11 de abril é
o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson
A Doença de Parkinson é uma condição
neurodegenerativa progressiva que afeta milhões de pessoas no mundo, impactando
diretamente a qualidade de vida dos pacientes. No Brasil, estima-se que mais de
200 mil pessoas convivam com a doença, que se manifesta principalmente por
tremores, rigidez muscular e dificuldades motoras. O diagnóstico precoce e o
tratamento adequado são fundamentais para retardar a progressão dos sintomas e
melhorar o bem-estar dos pacientes.
A Doença de Parkinson é devida à degeneração das
células situadas numa região do cérebro chamada substância negra. Essas células
produzem uma substância chamada dopamina, que conduz as correntes nervosas
(neurotransmissores) ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os
movimentos do paciente, causando os sintomas.
Os sintomas motores mais comuns incluem: lentidão
de movimento (bradicinesia), rigidez muscular, aumento gradual de tremores,
problemas de postura e equilíbrio, caminhar arrastando os pés e postura
inclinada para a frente. O tremor típico afeta os dedos ou as mãos, mas pode
também afetar o queixo, a cabeça ou os pés. Atualmente, não há cura, mas
existem tratamentos que podem ajudar a gerenciar os sintomas.
A doença pode afetar qualquer pessoa e tende a
atingir pessoas mais idosas. A grande maioria das pessoas tem os primeiros
sintomas geralmente a partir dos 50 anos de idade, contudo, pode também
acontecer nas idades mais jovens, embora os casos sejam mais raros.
O diagnóstico da doença é feito por exclusão.
Médicos recomendam exames como a tomografia computadorizada ou a ressonância
magnética para terem a certeza de que o paciente não possui nenhuma outra
doença no cérebro. O diagnóstico da doença faz-se baseada na história clínica
do paciente e no exame neurológico.
A Doença de Parkinson pode e deve ser tratada, não
apenas combatendo os sintomas, como também retardando o seu progresso. A
grande arma da medicina para combater o Parkinson são os tratamentos
medicamentosos, e a reabilitação multidisciplinar, em
alguns casos, há indicação de estimulação profunda do cérebro
(marcapasso cerebral).
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza
tratamentos gratuitos para o Parkinson, incluindo medicamentos essenciais, como
a levodopa, além de acompanhamento médico e fisioterápico. No entanto, desafios
como a falta de acesso a especialistas, demora nos diagnósticos e distribuição
irregular de medicamentos ainda são obstáculos enfrentados por muitos
pacientes. Em algumas regiões do país, a escassez de neurologistas e centros
especializados compromete o atendimento adequado.
A Associação Brasil Parkinson (ABP) disponibiliza três ebooks gratuitos
com informações essenciais – “O Parkinson e a Cidadania”, “Sintomas Iniciais” e
“Atividades e exercícios físicos”.
Nesse 11 de abril, Dia Mundial de Conscientização
da Doença de Parkinson, a ABP lança o Manual de Alimentação, Nutrição e Suplementação na
Doença de Parkinson.
O Manual de Nutrição foi desenvolvido pelas
especialistas em nutrição e neurologia – Maura Corá, Mariana Burmeister e Maria
de Fátima Nunes Marucci - traz orientações detalhadas sobre os melhores
alimentos para promover o bem-estar e minimizar os impactos da condição no dia
a dia. Com 97 páginas, o guia aborda desde a importância da hidratação até a
escolha de alimentos ricos em nutrientes essenciais, priorizando uma
alimentação balanceada e livre de ultraprocessados. Entre as recomendações,
destaca-se o consumo de frutas, legumes, cereais integrais e proteínas magras,
além da sugestão de preparações mais saudáveis: consumir legumes e verduras
variados no almoço e jantar; ingerir 3 porções de frutas por dia; priorizar
carnes brancas (peixe e frango) e cereais integrais (pães, arroz, aveia);
incluir leguminosas (feijão, grão-de-bico, lentilha), batatas, castanhas e
azeite de oliva extravirgem; optar por queijos brancos e iogurtes naturais sem
açúcar e aditivos químicos; preferir preparações assadas, grelhadas ou
refogadas, beber água ao longo do dia e excluir doces, açúcares, farinhas
refinadas, frituras, fast food, carnes gordurosas e embutidos, refrigerantes e
sucos artificiais.
Importante adotar estilo de vida saudável, praticar
exercícios regularmente; ter um descanso adequado e manter o convívio social.
Consulte as informações e dicas da ABP - https://www.parkinson.org.br/
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