Conselho, tanto a quem quer empreender quanto a quem está à procura de emprego: não tenha receio
Estamos nos despedindo de 2018, um ano de muitas emoções e em que o Brasil passou por muitas mudanças. A principal, claro, foram as eleições que trarão alguns nomes novos tanto para o Senado quanto para a Câmara dos Deputados. E a vitória de Jair Bolsonaro para presidente da república. Muitos estão vendo 2019 com esperança e outros tantos com desconfiança.
Estamos nos despedindo de 2018, um ano de muitas emoções e em que o Brasil passou por muitas mudanças. A principal, claro, foram as eleições que trarão alguns nomes novos tanto para o Senado quanto para a Câmara dos Deputados. E a vitória de Jair Bolsonaro para presidente da república. Muitos estão vendo 2019 com esperança e outros tantos com desconfiança.
O
panorama econômico, em especial, deverá mudar muito a partir do próximo ano.
Passamos por pequenas, mas importantes, mudanças
com a saída de Dilma Rousseff e a entrada de Michel Temer, como a equalização
da inflação e a redução de taxas de juros. “Afinal, 14% juros só interessava a
investidores e não a empresários. Talvez o único mérito do governo Temer tenha
sido a pequena melhora na economia”, afirma o coach e consultor de finanças pessoais Edson Moraes, formado pelo Instituto EcoSocial e certificado pelo ICF –
International Coach Federation.
Moraes
admite que o futuro ministro da Fazenda, Paulo Guedes, traz um novo olhar para
o governo, mas continua sendo uma incógnita. O mercado está confiante e com
perspectiva de retomada econômica. Porém, o desemprego, o ponto mais importante
e esperado, não vai diminuir tão cedo.
“No
governo do presidente Lula, muitas empresas
engordaram a estrutura, mas depois que cessou o período de crescimento da
economia, precisaram demitir. E demitir custa
caro. Agora, várias delas já se adequaram a uma estrutura enxuta que cabe, com
dificuldades, no orçamento”.
Observador
Na
opinião de Moraes, em 2019 os empresários estarão mais atentos e vão querer
garantir um crescimento efetivo para, daí, sim, aumentar a demanda e contratar.
Não querem um voo de galinha. Portanto, o primeiro semestre do ano será
especialmente de observação.
“Observação
do crescimento, das ações do governo, da consistência das decisões tomadas.
Como o novo governo vai negociar com o congresso as mudanças necessárias e se
vai obter êxito. Porém, é importante ter uma expectativa
positiva e não torcer para dar errado, porque o Brasil precisa melhorar”,
frisa.
Pelas
previsões que Moraes têm ouvido de economistas e especialistas de vários setores, o esperado é inflação menor, dólar
estável, taxa de jutos mais baixa e, a princípio, nenhuma expectativa de
sobressaltos.
Otimismo
com cautela
“Meu
conselho, tanto a quem quer empreender quanto a quem está à procura de emprego,
é não tenha receio. Esteja aberto a mudanças. É preciso dirigir olhando para
frente e não para o retrovisor. Olhar o sucesso dos outros, ou de si mesmo em
tempos passados, pode ser inspirador, mas não significa êxito no futuro”,
alerta Moraes.
Ele
aconselha: olhe para fora de si e para fora do país. Por exemplo, há uma
inclinação forte em não comer mais carne que está crescendo em vários países?
Invista em produtos naturais, orgânicos e veganos. Pessoas estão decididas a
usar menos o carro? Pense em aplicativos, em formas alternativas de transporte.
Observe as tendências em todas as áreas que puder.
Incompatibilidade
Outro
ponto que o coach destaca: sempre que buscar um trabalho é importante prestar
atenção ao perfil do cargo, pois também pode haver uma incompatibilidade entre
a vaga e o candidato. “Para quem estiver procurando, ou pensando em mudar de
emprego, antes de comparecer às entrevistas, pesquise sobre a empresa, estude e
descubra o que pode acrescentar a ela, em que poderá ajudá-la. Qual o local em
que você se encaixa. Durante a conversa, não recite seu currículo, ele já está
nas mãos do recrutador”, ensina.
E
nunca pare de estudar. “É preciso pensar na aplicabilidade da formação
acadêmica. As universidades brasileiras trazem pouca inovação. Há jovens que me
questionam se vale a pena entrar em uma faculdade de tecnologia se ele pode se
desenvolver sozinho. Não é o recomendável, mas é compreensível, olhando o
panorama da formação e da demanda. Apesar de o Brasil não ser um país de ponta,
não ser um pólo tecnológico - temos um perfil mais de seguidor que de inovador
– há um descasamento entre ensino e mão de obra qualificada”, afirma Moraes.
“Mas estar atento às tendências e seguir buscando o conhecimento, da forma como
lhe for possível, continua sendo o caminho para manter-se atraente ao mercado”,
conclui.
Fonte: Edson Moraes é
sócio do Espaço Meio - https://espacomeio.com.br , Executive Coach desde 2014 e Consultor (Gestão &
Governança) desde 2003. Foi Executivo do Bank of America entre 1982 e 2003.
Seguiu carreira na Área de Tecnologia da Informação, foi Head do Escritório de
Projetos e CIO por 4 anos. É Master em Project Management
pela George Washington University. Participou de programas de educação
executiva na área de TI ( Stanford University, Business School São Paulo
e Fundação Getúlio Vargas). Formado em Comunicação
Social – Jornalismo pela PUC/SP. É Conselheiro de Administração formado pelo
IBGC, Coach pelo Instituto EcoSocial e certificado pelo ICF. Articulista
e palestrante nas áreas de Governança, Tecnologia da Informação e Gestão de
Projetos.