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quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Doença Renal Crônica também afeta crianças



Especialista fala sobre a necessidade do diagnóstico precoce, tratamento e alerta para o controle da obesidade, principal causa da doença


De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a doença renal crônica acomete milhares de crianças em todo o Brasil. Por isso, neste Dia das Crianças, comemorado em 12 de outubro, a Fundação Pró-Rim, referência nacional em tratamento e transplantes renais, alerta para os perigos da doença que pode afetar crianças de todas as idades.

O nefropediatra da Pró-Rim, Dr. Arthur Wendhausen, explica existem fatores de risco peculiares da insuficiência renal infantil, como síndromes genéticas, malformações do trato urinário, infecções urinárias, antecedente familiar de doenças renais, hipertensão arterial, diabetes e glomerulonefrite, tipo mais comum de nefrite. Mas, um dos fatores que mais causam a doença é a obesidade.

De acordo com dados do IBGE e Ministério da Saúde, uma a cada três crianças brasileiras, entre cinco e nove anos, está acima do peso. Causada pela falta de atividade física e alimentação rica em gordura, açúcares e alimentos industrializados, a obesidade infantil atinge 16,6% dos meninos e 11,8% das meninas do país.

Dr. Arthur Wendhausen explica que “está muito claro que hoje a ingestão acentuada de sódio, a baixa ingestão de água e a falta de atividade física regular têm influenciado no metabolismo das crianças, causando o surgimento de alterações da função renal e problemas cardiovasculares.  Salgadinhos e alimentos industrializados estão entre os principais vilões”.


Responsabilidade dos pais: De acordo com o nefropediatra, as preferências alimentares das crianças, assim como atividades físicas, são influenciadas diretamente pelos hábitos dos pais, sendo necessário que eles adotem um estilo de vida saudável, pensando na saúde dos filhos.

“Hábitos familiares como não tomar café da manhã, jantar alimentos de grande quantidade calórica, ingerir uma variedade cada vez maior de alimentos industrializados, consumir líquidos leves em excesso, mas calóricos e não praticar atividades físicas são prejudiciais e indutores de obesidade”, alerta Wendhausen.


Importância da prevenção: O médico alerta aos pais sobre a importância de hábitos de prevenção. A Doença Renal Crônica ocorre devido à perda progressiva e irreversível das funções renais. Quando isso ocorre, o tratamento de diálise ou transplante é necessário. É silenciosa, e, na maioria das vezes, não apresenta sintomas. “Normalmente, ela só vai se manifestar depois que estiver em estágio bem avançado”, observa.


Por isso, é fundamental estimular a criança a ingerir água constantemente, mesmo sem estar com sede, controlar a obesidade e diminuir consideravelmente o consumo de sal e de alimentos industrializados.

Wendhausen recomenda ainda a prática regular de atividades físicas desde a infância e atenção redobrada quanto ao uso de anabolizantes, álcool, tabagismo entre outras drogas, na adolescência. Além disso, é fundamental orientar os filhos sobre automedicação, especialmente com analgésicos e anti-inflamatórios que são nocivos aos rins.


Sinais do corpo: Em contrapartida, quando a doença já se instalou, o corpo dá alguns sinais aos que os pais devem estar atentos como inchaço, vômitos frequentes, infecções urinárias, atraso no crescimento, problemas ósseos e anemias de difícil cura.





Fundação Pró-Rim




Mês das Crianças: a importância de valorizar as habilidades socioemocionais desde cedo



Muitos são os desafios das famílias comprometidas com a evolução das crianças, principalmente no que diz respeito à educação e ao crescimento pessoal. Afinal, o envolvimento dos pais é fundamental para que os filhos cresçam com autonomia, responsabilidade, capacidade de enfrentar as frustrações, de conviver com os outros – tudo para que se tornem adultos realizados.

A presença dos pais desde a infância interfere diretamente no comportamento dos filhos, contribuindo para fortalecer a habilidade de resolução de problemas, de comunicação eficaz, de realização dos objetivos e do exercício da cidadania na vida adulta. Todas essas competências estão relacionadas ao desenvolvimento e à prática das habilidades socioemocionais, que são divididas em quatro grupos: pessoais, sociais, cognitivas e produtivas.

Nas pessoais, encontramos as características referentes a nós mesmos, como autoestima, autoconfiança, habilidades para conhecer e lidar com as próprias emoções, otimismo, responsabilidade, perseverança, entre outras. Já as sociais estão ligadas ao nosso relacionamento com o outro e com o mundo, como comunicação, colaboração, empatia, valorização do próximo, trabalho em equipe e respeito à diversidade.

As habilidades cognitivas, por sua vez, estão relacionadas à capacidade de aprender, compreender e integrar as informações, a agilidade de pensamento, reflexão, raciocínio, pensamento crítico, resolução de problemas e pensamento abstrato. Por fim, as produtivas são aquelas que nos permitem criar resultados, como a criatividade, proatividade, determinação, resiliência, poder de inovação e iniciativa.

A atenção e o desenvolvimento dessas competências são cruciais para o sucesso da criança, seja na vida pessoal, nas relações interpessoais ou âmbito acadêmico. Várias são as formas de desenvolver e treinar as competências socioemocionais, mas cabe destacar a convivência com os adultos. Afinal, são os adultos os principais modelos de como lidar com as emoções e as circunstâncias envolvidas - ou seja, é desde a infância que o ser humano se espelha no comportamento do outro, especialmente no das pessoas a quem mais admira, como os pais e professores.

Outras atividades que contribuem significativamente no processo de evolução das crianças são mostrar a importância de realizar as atividades em casa todos juntos e conversar sobre as consequências de determinados comportamentos, tanto os relacionados à própria realidade quanto à vivência das demais pessoas. Dessa forma, os pais conseguem ajudar no desenvolvimento da empatia e da capacidade de se assumir diferentes pontos de vista.

A conclusão de tudo isso é: as competências socioemocionais ajudam as crianças a persistirem nas tarefas mais desafiadoras, a pedirem ajuda quando precisam, a criarem laços de cooperação, a desenvolverem a atenção e o foco nas atividades. Dessa forma, tornam-se indivíduos plenos e prontos para fazerem a diferença no mundo e serem protagonistas da própria realidade e realização.






Eduardo Shinyashiki - presidente do Instituto Eduardo Shinyashiki, mestre em neuropsicologia, liderança educadora e especialista em desenvolvimento das competências de liderança organizacional e pessoal. Com mais de 30 anos de experiência no Brasil e na Europa, é referência em ampliar o poder pessoal e a autoliderança das pessoas, por meio de palestras, coaching, treinamentos e livros, para que elas obtenham atuações brilhantes em suas vidas. Mais informações: www.edushin.com.br


 

Bebês não devem usar protetor solar antes dos 6 meses



Dermatologista Livia Pino dá uma série de dicas a pais e responsáveis sobre os riscos de alergia e exposição ao sol inadequada. Calcula-se que 70% das radiações que irão causar câncer de pele na vida foram recebidas na infância


Já circulou pelas redes sociais e sites de notícia a história de um bebê australiano de três meses que teve uma alergia grave após sua mãe usar um protetor solar, supostamente destinado ao uso infantil e com propaganda no rótulo com desenho animado famoso, como forma de atração. A criança acabou precisando ficar internada por duas noites em um hospital da cidade de Queensland, na Austrália, com queimaduras e vermelhidões em toda pele, mesmo não tendo sido exposto ao sol. A dermatologista LiviaPino alerta para o fato de este episódio não ser tão raro quanto parece. 

"O uso de protetor solar é importante para crianças e adultos, mas é fundamental que os pais e responsáveis observam aindicação adequada. Nós dermatologista só recomendamos o uso de protetor solar a partir dos 6 meses. Antes disso, orientamos usar apenas roupas, chapéu e outras formas de proteção física. Evite a exposição solar excessiva, saia com seu bebê ao sol apenas nos horários recomendados e consulte o dermatologista", orienta a médica Livia Pino. 

Ao mesmo tempo que é perigoso, a exposição ao sol é também benéfica e a diferença entre o bem e o mal está na dose certa e no horário. Nos primeiros banhos de sol, a duração deve ser de 2 minutos, suficientes para que o organismo dos bebês sintetize a vitamina D e previna o raquitismo. Aos poucos, a partir do sexto mês, o tempo de exposição pode ser aumentado entre 10 e 20 minutos por dia. Nessa fase, deve-se expor a criança ao sol apenas nas pernas e nos braços. Crianças com mais de 3 anos e adultos podem ficar mais tempo expostos, mas nada acima dos 30 minutos sob o sol quente. O ideal é intercalar sol e sombra. E o horário deve ser respeitado: antes das 10h e após 16h. 

"Queimaduras solares na infância estão relacionadas com o desenvolvimento de câncer de pele na vida adulta. A pele do bebê é muito delicada e mais sujeita a alergias. Porém devemos lembrar que qualquer pessoa está sujeita a desenvolver reação a qualquer produto", destaca a dra. Livia Pino. 

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 70% das radiações que irão causar câncer de pele na vida foram recebidas na infância; por isso, recomenda-se que somente leve a criança à praia após os 12 meses de vida.

Visite: www.liviapino.com.br

Além do uso frequente do protetor solar é importante fazer uso de acessórios como bonés e óculos. Na praia, a dica é usar chapéu de abas largas para que cubra face, orelhas e nuca. Além disso, não se esquecer dos óculos escuros tamanho infantil com pelo menos 99% de proteção UV. Qualquer alteração na pele da criança, o ideal é consultar um dermatologista. 





Livia Pino - médica dermatologista, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, tem pós-graduação em Dermatologia pela Policlínica Geral do Rio de Janeiro. Livia atua ainda como professora da Faculdade de Medicina de Valença e Preceptora do ambulatório de Pós-Graduação em Dermatologia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro.





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