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sábado, 16 de fevereiro de 2019

Bilinguismo nas escolas brasileiras: quais as principais dúvidas entre os pais?


Proporcionar uma educação de qualidade, e consequentemente, escolher uma boa escola, é uma das prioridades dos pais quando pensam sobre o futuro de seus filhos. Neste contexto, a educação bilíngue assume importância no processo de decisão já que o inglês, inquestionavelmente, tornou-se essencial pelas perspectivas culturais que proporciona e requisito para o sucesso no mercado de trabalho. Este cenário contribuiu para a ascensão do bilinguismo e as escolas bilíngues têm ganhado cada vez mais espaço no mercado educacional, já que muitos pais optam por matricular seus filhos para começar o processo de aquisição da segunda língua desde cedo.
De acordo com dados de 2018 da Associação Brasileira do Ensino Bilíngue (Abebi), nos últimos cinco anos, este mercado expandiu-se a índices entre 6% e 10%. Embora a educação bilíngue cresça, ainda existem diversas dúvidas relacionadas às diferenças entre educação bilíngue e ensino da língua, quem são os professores e as disciplinas aplicadas neste sistema. 

Programa Bilíngue X Escola de Inglês
Quando os pais tomam a decisão de matricular seu filho em uma escola bilíngue, umas das primeiras perguntas que surgem é com relação à escola de inglês. Muitos optam em pagar cursos de idiomas em paralelo à escola tradicional. Deste modo, ao matricular a criança em uma instituição bilíngue surge a questão “devo tirar meu filho da escola de inglês?”
Primeiramente, é importante enfatizar que a decisão de manter o filho na instituição bilíngue e na escola de inglês cabe somente aos pais. Mas, para tomar a decisão é necessário entender as diferentes abordagens.
O conteúdo ensinado nos cursos de inglês também será trabalhado na escola bilíngue, onde o aluno não apenas aprenderá a língua, mas desenvolverá outras habilidades e competências. Ou seja, o objetivo do curso de idiomas é desenvolver a competência linguística do aluno dentro de uma hierarquia linguística e gramatical, que enxerga a língua inglesa como uma disciplina a ser estudada e praticada com os alunos. Já em um programa de educação bilíngue, a língua é vista como um meio de instrução dentro de uma educação global para o aluno, que passa por um processo subconsciente de aquisição linguística. É por meio da língua inglesa que o aluno terá contato com conteúdos multidisciplinares, nas áreas de matemática, história, geografia, ciências, artes, entre outros.

Professores bilíngues
Outra questão frequente dos pais está relacionada aos professores que serão responsáveis pela educação bilíngue nas escolas. Esses profissionais não são necessariamente os mesmos do curso regular de inglês, mas devem passar por um processo seletivo realizado pela escola juntamente com o programa bilíngue, que avaliarão o conhecimento linguístico e pedagógico desses profissionais. Sendo assim, os docentes da instituição podem participar do processo, mas não têm nenhuma vantagem sobre os demais profissionais.
Preferencialmente, os professores devem ser graduados em pedagogia ou com licenciatura em letras, além da obrigatória proficiência na língua inglesa. Os docentes graduados em outras áreas serão considerados desde que sejam fluentes no idioma, no entanto, essa questão depende muito da legislação de cada estado.
Após o processo de seleção, os professores devem passar por uma formação teórica e prática, em que estudam os conceitos nos quais o programa está embasado. Após a formação inicial, esses profissionais precisam ser acompanhados semanalmente pela equipe pedagógica do programa bilíngue escolhido pela instituição, para que a metodologia do programa permaneça alinhada a da escola. 

Disciplinas regulares
A adoção de um programa de educação bilíngue não altera o trabalho realizado pela escola na língua materna, ou seja, as aulas de todas as disciplinas continuam sendo lecionadas em português pelo professor regente ou especialista e são adicionadas aulas em inglês para prática de conceitos, reforçando o conteúdo aprendido em português. Os alunos de escolas que utilizam um programa bilíngue desenvolvem naturalmente a segunda língua, independente da aptidão linguística, pois as aulas são ministradas por meio de conteúdo interdisciplinar. Além disso, as crianças podem desenvolver outras habilidades como o trabalho em equipe, respeito e colaboração. 



Rone Costa - Gerente de Desenvolvimento e Relacionamento do Systemic Bilingual, programa pioneiro de educação bilíngue no Brasil


Tarefa de casa ajuda a fixar conteúdo repassado em sala de aula


Atividade deve ser encarada com responsabilidade e contar com apoio dos pais; confira cinco dicas para desenvolver o hábito de estudo


Amada por alguns, odiada por muitos, a tarefa de casa ou dever de casa, como também é conhecida, ajuda a fixar o conteúdo repassado pelo professor em sala de aula. A atividade deve ser encarada com responsabilidade e contar com a ajuda e o apoio dos pais para que o estudante obtenha um bom rendimento escolar.

Segundo a coordenadora pedagógica do Colégio Marista Champagnat, em Ribeirão Preto (SP), Juliana Christina Rezende de Souza, criar uma rotina e horário de estudo para ser seguida em casa ajuda o estudante a memorizar os conteúdos, compreendê-los e se sentir seguro para realizar as provas. “O dever de casa é um instrumento importante para desenvolver o hábito do estudo e da pesquisa, de síntese e de construção do conhecimento, além de servir como extensão das atividades escolares”, destaca Juliana.

Mas como desenvolver esse hábito? Confira cinco dicas da coordenadora pedagógica:


Estipular um horário

Essa medida ajuda a organizar o tempo do estudante, o que contribui para que ele consiga administrar melhor as demais atividades do dia a dia.


Escolher um local adequado

É importante que o estudante tenha em casa um local adequado para fazer suas tarefas escolares. Assim, poderá guardar de forma organizada os materiais que necessitará para realizar as atividades, como cola, tesoura, livros, revistas, jornais, entre outros.


Não assumir o dever do filho

É imprescindível que os pais auxiliem seu filho e esclareçam possíveis dúvidas na hora da execução da tarefa, mas nunca assumam a atividade para si. Essa atitude ajuda o professor a medir o grau de dificuldade e o nível de conhecimento da criança ou adolescente.


Buscar parceria com a escola

É fundamental que os pais auxiliem seus filhos na execução do dever de casa, mas o papel de ensinar continua sendo da escola. Então, é importante que pais e professores trabalhem juntos e mantenham uma boa comunicação para que a criança ou adolescente consiga obter um bom rendimento escolar.


Estimular o interesse pela tarefa

Na maioria das vezes o dever de casa não é visto com bons olhos, pois ocupa um tempo em que a criança poderia brincar, assistir à TV, jogar no computador, entre outros. Então, é recomendável que os pais estimulem seu filho a desempenhar a tarefa diariamente destacando os ganhos em aprendizagem que seu filho pode ter com essa atividade.

Certamente, existem muitas outras dicas para incentivar as crianças e adolescentes a fazerem seus deveres de casa, mas essas sem dúvida auxiliarão os estudantes em sua formação acadêmica. Sem contar que a tarefa de casa é uma prática necessária para integrar família e escola.




Rede Marista de Colégios (RMC)

Graduações semipresenciais acirram concorrência com ensino presencial em 2019


Modalidade de estudos combina o melhor do ensino tradicional com os modernos recursos da educação a distância


A possibilidade de conciliar um curso superior com trabalho e família conquista cada vez mais adeptos. Entre 2007 e 2017, o número de ingressantes na Educação à Distância (EAD) cresceu 226%, contra um aumento de apenas 19% na modalidade presencial (Censo da Educação Superior, 2018). Porém, para quem quer a flexibilidade da EAD sem perder os benefícios da sala de aula, o caminho é outro: o dos cursos semipresenciais.

“O semipresencial, também chamado de ensino híbrido ou blended learning, é a maior tendência educacional para os próximos anos. É uma forma de trazer para a educação superior a maneira de estudar que já está incorporada na nossa sociedade”, defende Benhur Gaio, reitor do Centro Universitário Internacional Uninter.

Quem tem acesso à internet, principalmente jovens e nativos digitais, está habituado a pesquisar na rede os assuntos pelos quais se interessa. Então discute seus achados com os outros – família, amigos, colegas e professores. “Por que não levar essa forma de aprender para os cursos universitários?”, questiona Gaio.

A Uninter oferece a modalidade semipresencial desde 2014 para moradores de Curitiba e Região Metropolitana. Em 2018, o Ministério da Educação (MEC) facilitou o semipresencial na educação superior, pois possibilitou a oferta de até 40% da carga horária à distância desde o início do curso, desde que a atenda a Portaria nº 1.428/2018.

“As novas regras facilitaram a abertura de cursos semipresenciais para todas as instituições de ensino. Com o aumento do ensino híbrido, toda a sociedade se beneficia, posto que há uma quebra de preconceitos”, defende Gaio. Segundo ele, algumas pessoas acreditam que os cursos presenciais são melhores ou têm mais valor, o que não se comprova na prática.


Por dentro do ensino híbrido

Ao fazer a matrícula em um curso semipresencial, o estudante é informado de antemão qual será a frequência e horário das aulas. Dessa forma, pode planejar sua rotina com equilíbrio da vida profissional, pessoal e acadêmica.

Os cursos semipresenciais têm parte de sua matéria ministrada em sala de aula e parte ofertada em um Ambiente Virtual de Aprendizado (AVA), sempre com apoio de materiais didáticos. O estudante explora o conteúdo on-line de forma independente, de acordo com seu ritmo de aprendizado, e depois troca o que aprendeu com os colegas e professores.

Esse processo de estudar primeiro e depois levantar dúvidas e observações, nos encontros presenciais, é chamado de “sala de aula invertida”. É um formato oposto do tradicional, em que o professor oferece o primeiro contato do estudante com o conhecimento por meio de aulas expositivas.

A grande vantagem da inversão, aponta Gaio, é valer-se do tempo em sala de aula para sanar dúvidas e aprofundar o conhecimento, ao invés de usá-lo para a exposição inicial da disciplina. “Os estudantes tiram melhor proveito do tempo e da maestria do professor ao abordá-lo com questões mais profundas, com preparo anterior à aula. Valorizamos, assim, o trabalho de nossos docentes e o esforço de nossos estudantes”, coloca.

O valor da mensalidade também costuma ser menor do que a dos cursos correlatos presenciais – embora um pouco mais alto comparado com a EAD. 


Avaliando um curso semipresencial

Por serem relativamente novos, os cursos híbridos merecem uma atenção especial dos estudantes que estão cogitando adentrar nesse mundo. Além de ponderar sobre pontos já conhecidos, como qualidade da instituição de ensino, do corpo docente e da grade curricular, os estudantes devem estar atentos a outras duas questões:


1. Qualidade do AVA

“Solicite à instituição de ensino para ver como funciona o Ambiente Virtual, teste e navegue livremente por ele. Veja se gosta e se adapta, mas principalmente se não há falhas técnicas que podem comprometer seus estudos”, aconselha Gaio.

O reitor explica que o desenvolvimento de um bom AVA demanda investimento financeiro, tempo e acompanhamento constante por parte dos estabelecimentos. Porém, muitas empresas passam por essa etapa às pressas e os estudantes devem estar atentos no momento da matrícula, para não saírem prejudicados.


2. Localização do campus

Mesmo que a frequência das aulas seja menor, os estudantes do semi passarão um bom tempo em sala de aula. Por isso, Gaio recomenda que visitem o campus, verifiquem se está em um local acessível e quais são as linhas de ônibus que o conectam com o restante da cidade.

“Um dos pontos do semipresencial é reduzir o estresse de deslocamento dos estudantes. Isso não se aplica se o campus for de difícil acesso”, defende.


Semipresencial, presencial ou EAD?

Cada modalidade de ensino tem seus pontos fortes e fracos, mas cabe ao estudante escolher qual é a que melhor se encaixa em sua rotina. Para isso, o reitor ressalta o seguinte quadro de comparações:


Presencial
EAD
Semipresencial
Professor
Expõe conhecimentos e tira dúvidas
Expõe conhecimentos e tira dúvidas
Atua como questionador e intermediador
Sala de aula
Serve para exposição do conhecimento em aulas e aplicação de provas
Apenas para aplicação de provas e encontros eventuais de tutoria
É “invertida”, pois estudantes navegam pelo conteúdo antes das aulas
Material de estudo
Livros didáticos e aulas expositivas presenciais
Livros didáticos e aulas no AVA
Livros didáticos, aulas no AVA e aulas presenciais
Ritmo de aprendizado
Estabelecido pelo professor e pela estrutura das aulas
Inteiramente estabelecido pelo aluno
Majoritariamente estabelecido pelo aluno, parcialmente moldado pelas aulas
Frequência na instituição de ensino
Diária ou em quase todos os dias úteis do ano letivo
Apenas para fazer provas ou encontros de tutoria, que são opcionais
Uma ou duas vezes por semana
Valor do curso
Mais alto
Mais baixo
Intermediário



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