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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Tabagismo é fator de risco para doenças da coluna

Fumar aumenta em 30% o risco de dores nas costas


Dia 29 de agosto é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. A data, criada em 1986, visa a conscientização sobre os diversos riscos deste mau hábito para a saúde coletiva. Dentre alguns dos males causados pelo tabagismo, destacam-se aqueles relacionados à coluna vertebral. “Fumar contribui para a degeneração dos discos vertebrais, agravando os casos de hérnias de disco, bem como sobrecarregando as articulações, musculatura e ligamentos da região”, aponta Juliano Fratezi, médico ortopedista especialista em coluna, pós-graduado em Dor pelo IEP- Hospital Sírio Libanês e membro da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).  

O especialista explica que as substâncias presentes no cigarro diminuem a quantidade de oxigênio distribuídas nos tecidos do corpo humano. “Essa falta de oxigênio causada pela alta concentração de uma outra substância chamada carboxi-hemoglobina leva à diminuição de nutrientes dos discos, induzindo a essa degeneração”, afirma Fratezi.  

Diversos estudos ao longo dos anos analisam essa relação. Alguns deles apontam que quanto maior a quantidade de cigarros e o tempo de uso, maior o impacto na saúde dos discos. Um exemplo é  a pesquisa publicada em 2012  e que reuniu especialistas de diferentes países, que apontou tanto a degeneração dos discos como a perda óssea nas vértebras provocadas pela exposição ao tabaco. Um outro estudo publicado no Annals of Rheumatic Diseases em 2014  e realizado com 13 mil pessoas concluiu que fumar aumenta em 30% o risco de um indivíduo apresentar dor na costas. “Há, ainda, indícios de que as substâncias encontradas no cigarro alteram a forma como o cérebro do paciente responde aos estímulos de dor, diminuindo esse limiar”, explica o especialista em coluna e dor.  “Estes dados reforçam a preocupação que o paciente e o médico devem ter com o tabagismo enquanto fator de risco para as doenças da coluna”, reforça o médico Juliano Fratezi.

O ortopedista alerta, ainda, para a recuperação dos pacientes quando estes largam o hábito de fumar. “É possível identificar uma melhora no quadro de dor quando comparamos aos que continuam fumando”, revela Fratezi, que ainda aponta alguns dos motivos que podem contribuir para este fator: “Muitas vezes, esses pacientes incluem na sua nova rotina a prática de atividades físicas, elevando ainda mais o nível de substâncias que ativam o prazer e diminuem a dor”, ressalta o especialista. 

 



Juliano Fratezi - médico ortopedista, especialista em coluna e pós-graduado em dor pelo IEP-Hospital Sírio Libanês, especialista em neuromodulação invasiva no tratamento da dor pelo INDOR-DF, membro da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

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70% dos casos de Doença de Chagas no Brasil se devem à transmissão via oral e açaí contaminado é um dos principais vilões


Estudo avalia 2.470 casos da doença transmitida via oral na América Latina, principalmente na Bacia Amazônica

 

Pela primeira vez, um estudo resume a distribuição geográfica, a fonte de infecção e a letalidade da doença de Chagas aguda transmitida via oral. Todos os 2.470 casos relatados desde 1965 ocorreram na América Latina e foram causados principalmente pela ingestão de açaí contaminado. A taxa de letalidade foi de aproximadamente 1%. O estudo – Case-fatality from orally-transmitted acute Chagas disease: a systematic review and metanalysis – (Letalidade por doença de Chagas aguda transmitida por via oral: uma revisão sistemática e metanálise) foi publicado no dia 9 de agosto na Clinical Infectious Diseases (CID – Doenças Infecciosas Clínicas), revista da Associação Americana de Doenças Infecciosas.

Segundo um dos autores do estudo, Miguel Morita Fernandes Silva, cardiologista da Quanta Diagnóstico por Imagem e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR) e Universidade Federal do Paraná (UFPR), os resultados oferecem informações para políticas públicas que podem ajudar a reduzir o impacto da doença de Chagas sobre a população. Como sempre, a prevenção é fundamental.

Embora a infecção por vetor (o inseto conhecido como “barbeiro”, que tem o Trypanosoma cruzi, parasita que causa a doença,) já tenha sido a mais comum, atualmente, no Brasil, a transmissão alimentar é responsável por até 70% dos casos. “Nas últimas duas décadas, os casos agudos de doença de Chagas relacionados ao consumo de alimentos contaminados ocorreram com maior frequência na Bacia Amazônica, em áreas com alta produção e consumo de açaí”, explica Dr. Morita. Quase metade dos casos foi diagnosticada no Pará, principal região produtora de açaí do mundo. Há como prevenir a contaminação e há medidas até obrigatórias em alguns estados, como Amapá e Pará, mas, segundo o estudo, nenhum programa de fiscalização por órgãos governamentais foi implementado para controlar a produção. 

Cerca de 10% da produção brasileira de açaí é exportada, o que corresponde a seis mil toneladas de celulose de açaí. Aproximadamente 90% dessa produção são destinados aos Estados Unidos e ao Japão. Até onde se sabe, no entanto, até o momento não há relato de doença de Chagas adquirida por via oral fora da América Latina. 

Outra população sob risco de contaminação, porém, são os viajantes que visitam a América Latina, onde é consumido o suco fresco do açaí com potencial de contaminação: “É importante que os consultores de saúde em viagens aconselhem os visitantes a evitar alimentos que tenham potencial contaminante ou a se certificar da origem e da segurança do alimento”, alerta o autor do estudo. Casos relatados de doença adquirida oralmente na Venezuela, Colômbia, Bolívia e Guiana Francesa não estavam relacionados ao consumo de açaí, mas de produtos mais populares nesses países, como majo, goiaba e manga.

 

Prevenção

Dr. Miguel Morita alerta ainda que o mal de Chagas é considerado uma doença negligenciada e que a transmissão oral da doença pode ser evitada com o controle do processamento de alimentos. Geralmente, o suco de açaí é preparado manualmente, durante a noite, quando os triatomíneos (“barbeiros”) são atraídos pela luz. “A contaminação pode ocorrer pela maceração dos triatomíneos no processamento da fruta ou pela deposição de suas fezes”, conta. Outra fonte de contaminação pode ser a da água usada no processamento da polpa por secreções de marsupiais infectados (os marsupiais são mamíferos que também podem ser contaminados pela doença). 

O governo brasileiro já emitiu um conjunto de regulamentos para prevenir a contaminação de alimentos com T. cruzi. Por exemplo, o "branqueamento", que consiste em submeter os frutos do açaí e do bacaba a uma temperatura de 80°C por 10 segundos e depois resfriá-los à temperatura ambiente. Outra ação preventiva é a pasteurização da bebida processada e posterior resfriamento. Infelizmente, segundo o estudo, não há programas de fiscalização por órgãos governamentais para controlar a produção de açaí. 

A doença de Chagas atinge 6 milhões de pessoas em todo o mundo e custa mais de 7 bilhões de dólares por ano para os sistemas de saúde. Embora seja há muito reconhecida como uma doença endêmica, restrita a países em desenvolvimento, a doença alcançou outras regiões do mundo nas últimas duas décadas, afetando imigrantes na Europa e nos Estados Unidos. Na América Latina, a doença causa cerca de 10 mil mortes por ano. Como nenhum tratamento específico se mostrou eficaz na prevenção de cardiopatias na doença de Chagas crônica, a detecção precoce e o tratamento na fase aguda são essenciais para reduzir seu impacto. Quando detectada e tratada adequadamente, na fase aguda a doença pode se resolver em 50-80% dos casos. No entanto, muitas vezes a doença não é detectada na fase aguda, o que resulta em altas taxas de letalidade, conforme relatado em alguns surtos no Brasil. 

As principais causas de morte entre pacientes com doença de Chagas aguda são miocardite e encefalite. Na manifestação crônica da doença, 20-30% das pessoas infectadas desenvolvem complicações cardíacas, como a insuficiência cardíaca, e a morte súbita é responsável por 55-60% das mortes e fenômenos tromboembólicos por 10-15%.

 

 



Quanta Diagnóstico por Imagem

www.quantadiagnostico.com.br

Imunoterapia é aprovada no Brasil para tratamento de câncer de fígado, um dos mais letais

 A combinação de atezolizumabe e bevacizumabe reduziu o risco de morte em 42% na comparação com o tratamento-padrão


Dois meses depois da FDA, a agência regulatória americana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar o uso da imunoterapia atezolizumabe associada ao antiangiogênico bevacizumabe, ambos da Roche, para a primeira linha de tratamento do carcinoma hepatocelular (câncer de fígado) metastático, irresecável ou sem tratamento prévio. O Global Cancer Observatory estima 700 mil mortes ao ano causadas pela doença, sendo o quarto tipo de câncer mais letal no mundo. Atualmente, a American Cancer Society aponta que somente 18% dos pacientes diagnosticados com câncer de fígado estarão vivos em cinco anos. No Brasil, foram 9.711 mortes em 2015, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

O estudo de fase III IMbrave150, publicado em maio no periódico The New England Journal of Medicine, demonstrou que a combinação de atezolizumabe com bevacizumabe foi capaz de proporcionar um ganho significativo de sobrevida global e sobrevida livre de progressão, reduzindo o risco de morte em 42% comparado ao sorafenibe, terapia-alvo aprovada em 2009. O perfil de segurança da combinação foi consistente com os dos medicamentos em monoterapia e novos efeitos adversos ou inesperados não foram identificados.

De acordo com o oncologista Gustavo Fernandes, diretor do Hospital Sírio-Libanês em Brasília, a quimioterapia convencional não tem benefício para esses pacientes. Já a terapia-alvo trouxe benefícios por muitos anos, mas foi superada pela combinação de imunoterapia e antiangiogênico largamente, com taxa de resposta muito superior, além de ganho de sobrevida global em um ano. Assim como em outras doenças em que a imunoterapia foi ativa, é real a possibilidade de que uma proporção dos pacientes esteja bem e com doença controlada em longo prazo, por anos. "É uma forte evidência de novo padrão de tratamento com potencial de transformar a história natural da doença", considera.

"É um grande progresso a aprovação de uma nova terapia sistêmica para o carcinoma hepatocelular avançado, associada a desfechos ainda melhores do que aqueles observados previamente com outros medicamentos", avalia Paulo Lisboa Bittencourt, coordenador da Unidade de Gastroenterologia e Hepatologia do Hospital Português-Bahia e presidente do Instituto Brasileiro do Fígado.

O hepatologista explica que a doença acomete principalmente pessoas com cirrose (98% dos casos, segundo um estudo brasileiro de 2009), causada por hepatites virais B e C, gordura no fígado (esteatose) ou consumo abusivo de álcool. Bittencourt acrescenta que a cirrose e o câncer de fígado não apresentam sintomas nos estágios iniciais. Levantamento recente do Datasus revela que 62% dos brasileiros com carcinoma hepatocelular tiveram diagnóstico tardio. A maioria deles nem sabia ser portador de cirrose.

"Quem tem carcinoma hepatocelular não tem apenas um tumor, mas duas doenças: câncer e cirrose. A depender do seu estágio, o tratamento pode incluir cirurgia, transplante de fígado, radiologia intervencionista e terapia sistêmica. No estágio avançado, apenas a terapia sistêmica tem evidência de benefício", completa o médico.

Atezolizumabe em combinação com bevacizumabe é o primeiro e único regime de imunoterapia aprovado para o câncer de fígado. "Hoje mais de 50% dos diferentes tipos de câncer podem ser tratados com imunoterapia e esse percentual aumentará ainda mais nos próximos anos", acredita o oncologista Gustavo Fernandes.

A Roche possui um programa de desenvolvimento para o atezolizumabe, incluindo estudos de fase III em andamento, em diferentes tipos de câncer de pulmão, geniturinário, pele, mama, gastrintestinal, ginecológico e de cabeça e pescoço. Esses estudos avaliam o atezolizumabe isoladamente ou em combinação com outros medicamentos.



Roche

http://www.roche.com.br


Incontinência Urinária, um problema que tem solução

Incontinência urinária é a perda involuntária de urina. Segundo a Sociedade Internacional de Incontinência (ICS), o fenômeno acomete tanto os homens como as mulheres; porém, é muito mais comum no sexo feminino e torna-se mais frequente com o envelhecimento. A perda urinária determina, além do constrangimento, uma piora significativa na qualidade de vida em razão de promover o isolamento social, restrição ao trabalho, ao lazer e alteração do humor.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, 35% das mulheres na pós-menopausa apresentam incontinência urinária de esforço. Entre as pessoas acima de 65 anos, esse número pode chegar a mais de 60%.

Segundo a Sociedade Americana de Urologia, aproximadamente um terço das mulheres adultas nos Estados Unidos relatam perdas urinárias, porém acredita-se que este número seja bem mais elevado, porque muitas pessoas não contam a ninguém sobre seus sintomas. Elas ficam envergonhadas ou pensam que nada pode ser feito, sofrendo em silêncio.

Vários são os fatores de risco para incontinência urinária:

Raça: mulheres brancas têm maior probabilidade de manifestar incontinência urinária de esforço em comparação com mulheres afro-americanas e asiáticas;

Obesidade: o aumento de peso determina uma maior pressão do intestino sobre a bexiga e os músculos do períneo;

• Algumas Doenças: Neurológicas (esclerose múltipla, doença de Parkinson, Acidente Vascular Cerebral, tumor cerebral ou uma lesão na coluna vertebral), Diabetes;

• Hábitos Alimentares que envolvam excesso de bebidas e/ou alimentos ricos em cafeína (chás, mates, refrigerantes, energéticos, pimentas, cítricos, chocolates, condimentos, etc);

• Uso de medicamentos para o controle de doenças cardíacas e pressão arterial, além de sedativos e relaxantes musculares;

• Doenças Transitórias: Infecção do trato urinário ou vagina, obstipação intestinal e estresse emocional;

Condição pré-existente ou antecedente que possa ter gerado um dano anatômico ou neurológico: gestações, partos, traumas, acidente vascular cerebral, doenças renais ou cardiovasculares, apneia do sono, envelhecimento, menopausa, histerectomia (cirurgia para retirar o útero/ovários), etc.

Os principais tipos de incontinência urinária nas mulheres, a saber, são:

• Incontinência Urinária de Esforço: A Incontinência Urinária de Esforço (IUE) é definida, segundo a ICS, como a perda involuntária da urina pelo meato uretral, secundária ao aumento da pressão abdominal, na ausência de contração do detrusor (músculo da bexiga), como por exemplo: ao tossir, espirrar, pular, andar, mudar de posição e rir intensamente. É o tipo mais comum de Incontinência Urinária e pode alcançar mais de 50 % das mulheres ao longo da vida. A perda urinária é resultado da falência da musculatura perineal e esfincteriana (estruturas musculares que atuam em conter a urina entre os intervalos miccionais).

 

Incontinência Urinária de Urgência: A Incontinência Urinária de Urgência é a perda de urina involuntária, precedida de súbito desejo miccional (bexiga hiperativa), sem relação com o esforço físico, geralmente associada a aumento da frequência miccional diurna e noturna. Estima-se que a incontinência urinária de urgência pura esteja presente em até um quarto das mulheres incontinentes. As pacientes normalmente relatam que percebem o desejo e não conseguem chegar ao banheiro, molhando a roupa.

• Incontinência Urinária Mista: A Incontinência Urinária Mista é a associação de sinais e sintomas da Incontinência de Esforço e de Urgência.

O diagnóstico da incontinência e seu tipo é realizado por uma análise detalhada do histórico clínico, somado a um exame físico dos genitais e solicitação de exames de urina, imagem - como ultrassonografia - e, em alguns casos, indica-se o exame endoscópico da bexiga (cistoscopia) e/ou o Exame Urodinâmico (exame que mostra se a bexiga consegue cumprir sua função: armazenar urina sob baixa pressão e proporcionar adequado esvaziamento). Recomenda-se também a elaboração de um diário miccional pelo paciente, que fará o relato da quantidade de líquidos ingeridos, volume urinado e seus respectivos horários por um determinado período.

O tratamento adequado será instituído após firmado o tipo de incontinência e pode envolver uma ou mais medidas terapêuticas, como:

• Mudanças comportamentais do estilo de vida e de hábitos alimentares;

• Controle da ingesta hídrica (horários e volumes);

• Programar horários para micções a cada 2-3 horas;

• Instituir fisioterapia para fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico e esfincteriana;

• Tratar infecções urinárias e vaginais;

• Melhora das condições do epitélio vaginal, com reposição hormonal, caso não tenha contraindicação ginecológica;

• Controle de doenças associadas (Neurológicas, Diabetes, Hipertensão, entre outras);

• Uso de medicações específicas: existem várias medicações de via oral e a toxina botulínica (Botox) para injeção intravesical em ambiente hospitalar;

• Tratamento Cirúrgico: existem várias técnicas, desde minimamente invasivas até a correção, dos defeitos anatômicos encontrados ("bexiga caída");

• Neuroestimuladores, aparelho (implantado cirurgicamente) que estimula nervos próximos à coluna, através de impulsos elétricos e que tem o objetivo de controlar a bexiga.

Não tenha vergonha de abordar o tema com seu médico. Ele saberá lhe orientar e tratar da melhor forma. Lembre-se: Incontinência Urinária tem tratamento.



 

Dr. Marco Aurélio Lipay - Doutor em Cirurgia (Urologia) pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), Titular em Urologia pela Sociedade Brasileira de Urologia, Membro Correspondente da Associação Americana e Latino Americano de Urologia e Autor do Livro "Genética Oncológica Aplicada à Urologia".


Mudanças de temperatura afetam o sistema imunológico

 Os mais vulneráveis são crianças, idosos e portadores de doenças crônicas



Após o Brasil passar por uma onda histórica de frio, com temperaturas negativas e neve na região Sul, os dias de sol e calor voltam a surgir. Com isso, espirros, tosses e alergias também aparecem. Em épocas de variações climáticas, é preciso saber como proteger o sistema imunológico, principalmente durante a pandemia de Covid-19.

"O tempo frio e o aumento da poluição lesionam diretamente a mucosa do nariz, ressecando-a. Isto aumenta o risco de invasão de vírus e bactérias, e pode desencadear crises de asma, rinite e até ataques cardiovasculares", explica o pneumologista da Doctoralia, Ciro Kirchenchtejn .

Além do tempo frio, o confinamento causado pelo coronavírus faz com que a exposição ao sol diminua, interferindo diretamente na produção de vitamina D, essencial para o bom funcionamento do sistema imunológico. "Se durante o isolamento o indivíduo aumentar o consumo de álcool ou tabaco, também pode ter seu sistema imunológico prejudicado", alerta o pneumologista.

Ainda segundo o especialista, é importante reforçar a atenção aos hábitos que afetam diretamente o bom funcionamento no nosso corpo. "Ao invés de consumir produtos industrializados, as pessoas devem dar preferência aos alimentos in natura, fontes diretas de fibras e vitaminas que garantem a integridade das nossas defesas. Crianças, idosos e portadores de doenças crônicas merecem cuidados redobrados, pois são os mais vulneráveis neste período", revela Kirchenchtejn.

Para ajudar na proteção, é importante estar com a saúde em dia. "Todos devem ser vacinados para os agentes mais comuns, como a gripe e o pneumococo, e manter acompanhamento médico, a fim de garantir a estabilidade e a melhora das doenças crônicas", reforça o pneumologista.

Coronavírus

O frio pode aumentar a resistência do vírus no meio externo, como em corrimões, mesas e balcões. "Por isso, é fundamental manter o uso de máscaras e a higiene frequente das mãos, principalmente antes de levá-las ao rosto, além do isolamento social, pois a transmissibilidade é ainda maior com a junção de tempo frio e aglomeração em locais fechados", orienta o Dr. Ciro Kirchenchtejn.


Como tratar a Doença Celíaca por meio da alimentação?

Nutricionista do My Nutri, app criado pela n2b, fala sobre o distúrbio digestivo que pode ser confundido com outras doenças por conta dos sintomas


Atingindo quase 1 milhão de brasileiros, a Doença Celíaca hoje está presente em 1% da população mundial e é caracterizada pela intolerância permanente ao glúten, ocasionando na inflamação constante e intensa da mucosa do intestino após a ingestão de um alimento que apresente glúten em sua composição.

"O glúten é definido como uma proteína presente no trigo, cevada e centeio, ou seja, quando uma pessoa é diagnosticada com intolerância ao glúten, ao ingerir um alimento que apresente esta proteína, é desencadeado uma reação autoimune no organismo, que leva ao ataque nas paredes do nosso intestino, de forma intensa e constante", comenta Aryane Emerick, nutricionista do My Nutri.

Com a complexidade dessas doenças, a nutricionista explica: "É preciso ficar atento aos rótulos de cada alimento, verificando se há presença de glúten ou não. Além disso, é importante lembrar que o nosso intestino desempenha muitas funções e se ocorre agressões constantes a este órgão, isso pode ocasionar em outras doenças, principalmente na saúde mental e física".

Segundo Aryane, as causas da doença celíaca são: genética, imunológica e ambiental. "A maioria dos casos ocorrem na infância, entretanto, há casos de indivíduos que apresentam a intolerância na vida adulta e apresentam como sintomas: Diarréia, vômitos, perda de peso, dor de cabeça, dor articular, além de fraqueza", completa a profissional.

A nutricionista alerta que por os sintomas serem bem comuns, as pessoas acabam confundindo com outras doenças. "Neste caso específico há a necessidade de um médico, mas especificamente um gastroenterologista, para avaliar e através de um exame mais específico fechar o diagnóstico dessa intolerância.", recomenda Aryane.

Pessoas que desenvolvem esse distúrbio digestivo apresentam uma diminuição das microvilosidades na mucosa do intestino, que associados ao processo de inflamação intensa, pode auxiliar na diminuição da produção da enzima lactase no nosso organismo, gerando um quadro de intolerância à lactose.

"O tratamento da doença celíaca é através da alimentação, então o ideal é ficar sempre atento aos rótulos dos alimentos e excluir alimentos que contenham glúten. Para não passar vontade de comer algumas coisas, é possível buscar opções e adaptar receitas convencionais", finaliza Aryane.

 

 

 

Aryane Emerick - nutricionista chefe da n2b, formada pelo Centro Universitário São Camilo (junho/2017), pós graduada em Nutrição Clínica Funcional pela VP Consultoria (fev/2020) e pós graduanda em MBA de Gestão em Saúde no Centro Universitário São Camilo

 

N2B

http://n2bbrasil.com


29.08 DIA NACIONAL DO COMBATE AO FUMO

COMO O TABAGISMO PODE AFETAR A FERTILIDADE?

Especialista da Criogênesis esclarece questões relacionadas ao tema


Em 29 de agosto comemora-se o Dia Nacional do Combate ao Fumo. Criada em 1986 pela Lei Federal 7.488, a data tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população para os danos causados pelo tabaco. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de cigarro é responsável pela morte de 2 em cada três fumantes, além de trazer diversos prejuízos à saúde.

As substâncias presentes nos cigarros podem provocar doenças cardíacas, respiratórias e ainda afetar a fertilidade masculina e feminina. "Alguns estudos apontam que mulheres fumantes não possuem uma capacidade fisiológica de gerar um bebê tão eficientemente quanto as não-fumantes. Além disso, as taxas de infertilidade em fumantes de ambos os sexos são cerca de duas vezes maiores que as taxa de infertilidade encontrada em não-fumantes", comenta Dr. Renato de Oliveira, ginecologista da Criogênesis.

Estudos realizados em animais apontam uma diminuição no tamanho dos ovários, além de alteração do crescimento, número e amadurecimento dos óvulos produzidos - eventos fundamentais para a reprodução humana. Em seres humanos, pesquisas demonstram a presença de cotinina - metabólito da nicotina - no líquido folicular de mulheres que fumam. Fumantes passivas - que inalam fumaça de terceiros -, também apresentaram doses da substância.

O especialista alerta que o consumo de tabaco diminui a produção de espermatozoides e provoca alterações em seu DNA. Ou seja, homens fumantes têm chances de produzir uma quantidade menor de espermatozoides saudáveis, com a motilidade reduzida e alterações na sua morfologia. Diminuem também a quantidade de protamina, proteína responsável pela formação de cromossomos durante a fase da fecundação.

Com isso, abortos espontâneos e taxas de deficiências no nascimento são maiores entre as pacientes fumantes, mesmo em casos de tabaco sem fumaça. "As mulheres que fumam são mais propensas a conceber uma gravidez cromossomicamente insalubre, como por exemplo, bebês com síndrome de Down, gravidez ectópica e parto prematuro", ressalta o Dr. Renato.

O cigarro também compromete a vascularização da circulação placentária (que é extremamente necessária para o desenvolvimento adequado do feto), propiciando graus variados de sofrimento fetal.

Mesmo nos tratamentos de fertilidade, como a fertilização in vitro (FIV), os danos causados pelo tabaco podem levar a sérios impactos negativos. Fumantes do sexo feminino precisam de mais medicamentos estimuladores do ovário durante a fertilização e possuem menos óvulos. Além disso, as taxas de gravidez são 30% menores em comparação com as pacientes de FIV que não fumam.

"Engravidar sendo fumante ativo ou passivo causa consequências danosas à saúde do bebê. Além do risco já mencionado de aborto e de gravidez ectópica, caso a gravidez vá adiante, a fertilidade do próprio feto pode ser prejudicada no futuro. Caso seja uma menina, sua reserva ovariana pode ser diminuída e, no caso de menino, é possível que ele se torne infértil no futuro. Pela própria saúde e pela saúde dos seus descendentes, é preciso parar de fumar antes de engravidar", conclui o profissional.

 


Criogênesis

http://www.criogenesis.com.br

 

Mutação não hereditária atua como terapia gênica natural em paciente com doença rara

 

 Pesquisadores do Centro de Terapia Celular da USP identificaram uma alteração não herdada em células do sangue de paciente com síndrome de deficiência da GATA2 que pode ter impedido a falência da medula óssea e outras manifestações clínicas (tecido pulmonar de paciente com síndrome da deficiência de GATA2, no qual é possível notar proteinólise alveolar e infiltrado inflamatório linfoplasmacítico; imagem: CTC/divulgação)

 

Pesquisadores vinculados ao Centro de Terapia Celular (CTC) da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, identificaram, pela primeira vez, uma mutação não hereditária em células do sangue de um paciente com síndrome de deficiência da GATA2 – doença rara causada por uma mutação herdada no gene que codifica a proteína homônima.

A mutação não hereditária (somática) pode ter atuado como uma terapia gênica natural, impedindo que o processo de renovação celular do sangue (hematopoiese) fosse prejudicado pela doença e que o paciente desenvolvesse as manifestações clínicas típicas, como falência da medula óssea, surdez e obstrução do sistema linfático (linfedema), estimam os pesquisadores.

Os resultados do estudo, publicado na revista Blood com destaque na capa e no editorial, abrem a perspectiva de utilização de terapia gênica e de mudanças no aconselhamento genético de famílias com a doença hereditária.

“Ao identificar um paciente com mutação germinativa [herdada] na proteína GATA2 é preciso pesquisar a família, porque pode haver casos silenciosos”, diz à Agência FAPESP Luiz Fernando Bazzo Catto, primeiro autor do estudo.

Catto realiza doutorado na USP de Ribeirão Preto sob a orientação do professor Rodrigo Calado, coautor do artigo e integrante do CTC – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiado pela FAPESP.

O paciente foi identificado por meio do atendimento médico de seus dois filhos no Hemocentro de Ribeirão Preto.

Um dos filhos foi diagnosticado com anemia aplástica moderada – em que o organismo deixa de produzir uma quantidade suficiente de novas células sanguíneas – e artrite psoriática. O quadro de falência da medula óssea e a consequente queda na produção de células do sistema imune, como linfócitos e monócitos, se agravaram nos cinco anos seguintes, e ele faleceu com 27 anos por infecção pulmonar.

O sequenciamento do DNA a partir de leucócitos e fibroblastos da pele do jovem após a morte revelou que ele apresentava uma mutação germinativa no gene da GATA2 e confirmou o diagnóstico de deficiência da proteína.

Os resultados do sequenciamento de leucócitos e fibroblastos da pele do segundo filho, atendido na instituição pela primeira vez aos 25 anos e com histórico de infecções pulmonares recorrentes, hipotireoidismo, trombose e surdez, também indicaram a presença de mutação germinativa no mesmo local do gene.

A fim de identificar de qual genitor herdaram a mutação, os pesquisadores sequenciaram o DNA da mãe e do pai dos dois irmãos. Os resultados indicaram que a mãe não apresentava a alteração e o pai, com 61 anos, possuía uma mutação idêntica à dos filhos, tanto nos espermatozoides como em fibroblastos da pele. Porém, não apresentava manifestações clínicas da doença e as contagens sanguíneas e de linfócitos estavam dentro da faixa normal.

“Com essa descoberta surgiu a dúvida se o pai tinha transmitido a mutação para os filhos ou se adquiriu, mas não passou para eles”, conta Catto.

Para elucidar essa questão, foi sequenciado o DNA da medula óssea do pai para estimar a porcentagem de células do sangue normais, que fez com que não apresentasse manifestações clínicas da deficiência de GATA2, e as de remanescentes, semelhantes às dos filhos.

Os resultados do sequenciamento de última geração mostraram que 93% dos leucócitos do pai apresentavam a mutação somática que confere proteção contra as manifestações clínicas da deficiência da GATA2 e os 7% restantes carregavam a mutação associada à doença rara. “Esses 7% restantes são remanescentes do clone original”, explica Catto.

Perspectivas de tratamento

Os pesquisadores também avaliaram se a mutação somática identificada no pai era capaz de induzir a produção de células normais do sangue por um longo período. Para isso, sequenciaram linfócitos T, que têm uma longa vida útil.

Os resultados das análises mostraram que a mutação somática ocorreu no início da vida dessas células e do desenvolvimento de células-tronco hematopoiéticas – com potencial para a formação do sangue.

“É muito provável que o pai adquiriu essa mutação somática no sangue há muito tempo”, estima Catto.

Já para avaliar se as células sanguíneas do paciente são capazes de manter a atividade também por um longo tempo foi medido o comprimento telomérico de leucócitos do sangue periférico. Os telômeros são estruturas existentes nas pontas dos cromossomos que servem para proteger o DNA. Toda vez que a célula se divide, essas estruturas diminuem de tamanho, até um momento em que a célula não consegue mais se proliferar e morre ou entra em senescência. Mas os resultados da pesquisa indicaram que os telômeros dos leucócitos analisados eram longos.

“Isso indica que essas células sanguíneas são capazes de manter a atividade por um longo tempo, sem serem exauridas”, explica Catto.

Uma das hipóteses levantadas no estudo é que a existência da mutação somática em células sanguíneas e a recuperação do processo de renovação celular do sangue promovido por ela podem ter contribuído para o paciente não apresentar manifestações extra-hematológicas da síndrome de deficiência de GATA2, como surdez, linfedema e trombose. Dessa forma, a recuperação precoce da hematopoese em pacientes com a doença por transplante ou, futuramente, por terapia gênica pode ser benéfica e evitaria outras complicações clínicas, sugerem os autores do estudo.

“O paciente fez uma terapia gênica natural. Basicamente, ele fez um ensaio experimental que abre a perspectiva, agora, de mimetizar esse fenômeno em estudos de terapia gênica em pacientes com GATA2 em médio prazo”, avalia Calado.

Além de contribuições para avanço no tratamento da doença e no aconselhamento genético de pacientes, o estudo também amplia o entendimento da biologia das células-tronco hematopoiéticas, afirma Calado.

“Os resultados do estudo permitem avançar no entendimento de como as células-tronco conseguem se recuperar, consertando um defeito genético inicial”, ressalta.

O artigo Somatic genetic rescue in hematopoietic cells in GATA2 deficiency (DOI: 10.1182/blood.2020005538), de Luiz Fernando B. Catto, Gustavo Borges, André L. Pinto, Diego V. Clé, Fernando Chahud, Barbara A. Santana, Flavia S. Donaires e Rodrigo T. Calado, pode ser lido por assinantes da revista Blood em https://ashpublications.org/blood/article-abstract/136/8/1002/461035/Somatic-genetic-rescue-in-hematopoietic-cells-in?redirectedFrom=fulltext.

E o editorial Natural gene therapy in hematopoietic disorders: GATA too, de autoria de Marjolijn C. Jongmans e Roland P. Kuiper, pode ser lido em https://ashpublications.org/blood/article/136/8/923/463248/Natural-gene-therapy-in-hematopoietic-disorders.
 

 

Elton Alisson

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/mutacao-nao-hereditaria-atua-como-terapia-genica-natural-em-paciente-com-doenca-rara/33987/

Gestor de e-commerce e dos novos sistemas logísticos, profissões que surgem na transformação digital

Os aplicativos para compras virtuais e os sites de comércio eletrônico, também conhecidos como Sistemas de E-commerce, estão rompendo com as barreiras físicas do comércio e atraindo cada vez mais empresas e consumidores, impactando diretamente os comerciantes tradicionais já instalados.

Os processos de transformação digital pelos quais estão passando os empregos e as profissões não são mais uma novidade. Não são novos porque já vinham sendo anunciados há pelo menos uma década, a pandemia atual, deu ao processo de transformação, um status de ação imediata e intransferível, que nem todas as organizações estão levando a sério. Se analisarmos a escala de transformação dos negócios para a era da transformação digital, vamos encontrar:

  • 20% de Negócios Refratários Digitais: empresas e empresários que ainda acham que seus negócios não serão impactados pela tecnologia, que tudo vai voltar ao normal;
  • 80% de Negócios Tradicionais: empresas e empresários que perceberam, após a pandemia, a necessidade de mudar, mas não sabem o que fazer, não tem tecnologia e nem pessoas para conduzirem o processo;
  • 30% de Negócios Digitalizados: empresas e empresários que levaram seus negócios tradicionais para o digital, em um processo de fazer o que faziam antes da pandemia, da mesma forma, só que em plataformas de negócios digitais; não entendem o digital, não se prepararam para o digital, mas são obrigados a migrar de modelo de gestão;
  • 10% de Negócios Digitais: empresas e empresários que criaram ideias de negócios a partir do digital, empresas como Nubank, Netflix, Dropbox, Youtube, entre outras. São criadas para o home office, para o comércio eletrônico, para o marketing digital, para o bitcoin, para a entrega com drones de produtos e serviços.



Este processo terá maior ou menor velocidade de implementação, dependendo de dois fatores básicos: a evolução da própria tecnologia e a formação de mão-de-obra qualificada para implementar e usar esta tecnologia. Quanto ao primeiro fator, a evolução tecnológica, continuará seu desenvolvimento a passos largos, porém a formação de mão-de-obra demandará mais investimentos e tempo para o suprimento da demanda.

Ainda são poucas as instituições de ensino superior no Brasil que estavam preocupadas em formar profissionais para esta nova era. Não basta apenas pensar em um negócio digital, é preciso pensar em estruturas de distribuição integradas, gerenciamento de estoques, gerenciamento de equipes, gerenciamento de equipamentos de transportes e cargas, principalmente em um país com dimensões continentais como o Brasil.

Neste contexto, surge um novo profissional, o Gestor do E-commerce e os novos Sistemas logísticos, que seja capaz de:

  • Viabilizar plataformas de e-commerce: pensar um negócio digital, exige gestão baseada em conceitos de startups, inovação disruptiva, métodos ágeis de prototipação (construir, medir aprender), escaláveis, com potencial de crescimento exponencial, com estratégias de marketing digital compatíveis com o novo momento empresarial;
  • Pensar a digitalização dos negócios do ponto de vista de seus processos organizacionais: plataformas de e-commerce, meios de pagamentos eletrônicos, segurança da informação, tecnologias que permitam o gerenciamento da carteira de clientes online;
  • Pensar a logística como um dos principais processos organizacionais: a principal medida de qualidade de um negócio digital, está em sua capacidade de entregar o que prometeu, a um custo compatível, em um tempo compatível, sendo o elo de contato entre o digital e real, entre a promessa e a realização do sonho de consumo;
  • Integrar o Desenvolvimento tecnológico aos processos logísticos: a integração entre os diferentes sistemas logísticos digitais e as plataformas de e-commerce, é considerado, como o segredo do sucesso para os negócios digitais. A integração de drones com sistemas de geoprocessamento de dados, combinados com a integração entre fornecedores da cadeia de suprimentos, com sistemas de controle de estoques e armazéns, com sistemas de controle de transportes, serão a garantia de um sistema de entregas de qualidade, além de serem a base, para uma logística reversa eficiente.


Além disso, a conectividade e a mobilidades impulsionam o Omnichannel, conceito relacionado à integração de vendas e atendimento entre lojas físicas, aplicativos, lojas virtuais e consumidores. Consiste em oferecer a mesma experiência de consumo por meio dos diversos canais, como se fossem um só. Ao invés de pensar no comércio físico e eletrônico como elementos separados e concorrentes, a empresa oferta soluções integradas.

Com as tecnologias digitais gerando tais facilidades, os pequenos e médios varejistas tradicionais serão estimulados a operar nos mercados eletrônicos. As compras no e-commerce têm operações bem mais complexas que em uma compra convencional: receber o pedido, aguardar a aprovação do pagamento, verificar o risco de fraude, gerenciar o estoque, organizar a coleta e a logística de entrega, verificar se o produto foi entregue e receber uma avaliação do cliente – que nunca foi visto pelo vendedor e vice-versa.

Este novo profissional de mercado irá atuar em duas áreas de gestão que envolvem:

  1. O Gestor de E-Commerce: é um profissional cada vez mais procurado pelas empresas, tendo remunerações cada vez mais altas. Com o grande crescimento das vendas online, o mercado de trabalho para os gestores de e-commerce abrange empresas de todos os ramos e portes, que conheça e gerencie todas as atividades de uma venda pela internet, do começo ao fim. Formação voltada para o desenvolvimento de habilidades de excelência no gerenciamento do comércio eletrônico, envolvendo: Operações de Multicanais – Omnichannel, Logística reversa no E-commerce, E-Business e E-Commerce, Ferramentas de Marketing Digital, Big Data (gestão de grandes volumes de dados) e Business Intelligence – BI;
  2. Gestor de Sistemas Logísticos: Voltado para profissionais que pretendem gerenciar os processos logísticos para o E-Commerce, atuando em toda a cadeia de suprimentos, sistematizando e inovando as operações logísticas, automatizando processos, com o uso de drones, sistemas de rastreamento e otimização logística. Formação voltada para o desenvolvimento de um profissional capaz de otimizar os processos logísticos relativos aos negócios eletrônicos e e-commerce, envolvendo:  Roteirização e Programação de Transportes, Condomínios Logísticos, Planejamento e Controle de Estoques em E-Commerce, Gerenciamento e Automação de Armazéns, a Segurança da Informação e Meios de Pagamentos Eletrônicos

Os desafios da evolução tecnológica estão só começando, as novas profissões ainda estão sendo formatadas para este novo repensar dos negócios, habilidades e as competências serão mais desafiadoras, mais interdisciplinares, mais dinâmicas, bem vindos a era da transformação digital.

 



Elton Ivan Schneider - diretor da Escola Superior de Gestão, Comunicação e Negócios do Centro Universitário Internacional Uninter.


Umicore alerta: o que muda com o uso de um catalisador recondicionado no veículo?

Catalisador destinado ao mercado de reposição para veículos leves com o selo do Inmetro 

Umicore


Automóvel com componente usado pode consumir mais combustível, poluir acima dos limites permitidos e ter danos no conjunto mecânico


Por conta das dificuldades financeiras impostas pela crise decorrente da pandemia de COVID-19, economizar dinheiro vem sendo uma prática ainda mais comum entre as pessoas. Entretanto, quando o assunto é manutenção do veículo, é preciso estar atento para que gastos menores não se tornem prejuízos no futuro. No caso dos catalisadores, o uso de uma peça recondicionada ou usada pode causar emissões elevadas e também prejudicar a passagem de gases tóxicos que saem do motor. Uma peça parcialmente obstruída vai aumentar o consumo de combustível causando prejuízos financeiros e na potência do veículo.

Os catalisadores produzidos pela Umicore, empresa especialista em tecnologias para o controle de emissões veiculares, são parte de produtos manufaturados e vendidos por empresas parceiras, líderes no mercado de reposição. Estas peças possuem embalagem identificada e certificação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), além de serem desenvolvidas especialmente para combustíveis brasileiros, com versões específicas para diferentes modelos e motorizações, garantindo o perfeito funcionamento do veículo. Por isso, é sempre importante ter atenção em relação aos catalisadores recondicionados, sempre exigindo o produto em sua embalagem original e com o selo de certificação estampado na cápsula do componente.

“Caso seja necessária a troca da peça, o consumidor deve sempre exigir a garantia do produto, nota fiscal e prestar atenção nas especificações da embalagem, que deve sempre atender aos padrões do mercado, atestando a originalidade e a compra de um produto novo e original”, afirma Cláudio Furlan, gerente de Marketing & Vendas da Umicore.   

Uma vez que o processo de produção de um catalisador é complexo e envolve diversas exigências técnicas, não é possível realizar o seu conserto e, no caso de uma peça usada e recondicionada, ela pode não atender aos critérios de qualidade e garantia que somente um componente novo possui. Uma peça usada e maquiada não terá a performance que sua aparência demonstra. Vale destacar também que a versão recondicionada, já exaurida, prejudica o meio ambiente e não tem capacidade de converter os gases tóxicos produzidos pela queima de combustível do motor.



Atenção com catalisadores falsos

Atualmente, é comum encontrar produtos usados no mercado de reposição, onde as peças são apenas esteticamente preparadas e vendidas como novas. Entretanto, vale redobrar a atenção também para componentes falsificados, que apresentam uma construção em forma de tubo, com diversos furos, e sem as funcionalidades de um catalisador original.

Entre os principais danos causados ao veículo, estão a alteração da contrapressão e o controle do motor, prejudicando consideravelmente o seu desempenho, reduzindo sua potência e, da mesma forma que acontece no catalisador recondicionado, aumentando o consumo de combustível.

“Os preços mais baixos de um catalisador falso podem chamar a atenção dos proprietários que precisam realizar uma manutenção em seu veículo, mas o fato da peça não cumprir com o seu papel pode causar um grande prejuízo financeiro, para a saúde e para a natureza”, afirma o executivo da Umicore.



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