estiver envolvido na cirurgia.

- Siga as restrições: respeite as restrições impostas pelo médico, como evitar levantar objetos pesados, dirigir ou participar de atividades físicas intensas durante um determinado período de tempo. Essas restrições são importantes para permitir que o corpo se cure adequadamente e evite complicações.

- Monitore os sinais de alerta: esteja atento a qualquer sinal de alerta durante a recuperação, como febre persistente, dor intensa, sangramento excessivo, dificuldade respiratória ou outros sintomas incomuns. Caso ocorram, informe imediatamente o seu médico.

- Siga o cronograma de consultas de acompanhamento: é provável que você precise fazer visitas de acompanhamento com o médico após a cirurgia. Essas consultas são importantes para monitorar sua recuperação, remover pontos ou suturas, ajustar medicamentos e responder a quaisquer perguntas ou preocupações que você possa ter.

“É fundamental lembrar que esses são cuidados gerais, e cada paciente pode ter necessidades específicas. Portanto, é importante seguir as instruções fornecidas pelos profissionais de saúde responsáveis pelo seu cuidado pós-operatório”, reforça o médico.


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