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terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Dor nas costas: qual é a origem?


 Neurocirurgião explica de onde surgem os incômodos e como trata-los


A possibilidade de você já ter sentido pelo menos uma vez uma dor nas costas é alta, mas uma grande parcela da população é obrigada a conviver com esse desconforto pela vida toda. Um estudo recente do Hospital das Clínicas de São Paulo apontou que um a cada quatro brasileiros tem dor nas costas regularmente.

Entender a origem dos problemas é o primeiro passo para se livrar das dores. Em geral, a dor surge na parte muscular, óssea ou articular da coluna, podendo ser de causa degenerativa, traumática ou congênita em alguns casos, mas raramente será neurológica.

O Dr. Mariano Ebram Fiore, neurocirurgião com fellowship pela Ohio State University, explica que quando um paciente tem hérnias de discos, por exemplo, ele tem então um problema que é uma degeneração na articulação da coluna. “O disco, que é um instrumento de amortecimento da articulação, pode se desgastar, sobressaindo de sua estrutura, e comprimindo um nervo próximo a ele”.

As dores ósseas podem ser causadas por traumas e as dores musculares surgem de má postura, excesso de atividades, ações exercidas com sobrepeso e ou mal executadas. “Precisamos ter muita sensibilidade para lidar com dores nas costas, pois uma ação que você executa sem ter cuidado, como levantar objetos pesados, pode acarretar num problema muscular, e a repetição disso com certeza vai causar um desgaste articular”, explica o especialista.

  
Após descobrir a origem, como seguir com os tratamentos?

Para definir um ou alguns tratamentos para dor nas costas é preciso uma análise individual, principalmente porque são muitas alternativas e variam de acordo com o caso e o paciente. “Quando fazemos o diagnóstico, não podemos olhar apenas qual é o problema e qual a sua origem e ignorar todo o resto, precisamos analisar o histórico do paciente e como o problema afeta a vida dele", esclarece Fiore.

Mas ainda assim, o médico destaca alguns métodos como o medicamentoso e o terapêutico, com o objetivo de impactar o mínimo possível a rotina do enfermo e aumentar a qualidade de vida, uma vez que muitos problemas podem ser revertidos quando descobertos em estágio inicial.

“Como a postura ou a rotina causam muitos problemas, podemos indicar fisioterapias para que sejam corrigidos antes que se torne algo mais grave e, além disso, alguns remédios podem aliviar as dores por algum tempo. Só optamos por cirurgias, imobilizações ou outros métodos mais invasivos quando entendemos que a situação atinge certo nível de gravidade”, conclui o médico.






Dr. Mariano Ebram Fiore - neurocirurgião, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), com Fellowship em Neurocirurgia pelo Hospital Beneficência Portuguesa e Fellowship em Cirurgia Craniana Minimamente Invasiva pela Ohio State University, atua em alguns dos principais hospitais de São Paulo, como o Hospital Sírio Libanês, Beneficência Portuguesa de São Paulo, Hospital Oswaldo Cruz e também nos principais Hospitais do Vale do Paraíba.
 @drmarianoebramfiore

Viagens longas podem prejudicar saúde das pernas



Confira dicas para evitar a trombose, uma das principais doenças durante essa época do ano


Após as comemorações de fim de ano, janeiro é época de descanso para boa parte dos brasileiros. Com isso, diversas pessoas pegam estrada ou viajam de avião para curtir as férias longe de casa. O problema é que esse momento também pode se tornar um vilão quando negligenciado. O longo período na mesma posição dentro de veículos é um risco para a saúde das pernas diante dos riscos de desenvolver a trombose.

Segundo o Ministério da Saúde, a cada mil brasileiros, 2 desenvolvem os sintomas mais leves da Trombose Venosa Profunda (TVP). Enquanto isso, de acordo com a Sociedade Internacional de Hemostasia e Trombose, cerca de 1 milhão de pessoas morrem todos os anos devido ao grau mais elevado do problema, conhecido como embolia.

O angiologista e cirurgião vascular, Guilherme Jonas, explica que o melhor caminho para se prevenir é através de hábitos saudáveis e vida longe do sedentarismo. “Nunca é demais repetir: bons hábitos alimentares e exercícios físicos salvam vidas. Estes são os principais aliados na prevenção de muitas doenças, entre elas, todos os transtornos ligados à saúde vascular”, destacou.


Férias

A principal causa da trombose é a falta de movimento. “Ficar parado por muito tempo faz com que o sangue não circule da maneira correta. Isso produz coágulos nas maiores veias da perna, conhecidos como trombos e causam dor e inchaço na região, podendo interferir no movimento das pernas e prejudicar, consideravelmente, a qualidade de vida do paciente”.

Exatamente por ser um período em que as pessoas ficam muito tempo paradas na mesma posição e em locais difíceis de mexer as pernas, como o assento de aviões, carros e etc, as férias são o período em que mais surgem casos de trombose. “A melhor forma de prevenir esse problema é com exercícios. Mesmo dentro do carro ou em outro veículo, faça o movimento de levantar e descer os pés a cada 20 minutos. Se possível, tente levantar um pouco. Caso esteja no avião, e se estiver viajando de carro ou ônibus, aproveite as paradas para se exercitar e fazer alongamentos”, indicou o médico.





Fonte: Guilherme Jonas, médico angiologista e cirurgião vascular, especialista em cirurgia vascular pela SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular). CRMMG 44020, RQE 28561, 37143. Diretor técnico da clínica Angiomais em Belo Horizonte MG.

Idosos sofrem com altas temperaturas


Com alterações naturais ocasionadas pela idade, a atenção com os idosos deve ser redobrada 
Crédito: Banco de Imagens/Pexels



Alterações corporais elevam risco de desidratação e mascaram sintomas


Com o registro de sensação térmica de até 54,8ºC em regiões do país, a atenção aos cuidados com a saúde durante o verão deve ser redobrada. Além disso, a população deve ficar de olho em quem mais sofre com as altas temperaturas: os idosos. Com alterações naturais ocasionadas pela idade, a atenção deve ser redobrada. Isso porque, de acordo com o cardiologista Luiz Antônio Bettini, professor de Medicina da Universidade Positivo, a percepção de calor após determinada idade fica alterada, o corpo desidrata, há menos suor e a temperatura corporal pode aumentar. “Idosos perdem, com o tempo, a adaptação ao calor devido a alterações dos pontos térmicos do corpo e, com isso, não percebem as grandes variações térmicas”, explica.

Outro fator importante para essa faixa etária é a perda de líquidos. “Com o passar dos anos, o sistema nervoso central diminui ou deixa de enviar para o corpo os estímulos nervosos responsáveis pela sensação de sede e pelo controle da urina – isso faz com que os idosos bebam pouca água, mesmo no verão, e urinem com bastante frequência, podendo desidratar-se sem sentir”, conta Bettini.

Para os idosos que apresentam quadros de diabetes e hipertensão, o alerta é ainda maior, já que a medicação para esses casos pode influenciar na eliminação dos líquidos. "Os idosos que sofrem de tais doenças devem procurar seus médicos nesta época do ano para remanejar o tratamento. Não dá para ingerir as mesmas doses de diuréticos e insulina que usam durante o resto do ano”, explica Bettini. 

O especialista dá algumas dicas para garantir um verão saudável:

  • Beba grande quantidade de água durante todo o dia, mesmo sem sede;
  • Procure abrigo em lugares cobertos ou em áreas que possuam ar condicionado;
  • Vista-se com roupas leves e de cor clara;
  • Evite atividades físicas e ao ar livre na parte mais quente do dia (entre 10h e 16h);
  • Use protetor solar, chapéu ou boné ao ar livre;
  • Evite ingerir cafeína e álcool, pois são bebidas que contribuem para a desidratação;
  • Se sentir cansaço, náuseas, tonturas, ou desenvolver dores de cabeça, saia imediatamente debaixo do sol, procurando abrigar-se numa sombra, local arejado e beba água.

Suplementos vitamínicos podem prejudicar o tratamento de pacientes com câncer



Estudos recentes sugerem que nenhum suplemento nutricional melhora o prognóstico ou a sobrevida do paciente oncológico. Pelo contrário, o uso de alguns deles levantou a suspeita que poderiam aumentar o risco de recorrência da doença


Muitas pessoas acreditam que o uso de suplementos faz bem ou “pelo menos mal não faz”. Errado! Principalmente, para quem trata um câncer de mama. Segundo André Dekee Sasse, oncologista CEO do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia, esse é um tema recorrente na área da oncologia. “As pessoas buscam a esperança de melhora dos sintomas, da qualidade de vida e até de chances de cura do câncer em suplementos vitamínicos. E a orientação geral é contra o uso sem indicação médica, não só pelo gasto financeiro desnecessário, mas por receio de possíveis efeitos adversos ainda não identificados de forma definitiva pelos cientistas”, afirma.

De acordo com o oncologista, um estudo publicado no mês passado pelo Journal of Clinical Oncology sugere atenção no uso desenfreado desse tipo de medicação.  “Uma das teorias científicas que justificam a cautela de muitos médicos e nutricionistas em indicar a suplementação indiscriminada é a possibilidade de que os efeitos citotóxicos dos tratamentos oncológicos, como quimioterapia, por exemplo, possam ser reduzidos pela ação dos antioxidantes (ferro, vitamina B12 e ácidos graxos ômega)”, explica.  
             
O estudo em questão é um adendo a outro que testava esquemas de quimioterapia em pacientes com câncer de mama. O período de testes foi do tipo prospectivo e não-randomizado e consistia na aplicação de um questionário sobre uso de suplementos diversos antes, durante e depois do uso da quimioterapia. O objetivo era avaliar se havia relação entre o consumo de suplementos nutricionais e chance de recorrência da doença e/ou morte.

Dos 2.014 pacientes elegíveis, 1.134 completaram todos os questionários. Os pesquisadores descobriram que pacientes que tomaram suplementos no início e durante a quimioterapia tiveram 41% mais chances de ter o câncer de mama retornado do que aqueles que não tomaram.  Em relação às substâncias avaliadas, a vitamina B12 e suplementos de ferro levavam ao maior risco de retornar o câncer, disseram os pesquisadores. “As mulheres que tomavam vitamina B12 tinham 83% mais chances de sofrer um retorno da doença e 22% mais chances de morrer por causa dela do que as que não tomavam esses suplementos. Essa porcentagem subiu para 79 para aqueles que tomam suplementos de ferro. Em relação ao Ômega-3, apesar de ter havido uma relação com aumento da recidiva, a pergunta do questionário se referia a óleo de peixe, fígado de bacalhau e outros compostos que continham a substância, portanto, conclusões não puderam ser feitas com relação ao seu uso. Por fim, o uso de multivitamínicos não mostrou relação com desfechos de sobrevida”, explica Rafael Luís, também médico oncologista do Grupo SOnHe, que avaliou o estudo.

De acordo com Dr. Rafael, é importante reconhecer que o estudo, apesar de bem conduzido, tem várias limitações. “Há um pequeno número eventos, a significância estatística limitada com largos intervalos de confiança, vieses de seleção (pacientes que usam suplementos são mais velhos e têm menor adesão ao tratamento do câncer), de recordação, presença de diversos confundidores, além da possibilidade de ter havido subnotificação. Mas de qualquer forma, o tema não deve ser um alarme e sim uma sugestão para que os profissionais de saúde e os pacientes tomam cuidado com uso indiscriminado de suplementos durante o tratamento oncológico. A orientação é de sempre seguir a indicação médica e nutricional”, conclui.





André Deeke Sasse - oncologista, professor de pós-graduação na FCM-Unicamp, membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e da Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO). Fundador do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia, que atua na oncologia do Hospital Vera Cruz, do Instituto do Radium e do Hospital Santa Tereza.



Rafael Luís - graduado em medicina pela Unicamp. Residência em Clínica Médica e Oncologia pela Unicamp. É mestre em Oncologia na FCM-Unicamp. Rafael faz parte do corpo clínico de oncologistas do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia e atua no Hospital Vera Cruz, no Instituto Radium de Campinas e no Hospital Santa Tereza.



Grupo SOnHe - Sasse Oncologia e Hematologia
 www.sonhe.med.br  e nas Redes Sociais @gruposonhe.

Janeiro é dedicado a Campanha Nacional de Hanseníase





A Hanseníase ainda é carregada de estigmas. Não leva à morte, mas pode causar deformidades e incapacidades físicas irreversíveis. Ela, como muitas doenças que atingem a pele, expõe o paciente ao preconceito. 

Na Idade Média, os portadores de Hanseníase eram obrigados a carregar um sino para anunciar a própria presença. Até pouco tempo atrás, o isolamento compulsório para separar os pacientes do restante da população era prática comum no Brasil. Familiares eram separados e ficavam anos sem se ver por conta dessa política pública. 

Apesar do preconceito persistir, essas imagens não correspondem mais a abordagem atual da doença, pois o tratamento é eficaz e está disponível no SUS. Ao contrário da crença popular, ela é de baixo adoecimento, porque aproximadamente 90% da população possui resistência natural à enfermidade. A sua transmissão se dá por contato respiratório muito próximo e frequente com doentes transmissores, sem tratamento.

Diante desse cenário, era de se esperar que a doença estivesse praticamente erradicada do país, correto? A realidade, porém, é que a Hanseníase ainda faz muitas vítimas no Brasil: cerca de 30 mil casos anuais, ficando atrás somente da Índia.

Múltiplos fatores estão envolvidos nessa questão, entre eles a dificuldade de acesso da população aos serviços de saúde, principalmente no Norte, Centro-Oeste e Nordeste do país, levando ao diagnóstico tardio. Dessa maneira, muitos pacientes estão doentes sem saber e podem estar transmitindo a doença que, com diagnóstico e tratamento precoces, pode ser vencida.


Hanseníase: O que é Mito? O que é Verdade?

Brasil é o 2º país com maior número de casos no mundo, atrás somente da Índia, alerta a Sociedade Brasileira de Dermatologia


Janeiro é o mês dedicado a conscientização, combate e prevenção da Hanseníase. Popularmente, referida como uma enfermidade bíblica, a mais antiga da humanidade, a Hanseníase tem cura, mas ainda hoje representa um problema de saúde pública no Brasil.

Doença tropical negligenciada, infectocontagiosa de evolução crônica, se manifesta principalmente por meio de lesões na pele e sintomas neurológicos como dormências e diminuição de força nas mãos e nos pés. É transmitida por um bacilo por meio do contato respiratório próximo e prolongado entre as pessoas. Seu diagnóstico, tratamento e cura dependem de exames clínicos minuciosos e, principalmente, da capacitação do médico. No entanto, fica o alerta: quando descoberta e tratada tardiamente, a Hanseníase pode trazer deformidades e incapacidades físicas.

No Brasil, o tratamento é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes podem se tratar em casa, com supervisão periódica nas unidades básicas de saúde. 

Para esclarecer as dúvidas sobre o assunto, a dermatologista Sandra Durães, Coordenadora da Campanha Nacional de Hanseníase da Sociedade Brasileira de Dermatologia, destaca o que “MITO” e o que “VERDADE” sobre a doença:


- Hanseníase: doença tão antiga que já foi eliminada! É MITO

A Hanseníase ainda possui grande ocorrência grande no mundo e, principalmente, no Brasil.


- Pessoa de qualquer sexo, idade e classe social pode “pegar” a Hanseníase! É VERDADE

Apesar de qualquer um estar sujeito a adquirir a bactéria, 90% da população tem resistência para adoecer.


- Apenas a população de baixa renda tem Hanseníase. É MITO

Qualquer um pode ter a doença. Locais de moradia aglomerada facilitam a sua transmissão.


- A Hanseníase pode causar deformidades e incapacidades físicas! É VERDADE

Com diagnóstico e tratamentos tardios, há o risco de graves sequelas. Isso pode ser evitado com o tratamento rápido, que cura e é gratuito em unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).


- É possível “pegar” Hanseníase de um animal! É MITO

A Hanseníase só é transmitida de uma pessoa que tenha a doença na forma infectante, e não tratada, para outra pessoa


A aglomeração de pessoas facilita a transmissão da Hanseníase! É VERDADE

Ambientes muito fechados e com pouca circulação de ar são locais propícios para a transmissão da doença.


Ao suspeitar dos sintomas, procure uma unidade de saúde da família mais próxima ou um dermatologista nas unidades de saúde do SUS e, também, no site da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Automedicação é um perigo para a saúde bucal



Uso autoprescrito de medicamentos dificulta tratamento e pode agravar doenças


Todos conhecemos, ou até mesmo somos, aqueles que montam uma farmácia particular em casa com uma variedade de remédios para dores musculares, dores de cabeça, coriza, febre, indigestão, entre outros sintomas que podem nos acometer no dia-a-dia. Mas, não atentamos para o fato de que a automedicação pode se tornar um problema sério quando vira rotina.

Dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX), mostram que os medicamentos ocupam o primeiro lugar entre os agentes causadores de intoxicações em seres humanos e o segundo lugar nos registros de mortes por intoxicação. O Sistema também aponta que apenas 50% dos pacientes, em média, tomam seus remédios corretamente, ou seja, cumprem a duração e intervalo de uso de medicamentos estipulados por profissionais da saúde. 

Além de mascarar sintomas recorrentes que podem indicar alguma doença grave, o uso de medicamentos autoprescritos pode ser nocivo para a saúde bucal. De acordo com cirurgião-dentista Sidney das Neves, integrante da Câmara Técnica de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), a utilização indiscriminada de antibióticos e antiinflamatórios é a mais preocupante.

Segundo ele, a automedicação para tratar uma infecção na região da boca pode resultar em graves consequências para a saúde geral. “Os processos infecciosos na região maxilofacial e cervical evoluem de maneira muito rápida, por isso, o tratamento sem um acompanhamento do cirurgião-dentista pode resultar em uma terapia ineficaz, podendo até mesmo contribuir para o agravo da condição”, informa Neves.

Usar esses medicamentos sem prescrição de um profissional qualificado também pode alterar os efeitos do uso de outro remédio que o paciente esteja utilizando, diminuindo ou anulando completamente o resultado terapêutico desejado. “Especificamente no caso dos antibióticos, o uso inadvertido, ao invés de combater de forma adequada o micro-organismo responsável pelo processo infeccioso bucal, por exemplo, poderá auxiliar na seleção de uma bactéria muito mais resistente, levando risco à pessoa”, afirma o cirurgião-dentista.

Não só a população, mas os próprios profissionais da saúde devem estar atentos ao receitar antimicrobianos. Cirurgiões-dentistas e médicos devem seguir as determinações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que aconselha a indicação de medicamentos que ofereçam o máximo de efeito terapêutico com o mínimo de toxicidade e de potencial de desenvolvimento de resistência microbiana.


Bisfosfonatos e os problemas maxilares

Outro tipo de medicamentos que podem vir a causar problemas para a saúde bucal são os bisfosfonatos. Os bisfosfonatos são uma classe de medicamentos que previnem a diminuição da densidade mineral óssea, geralmente usados no tratamento de osteoporose e outras doenças que causam fragilidade dos ossos, como alguns cânceres. 

Apesar de seus benefícios, esta classe de remédios coloca seus usuários em risco de uma doença dos maxilares chamada de osteonecrose bisfosfonada. A doença provoca a morte do osso pelo corte do suprimento de sangue, causando dor e dificuldade de movimento da mandíbula. 

O maior risco de desenvolvimento da osteonecrose no maxilar é a presença de focos infecciosos na gengiva ou dente de pacientes que recebem estas medicações. Por isso, é aconselhado as pessoas que realizam tratamentos com bisfosfonatos (alendronato, ibandronato, risedronato, pamidronato, clodronato e ácido zoledrônico), procurarem um cirurgião-dentista experiente ou um cirurgião bucomaxilofacial para acompanhamento e controle da saúde bucal. 





Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)

Brasil está a frente de China e Estados Unidos no desenvolvimento de tecnologias para o sono


Alinhamento da coluna 
Divulgação Sono Quality


77% dos adultos reconhecem que o sono é essencial, estando a frente da alimentação 41% e do exercício físico 40%


Pesquisa realizada pela Phillips com mais de 12 países colheu informações de 11 006 moradores e mapeou a qualidade do próprio sono. Entre outras coisas, o estudo revela que, apesar de 69% dos brasileiros acreditarem que dormir tem um impacto importante na saúde e no bem-estar, 36% reclamam de insônia recorrentemente. Foram entrevistados moradores de Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Japão, Holanda, Cingapura, Coreia do Sul e Estados Unidos. Quando olhamos para o quadro global, 77% dos adultos reconhecem que o sono é essencial, mas 62% admitem que não dormem direito e somente 10% afirmam ter ótimas noites de repouso.

Metade de todos os entrevistados também acha que o descanso noturno é o fator mais importante para o bem-estar. Segundo esse pessoal, ele estaria na frente da alimentação (41%) e do exercício físico (40%). Mas porque os brasileiros em especial começou a despertar para a importância do sono reparador? Só que, de novo, caímos em uma aparente contradição: seis em cada dez voluntários se queixam de sonolência diurna pelo menos duas vezes por semana e 67% frequentemente acordam uma vez ou mais na madrugada.
O que atrapalha o relaxamento

Os números causam espanto e preocupação. Infelizmente, 44% dos entrevistados contam que seu sono piorou nos últimos cinco anos, enquanto apenas 26% dizem que melhorou e 31%, que não mudou em nada. Os aspectos mais citados que levam a esse cenário são ansiedade e estresse (54%), um local inadequado para dormir (quarto e colchão) (40%), cronograma escolar ou profissional (37%) e problemas de saúde (32%). No Brasil, um número significativo de indivíduos cita distrações com entretenimento como um complicador: 35% reportam que televisão, filmes e redes sociais afetam o descanso. Três quartos dos entrevistados passam por pelo menos uma condição que impacta a hora de recarregar as energias, desde insônia até apneia. Entre os 10% dos portadores desse último problema, 65% não fazem tratamento.


Tecnologia do Sono 

O Brasil está a frente de países tecnólogicos como a China e os Estados Unidos, quando o assunto é tecnologia aplicada ao sono. Segundo Dr. André Rocha, fisioterapeuta formado pela Universidade de Freevale (RS), mestrado em Engenharia e membro Associação Brasileira do Sono, desenvolveu em parceria com indústria nacional uma tecnologia que recebeu o nome de "Orthus Protex", com referência a "proteção da coluna" pela ortopedia. O maior peso do corpo humano (44%) está localizado na região do quadril, mas a região com maior comprimento são os ombros. 

Pensando nisso, Dr. André, junto com uma equipe de especialistas através de estudos e testes concluiu que a tecnologia deve trabalhar a favor do alinhamento da coluna vertebral. Assim, a densidade na região dos ombros deve ser maior, permitindo um melhor alinhamento da coluna. A tecnologia é certificada e aplicada a uma marca de colchões tecnólogicos no Brasil. 

Nutricionista calcula: R$ 54 mil é quanto se gasta em 30 anos de utilização de um medicamento que custa R$150 ao mês


Por meio de uma alimentação adequada, é possível reduzir o aparecimento de muitas doenças, entre elas as cardiovasculares e, assim, economizar um bom dinheiro com medicamentos


Cada vez mais tem se falado sobre qualidade de vida, alimentação saudável e como tudo isso auxilia na prevenção e combate às doenças. O que poucos correlacionam é o quanto se gasta com anos de uso de um medicamento para combate às doenças cardiovasculares – e o quanto se pode economizar com bons hábitos alimentares, que certamente ajudam a reduzir o risco de muitas doenças.

A nutricionista mestre e doutoranda, Nayara Massunaga Okazaki, calculou o impacto financeiro que uma doença cardiovascular pode ter com base em um tratamento medicamentoso médio de R$ 150,00 por mês.

"O tratamento de uma doença crônica são de anos. Se pegarmos apenas o custo fixo mensal deste medicamento: ao final de 12 meses o paciente teve um gasto de R$1.800,00. Em 10 anos são R$18 mil e, em 30 anos, R$ 54 mil. Imagina o que esta pessoa poderia ter feito com este dinheiro", comenta.

E este valor poderia ser economizado com uma atitude muito simples: alimentação adequada. "Para prevenir doenças, a fórmula é simples: ingestão de mais frutas, legumes, cereais integrais e água. Com hábitos saudáveis, é possível reduzir o risco de muitas doenças, entre elas as cardiovasculares, evitando o gasto desnecessário com medicamentos. Que tal investir esse valor para ter uma aposentadoria mais tranquila e feliz?”, sugere Nayara.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são as principais causas mundiais de morte. No Brasil, 300 mil pessoas morrem anualmente, ou seja, um óbito a cada dois minutos é causado por esse tipo de enfermidade.

Embora fatores não modificáveis, como predisposição genética, contribuam para a ocorrência de tais doenças, para a nutricionista, mestre e doutoranda, Nayara Massunaga Okazaki, essas estatísticas podem ser explicadas principalmente pelos maus hábitos de vida da população. “Alimentação não balanceada, rica em gordura saturada, aliada ao sedentarismo, sobrepeso, hipertensão, diabetes e tabagismo, por exemplo, aumenta consideravelmente o risco do indivíduo ter um problema cardíaco no futuro. Por isso, a prevenção com alimentação, além de trazer mais qualidade de vida, traz mais economia financeira”, finaliza.




  
Nayara Massunaga Okazaki - nutricionista, Mestre e Doutoranda em doenças cardiovasculares pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), atuando há mais de dez anos em pesquisa e atendimentos clínicos. Já ministrou mais de mil horas aulas em pós-graduação de nutrição funcional, esportiva e fitoterapia; palestrou nos maiores eventos do segmento, como Arnold Conference, Congresso Internacional de Nutrição Funcional da VP, Congresso da Sociedade Paulista de Cardiologia (SOCESP), entre outros. Seu objetivo é proporcionar aos pacientes saúde, qualidade de vida e autonomia nas escolhas alimentares, inclusive com dicas financeiras para se alimentar corretamente e gastar menos.

Verão também traz riscos de doenças respiratórias



Elie Fiss, pneumologista e professor e pesquisador sênior do Hospital Alemão Oswaldo Cruz aponta cinco dicas para preservar a saúde respiratória durante a estação mais quente do ano


Estima-se que cerca de 10% dos brasileiros apresentem quadros variados de asma, enquanto 30% sofram com rinite alérgica. O que nem todo mundo sabe é que tais doenças respiratórias comuns não se agravam apenas no inverno.

“Com as altas temperaturas e a baixa umidade do ar, o tempo se torna mais seco, aumenta o ressecamento das vias respiratórias, e contribui para a piora de condições como rinite, sinusite, asma e demais doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC)”, explica Elie Fiss, pneumologista, professor da Faculdade de Medicina do ABC e pesquisador sênior do Hospital Alemão Oswaldo Cruz


De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o índice de umidade relativa (UR) ideal é em torno de 40% e 60%. No verão, em alguns dias, pode chegar abaixo de 20%. “Quanto menor for a umidade do ar, mais cuidados devem ser tomados para evitar complicações alérgicas e respiratórias”, ressalta.

Por isso, para manter a saúde do aparelho respiratório nesta época do ano, além de se alimentar bem e manter um tratamento contínuo voltado para o controle da doença, o pneumologista aponta cinco dicas práticas que podem ser adotadas no dia a dia. Confira:

1- Não abuse de ar-condicionado
O uso de ar condicionado pode aumentar as chances de inflamação dos brônquios, uma vez que provoca variações bruscas de temperatura, além de diminuir a umidade do ar . É importante também lembrar que realizar a manutenção e higienização regular de filtros é fundamental para evitar a disseminação de ácaros, fungos e bactérias, causadores de complicações respiratórias.

2- Tome bastante água
Para evitar o ressecamento das vias respiratórias, a ingestão de líquidos, de preferência água, é essencial. Consuma ao menos 2 litros por dia.


3- Lave o nariz com soro fisiológico
Quando sentir necessidade, lavar o nariz com soro fisiológico contribui para aumentar a hidratação das mucosas.

4- Utilize umidificadores e vaporizadores
Evite ambientes fechados e, em casa, sempre que possível, umidifique ambientes com vaporizadores, umidificadores ou utilize recipientes com água nos dias mais secos.


5- Evite uso de tapetes, carpetes e cortinas
Estes objetos acumulam poeira, sujeiras e ácaros – gatilhos que desencadeiam crises de doenças respiratórias.


Saúde e as metas para o novo ano



Comer melhor, cuidar da saúde, fazer exercícios e ter uma rotina saudável são promessas que estão na lista de início de ano de quase todas as pessoas. Porém, é necessário ter disciplina para que as metas sejam cumpridas e levadas a sério durante todo o ano.

Um estudo feito na Universidade de Scranton, nos Estados Unidos, revela que apenas 8% das pessoas conseguem ter sucesso em suas resoluções de fim de ano. Isso faz com que certos desejos se repitam ano após ano, sem serem cumpridos de fato. No topo da lista geralmente está o emagrecimento e a rotina mais saudável. Mas é preciso ter disciplina e força de vontade para que os hábitos sejam, de fato, mudados.

Para iniciar uma vida saudável junto com o novo ano é necessário, em primeiro lugar, ir à um médico para realizar exames de rotina. Neles, pode ser identificado se há qualquer problema de saúde, mesmo que ainda não apresente sintomas. Com os exames, também é possível determinar quais atividades físicas e alimentação combinam mais com cada rotina. A intenção de obter uma vida saudável traz diversos benefícios, como prevenção de doenças, equilíbrio hormonal, estimulação do sistema imunológico, combate às dores corporais, melhora do humor e aumento da energia.

Movimentar o corpo é essencial na busca pelo bem-estar. A prática de esportes é positiva, desde que o impacto dos exercício não resulte em desconfortos. Caminhada, natação e hidroginástica são exemplos de atividades de baixo impacto que cumprem a função de auxiliar no emagrecimento e na promoção do bem-estar. Os exercícios devem ser feitos acompanhados por um profissional, que possa orientar sobre alongamentos, intensidade dos movimentos e frequência. 

Além dos exercícios, o equilíbrio também deve estar no prato. Dietas da moda, que não foram feitas pensando no seu bem-estar e no seu metabolismo, devem ser evitadas. Com o acompanhamento de um médico ou nutricionista, a alimentação deve ser balanceada, sem ingestão de álcool, açúcar e pouco sal. Sempre é preciso considerar que, quanto mais colorido o prato, melhor para a saúde. É fundamental consumir todos os grupos alimentares e não comer mais do que precisa para saciar a fome.

Os hábitos alimentares também podem estar relacionados à relação emocional que a pessoa mantém com a comida. Assaltar a geladeira à noite e investir exageradamente nos doces são exemplos de comportamentos que podem estar relacionados ao humor. Nesses casos, um psicólogo também pode ser seu aliado na busca pelo equilíbrio na balança. 

Resultados positivos dependem de metas bem definidas e força de vontade. As dicas servem para orientar o caminho a ser percorrido por quem quer alcançar os objetivos ao longo do ano. Não deixe para 2021 o que você pode fazer em 2020.





Dr. Fabiano Lago - endocrinologista da Estância do Lago - Spa & Wellness

Tem saúde como meta? Conheça alimentos para turbinar o cérebro



Saiba como os alimentos para o cérebro podem ajudar a manter a qualidade de vida, garantindo mais saúde e longevidade


Diariamente os jornais, revistas e programas de televisão anunciam as orientações de especialistas da área da saúde para a manutenção de uma vida saudável. Falam sobre exercícios físicos, alimentação saudável... E o cérebro?
Este poderoso órgão possui uma capacidade de armazenamento e aprendizado incrível. O cérebro precisa de energia para funcionar e consome 20% da energia de todo nosso corpo. Podemos, inclusive, gastar 30 calorias por hora somente pensando! Mas para que ele funcione no máximo de sua potencialidade, é preciso receber alguns cuidados.

Além de exercitar o cérebro, praticar atividades físicas, ter boas noites de sono e interações sociais de qualidade, a alimentação também contribui para o seu bom funcionamento e pode até ajudar a estimular determinadas habilidades. 
“Algumas substâncias que estão presentes nos alimentos, como Ômega3 e licopeno, favorecem a cognição. E são muito importantes para o aprendizado. Essas substâncias estão presentes nas frutas, verduras, legumes, peixe, ovos, azeite de oliva”, conta a nutricionista clínica e consultora do Método SUPERA Silvia Calil.

Dessa forma, o SUPERA preparou uma lista com alguns alimentos que devem fazer parte do seu cardápio. Confira:


Oleaginosas: a castanha-do-Pará, as nozes e a avelã são ricas em selênio. Pessoas com baixos níveis de selênio podem sofrer distúrbios na atividade dos neurotransmissores. Em estudo recente realizado na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo constatou-se que o consumo de duas castanhas do Pará auxilia como potencializador do desempenho das habilidades mentais. 


Carnes vermelhas e folhas verdes: as carnes vermelhas, especialmente o fígado, e folhas verdes, como couve e brócolis, são ricas em ferro. A principal função do ferro no nosso organismo é ajudar a carregar o oxigênio e garantir um bom funcionamento cerebral. Quando os níveis de ferro diminuem, o organismo fica com pouco oxigênio disponível, resultando em fadiga, perda de memória, concentração reduzida, apatia, perda de atenção e atenção reduzida no trabalho.


Cogumelos: segundo estudo conduzido em Cingapura, a ingestão de cogumelos ao menos duas vezes por semana ajuda a prevenir problemas de memória. Isso tudo devido à presença de um antioxidante que protege o funcionamento cerebral. Cogumelos possuem o aminoácido ergotioneína, antioxidante que não conseguimos produzir por conta própria. Também são ricos em vitamina D, selênio e espermidina, nutrientes que protegem os neurônios.


Peixes: o salmão e a sardinha são ricos em ômega 3. Esta gordura poli-insaturada age na formação da bainha de mielina, um componente dos neurônios. Assim, ocorre a melhora do desempenho cognitivo, da atividade cerebral e comunicação entre as células do cérebro.


Café: a cafeína, quando consumida em doses baixas a moderadas, tem ação estimulante que melhora a concentração e consequentemente na capacidade de aprendizado. Assim, inclua em sua dieta alimentos que possuem boas quantidades de cafeína em sua composição, como o café, o chá verde e o chocolate amargo.


Ovo: o ovo contribui para a melhora da concentração porque é uma das principais fontes de colina da dieta. A colina é utilizada na síntese da acetilcolina, neurotransmissor que auxilia a concentração e a memória.
Gostou da lista? Hábitos saudáveis como uma alimentação balanceada auxiliam no melhor desempenho de memória. Então comece realizando adaptações – de preferência com orientação profissional especializada – e nutra o seu cérebro. Afinal, um cérebro nutrido garantirá autonomia e independência ao longo da vida.





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