Método
desenvolvido por médico brasileiro reacende sonho da maternidade em jovens com
câncer
Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca)
apontam que cerca de 17 mil novos casos de câncer ginecológico são
diagnosticados anualmente no Brasil. A coleta de dados se refere ao triênio
2023-2025, e entre as mulheres jovens, o impacto emocional da doença e do
tratamento é significativo.
Pacientes que enfrentam esse diagnóstico antes dos
40 anos apresentam índices elevados de ansiedade e depressão, especialmente
quando a fertilidade está em risco. Mas o avanço da medicina já chegou para
essas mulheres, que agora não mais precisam se deparar com a escolha entre
tratar a doença e manter a possibilidade de ter filhos.
Devido a um novo método desenvolvido pelo médico Marcelo Vieira, cirurgião oncológico especializado em procedimentos minimamente
invasivos, é possível agora manter os dois objetivos. “Um dos dispositivos que
vem ganhando espaço é o Duda, um dispositivo que atua na permanência do canal
do colo do útero pérvio, reduzindo os impactos da cirurgia preservadora de
fertilidade (ou seja, manutenção do útero após a retirada do tumor). A
novidade já impactou de forma positiva a vida de mais de 120 mulheres em idade
reprodutiva no Brasil e em outros países do mundo”, revela.
A preservação da fertilidade deve ser considerada
desde o início do tratamento. Novas tecnologias e protocolos minimamente
invasivos aumentam as chances de sucesso para mulheres que desejam engravidar
no futuro.
O especialista, que também lidera iniciativas
educacionais na área cirúrgica, explica que, em casos selecionados, a
traquelectomia radical pode ser uma alternativa à histerectomia. “Esse
procedimento é indicado para mulheres com câncer de colo do útero em estágio
inicial e consiste na retirada apenas do colo, preservando o corpo uterino e,
consequentemente, a possibilidade de gestação futura”, detalha.
O acompanhamento psicológico tem sido cada vez mais
recomendado como parte integrante da jornada terapêutica. “O suporte emocional
é essencial para que essas mulheres consigam atravessar esse processo com maior
segurança. A perda da fertilidade pode ter um peso emocional tão grande quanto
a própria doença”, ressalta Dr. Marcelo Vieira.
Embora ainda existam desafios na ampliação do acesso às técnicas de preservação da fertilidade, especialistas apontam que a abordagem multidisciplinar — envolvendo oncologistas, cirurgiões, ginecologistas especializados em reprodução assistida e psicólogos — tem sido decisiva para oferecer um tratamento mais humanizado e eficaz.
Dr. Marcelo Vieira é cirurgião oncológico, especialista em cirurgias minimamente invasivas e mentor de cirurgiões. Com mais de 20 anos de experiência, iniciou sua trajetória no Hospital de Câncer de Barretos, onde atuou como chefe da Ginecologia e se dedicou ao atendimento 100% SUS. Em 2019, realizou o primeiro transplante robótico intervivos do Brasil, um marco na medicina nacional. Após essa conquista, decidiu empreender e criou o Curso de Metodologia Cirúrgica, com a missão de transformar cirurgiões e salvar vidas. Também fundou o Cadáver Lab, um treinamento imersivo de dissecção e anatomia pélvica avançada, além de liderar programas de mentoria de alta performance, como Precisão Cirúrgica e Cirurgião de Elite.
Para mais informações, visite o site oficial ou pelo instagram.
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