Ao se comunica melhor, é possível ser mais assertivo e causar os resultados esperados
A comunicação
entre mães e filhos, apesar de ser essencial
para os desenvolvimentos emocional e social de crianças e adolescentes e também
para o fortalecimento do vínculo familiar, nem
sempre é um processo fácil. Muitas vezes, há algumas barreiras e travas que
impedem o diálogo, daí a importância da neuroeducação
e da Programação Neurolinguística (PNL), que ajudam a compreender como o cérebro de ambos se
adapta para otimizar esta interação.
A PNL aborda,
principalmente, a linguística, ou seja, a maneira como as pessoas se comunicam,
e seu efeitos no cérebro. Quando uma pessoa se comunica melhor, é mais assertiva
e causa os resultados que busca. “Muitos pais erram ao achar que somente a
crítica vai fazer filhos melhores, porém o cérebro enxerga a crítica como algo
desconfortável e uma ameaça. A chance de o cérebro acolher a crítica como
algo bom que dever ser seguido é mínima”, analisa Marcela Miranda, especialista
em práticas de aprendizagem acelerada e em Neuroeducação e Programação
Neurolinguística (PNL) e autora do best-seller Mente aberta, língua
solta.
Além disso, a
PNL pode quebrar ciclos negativos nas relações
familiares, ajudando a ressignificar mágoas, sair de padrões automáticos de
reação, como gritar, se calar ou se afastar, e criar novas formas de diálogo
mais conscientes e saudáveis. “Muitas vezes, a paz nas relações começa quando
uma pessoa decide mudar o jeito como se conecta com o outro”, afirma Marcela.
A forma que mães e
filhos se comunicam influencia no vínculo afetivo, pois ela pode construir ou
destruir este vínculo, afinal, palavras não são apenas sons, elas carregam
energia emocional. Quando uma mãe se comunica de forma acolhedora, validando
sentimentos, ouvindo de verdade e incentivando o crescimento, o filho se sente
amado e livre para ser quem verdadeiramente é. Essa liberdade faz com que ele
queira o vínculo com a mãe. “Palavras têm poder e moldam nossos pensamentos,
comportamentos e hábitos. Usar palavras de incentivo, com afirmações sobre a
capacidade dos filhos, construirá uma autoestima saudável. A maneira como
falamos molda o que o outro sente sobre ele mesmo e sobre o nosso relacionamento.
É por isso que cuidar da comunicação, na prática, é cuidar deste vínculo”,
explica Marcela.
As técnicas de PNL
também auxiliam a aliviar a culpabilidade que muitas mães podem carregar em
relação à educação dos filhos. “Ela pode ser uma grande aliada porque trabalha
na raiz dessa emoção, ou seja, a forma como interpretamos os acontecimentos.
Muitas vezes, a culpa nasce de pensamentos distorcidos, como ‘eu deveria ter
feito melhor’ ou ‘eu falhei’.
Por meio da PNL, a
mãe aprende a reestruturar essas narrativas internas, reconhecendo que fez, e
faz, o melhor que pode com os recursos que tem no momento. Uma pessoa não pode
se culpar pelo conhecimento que ainda não tem”, finaliza Marcela.
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