Por
meio de um modelo que une neurociência e matemática, um pesquisador desenvolveu
um método para estimar a probabilidade de transtornos do cluster B, como
narcisismo e borderline, a partir de dados de imagens cerebrais. A abordagem
busca oferecer uma ferramenta auxiliar para profissionais de saúde mental,
integrando exames como ressonância magnética funcional (fMRI) e espectroscopia
de ressonância magnética (MRS).
O
documento, intitulado "Narcisismo e transtornos do cluster B: equações
operacionais por sub-regiões frontolímbicas e perfis neuroquímicos", foi
registrado em 9 de setembro de 2025. Seu autor, o pós PhD em Neurociências pós
graduado em Física Quântica e Molecular, Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues,
diretor do CPAH – Centro de Pesquisa e Análises Heráclito, com sede em
Portugal, Brasil e Hong Kong, descreve o trabalho como um procedimento
padronizado para calcular probabilidades dimensionais em quatro categorias:
narcisismo (N), antissocial ou psicopatia (A), borderline (B) e histriônico
(H). "O método apoia, não substitui, o julgamento clínico", enfatiza
o texto.
Fabiano
de Abreu, que é membro de sociedades como a Society for Neuroscience (EUA),
Royal Society of Biology e Sigma Xi – The Scientific Research Honor Society
(Reino Unido), além de registros profissionais em psicanálise e jornalismo,
baseia sua proposta em regiões cerebrais específicas, como a córtex pré-frontal
ventromedial (vmPFC), córtex cingulado anterior (ACC) e amígdala. Essas áreas,
envolvidas em processos emocionais e de tomada de decisão, são analisadas por
meio de índices como o de disfunção regional (RDS), circuito frontolímbico
(CDI) e empatia (EI). Um algoritmo de softmax multiclasse, comum em modelagens
probabilísticas, gera um vetor de probabilidades e níveis de severidade para
cada transtorno.
O
modelo incorpora dados de fMRI para ativação e conectividade neural, MRS para
medir níveis de glutamato e GABA (neurotransmissores ligados ao equilíbrio
excitatório-inibitório), além de ressonância magnética estrutural e, quando
possível, tomografia por emissão de pósitrons (PET) para transportadores de serotonina,
dopamina, noradrenalina e acetilcolina. Em casos sem PET, proxies como
variabilidade da frequência cardíaca (HRV) ou respostas em eletroencefalograma
(ERPs) servem como alternativas. O Brasil é usado como referência sociocultural
no estudo de caso, enquanto a aplicação preventiva em Portugal é destacada,
considerando contextos legais e éticos locais.
Essa
integração de ferramentas quantitativas reflete uma tendência na psiquiatria
moderna, que abandona classificações categóricas rígidas (como no DSM-5) em
favor de abordagens dimensionais, inspiradas no Research Domain Criteria (RDoC)
do Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA. "Define-se um índice
regional de disfunção (RDS), um índice de circuito frontolímbico (CDI) e um índice
de empatia (EI)", explica o preprint, que enfatiza a necessidade de
validação empírica antes de uso clínico amplo.
Embora
promissora, a proposta ainda é conceitual e não testada em larga escala.
Especialistas em neuropsiquiatria consultados apontam que métodos como esse podem
ajudar a personalizar intervenções, mas alertam para limitações, como a
variabilidade individual e o custo dos exames. Fabiano de Abreu, também
professor convidado em instituições como a PUCRS (Brasil) e UNIFRANZ (Bolívia),
e criador do projeto GIP para análise genética de inteligência, registra o
trabalho no Zenodo para garantir prioridade intelectual, abrindo caminho para
colaborações futuras.
A
publicação chega em um momento em que transtornos de personalidade afetam
milhões globalmente, com o cluster B representando desafios significativos em
terapia e prevenção. No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que
problemas emocionais graves impactam cerca de 10% da população adulta,
reforçando a relevância de ferramentas inovadoras como essa. A citação completa
é: Abreu Agrela Rodrigues, F. (2025). Narcisismo e transtornos do cluster B:
equações operacionais por sub-regiões frontolímbicas e perfis neuroquímicos
(v1.0). Zenodo. https://doi.org/10.5281/zenodo.17084914.
Referência
Abreu Agrela Rodrigues, F. (2025). Narcisismo e transtornos do cluster B: equações operacionais por sub-regiões frontolímbicas e perfis neuroquímicos (v1.0). Zenodo. https://doi.org/10.5281/zenodo.17084914
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