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segunda-feira, 23 de março de 2015

NOVO SITE ‘DE OLHO NO IMPOSTO’ AUXILIA EMPRESAS A INFORMAREM A CARGA TRIBUTÁRIA AO CONSUMIDOR




Usuários podem baixar as informações para a emissão de nota ou cupom fiscal ou imprimir cartazes para afixar nos estabelecimentos
O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT, em parceria com a Associação Comercial de São Paulo – ACSP, Associação Brasileira de Automação Comercial – AFRAC, Systax Inteligência Fiscal e a Fecomércio RJ,  está lançando a nova versão do site “De Olho no Imposto” ( https://deolhonoimposto.ibpt.org.br/), para auxiliar as empresas de todo o País a se adequarem à Lei nº 12.741/12, a qual estabece que os consumidores sejam informados sobre a carga tributária embutida em todos os produtos e serviços que consomem. Estão obrigadas a discriminar a carga tributária aproximada dos tributos federais, estaduais e municipais todas as empresas que vendam mercadorias ou serviços ao consumidor.

Com uma interface moderna e muito mais intuitiva, o novo site permite ao usuário fazer um cadastro personalizado e gerenciar várias empresas simultaneamente, gerando tabelas e cartazes com as informações da carga tributária incidente sobre as mercadorias e serviços, de acordo com as necessidades do negócio. Além disso, o site é responsivo, ou seja, pode ser visualizado em qualquer plataforma, seja pelo computador, tablet ou smartphone.
De acordo com o presidente do Conselho Superior e coordenador de estudos do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, a nova versão do site “De Olho no Imposto” facilitará ainda mais a vida do empresário para que possa cumprir integralmente a lei e evitar multas ou penalidades. “Se o dono do estabelecimento utiliza sistemas de automação comercial, o site traz orientações para que os desenvolvedores adaptem o software da empresa para imprimir nota ou cupom fiscal com as informações. Caso não possua sistema informatizado, o empresário poderá baixar e imprimir cartazes para afixar no seu estabelecimento”, orienta Amaral.

De acordo com o IBPT, mais de 25% das empresas brasileiras, ou 2,5 milhões de estabelecimentos,  já estão aptas a informar os tributos ao consumidor, sendo mais de 80% das grandes empresas e 70% das de médio porte. Contudo, 85% das micro e pequenas empresas, que representam a maior parte do universo empreendedor brasileiro, ainda não adotaram a prática de transparência tributária ao consumidor.
Desde outubro de 2014, os estabelecimentos em todo o País já podem ser fiscalizados pelo Procon. Se ainda não informam os tributos no documento fiscal ao consumidor, as micro e pequenas empresas poderão ser advertidas na primeira autuação, sob risco de serem multadas na reincidência. “Já as empresas de grande e médio porte poderão ser enquadradas no Código de Defesa do Consumidor e receber multas de até R$ 5 milhões”, ressalta Amaral.

domingo, 22 de março de 2015

A política pós-carnaval: fim ou continuidade da folia?




O início do segundo mandato de Dilma Rousseff trouxe à tona um primeiro choque: o de realidade. A realidade do país e a situação das contas públicas se mostram bem distintas daquelas apresentadas na campanha, ao sabor da genialidade dos marqueteiros bem remunerados.

Foi por isso que o carnaval foi entendido como uma parada estratégica no jogo da política e um respiro para o governo (que teve seu candidato à presidência da Câmara dos Deputados fragorosamente derrotado pouco antes das festivas). Depois deste hiato carnavalesco os atores políticos e a mídia aguardavam a paulatina introdução de uma agenda positiva por parte do governo, objetivando, por exemplo, a melhoria da popularidade da Presidente. E, depois de quase dois meses de silêncio sepulcral, eis que Dilma resolve falar e, por inverossímil que possa parecer, trata da atual crise dos desvios da Petrobrás afirmando que se, nos idos da década de 1990, o governo FHC (Fernando Henrique Cardoso) tivesse investigado os “malfeitos” não teríamos, hodiernamente, um quadro de enorme gravidade. FHC respondeu duramente à Presidente e afirmou que tática de Dilma é mesma do punguista que bate a carteira e grita “pega ladrão”. As rusgas do PT com FHC são velhas conhecidas da cena política brasileira. Lula, tão logo assumiu seu mandato (na transição mais civilizada que tivemos notícia em nossa república), afirmou ter recebido uma “herança maldita” do governo tucano (1994-2002). A expressão carrega, em seu bojo, não apenas a falsidade histórica, mas, também, uma dupla maledicência: só se recebe herança de quem já morreu e, geralmente, a herança, por menor que seja, é boa, nunca maldita. Houve, simbolicamente, o desejo de eliminar FHC e caracterizar o seu governo como nefasto para nosso país.

Hoje, tendo a crer que a expressão “herança maldita” não foi uma construção metafórica feita por Lula ou seus asseclas políticos, mas obra da engenharia de marketing político que tem conduzido parte considerável dos discursos e das decisões políticas do PT, sempre com um projeto mais voltado à manutenção do poder do que nos aspectos republicanos e democráticos da atividade política no seio do Estado.

O governo FHC deixou um país estabilizado e com uma moeda forte, o Real, essa é sua marca. Lula também deixou sua marca: o incremento dos programas sociais (Bolsa Família à frente) e a diminuição da pobreza. E Dilma? Não conseguiu imprimir nenhuma marca para o seu primeiro governo. Nada. Foi, neste sentido, que a propaganda na última eleição não tratou dos últimos quatro anos, mas sim dos últimos 12 anos (oito de Lula e quatro dela). Os problemas - todos eles - foram herdados, uma, como já sabemos, “herança maldita”. Deu certo! Até mesmo os candidatos do PSDB acabaram, noutros pleitos, escondendo FHC. Em 2014, contudo, Aécio Neves resgatou a memória do governo FHC e não se omitiu de debater quando se buscou ligá-lo ao ex-presidente tucano.

Nos dias que correm cá está, novamente, FHC! Então, pelo que se depreende da fala de Dilma acerca do Petrolão: “a culpa foi do FHC”, de seu governo. Com senso de humor, milhares de usuários das redes sociais ironizaram as afirmações presidenciais e colocaram FHC como culpado de muitas ações: desde oferecer o fruto proibido a Adão e Eva até os atentados às Torres Gêmeas, em 2001. São centenas de montagens tendo o “culpado” FHC. Foi-se o carnaval, mas o governo insiste em continuar na folia, ao menos no que tange ao discurso político e sua comunicação com a sociedade.


Rodrigo Augusto Prando  - professor de sociologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Possui Graduação em Ciências Sociais (1999), mestrado em Sociologia (2003) e doutorado em Sociologia (2009) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.

Mulheres dominam as compras online no segmento de moda e beleza, diz SPC Brasil




De acordo com pesquisa, valor médio das compras virtuais no segmento de moda e beleza em 2014 foi de R$ 432,00. Categoria também tem baixo índice de rejeição: apenas 10% não comprariam pela web

Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) analisou o mercado de moda e beleza na internet e constatou um baixo índice de rejeição às compras virtuais deste segmento. Apenas um em cada dez entrevistados (10%) disseram ter receio de comprar produtos como roupas, sapatos e acessórios pela web. Os motivos mais citados pelos internautas foram o medo de comprar sem experimentar antes, o receio de não conseguir trocar o produto e o medo que o item seja diferente do anunciado. Segundo a pesquisa, dois itens do segmento moda e beleza estão entre os mais vendidos pela internet, considerando todas as categorias: calçados e vestuário aparecem em 3º e 4º lugar, respectivamente no ranking geral, o que representa cerca de 19,3 milhões de consumidores.
Os dados mostram que o comércio online de produtos de moda e beleza - composto  pelos itens calçados, vestuário, cosméticos, perfumes e acessórios - é feito principalmente em sites nacionais e o valor médio de compra no segmento é de R$ 432,00. Além disso, a pesquisa mostra que o índice de satisfação com a compra desses produtos é de 92% - considerada alta pelos especialistas do SPC, chegando a 97% no segmento de cosméticos e perfumaria.
Mulheres dominam as compras online do segmento
Os dados mostraram que 24,9 milhões de pessoas compraram online produtos de moda e beleza em 2014. O público que mais compra são as mulheres, abrangendo 53% dos entrevistados. Os homens, porém, não estão longe e já representam 47%. A faixa etária mais presente entre os consumidores do segmento está entre 25 a 34 anos (40%), de 35 a 49 anos (31%) e de 18 a 24 (15%). As classes A/B são 51% do público e as classes C/D/E, 49%.
Índices de rejeição são baixos no segmento
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o índice de rejeição do segmento é baixo, de 10%, mas existe: 17% dos entrevistados afirmam que jamais comprariam calçados pela internet. Entre esses consumidores, o principal motivo da rejeição da compra virtual é o gosto de experimentar e poder tocar o produto, mencionado por 89%.. Os números são parecidos quando se trata de vestuários: a compra virtual de roupas é rejeitada por 16% dos entrevistados, sendo que, entre esses, 86% apontam a impossibilidade de experimentar e tocar o produto como o principal motivo da rejeição.
"Principalmente em produtos que o tamanho e caimento são características muito importantes, os consumidores ainda sentem a necessidade de ver, experimentar ou tocar antes de comprar", diz.. O receio de não conseguir trocar o produto faz que 39% dos entrevistados rejeitem a compra virtual de calçados e 40% rejeitem a compra virtual de vestuário.
Nos outros dois itens avaliados, cosméticos, perfumes e acessórios, os percentuais de rejeição são menores - respectivamente, 10% e 9%. "Essa melhora na rejeição se deve ao fato de que são menos propensos a causar desgosto no consumidor quando este receber o produto", explica a economista. "Uma bolsa ou cinto dificilmente vai mudar muito do que o comprador espera dele, assim como o perfume, que muitas vezes a pessoa que compra já conhece o cheiro".
Problemas na hora da compra ainda preocupam consumidores
O índice médio de problemas na compra de itens do segmento equivale a 24%, o dobro do observado nas compras virtuais em geral (12%).
Para Kawauti, esse dado merece a atenção dos portais de compras na internet. "A pesquisa indica ser necessário investir em mecanismos capazes de diminuir os problemas da compra pela internet, como entrega fora do prazo e o não recebimento dos itens comprados", afirma a economista. "Oferecer maiores garantias de segurança e explicar os procedimentos de trocas de maneira mais clara podem atrair mais consumidores para o site", conclui.
   Metodologia
Para a formulação da pesquisa, em janeiro de 2015 foram ouvidas 676 pessoas das 27 capitais brasileiras, com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos e todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,7 pontos percentuais e a confiança é de 95%.

Cuide bem da sua visão! Doenças oculares atingem mais mulheres do que homens





Mulheres vivem mais do que homens. Fato comprovado estatisticamente pelo IBGE. Enquanto a expectativa de vida dos brasileiros é de 71,3 anos, a população feminina dura em média 78,6 anos. Isso já explica por que as doenças oculares como catarata, degeneração macular e retinopatia diabética atingem o público feminino em cheio. Mas alguns problemas de visão são mesmo intrinsecamente mais prevalentes entre as mulheres. 
Nos Estados Unidos, por exemplo, a síndrome do olho seco acomete cinco milhões de pessoas com mais de 50 anos. Desse total, três milhões são mulheres. “Essa doença costuma acometer duas ou três vezes mais mulheres do que homens no Brasil também. Uma das causas da falta de lubrificação dos olhos são as alterações hormonais provenientes da menopausa. Aos 60 anos, a produção de lágrimas de uma mulher cai pela metade em relação a seus 20 anos”, diz Renato Neves, oftalmologista e diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo.
Alterações hormonais durante a gravidez também podem ter como desdobramento alguns problemas de visão. A sensibilidade da córnea, por exemplo, costuma diminuir principalmente nos últimos três meses da gestação – voltando ao normal pouco tempo depois de o bebê nascer. “São quatro os principais problemas oculares que podem ocorrer durante a gravidez: olho seco, visão embaçada, desdobramentos da pré-eclâmpsia, e desdobramentos do diabetes gestacional”, diz Neves. Os desdobramentos mais sérios são os dois últimos.
“A pré-eclâmpsia é uma hipertensão arterial específica da gravidez que pode ocorrer a partir da 20ª semana. Os sinais podem ser identificados através dos olhos em até 8% das gestantes, sendo provável que a paciente se queixe de perda temporária de visão, maior sensibilidade à luz, visão embaçada ou com formação de halos ou flashes. Na presença desses sintomas, principalmente se a paciente tiver histórico de hipertensão, o médico responsável pelo pré-natal deverá ser imediatamente comunicado, já que essa condição progride rapidamente e pode resultar em sangramento ou outras complicações”, alerta o médico.
Com relação ao diabetes gestacional, os desdobramentos para a visão também são considerados graves quando não controlados a tempo. “Altas taxas de açúcar no sangue, quando associadas ao diabetes, podem danificar pequenos vasos sanguíneos que alimentam a retina. O risco, inclusive, aumenta ao longo da gravidez. Por esse motivo, quer a gestante seja diabética, quer tenha adquirido diabetes gestacional, sua visão poderá apresentar problemas relacionados a nitidez e foco. Sendo assim, é importante contar com um acompanhamento médico especializado durante os nove meses de gravidez, principalmente mantendo os níveis de açúcar no sangue dentro de parâmetros aceitáveis”.
A catarata também está relacionada à idade e, portanto, acomete muitas mulheres. Aos 80 anos, metade da população já desenvolveu a doença, que é a opacificação do cristalino. No Brasil, são diagnosticados 550 mil novos casos da doença por ano – impactando a autoestima, as condições socioeconômicas e os relacionamentos pessoais. Por isso, é importante prestar atenção a sintomas como diminuição gradual e progressiva da visão, dificuldade de se locomover à noite, enxergar os objetos em tons amarelados ou borrados e perceber halos ao redor de objetos luminosos. Essas dificuldades acabam levando a pessoa a perder o interesse por atividades rotineiras, como ler, escrever e digitar; e perder a vaidade, já que fica cada vez mais difícil se maquiar e se cuidar.
O oftalmologista chama atenção, também, para o fato de que as mulheres têm maiores taxas de doenças autoimunes como lúpus, artrite reumatoide e esclerose múltipla, sendo que todas essas condições geram impacto sobre a visão, podendo levar à cegueira. “Dado que a perda de visão pode ser evitada em muitos casos, vale ressaltar a importância de se buscar ajuda especializada na presença dos sintomas de desconforto e dificuldade visual já citados. Mas cabe às pacientes, também, adotar um estilo de vida saudável para evitar problemas oculares mais graves. Nesse sentido, se alimentar bem, evitar sobrepeso e obesidade, além de praticar exercícios físicos e parar de fumar são atitudes fundamentais para quem deseja enxergar bem por muitos anos ainda.”

Prof. Dr. Renato Neves - cirurgião oftalmologista, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo. www.eyecare.com.br

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