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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Excesso de peso na mochila escolar prejudica saúde de crianças e adolescentes



O uso contínuo da mochila pesada pode causar desvios posturais, dores e até doenças mais sérias na coluna, como hiperlordose e escoliose

Cadernos, livros, estojos e apostilas, sobrecarregam a mochila dos alunos, e o peso transportado por eles diariamente preocupa pais, professores e especialistas. Pesquisas mostram que alguns estudantes chegam a carregar mais de cinco quilos em material escolar, muito acima do recomendado. A Sociedade Brasileira de Ortopedia prevê que cerca de 70% dos problemas de coluna na fase adulta, são causados pelo peso e esforços repetitivos na infância e adolescência, sendo comum ver nos consultórios uma maior movimentação de estudantes se queixando de dores, durante o período letivo.

De acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), a mochila transportada não pode ultrapassar 10% do seu peso corporal. “O peso carregado nas mochilas também deve ser bem distribuído. Por exemplo, mochilas com uma alça só acarretam sobrecarga em um lado do corpo, podendo causar desvios posturais graves”, explica o fisioterapeuta especializado em ortopedia, traumatologia e esportes e sócio-fundador da Club Físio, André Nogueira.

As consequências desse peso abusivo são progressivas e chegam a criar problemas graves de saúde. Segundo Nogueira, os primeiros sintomas são dores na coluna “A dor, causada pelo excesso de peso, pode gerar complicações na qualidade de vida do estudante, afetando seu rendimento na escola, no esporte e nas atividades diárias. Em longo prazo, o aluno pode ter alterações posturais, tais como escoliose, hiperlordose e hipercifose”.

A preocupação em torno do excesso de peso nas mochilas já é realidade no Congresso Nacional e em alguns colégios da capital paulista. Um projeto de lei, aprovado pelo Senado, tem o objetivo de delimitar o peso da mochila utilizando como parâmetro 10% do seu peso corporal.

Para que seus alunos transitem sem peso todos os dias, a Escola Internacional de Alphaville, instituição bilíngue localizada em Barueri, na Grande São Paulo, oferece armários individuais para que os alunos deixem seus materiais na escola, levando em conta sua saúde. “Em nossa escola, os materiais são armazenados em armários individuais, nos quais podem guardar livros, cadernos, estojo, etc., para que não precisem transportar estes itens diariamente. Os alunos levam para casa somente o que será necessário para a realização das lições ou estudar para alguma avaliação.”, afirma Lígia Diniz, coordenadora do Junior 3, 4 e 5 (3º, 4º e 5º anos do Ensino Fundamental). Lígia conta que a Escola já foi elogiada sobre a iniciativa dos armários. “Sabemos do peso desse material e do quão desnecessário é para uma criança carregá-lo em suas mochilas”.

Além dos armários, também é recomendado por docentes e especialistas que os alunos utilizem a mochila de rodinhas. “Todas as vezes que alguma família nos questiona sobre qual mochila é a mais indicada, recomendamos este modelo, sem dúvida. Desta forma, as crianças não carregam nas costas um peso muito maior do que o recomendado para cada faixa etária”.

Já no Colégio Mary Ward, localizado no Tatuapé, em São Paulo, o horário de aulas no início do ano letivo é elaborado levando em conta a praticidade e a viabilidade do uso de alguns materiais e a frequência com que os mesmos são levados à escola, no caso de trabalhos e lições de casa. “A escola disponibiliza “colmeias” onde a criança deixa na escola o material que não utilizará em casa para estudos. Vale ressaltar que seguir o horário de aulas é sempre importante para não trazer à escola materiais excedentes e realizar uma compra consciente, pois alguns materiais utilizados na confecção de malas, mochilas e estojos, por serem mais resistentes acabam sendo mais pesados, mesmo estando vazios”, ressalta o diretor pedagógico César Marconi. 

Para finalizar, o fisioterapeuta André Nogueira, indica, além da mochila de rodinhas, “levar apenas o material necessário para o dia de aula; evitar mochilas com apenas uma alça; e manter a mochila justa nas costas da criança (nunca na altura do bumbum ou pernas)”.





Volta às aulas: o que fazer para a criança não sentir falta dos pais?



Ficar longe dos filhos depois de um período de intenso relacionamento, durante as férias de verão, pode ser sofrido para os pais. Mas, o fim das férias deixa, principalmente, um vazio e causa ansiedade nas crianças, que podem ficar resistentes na volta às aulas, devido à insegurança em relação ao novo. “O que as aflige é perder hábitos livres e divertidos, que tiveram no período das férias, além dos momentos mais próximos com os pais”, explica a psicóloga do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Marina Arnoni Balieiro.

Segundo a especialista, não existe uma fase para surgir esse medo. “Pode acontecer em qualquer idade. As crianças menores tendem a sofrem mais, pois não têm noção de tempo. Eles não entendem que é apenas um momento do dia longe dos pais”, afirma. “Por isso, é importante iniciar a reorganização das rotinas diárias alguns dias antes da volta às aulas, para que a mudança aconteça aos poucos e o sofrimento seja menor”, completa. 

Confira algumas dicas da especialista para facilitar a adaptação: 


- Incentive a criança a ir à escola, converse sobre as coisas legais que ela poderá fazer lá e sobre os amigos que encontrará; 

- Diga que entende seu medo e que também sentirá saudades, mas que isso não é algo ruim, pois estarão juntos novamente ao final do dia; 

- Se a escola permitir, leve seu filho até a sala de aula ou do berçário. Converse com a professora, participe e seja presente, principalmente nos primeiros dias; 

- Transmita confiança. Esteja no horário combinado para buscá-lo e, se for atrasar, avise seu filho ou peça para que a escola repasse o recado, para que ele se sinta seguro. Se possível, busque-o mais cedo na primeira semana para terem mais tempo juntos; 

- Não compense a ida da criança à escola com presentes ou doces. Isso não ajuda em nada. Muito pelo contrário! A criança perceberá que pode continuar com esse comportamento para ganhar o que quer; 

- Tenha paciência. Diferentemente dos adultos, as crianças não levam muito tempo para se adaptar às mudanças. O fundamental é que os pais ou responsáveis sejam amorosos e tolerantes;

- Não demonstre seu medo e insegurança para a criança. Nem sempre o que você sente é aquilo que seu filho irá sentir. O que você passa para ele, com certeza, ele irá perceber.






Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
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Qual o real problema na saúde: falta ou desperdício de recursos?



Recentemente temos testemunhado a dificuldade financeira de diversas organizações da área de saúde, como hospitais e operadoras de saúde tradicionais e conhecidas no mercado. Aumento dos custos de mão-obra, insumos e tecnologias, dificuldade de repasse e de correção da tabela de preços para aumento da receita são alguns dos obstáculos e desafios enfrentados. Há pressão por mais eficiência e resultado. Mas afinal, quais as opções para os gestores da área da saúde? Existe um caminho ainda não trilhado? Uma possível resposta: prevenção de fraudes e aprimoramento dos controles internos.

De acordo com estudo da ACFE (Association of Certified Fraud Examiners), renomada entidade de combate às fraudes, uma organização perde em média 5% de suas receitas com fraudes. Sem dúvida, uma perda de montante significativo, que muitas vezes é desconhecida ou negligenciada na gestão das organizações. Há profissionais e departamentos cuidando da assistência, da operação, das finanças, da gestão de pessoas e afins. Mas quem está efetivamente cuidando da prevenção de fraudes e dos controles internos? Que metodologias, recursos e ferramentas estão sendo disponibilizados para estes propósitos?

Um importante ponto de partida é garantir que os processos estejam adequados e controlados, e que exista registro para as atividades críticas, em especial, as que envolvem diretamente montantes financeiros, como compras, pagamentos, cadastro, entre outros. Por exemplo, os processos garantem a devida segregação de funções e evitam conflitos de interesses? De forma simples, isso significa que quem executa não controla e não aprova, e que toda decisão é tomada pensando no melhor resultado para a organização, e não nos interesses da pessoa que ocupa determinado cargo, ou mesmo para o benefício de terceiros.

Vamos utilizar o processo de compras como exemplo. Há organizações que utilizam portais de compras, formam grupos para ter maior poder de negociação, fazem cotação com no mínimo três fornecedores, promovem licitações, envolvem o departamento jurídico na elaboração do contrato, entre outras diversas práticas conhecidas. E mesmo com essas medidas ainda podem ter problemas. Muitas organizações permitem que um mesmo profissional selecione os participantes, cadastre os fornecedores, realize a cotação, receba e equalize as propostas, aprove o pedido e o pagamento. Desta forma, o que garante que a decisão será com base na melhor proposta para a organização, e não aquela que trará benefícios ao comprador, ou a um fornecedor de preferência do mesmo?

Mesmo com menos autonomia do que no exemplo acima, um profissional pouco ético poderia pagar mais caro por um produto ou serviço, poderia assinar um contrato desfavorável, adquirir uma quantidade maior do que a necessária ou aceitar indevidamente como adequado um produto de qualidade inferior. Independente do formato são várias as situações nas quais a organização pode perder recursos, eficiência e qualidade. Estas perdas certamente afetarão a capacidade da organização de promover novos investimentos ou mesmo manter a viabilidade da operação.

Há organizações com processos que, no desenho, contemplam controles adequados, como segregação de funções, mas que não são efetivos na prática. Os motivos são vários: subordinação ou relacionamento pessoal entre os envolvidos, compartilhamento de senhas, acúmulo de funções em razão de férias, licenças, reduções de quadros, executores sem conhecimento técnico e senso crítico para questionar orientações e pedidos suspeitos, delegações indevidas, entre outros. Como gestor, você tem a tranquilidade de que isto não está acontecendo na sua organização?

Num cenário de busca de recursos e eficiência, nenhuma organização, inclusive as do setor de saúde, pode abrir mão de processos robustos e controlados. A solução para as questões aqui mencionadas passa por um entendimento e revisão dos processos existentes, de modo que boas práticas de gestão de riscos, como a segregação de funções e o combate ao conflito de interesse, sejam realidade e permitam que os escassos e fundamentais recursos financeiros permaneçam na organização.

Infelizmente o leque de potenciais problemas que uma organização sofre relacionados a fraudes e má intenção é tão amplo quanto a criatividade de malfeitores. Ou seja, vai muito além dos exemplos citados neste artigo. Há muito dinheiro em jogo e uma real oportunidade de melhorar os resultados da organização, independentemente da conjuntura política econômica, do mercado, concorrentes e governo. Depende apenas da própria organização.

Por isto, é fundamental realizar um amplo diagnóstico de riscos, priorizando os ciclos de receita, despesa e estoque, e implantar as melhorias necessárias. Está na hora de incorporar, no resultado e no caixa, o que hoje ainda é desperdiçado e perdido com fraudes. A não ser que alguma organização possa se dar ao luxo de abrir mão de um montante equivalente a 5% de sua receita diretamente na sua margem.






Jefferson Kiyoharaé - líder da prática de riscos & compliance da Protiviti, consultoria global especializada em Gestão de Riscos, Auditoria Interna, Compliance, Gestão da Ética, Prevenção à Fraude e Gestão da Segurança.




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