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É inegável que o trabalho é um dos pilares essenciais na vida moderna. Uma escolha que pode começar como um sonho de infância ou partir de uma definição mais racional, certamente é uma das grandes decisões na trajetória de todos. No entanto, diferentemente do que é tido por muitos, ela não precisa ser permanente. Realizar uma transição de carreira não só é possível, como vem sendo cada vez mais comum e desejado por muitos profissionais.
Mas será que o cenário de transição de carreira é diferente para homens e mulheres? Um estudo realizado pela DataCamp, plataforma de cursos de dados e de inteligência artificial, mostra que sim. Atualmente, 52% das mulheres brasileiras estão dispostas a fazerem uma transição de carreira no futuro. O número cai para 49% quando falamos dos homens.
E a explicação para o dado parece estar diretamente
relacionada ao desejo de segurança ou ao receio de encarar o desconhecido. Enquanto
15% das respondentes da pesquisa indicaram que acham a ideia mudar de carreira
positiva, mas têm medo de arriscar, a porcentagem sobe para 19% para o público
masculino.
Áreas mais promissoras são unanimidade
São diversas as motivações que levam um profissional a buscar uma transição de carreira. Insatisfação com a área de atuação, má remuneração e falta de perspectiva de crescimento são apenas alguns dos fatores que motivam os trabalhadores a trocarem de profissão - e que pesam no momento de escolha da nova área.
Mulheres e homens são unânimes em relação aos campos que podem oferecer mais oportunidades. Para ambos os gêneros as áreas da tecnologia são a mais promissora para se mudar de carreira, com 77% das respostas femininas e 75% das masculinas. Na segunda colocação, aparecem profissões relacionadas ao uso de inteligência artificial, indicada por 72% dos homens e por 71% das mulheres.
A maior diferença se encontra na terceira área mais citada: enquanto
51% das entrevistadas consideram o campo de comunicação e marketing como
promissor, esse número cai para 41% para os homens.
Martijn Theuwissen, COO da DataCamp, fala das oportunidades profissionais dentro das áreas de tecnologia. “Não é difícil de entender o porquê de os campos da tecnologia se destacarem quando o assunto é transição de carreira. A área, de modo geral, não só segue em crescimento, como vemos novas especialidades surgindo a cada dia. A criação da inteligência artificial revolucionou tudo que sabemos sobre tecnologia — não à toa ela aparece no ranking, em segunda colocação, como área mais promissora —, mas seu surgimento nos mostra que ainda há muito para ser descoberto.”
“É interessante
repararmos na visão das mulheres para os campos da tecnologia. Mesmo que as
profissionais femininas estejam, cada vez mais, ocupando espaços em profissões
da área, as vagas ainda são ocupadas principalmente por homens. Este cenário,
no entanto, deve mudar nos próximos anos, especialmente em um momento em que as
mulheres enxergam a área como promissora para seu próprio desenvolvimento
profissional”, completa ele.
Habilidades essenciais
Além da escolha da área, algumas das competências mais valorizadas pelo mercado de trabalho atualmente são as habilidades comportamentais. Se o desenvolvimento de conhecimentos técnicos são essenciais, as chamadas soft skills não ficam para trás quando o assunto é encontrar uma nova oportunidade e mudar de carreira.
Quando o assunto são as habilidades comportamentais, algumas se destacaram entre os entrevistados do estudo — mas com algumas diferenças de intensidade entre a opinião de homens e mulheres. A inteligência emocional aparece em primeira colocação, indicada por 69% das entrevistadas femininas e 64% dos respondentes masculinos.
Na sequência aparecem a comunicação interpessoal (67% para mulheres e 63% para homens); capacidade de aprender (65% para mulheres e 60% para homens), e trabalho em equipe (60% para mulheres e 59% para homens).
As únicas soft skills em que os homens obtiveram porcentagens superiores que as mulheres na pesquisa foram a capacidade de resolução de problemas (59% para os homens e 57% para as mulheres) e a visão analítica (45% para os homens e 39% para as mulheres).
“As habilidades emocionais são essenciais. Elas, combinadas
com o conhecimento técnico, foram excelentes profissionais. Desenvolver essas
capacidades e saber valorizar as que já são dominadas, é um caminho essencial
para um profissional que busca se desenvolver no mercado. No processo de
transição de carreira, em um momento que o trabalhador está buscando novas
oportunidades, as habilidades emocionais podem ser o diferencial que irão
fazê-lo se destacar frente à uma vaga”, completa Theuwissen.
Metodologia
Público: foram entrevistados 500 brasileiros de todos os estados do país, incluindo mulheres e homens, com idade a partir dos 18 anos e de todas as classes sociais.
Coleta: os dados do estudo foram levantados via plataforma de pesquisas online.
Data
de coleta:
realizada no dia 14 de fevereiro de 2025.
DataCamp
https://www.datacamp.com/pt
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