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sexta-feira, 11 de abril de 2025

Geração conectada demais sofre com ansiedade e baixa autoestima

Especialista alerta para os riscos do uso compulsivo das redes sociais e defende a educação como chave para o equilíbrio emocional

 

O Brasil vive um momento delicado no que diz respeito à saúde mental da juventude. Cada vez mais conectados, muitos adolescentes enfrentam dificuldades emocionais diante das novas formas de socialização impostas pelo mundo digital. O avanço acelerado das redes sociais transformou profundamente a maneira como os jovens se comunicam, consomem conteúdo e constroem vínculos. No entanto, o uso exagerado dessas plataformas tem provocado efeitos preocupantes na autoestima e no bem-estar emocional dessa nova geração — um fenômeno que vem sendo chamado de “Geração do Quarto”. 

Segundo Orlando Pavani Júnior, especialista em Primazia da Gestão e Comportamento Humano, o uso compulsivo das redes sociais afeta diretamente o bem-estar físico e mental dos usuários, especialmente entre os mais jovens. “Quando qualquer atividade se transforma em vício, é comum afetar a saúde do indivíduo. Com as redes sociais não é diferente. Seu uso excessivo tem prejudicado muito o desempenho e a convivência das pessoas nas mais diversas ambiências”, afirma Pavani. 

As causas desse comportamento, no entanto, vão além da tecnologia. Pavani observa que, frequentemente, os pais tentam poupar os filhos de experiências dolorosas que, na verdade, poderiam fortalecer sua capacidade emocional. O especialista cita o livro Podres de Mimados, do psiquiatra Theodore Dalrymple, para ilustrar essa tendência de superproteção: “Os pais têm evitado que os filhos enfrentem os sofrimentos que mais ensinam do que traumatizam”, diz Orlando. 

Questionado sobre a relação entre o uso das redes sociais e o aumento de casos de ansiedade e depressão, Pavani avalia: “Creio que podemos afirmar que sim, mas trata-se de uma resposta rápida e superficial. Os desconfortos comportamentais são gerados por diversos fatores, e as redes sociais são apenas um deles. O século XXI impõe novas realidades — como a inteligência artificial, as tecnologias em geral e as mudanças no mercado de trabalho — que também contribuem para esse cenário.” 

Para reverter essa tendência, o especialista destaca o papel crucial de pais e educadores em orientar os adolescentes para um uso mais equilibrado das plataformas digitais. “O esforço dos pais em poupar as novas gerações de sofrimentos emocionais tem causado um estrago de complexa reparação. É fundamental que pais e escolas trabalhem juntos para promover o aprendizado comportamental e o desenvolvimento de habilidades sociais nos jovens”, defende Pavani. Ele também ressalta a importância de diferenciar “estudar” de “assistir aulas”, incentivando uma postura ativa e engajada por parte dos estudantes. 

À frente da empresa Olho de Tigre há 25 anos, onde atua no desenvolvimento de traços comportamentais como empreendedorismo, protagonismo e autonomia, Pavani oferece algumas recomendações práticas para mitigar os impactos negativos das redes sociais e fortalecer a autoestima no mundo real. “É preciso abrir mão da superficialidade do mundo moderno e buscar profundidade por meio do estudo e de vivências que reconfigurem os modelos mentais. Não se trata de proibir as redes sociais, que representam uma evolução notável, mas de evitar que se tornem um vício — e isso só se conquista com educação”, conclui. 

 

Orlando Pavani - reconhecido antologista dos Referenciais de Exemplaridade da Primazia da Gestão (REPG) e um especialista em Inteligência Comportamental e Cultura Organizacional. Como idealizador do Método Olho de Tigre de Desenvolvimento Humano, Pavani dedica sua carreira a ajudar pessoas a atingirem sua plenitude, promovendo o empreendedorismo protagonista, e a apoiar empresas na busca pela excelência em sua gestão. Atualmente, Pavani é Diretor Presidente da HOLDING PAVANI, que administra a Gauss Consulting Group e a Olho de Tigre. Além disso, é Consultor Certificado CMC® pelo IBCO/ICMCI e detém outras certificações internacionais em áreas como Business Process Management (CBPP®), Metodologias Ágeis (HCMBOK® to AGILE) e coaching. Pavani também ocupou cargos de destaque, incluindo a presidência do IBCO (2017-2020), consolidando-se como uma referência no cenário da consultoria organizacional no Brasil. Como autor e coautor, contribuiu para a literatura de gestão e desenvolvimento humano com obras como As 30 Leis do Olho de Tigre, Mapeamento e Gestão por Processos/BPM e Consultoria Organizacional. Essas publicações refletem sua profunda compreensão sobre os desafios enfrentados por líderes e organizações, além de seu compromisso em disseminar metodologias inovadoras e eficazes. Sua atuação como examinador e instrutor em programas como PNQ e PQGF evidencia sua capacidade de alinhar a teoria à prática para fomentar a excelência organizacional. Com sólida formação acadêmica, Pavani possui duas titulações de mestrado – uma em Administração Integrada pela Universidade São Francisco e outra em Administração e Desenvolvimento Empresarial pela FACECA –, além de pós-graduações em Economia Empresarial e Medicina Comportamental. Ele complementa sua expertise com certificações em áreas como neurociência aplicada, coaching e Programação Neurolinguística (PNL). Sua trajetória multifacetada é marcada pela busca contínua por conhecimento e pela vontade de transformar vidas e organizações por meio de métodos inovadores e uma visão humanista da gestão.




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