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domingo, 13 de outubro de 2024

Reconstrução mamária contribui para a recuperação emocional de mulheres após o câncer de mama

Cirurgiã plástica da Verte Clinique tira todas as dúvidas sobre o procedimento escolhido por 25 mil brasileiras nos últimos 10 anos

 

Durante o Outubro Rosa, mês dedicado à prevenção e conscientização sobre o câncer de mama, a discussão sobre o impacto dessa doença vai além do diagnóstico e tratamento. A recuperação da autoestima e do bem-estar emocional das mulheres que passaram pela mastectomia é fundamental, e a cirurgia reparadora e reconstrutiva de mama desempenha um papel central nesse processo. 

O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que até 2025, o país terá cerca de 74 mil novos casos de câncer de mama a cada ano. Pesquisas da Associação Americana de Câncer indicam que, quando diagnosticado em estágios iniciais, as chances de cura da doença podem chegar a 95%. No entanto, se o câncer for detectado em fases mais avançadas, essa taxa de cura pode cair para até 50%. 

A mastectomia, procedimento de remoção parcial ou total da mama, é uma realidade para muitas pacientes diagnosticadas com câncer de mama. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), 70% das mulheres diagnosticadas no Brasil necessitam desse tipo de cirurgia, e nos últimos 10 anos, aproximadamente 110 mil brasileiras passaram pelo procedimento. Entre essas, 25 mil optaram pela reconstrução mamária, um procedimento fundamental tanto para o aspecto físico quanto emocional dessas pacientes. 

A reconstrução mamária envolve diversas técnicas e possibilidades, conforme explica a Dra. Carolina Cescato, cirurgiã plástica da Verte Clinique. “A reconstrução mamária pode ser realizada após a retirada de uma ou ambas as mamas, e a maioria dos casos de mastectomia tem indicação para essa cirurgia reparadora. As principais técnicas incluem o uso de prótese de silicone, expansores e retalhos cutâneos.” 

Uma questão importante no processo de reconstrução mamária é a escolha entre a cirurgia imediata ou tardia. “A reconstrução imediata ocorre no mesmo momento da mastectomia, evitando que a paciente passe pela experiência de viver sem a mama, enquanto a tardia é indicada quando a paciente não tem condições clínicas para o procedimento imediato ou prefere focar primeiro na sua saúde”, explica Dra. Cescato. 

A cirurgia reconstrutiva desempenha um papel central na recuperação da autoestima e na melhora do bem-estar emocional das mulheres que enfrentam o câncer de mama. “A reconstrução mamária não é apenas uma questão estética, ela tem um impacto profundo na saúde mental da paciente. Ao restaurar a mama, ajudamos a curar as cicatrizes emocionais deixadas pelo câncer, proporcionando uma sensação de normalidade e feminilidade que pode ter sido abalada pela doença”, destaca. 

No entanto, o processo de reconstrução não está isento de desafios, tanto físicos quanto emocionais. “Além das preocupações com a cura do câncer, a mulher enfrenta questões relacionadas à sua identidade feminina e autoestima. Muitas pacientes relatam sintomas de ansiedade, depressão, além de dificuldades nos relacionamentos pessoais e na vida sexual”, revela a cirurgiã. 

O acompanhamento pós-operatório também desempenha um papel crucial na adaptação das pacientes às mudanças físicas decorrentes da cirurgia. “Os cuidados após a cirurgia variam conforme o tipo de procedimento, mas em geral, é necessário repouso, restrições de movimento, uso de sutiã cirúrgico e, em alguns casos, fisioterapia e drenagem linfática. O apoio psicológico é essencial durante essa fase”, afirma a Dra. Cescato. 

Para as mulheres que têm receios quanto à cirurgia, Dra. Cescato ressalta a importância do diálogo com o cirurgião. “A relação de confiança entre paciente e cirurgião é fundamental. É preciso esclarecer todas as dúvidas, discutir as opções de tratamento e ter clareza sobre os resultados esperados. Isso traz mais segurança para a paciente.” 

Além de todo o suporte médico, a Dra. Cescato destaca a importância de contar com uma rede de apoio durante todo o processo. “É importante cercar-se de pessoas que possam ajudar. Familiares, amigos e até outras pacientes que já passaram pela mesma experiência podem fazer toda a diferença. Manter uma atitude positiva também é essencial para a recuperação.” 

A cirurgia reconstrutiva, portanto, vai muito além da estética. Ela oferece às mulheres a oportunidade de restabelecer sua autoestima e confiança, ajudando-as a enfrentar o período pós-tratamento com mais força e resiliência.

 


Dra. Carolina Cescato - médica cirurgiã plástica, com vasta experiência e reconhecimento em sua área. Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), ela atua como professora de Cirurgia na Faculdade de Ciências Médicas de Santos (FCMS) e no Hospital Vicentino, onde compartilha seus conhecimentos e contribui para a formação de novos profissionais da saúde. Formada em Ciências Médicas pelo Centro Universitário Lusíada (UNILUS) em 2005, a Dra. Carolina deu início a uma carreira sólida e marcada por um forte compromisso com a excelência no atendimento aos seus pacientes. Iniciou a formação com residência médica em Cirurgia Geral no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo em 2007 e, posteriormente, no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, em 2009. Sua especialização em Cirurgia Plástica foi realizada sob a orientação do renomado Dr. Ewaldo Bolívar, em Santos, e concluída em 2014. Ela obteve o título de especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica em 2017, uma importante certificação que reflete seu alto nível de competência e dedicação à área. Além de sua prática clínica na Verte Clinique, ela se destaca no meio acadêmico como professora, atuando no Centro Universitário Lusíada (UNILUS), onde se formou, e na FCMS, contribuindo para a educação médica de futuros cirurgiões.


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