Pesquisar no Blog

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Os dados que você precisa sobre câncer de mama estão no Radar do Cânce

O Radar do Câncer foi idealizado pelo Oncoguia e criado com o objetivo de auxiliar pesquisadores, repórteres, associações, secretários de saúde e interessados a entender os impactos dos diferentes tipos de câncer na população brasileira, bem como identificar possíveis gaps no tratamento e na assistência desses pacientes.

Organizamos diversas fontes públicas de uma forma prática e fácil de consultar para que os interessados possam utilizar esses dados para apoiar as decisões estratégicas e a criação de políticas públicas paras as diferentes regiões e tipos de câncer.

Essa nossa organização das informações e apresentação de forma fácil e prática para os interessados tem como intuito auxiliar nos seguintes tópicos:

  • Transparência na gestão pública;
  • Contribuição da sociedade na fiscalização da gestão pública;
  • Políticas públicas mais efetivas;
  • Aprimoramento na qualidade dos dados governamentais.

O radar pode ser acessado em: http://radardocancer.org.br/ e temos um recorte especial, atualizado, sobre câncer de mama, em: http://radardocancer.org.br/painel/mama/

 

Sobre o Oncoguia

O Oncoguia é uma ONG que há 10 anos apoia, informa e defende os direitos dos pacientes com câncer, com o propósito de fortalecer, encorajar e guiar todas as pessoas que convivem com a doença para que passem por esse desafio da melhor forma possível.

 


Fonte: Luciana Holtz de Camargo Barros (Presidente e Diretora Executiva, Psicóloga, Psico-Oncologista, Especialista em Bioética). Temos também médicos oncologistas onluntários e podemos ajudar na busca por pacientes para personagem.

 

Amamentação protege contra o câncer de mama, mas não 'blinda' mulheres: é preciso prestar atenção a mudanças nos seios e no leite

Médica esclarece as principais dúvidas sobre o assunto


Ninguém duvida dos benefícios do aleitamento materno para a saúde do bebê, mas amamentar pode oferecer vantagens às mães que vão muito além de um maior vínculo com o filho. A prática pode ser uma aliada para se prevenir o câncer de mama, que, este ano, deve atingir cerca de 66 mil mulheres no Brasil. Dados do Ministério da Saúde mostram que o risco de contrair a doença, a neoplasia que mais mata mulheres no país, diminui 4,3% a cada 12 meses de duração do aleitamento. "Alguns processos que acontecem durante a amamentação levam à morte de células que poderiam se tornar malignas, diminuindo, desta forma, as chances de tumores nas mamas. Além disso, as taxas de determinados hormônios que favorecem o surgimento desse tipo de câncer também caem", explica a pediatra Patrícia Rezende, do Grupo Prontobaby.

Durante o Outubro Rosa, mês da campanha para conscientização sobre o câncer de mama, a médica diz que é importante alertar as mães sobre eventuais mudanças nos seios e no leite durante o período de amamentação. Isso porque o aleitamento, embora seja uma proteção, não "blinda" completamente as mulheres contra a doença. "O câncer pode surgir, ainda que raramente. É comum que dutos de leite entupidos endureçam a região dos seios, mas é preciso um acompanhamento médico para ver se não se trata de um nódulo. As mulheres devem ficar também atentas a caroços, pequenas ondulações na pele, vermelhidão, alterações na cor do leite", diz a médica.

Caso haja alguma alteração, a mulher pode fazer mamografia durante a amamentação? Se o diagnóstico for confirmado, ela pode continuar oferecendo o seio ao bebê? A mulher que já teve câncer de mama pode amamentar? As dúvidas sobre o tema são muitas. Para esclarecer, a pediatra respondeu a algumas das principais questões sobre o assunto. Confira:

É possível fazer a mamografia durante a fase e amamentação?

Sim, mas o diagnóstico pode ser mais difícil e talvez sejam necessários exames adicionais. Por isso, é importante verificar com o médico se o exame deve ser feito nesse momento, principalmente se o desmame estiver programado para logo depois.


A mulher pode desenvolver câncer de mama durante a amamentação ou logo após parar o aleitamento?

Sim, a mulher pode desenvolver câncer de mama mesmo amamentando ou logo após ter parado, já que a prática protege, mas não a torna imune ao câncer de mama, É importante que, durante essa fase, as mulheres não confundam um duto de leite entupido com um tumor. Caso sintam algum nódulo endurecido, devem procurar o médico.


Uma mulher que já teve câncer de mama pode amamentar?

Cada caso deve ser analisado individualmente. Se a mulher, por exemplo, teve que retirar a glândula da mama, não vai ter as células que produzem o leite e, por isso, não poderá amamentar. O diagnóstico de câncer de mama não é uma proibição para uma amamentação futura, mas cada caso deve ser avaliado junto ao médico.


Alteração no cheiro e coloração do leite materno podem significar alguma doença?

Algumas vezes, sim. No entanto, no início da amamentação, é comum sair um leite de coloração um pouco amarronzada ou acobreada, e isso é normal. A melhor coisa a se fazer é passar para o seu médico toda a alteração que houver, para que ele possa avaliar se é alguma mudança patológica ou não.


Como posso estimular minha produção de leite se já tive câncer de mama?

A ideia é pensar em estimular com maior intensidade a mama preservada. Você pode pensar em oferecê-la ao bebê com maior frequência após o nascimento e, desde o princípio, aumentar a intensidade do estímulo, fazendo ordenhas manuais ou com bomba elétrica após cada mamada.


É arriscado amamentar após o câncer de mama?

Os estudos já comprovaram que a amamentação após a remissão da doença não aumenta os riscos de reincidência.


É possível amamentar durante o tratamento contra o câncer de mama? E logo depois?

Durante o tratamento, não. Logo após o término, vai depender do que foi feito e da duração do tratamento. Cada caso tem que ser analisado individualmente.


A mulher que fez implante de silicone terá mais dificuldade para receber o diagnóstico de câncer de mama? E para amamentar?

Mesmo cirurgias pouco invasivas podem alterar amamentação. A prótese pode sim dificultar o diagnóstico do câncer de mama e o aleitamento. A maior parte das técnicas atuais não lesiona as glândulas, porém, pode haver, no corte do mamilo, alteração na enervação que leva à dificuldade de amamentação.


O Mau Hálito e a Qualidade de Vida

 Estudo mostra o efeito que a halitose tem na vida dos pacientes


Baseados em informações fornecidas por pacientes durante as avaliações para diagnosticar as causas e consequências da halitose, membros da Associação Brasileira de Halitose (ABHA) observaram que muitos têm em comum a perda de qualidade de vida. A partir dessas informações, a ABHA fez uma pesquisa para saber se essa perda é uma causa ou uma consequência da halitose. Intitulada “O Mau Hálito e a Qualidade de Vida”, a pesquisa foi realizada em âmbito nacional, no ano de 2008.

Num total de 127 entrevistados, verificou-se que 76% dos participantes foram alertados por pessoas de seu convívio social e/ou familiar. E, embora 49% dos participantes tenham recebido o alerta com constrangimento, 48% acharam que quem o alertou fez bem, 35% interpretaram esta atitude como uma demonstração de afeto e 10% consideraram que a pessoa que o alertou foi corajosa. 

Constatou-se neste estudo que 99% desses participantes acham que quem tem halitose deve ser alertado. “Este dado é de extrema relevância, pois derruba o mito de que a pessoa portadora de halitose se sente ofendida e de que não se deve alertar sobre o problema”, afirma a Dra. Cláudia C. Gobor, atual conselheira e ex-presidente da Associação Brasileira de Halitose.

A maioria (88%) considera que a halitose tenha provocado mudanças em sua vida. Sendo 36% no âmbito social, 30% afetivo e/ou 31% profissional. Eles acreditam que a halitose os tenha tornado retraído (23%), inseguro (26%), com baixa auto-estima (14%), anti-sociais (14%), tristes (10%), deprimidos (5%) e/ou extremamente triste (3%). 

Gobor explica que os dados acima são muito comuns e preocupantes. “A Halitose é um problema que deve ser levado a sério. Isso porque, além da saúde física, ela afeta também a saúde psicológica das pessoas”, comenta. Por fim, 92% dos pacientes pesquisados revelaram que a halitose prejudica sua qualidade de vida, sendo que 64% destes classificaram este prejuízo como “muito” ou “totalmente”.

"Embora a halitose não seja uma doença, ela costuma provocar mudanças no padrão comportamental do indivíduo e que estas acabam por afetar suas relações interpessoais, sua segurança, espontaneidade e auto estima, o que termina por comprometer a sua saúde emocional”, alerta a especialista. Sabe-se que a saúde emocional é de fundamental importância para todos os aspectos da vida do indivíduo e, portanto, podemos afirmar que todos os profissionais da área da saúde, em especial médicos, dentistas e psicólogos devem dar uma atenção especial a esta queixa em seus pacientes.

Outro fator importante que a pesquisa revelou é que a população deve, sim, falar abertamente sobre este assunto e avisar, sem receios, a pessoa que possui o hálito alterado. “Os benefícios deste ato serão bem maiores que quaisquer constrangimentos que possam haver”, explica Gobor. A pesquisa revelou que, após sentirem um eventual constrangimento, 93% dos portadores de mau hálito desenvolveram um sentimento de gratidão e admiração com relação à pessoa que lhes avisou, por terem sido comunicadas de seu problema e permitir-lhes assim, procurar ajuda.

 


Dra. Cláudia Christianne Gobor
Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose
Ex-Presidente da Associação Brasileira de Halitose e Atual Conselheira Consultiva
https://www.bomhalitocuritiba.com.br/
Instagram: @bomhalitocuritiba

Facebook: @bomhalitocuritiba


SAÚDE: Ação leva mutirão de cirurgia para crianças com deformidades nas mãos

 

Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão realizará serviço em diversas localidades do Brasil


Médicos cirurgiões da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM) realizarão mutirão para procedimentos em crianças que possuam algum tipo de deformidade grave nas mãos ou membros superiores, em diversas localidades do Brasil.

Uma das ações será em Niterói, no Rio de Janeiro, onde os procedimentos ocorrerão no Hospital Getúlio Vargas de Niterói (Getulhinho). Para participar, as inscrições podem ser feitas até o dia 3 de novembro, no link https://bit.ly/3p3ko6u. Os responsáveis pela criança devem acessar o formulário de cadastro e preencher os campos com as informações solicitadas, descrevendo o problema que requer a cirurgia. Todos os formulários serão avaliados quanto a possibilidade de tratamento na campanha e, se o caso for escolhido, a equipe responsável pela ação social vai entrar em contato para passar as orientações sobre a avaliação médica e o agendamento da cirurgia.

Outro local que receberá o mutirão será Belém, no Pará. Os procedimentos serão realizados de 1 a 2 de novembro, na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, das 7h às 18h, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública, Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Pará e Associação Médica Brasileira (AMB).

Todos os serviços credenciados da SBCM, em várias partes do Brasil, também se organizam para a realização da ação.

Deformidades que poderiam ser satisfatoriamente corrigidas na infância acabam desenvolvendo deficiências físicas definitivas na vida adulta, resultando, pelo expressivo número de casos, em uma enorme perda de força produtiva à nação e elevando custos institucionais de incentivo à inclusão social e de inserção no mercado de trabalho. A Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão, consciente da gravidade deste cenário, decidiu dedicar o ano de 2021 ao tema de atenção às mãos das crianças, concentrando suas ações no tratamento cirúrgico das deformidades congênitas e lesões traumáticas da mão pediátrica.

 


SBCM - Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão

http://www.cirurgiadamao.org.br/

 

Anvisa concede registro sanitário de novo medicamento para o tratamento de câncer de mama em estágio avançado

Trastuzumabe deruxtecana é resultado da colaboração global entre Daiichi Sankyo e AstraZeneca. Tecnologia, destinada a tratamento de adultos com câncer de mama HER2+ metastático, deve chegar ao mercado brasileiro no primeiro semestre de 2022

 

Os laboratórios Daiichi Sankyo e AstraZeneca estabeleceram uma parceria tecnológica para o desenvolvimento de tratamentos para tumores HER2+. O trastuzumabe deruxtecana, que acaba de ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), representa um avanço da ciência no desenvolvimento de terapias-alvo, nas quais os fármacos são direcionados apenas às células cancerígenas.

Voltado ao tratamento de tumores HER2+, considerados mais agressivos e com tendência à metástase, o medicamento é um ADC (conjugado anticorpo-medicamento) injetável com indicação em monoterapia para o tratamento de adultos com câncer de mama HER2+ metastático ou não ressecável, que tenham recebido dois ou mais regimes de tratamento baseados em anti-HER2. ¹

ADC é a sigla em inglês para conjugado anticorpo-medicamento. É uma terapia alvo que usa um biomarcador como alvo para o tratamento. É conhecida entre os médicos como uma estratégia "Cavalo de Tróia", porque o anticorpo carrega com ele um fármaco que só vai ser ativado quando o anticorpo se ligar à célula cancerosa. ²

O tratamento com trastuzumabe deruxtecana consiste em aplicações a cada 3 semanas, até a progressão da doença ou toxicidade não manejável. A infusão inicial é de 90 minutos, enquanto as subsequentes podem durar 30 minutos.

De acordo com o Global Cancer Observatory (GLOBOCAN), em 2020, o câncer de mama ultrapassou os tumores de pulmão e se tornou o tipo de câncer mais incidente em todo o mundo. ³ Uma em cada 8 mulheres desenvolverá a doença durante a vida. ⁴ No caso dos pacientes com câncer de mama, cerca de 15% a 20% dos casos serão HER2+.

"O registro sanitário do medicamento no Brasil representa esperança para pacientes e familiares, visto que neste estágio, quando há progressão da doença as opções sequenciais de tratamento ficam limitadas. Com a aprovação no Brasil do trastuzumabe deruxtecana, ampliam-se as expectativas, com qualidade de vida e boa tolerância ao medicamento.", explica Gabriela Prior, diretora de Assuntos Médicos da Daiichi Sankyo Brasil.


Sobre a divisão de Oncologia da Daiichi Sankyo

Comprometida em proporcionar qualidade de vida e bem-estar para as pessoas, a Daiichi Sankyo é uma empresa mundialmente orientada à pesquisa e inovação de medicamentos. Para seguir seu compromisso em oncologia, a companhia está empenhada em transformar a ciência, a fim de criar tratamentos significativos para pacientes com câncer nos mais altos padrões de excelência e qualidade.

 


Daiichi Sankyo

https://www.daiichisankyo.com.br

 

Mitos e verdades sobre Acondroplasia: entenda tudo sobre o tipo mais comum de nanismo

O diagnóstico é feito somente na infância? Apenas pais portadores podem ter filhos com a doença? Médico explica as principais questões acerca do assunto

 

Com incidência em 1 a cada 25 mil nascidos vivos, a acondroplasia é considerada uma doença rara, mas, ainda assim, é o tipo mais comum de displasia óssea desproporcional, que leva ao nanismo (1). Ainda que a baixa estatura seja o sintoma mais perceptível, a condição traz outros quadros clínicos que precisam ser acompanhados e tratados o quanto antes, portanto o diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença para que o indivíduo tenha mais qualidade de vida e que possa lidar com a prevenção de comorbidades.

"Em geral, os indivíduos com acondroplasia tem uma expectativa de vida cerca de 10 anos menor à de uma pessoa sem a mesma condição (2). Além disso, as crianças com menos de dois anos tem um risco aumentado de problemas devido à uma irregularidade na junção craniocervical. Portanto, ao receber a confirmação do diagnóstico, é essencial que a criança tenha acesso a uma equipe multidisciplinar, já que podem surgir complicações neurológicas, respiratórias e ortopédicas já na primeira infância", explica o endo pediatra Dr. Paulo Solberg.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), considera-se uma doença rara quando esta apresenta até 65 em cada grupo de 100 mil pessoas. No Brasil, cerca de 75% das doenças raras se manifestam na infância e, muitas vezes, esses pacientes se consultam com até 10 médicos de especialidades diferentes para chegarem no diagnóstico correto (3). Dessa forma, aumentar a discussão sobre acondroplasia é uma maneira de adiantar um possível diagnóstico e informar a sociedade sobre essa questão, além de fomentar a inclusão social e clínica da condição.

Abaixo o endo pediatra responde as principais dúvidas sobre acondroplasia:

Todos os tipos de nanismo apresentam os mesmos sintomas e causas.

Mito. O nanismo pode ser desencadeado por diferentes motivos, entretanto os principais são: o nanismo causado por uma displasia óssea, sendo a acondroplasia a mais comum, e o nanismo hipofisário. No último, a baixa estatura é resultado da produção insuficiente de hormônio do crescimento em que os membros crescem de forma harmônica e proporcional ao resto do corpo e o tratamento com hormônio do crescimento é recomendado (4). Já no nanismo causado pela acondroplasia, ocorre uma mutação no gene FGFR3 que passa a atuar de forma exagerada e impede o crescimento normal do indivíduo que, além da baixa estatura, apresenta também como sintoma o crescimento desproporcional dos ossos longos, assim como outros sintomas ortopédicos, neurológicos e respiratórios. Nesse caso, os tratamentos sugeridos são cirurgias de correção. "Contudo, a evolução da ciência tem proporcionado novas formas de incentivar o crescimento ósseo, reduzindo os malefícios da condição", conta.


O diagnóstico pode ser feito durante a gestação.

Verdade. A partir do terceiro trimestre de gestação é possível ter uma suspeita diagnóstica durante a ecografia de rotina, que mede os ossos longos do feto e para confirmar pode ser feito a amniocentese, um exame que se consiste na coleta do líquido amniótico para realizar a procura pela mutação no gene FGFR3 ou exames de imagem clínica como radiografias. Além disso, atualmente existem técnicas mais avançadas não invasivas que através do sangue materno se extrai células fetais e se procura a mutação. Mas, na maioria dos casos, espera-se o bebê nascer para que o diagnóstico seja feito com certeza.


Apenas pais com a acondroplasia podem ter filhos com a mesma condição.

Mito. Mesmo que se trate de uma doença genética, cerca de 80% dos casos de acondroplasia possuem origem em novas mutações, ou seja, a criança nasce com a doença mesmo que seus pais não tenham acondroplasia e apenas 20% dos casos são recorrentes de pais com a doença. Vale ressaltar que a idade pode influenciar, já que pais com mais de 45 anos têm maior risco de terem filhos com alguma doença genética, incluindo a acondroplasia (5). Além disso, por se tratar de uma doença autossômica dominante, se apenas um dos pais tiver doença, a probabilidade de terem um filho com a mesma condição é de 50%.

"Alguns pais ficam surpresos ao receberem o diagnóstico de acondroplasia dos seus filhos, já que não são portadores e não possuem nenhum histórico familiar, porém grande parte dos casos da doença são origem de novas mutações do gene naquela gestação. Essa mutação ocorre a partir de uma região do nosso DNA que está mais sujeita a esse tipo de evento, já que se observa em mais de 95% dos pacientes a mesma troca genética na mesma região, também conhecidos como regiões de hot spots. Entretanto, até o momento não está claro o motivo dessa região estar mais suscetível a mutações", complementa o Dr. Paulo Solberg.


A baixa estatura é o único sintoma da acondroplasia.

Mito. Além da baixa estatura, em que os homens apresentam uma altura média de 130 cm (variando de 120 a 145 cm) e as mulheres tenham uma altura média de 125 cm (variando de 115 a 137 cm), os indivíduos também podem apresentar cabeça de maior tamanho, testa proeminente, curvatura excessiva na coluna lombar, pernas arqueadas, articulações hiperextensíveis, infecções no ouvido recorrentes que podem levar à perda auditiva, atraso em alguns marcos de desenvolvimento infantil como caminhar, apneia do sono, obesidade, pressão arterial elevada e doença cardíaca. (6)

"As pessoas com acondroplasia podem lidar com diversas complicações ao longo da vida relacionadas à doença e por isso precisam de um acompanhamento médico reforçado desde o nascimento. Com o passar do tempo as especialidades médicas mais importantes mudam de acordo com as suas necessidades, mas a partir dos primeiros meses de vida é essencial que o paciente passe a se consultar com o otorrinolaringologista, neurologista, geneticista, pediatra e especialista de sono", explica o médico.


Não existe cura para acondroplasia.

Verdade. Até o momento, não foi encontrado uma cura para acondroplasia. Porém, já existe um tratamento em aprovação em diversos países, inclusive no Brasil, para bloquear o sinal controlado pelo gene defeituoso FGFR3, permitindo o crescimento ósseo em crianças com acondroplasia.

No entanto, realiza-se atualmente um tratamento com foco em controlar todas as complicações e sintomas relacionados à acondroplasia. Para o déficit de crescimento, o hormônio de crescimento é pouco efetivo e pode-se recorrer à cirurgia de alongamento, porém trata-se de um procedimento complexo que ao ser escolhido necessita de um acompanhamento multidisciplinar. (7)

 


BioMarin - empresa global de biotecnologia que desenvolve e comercializa terapias inovadoras para doenças genéticas raras, graves e com risco de vida.

 



Referências
1. https://www.achondroplasia.com/pt-br/what-is-achondroplasia/. Acesso em 07 de julho de 2021.
2. 10-year reduction in overall life expectancy.Wynn J, et al. Am J Med Genet A. 2007;143A:2502-2511. Hunter AGW, et al. J Med Genet. 1998;35:705-712. 4Hecht JT, et al. Am J Hum Genet. 1987;41:454-464. 5Simmons K, et al. Birth Defects Res A Clin Mol Teratol. 2014;100:247-249.
3. https://muitossomosraros.com.br/visao-geral/raras-porque/. Acesso em 07 de julho de 2021. 4. https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/nanismo/. Acesso em 07 de julho de 2021. 3. https://muitossomosraros.com.br/visao-geral/raras-porque/. Acesso em 07 de julho de 2021.
4. https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/nanismo/. Acesso em 07 de julho de 2021.
5. Glass, L., Shapiro,I., Hodge, S. E., Bergstrom, L., & Rimoin, D. L. (1981). Audiological f indingsofpatientswithachondroplasia.Internationaljournalofpediatricotorhinolaryngology, 3(2), 129-135.
6. Bober, M. and A. Duker. Achondroplasia. 2013 [cited 2017 10/05]; Available from: https://www.orpha.net/consor/cgi-bin/Disease_Search.php?lng=EN&data_id=148&Disease_Disease_Search_diseaseGroup=achondroplasia&Disease_Disease_

Search_diseaseType=Pat&Disease(s)/group%20of%20diseases=Achondroplasia&title=Achondroplasia&search=Disease_Search_Simple.Bober, M. and A. Duker. Achondroplasia. 2013 [cited 2017 10/05]; Available from: https://www.orpha.net/consor/cgi-bin/Disease_Search.php?lng=EN&data_id=148&Disease_Disease_Search_diseaseGroup=achondroplasia&Disease_Disease_Search_diseaseType=Pat&Disease(s)/group%20of%20diseases=Achondroplasia&title=Achondroplasia&search=Disease_Search_Simple.
7. https://somostodosgigantes.com.br/nanismo-acondroplasico-e-o-mais-comum/. Acesso em 08 de julho de 2021.



Mais de 10 milhões de vidas podem ser perdidas, até 2050, pelo fenômeno da resistência antimicrobiana

Mais de 70% das bactérias que causam infecções são resistentes a, pelo menos, um dos medicamentos mais comumente usados para tratá-las

 



Vários estudos têm alertado que, mais de 70% das bactérias que causam infecções associadas aos cuidados de saúde, são resistentes a pelo menos um dos medicamentos mais comuns em seu tratamento. Tais doenças estão intimamente ligadas à resistência antimicrobiana e, muitas vezes, são causadas por um risco maior de estirpes resistentes de bactérias encontradas no corpo. A resistência antimicrobiana tem sido uma das questões de saúde global mais urgentes atualmente, devido suas consequências.

Informações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) alertam sobre a magnitude do problema caso medidas imediatas não forem tomadas, pois o número de mortes causadas por bactérias resistentes poderá aumentar para 10 milhões de vidas por ano até 2050, com um custo cumulativo para a produção econômica global de 100 trilhões de dólares.

Com o objetivo de aumentar a conscientização global sobre a resistência microbiana, a Organização Mundial da Saúde (ONU), tem promovido discussões sobre o tema, além de incentivar as melhores práticas entre o público em geral, trabalhadores da saúde e formadores de políticas públicas para prevenirem o desenvolvimento e a propagação de infecções resistentes aos antimicrobianos.

No Brasil, em 2012, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), instituiu a Câmara Técnica de Resistência Microbiana (Catrem), com a finalidade de assessorar a Diretoria Colegiada (Dicol) na elaboração de normas e medidas para o monitoramento, o controle e a prevenção da resistência microbiana em serviços de saúde no país. Posteriormente, foi criado o Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde, estabelecendo metas para o enfrentamento do problema por aqui.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a resistência antimicrobiana é o fenômeno resultante da capacidade de certos microrganismos, como bactérias e vírus, de neutralizar o efeito de medicamentos, como os antibióticos. Ela surge através da mutação do microrganismo ou da aquisição do gene de resistência.

A gerente clínica de Medical Solutions da Essity Brasil, Rosângela Oliveira, ressalta que escolas e hospital merecem uma especial atenção à proliferação de doenças mais comuns, que podem ser verdadeiros vilões da resistência antimicrobiana. “Como os sistemas imunológicos das crianças não estão totalmente desenvolvidos e a exposição à infecção é parte de seu processo de desenvolvimento, reunir crianças pequenas em um espaço confinado é sinônimo de propagação de doenças”, destaca Rosangela.

Embora algumas doenças sejam inevitáveis, melhores padrões de higiene nas pré-escolas e escolas, como o incentivo à higienização das mãos, têm um impacto positivo relacionado à saúde.

A resistência antimicrobiana coloca doenças em risco de complicação que podem, eventualmente, levar à morte. Em um cenário menos negativo, as infecções provenientes de bactérias multirresistentes, adquiridas em hospitais, resultam em estadias prolongadas dos pacientes.

“A boa notícia é que até 70% das infecções associadas aos cuidados de saúde podem ser prevenidas, e a maneira mais eficaz e econômica é melhorar os padrões tanto de saneamento hospitalar, quanto de higiene das mãos entre os profissionais de saúde e a população geral. Outro ganho é a utilização de produtos inovadores e focados no tratamento avançado de feridas, como as fitas adesivas Leukoplast® ou o uso de curativos Cutimed®, que utilizam uma abordagem específica para reduzir a carga biológica em feridas, e que podem auxiliar na redução do uso excessivo de antibióticos”, pontua a gerente clínica da Essity Brasil.

Obviamente, existem formas simples e eficazes na solução da resistência antimicrobiana. Evitar a automedicação, não pedir antibióticos aos médicos quando não for necessário e seguir à risca as instruções do tratamento prescrito é, sem dúvidas, a mais importante, assim como a lavagem regular das mãos e práticas higiênicas na vida diária, ajudam a prevenir infecções.

A resistência antimicrobiana é a maior ameaça global aos sistemas de saúde pública. A Essity, consciente disso, ampliou sua parceria com as Nações Unidas, e juntou-se a um grupo de especialistas de diferentes setores na luta contra este fenômeno, com o objetivo de acelerar as mudanças e gerar maior impacto. Além disso, por meio de nossos produtos, trabalhamos todos os dias para que as pessoas se sintam mais protegidas e tenham soluções confiáveis que lhes proporcionem segurança.


Essity

www.essity.com


InCor prepara testes clínicos da vacina em spray contra a covid-19

Anvisa recebeu hoje documento com detalhes técnicos e metodológicos das fases I e II, que devem ter início em 2022


O InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP) deu entrada nesta quinta-feira (21/10) no pedido de autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para início dos estudos clínicos fases I e II da vacina contra a covid-19 administrada em spray nasal. O desenvolvimento brasileiro é inédito no mundo não apenas pela sua forma de administração pelas narinas, mas também pelos componentes derivados do vírus que ele utiliza para a imunização e pelo veículo que os transporta (nanopartículas).

As pesquisas experimentais realizadas até agora mostram que os animais imunizados com a vacina do InCor apresentam altos níveis de anticorpos IgA e IgG e também uma resposta celular protetora. "Estamos esperançosos nos resultados clínicos desta vacina em spray, pois todos os testes que nos propomos a fazer têm nos mostrados importantes conquistas no combate ao vírus", diz o pesquisador chefe do estudo, Dr. Jorge Kalil, diretor do Laboratório de Imunologia do InCor e professor Titular da FMUSP (Faculdade de Medicina da USP).

O objetivo é que os testes sejam iniciados em janeiro de 2022. O estudo contará com 280 participantes distribuídos em 7 grupos - seis deles tomarão doses diferentes entre si, para testar a melhor dosagem, e o último receberá apenas placebo . As duas primeiras fases dessa etapa clínica terão duração de até três meses e contemplarão a análise de segurança, a resposta imune e o esquema vacinal (dose) mais adequado.

O imunizante desenvolvido pelo Laboratório de Imunologia do InCor conta com a parceria da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e das seguintes unidades da USP (Universidade de São Paulo): FM (Faculdade de Medicina), Instituto de Ciências Biomédica (ICB) e FCF (Faculdade de Ciências Farmacêuticas).

Kalil explica que o modelo em formato de spray de aspiração nasal visa combater o Sars-Cov-2 no local mais importante da infecção, as vias aéreas. "O vírus entra no organismo pelo nariz infectando a mucosa. O nosso foco é criar uma vacina que atue diretamente no sistema respiratório, fortalecendo a resposta imune de toda essa região, de forma a evitar a cadeia de infecção do indivíduo, desenvolvimento da doença e transmissão para outras pessoas".

Diferente das vacinas atuais, que usam a proteína spike para induzir a resposta imune do organismo, a vacina do InCor utiliza peptídios sequenciais (biomoléculas formadas pela ligação de dois ou mais aminoácidos) derivados de proteínas que compõe o vírus. Para fazer a administração pelas vias aéreas superiores, os pesquisadores desenvolveram uma formulação também inédita. A proteína vacinal é inserida em nanopartículas capazes de atravessar a barreira de cílios e muco presentes no nariz, chegando às células.

O mecanismo, diz Kalil, tem se mostrado capaz de aumentar o nível de imunoglobulinas A, anticorpos que são os grandes defensores das mucosas, e também potencializar a resposta celular local, elevando sua proteção.

"O coronavírus vai persistir na sociedade. Sabe-se que as vacinas atualmente em uso não garantem a proteção por longos períodos, sendo necessário um reforço vacinal. Como a maioria da população brasileira está imunizada, iremos recrutar voluntários já vacinados contra covid-19 e com isto poderemos analisar o efeito de potencializar a resposta imune", esclarece.


O histórico da pesquisa

Kalil conta que logo no início da pandemia "resolvemos desenvolver uma vacina que fosse uma alternativa ao que estava sendo desenvolvido no exterior e que fosse um projeto essencialmente brasileiro com completa autonomia de ação. Graças ao financiamento do MCTI (Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações), através da Rede Vírus, congregamos cientistas de nosso laboratório com larga experiência na área de vacinas (Edecio Cunha Neto, Keity Santos e Verônica Coelho), associados à Dra. Silvia Boscadin e o Dr Edison Durigon (ICB-USP), além do Dr. Marco Antônio Stephano, da FCF. Foi incorporada também no grupo a Dra. Daniela Santoro. Agora, na fase dos ensaios clínicos, contaremos com a ajuda do Dr. Pedro Giavina-Bianchi. Em volta destes pesquisadores no núcleo central do projeto, agregam-se hoje mais de 30 especialistas, entre cientistas sêniores e alunos de pós-doutorado e pós-graduação, que se dividem nas múltiplas tarefas do complexo desenvolvimento de uma nova vacina. Para chegar aos parâmetros de proteção contra a covid-19 que balizaram o modelo da vacina, nós contamos com o estudo da resposta imune de proteção de 220 voluntários convalescentes da doença, ao longo do primeiro semestre de 2020.

 


Sobre o InCor

O InCor é um hospital público de alta complexidade, especializado em cardiologia, pneumologia e cirurgias cardíaca e torácica. Além de ser um polo de atendimento - desde a prevenção até o tratamento -, o Instituto do Coração também se destaca como um grande centro de pesquisa e ensino. O Incor é parte do Hospital das Clínicas e campo de ensino e de pesquisa para a Faculdade de Medicina da USP - Universidade de São Paulo. Para a manutenção de sua excelência, o Instituto tem suporte financeiro da Fundação Zerbini, entidade privada sem fins lucrativos.


5 dicas para prevenir a osteoporose

Você sabia que uma em cada três mulheres têm osteoporose em todo o mundo? Entre os homens, a incidência é um pouco menor: 1 em cada 5 apresenta o diagnóstico. Essa doença do metabolismo provoca a perda de massa óssea e a incapacidade de reconstrução das células do tecido ósseo. Por isso, separamos 5 dicas sobre osteoporose para ajudar você, confira:


- Aumente o consumo de cálcio

Apesar de não ser o único tratamento, os alimentos ajudam muito no combate à osteoporose. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o ideal é ingerir pelo menos 800 mg de cálcio por dia.

 

- Pare de tomar refrigerante

O refrigerante em excesso aumenta consideravelmente os níveis de fosfato no sangue, afetando os ossos e impedindo que o organismo absorva o cálcio.

 

- Preste atenção à Vitamina D

A vitamina  D melhora a saúde dos ossos porque ajuda o corpo a absorver o cálcio. Por isso, o cálcio sozinho não vale. Ele só é absorvido pelo organismo e bem utilizado quando existe uma quantidade suficiente de vitamina D. 

 

- Faça atividades físicas

Manter uma rotina de exercícios físicos ajuda a fortalecer os ossos e a atrasar a perda de massa óssea. O ideal é que sejam atividades mais leves e com o mínimo de impacto, como a caminhada.

 

- Consulte seu médico e faça a densitometria

A osteoporose é uma doença silenciosa, que demora a ser notada porque não dá sinais de dor nem qualquer outro sintoma. Como ela não se expressa facilmente, poucas pessoas acabam descobrindo antes de sofrer a primeira fratura. Por isso, é muito importante que você consulte o seu médico regularmente e faça a densitometria óssea se ele recomendar.

 


Ricardo Oliveira - sócio fundador da Lion Saúde e especializado em Direito Securitário para planos de saúde.


Gengivite: entenda por que o problema pode aparecer na gravidez

 

A gravidez é um acontecimento especial na vida da mulher. Mas tirando toda aquela visão floreada, é inevitável afirmar que também é uma etapa problemática. Paralelamente ao desenvolvimento do feto, a mãe passa por alterações hormonais que mexem com praticamente todo o corpo. As mudanças são sentidas de diversas formas: nos enjôos, no ganho de peso, no crescimento acentuado de pêlos e de unhas e no aumento do fluxo sanguíneo.


E é exatamente o aumento desse fluxo que impacta na saúde bucal. A produção de progesterona, um dos hormônios que aparecem com vigor durante a gestação, fica mais intensa, elevando a quantidade de sangue no corpo, em particular na região da gengiva. Isso deixa o tecido mais inchado e sensível, deixando mais suscetível ao aparecimento de placas bacterianas, que provocam a chamada gengivite gravídica.


A gengivite pode aparecer entre o 2º e o 8º mês de gravidez, mesmo para as mães mais cuidadosas quando se trata de higiene bucal. Por outro lado, em geral não chegar a ser um problema grave. “Os vasos sanguíneos nessa região ficam muito carregados, e isso provoca sangramentos durante a escovação e o uso do fio dental. Mas a primeira orientação é a mais importante: a mulher precisa continuar fazendo a limpeza completa normalmente”, explica Dra. Juliana Fernandes, cirurgiã dentista da Clínica Pataro, mestre e doutoranda em odontologia pela UFMG.


Para evitar novos ferimentos, a escova de dente deve ter cerdas macias e, no caso de usar enxaguantes bucais, o produto não pode conter álcool. “É a manutenção da saúde bucal que vai contribuir para combater as placas que provocam a gengivite. Além disso, manter em dia as visitas ao dentista, até para combater a inflamação, e manter uma alimentação equilibrada e saudável, com o mínimo possível de açúcar. São os caminhos para contornar o problema”, orienta Dra. Juliana.



Parto prematuro

Há, no entanto, alguns casos que exigem cuidado mais extremo sobre a gengivite gravídica. Segundo o periodontista, há estudos bastante recentes que associam o problema bucal a partos prematuros. Os riscos aumentam ainda mais quando a gengivite se agrava a ponto de tornar-se uma periodontite. Nesses casos, explica a especialista, as bactérias tomam conta não só dos tecidos, mas também de ligamentos e até mesmo ossos de sustentação dos dentes.

“A inflamação da gengiva é uma resposta do organismo ao surgimento de bactérias. Mas algumas dessas bactérias, quando se proliferam a ponto de agravar para uma periodontite, conseguem viajar para outras partes do corpo, inclusive para o útero. Nesse momento, o sistema imunológico reage com a produção de prostaglandina, que combate os microorganismos, mas que também é abortivo”, esclarece, antes de concluir: “não há mistério. O mais importante é manter a saúde bucal em dia e ir ao dentista”.


Posts mais acessados