A cobertura sobre a “caneta americana” que promete emagrecimento rápido cresce nas redes e portais de notícia, mas médicos alertam para os riscos da automedicação.
Nos últimos meses, o Mounjaro se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais e nos veículos de comunicação do país. Apelidado de “caneta americana” por sua origem nos Estados Unidos, o medicamento à base de tirzepatida ganhou destaque por promover perda de peso significativa, além de tratar o diabetes tipo 2. Mas essa explosão de popularidade levanta um alerta: até que ponto a exposição midiática está incentivando o uso sem acompanhamento médico?
O Dr. Danilo Matsunaga, médico e referência em saúde hormonal, explica que o Mounjaro foi aprovado no Brasil apenas para o tratamento de diabetes tipo 2. “É importante deixar claro que ainda não existe liberação para o uso da tirzepatida com foco em emagrecimento. O efeito colateral da perda de peso existe, mas não é a indicação principal do medicamento no país”, afirma o especialista.
A caneta, que será vendida no Brasil a partir de junho de 2025, tem preço estimado de R$ 6.000. Mesmo com valores elevados, há uma forte demanda por informações, motivada por celebridades e influenciadores que falam abertamente sobre os resultados obtidos com o uso do produto. Isso tem levado muitos brasileiros a buscar a medicação fora do país ou em canais não oficiais.
“O perigo está em seguir conselhos da internet sem orientação profissional. Cada organismo responde de uma maneira e, sem o devido acompanhamento, o risco de efeitos colaterais aumenta muito”, alerta Dr. Danilo. Ele ainda reforça que o Mounjaro é um medicamento de uso controlado e deve ser prescrito após uma avaliação clínica detalhada.
Apesar dos benefícios potenciais, o uso indiscriminado pode causar efeitos como náuseas, vômitos, diarreia, entre outros. “Não é uma caneta mágica, como muitos influenciadores estão vendendo. É uma ferramenta poderosa, sim, mas deve ser usada com cautela e responsabilidade”, reforça Matsunaga.
A forma de aplicação — uma caneta injetável de uso único — também chama atenção. Diferente de outros medicamentos, o Mounjaro não permite divisão de doses, o que aumenta o custo do tratamento e reforça a importância do uso supervisionado. “Não existe economia quando se trata de saúde. O barato pode sair caro se o paciente usar uma dose inadequada”, comenta o médico.
Muitos veículos de imprensa têm abordado o tema sob uma perspectiva sensacionalista, focando nos quilos perdidos e nas fotos de antes e depois. “Esse tipo de narrativa cria expectativas irreais. Precisamos promover uma discussão mais técnica, que ajude o paciente a entender os benefícios e limites da medicação”, pontua Dr. Danilo.
A expectativa de chegada do Mounjaro ao Brasil vem acompanhada de campanhas publicitárias e debates sobre planos de saúde, acessibilidade e até regulamentação do uso para obesidade. Enquanto isso, médicos alertam para a importância de buscar fontes confiáveis de informação.
Para o Dr. Danilo Matsunaga, a comunicação clara entre médico e paciente será essencial nos próximos meses. “A cobertura da mídia tem seu papel, mas cabe a nós, profissionais da saúde, trazer equilíbrio à conversa. A saúde não é moda. E medicamento nenhum substitui o acompanhamento médico e a mudança de estilo de vida.”
Diante da avalanche de informações — e desinformações — é fundamental que o público entenda: o Mounjaro pode ser um aliado no tratamento de doenças crônicas, mas seu uso precisa ser feito com responsabilidade, segurança e orientação profissional.
Reações alérgicas a cremes dentais
A alergia a cremes dentais existe, sim. Embora seja rara, pode causar bastante incômodo. Ela pode ser causada por diferentes ingredientes da fórmula, como conservantes, corantes, essências, lauril sulfato de sódio, flúor (inclusive fluoreto de estanho) ou até óleos essenciais.
Os sintomas mais comuns de alergia a cremes dentais são:
Na boca e lábios:
· Ardência ou queimação na língua, bochechas ou gengivas
· Inchaço ou vermelhidão na mucosa bucal
· Feridas parecidas com aftas
· Descamação da parte interna da boca
· Lábios rachados, secos ou com feridinhas nos cantos (queilite angular)
Na pele ao redor da boca:
· Coceira
· Vermelhidão
· Descamação
· Bolinhas ou pequenas erupções
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a comercialização do creme dental da marca Colgate após consumidores relatarem reações alérgicas como inchaço (amígdalas, lábios e mucosa oral), sensação de ardência, dormência nos lábios e na boca, boca seca, gengiva irritada e vermelhidão.
Os especialistas da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) estão à disposição da imprensa para explicar a reação alérgica causada pelo creme dental.
ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
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