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sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Você já ouviu falar em neuroblastoma?


· Embora seja um câncer raro, ele figura entre os mais frequentes da infância, com 80% dos casos diagnosticados antes dos 5 anos. Fique atento aos sinais e saiba quando procurar ajuda médica

· A doença exige diagnóstico rápido e tratamento emergencial. Cada dia sem acesso à terapia pode ser decisivo para a criança.

 

Neste “Setembro Dourado”, mês de conscientização sobre o câncer infanto juvenil, a farmacêutica Adium, companhia presente em 18 países da América Latina, alerta para um tipo raro e ainda pouco conhecido de tumor, mas que já figura entre as neoplasias mais frequentes da infância, o neuroblastoma. O nome vem das estruturas onde surgem a doença, os neuroblastos, que são células nervosas imaturas do sistema nervoso simpático¹. 

Elas têm origem na crista neural, uma estrutura embrionária que dá origem a diferentes tecidos, incluindo células do sistema nervoso simpático, responsáveis por funções como batimentos cardíacos, pressão arterial, respiração e digestão. A ciência ainda não compreende totalmente a origem do neuroblastoma, mas acredita-se que seja uma combinação de fatores genéticos e ambientais, que resultam na alteração dessas células. Assim, o tumor geralmente se manifesta nas glândulas suprarrenais, pescoço, tórax ou abdômen². 

No Brasil, dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer) demonstram que o neuroblastoma representa o terceiro tumor infantil mais comum, sendo o mais frequente fora do sistema nervoso central. A neoplasia corresponde a algo entre 8% e 10% dos casos de câncer em crianças, com prevalência é estimada em 1 caso a cada 7.000 nascidos vivos. Mais de 80% dos diagnósticos ocorrem antes dos cinco anos de idade². 

“O neuroblastoma pode ter início silencioso e sintomas inespecíficos, que acabam confundidos com outras doenças. Por isso é importante que a criança seja encaminhada ao médico para a melhor avaliação”, destaca o Dr. Eduardo Issa, diretor médico da Adium, farmacêutica presente em 18 países da América Latina, incluindo o Brasil. Os sinais e sintomas podem variar conforme a localização do tumor, mas distensão abdominal, associada a dor e massa palpável costumam ser indicadores frequentes, uma vez que 65% dos casos ocorrem na região abdominal².

 

Tratamento

Quanto mais cedo for o diagnóstico, melhor são as chances de sucesso no tratamento. Para tumores de baixo ou intermediário risco, cirurgia com ou sem quimioterapia representa uma abordagem eficaz. Já nas formas de alto risco, combinam-se cirurgia, quimioterapia intensiva, radioterapia, transplante de medula e imunoterapia. As taxas de sobrevida em tumores de risco baixo ou intermediário chegam a 90%, enquanto nos casos de alto risco esse índice cai para cerca de 50% — resultado de tratamentos modernos e integração terapêutica¹. 

Nesse cenário de avanços, a Adium desempenha um papel fundamental ao reforçar a disponibilidade de terapias inovadoras no Brasil. Ano passado, a companhia trouxe ao mercado nacional o Danyelza® (naxitamabe), anticorpo monoclonal anti-GD2, administrado em combinação com fator estimulante de colônia de granulócitos-macrófagos (GM-CSF). A terapia destina-se a pacientes (a partir de 1 ano de idade ou adultos) com neuroblastoma de alto risco recidivado ou refratário na medula óssea ou osso, que tenham apresentado resposta parcial, menor ou doença estável após terapia anterior¹. 

Essa nova alternativa terapêutica traz respostas clínicas expressivas. No Estudo 201, alcançou-se resposta global em 68% dos casos, incluindo 59% de resposta completa. Já o Estudo 12-230, os índices ficaram em 34% de resposta global e 21% de resposta completa — com infusão entre 30 e 90 minutos e eventos adversos controláveis, como se espera de imunoterapias anti-GD2¹. 

As conquistas clínicas ampliam as alternativas terapêuticas e fortalecem o acesso à saúde no país. Combinadas com a sensibilização da sociedade sobre a necessidade do diagnóstico precoce, as terapias inovadoras ajudam a construir novos e melhores desfechos aos pacientes.

 

Adium

 

Referências:

1) Adium Saúde. Quais as causas do neuroblastoma? Disponível em: https://adiumsaude.com.br/blog/quais-as-causas-do-neuroblastoma/. Acesso em 29/08/2025.

2) Instituto Nacional do Câncer (INCA). Neuroblastoma. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/infantojuvenil/especificos/neuroblastoma/versao-para-profissionais-de-saude. Acesso em 29/08/2025.

 

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