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quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Posso treinar doente ou com dor? Especialistas esclarecem

 

A atividade física pode aliviar dores, bem como agravar alguns quadros


Algumas queixas são recorrentes no dia a dia, desde cólicas e gripes a ressaca e dores de cabeça e costas. Para quem está acostumado a se exercitar, ao sentir algum incômodo, a primeira dúvida é: posso continuar minha rotina? As recomendações para cada quadro variam, podendo os exercícios ajudarem ou piorarem os sintomas.

Abaixo, a professora de ginástica Camila Braido, da
Bio Ritmo, marca fitness high end, e os médicos Dra Joyce Ikedo e Dr Odilon Ribeiro, da clínica Saludia, tiram as dúvidas mais comuns:

 

1. Cólica

Não há contra indicação para prática de exercícios físicos durante o período menstrual, contanto que não haja mal-estar e dores intensas. Pelo contrário: continuar com sua rotina ajuda no alívio dos sintomas, uma vez que a atividade física libera endorfina e ajuda na vasodilatação, mecanismo que leva mais nutrientes e oxigênio para o útero, contribuindo para a redução da dor. 

Os médicos recomendam que a intensidade seja de leve a moderada e a professora de ginástica concorda. E complementa com exercícios indicados, como alongamento, aeróbicos que ajudam a reduzir o inchaço, como caminhada e bike, e atividades focadas na conexão corpo e mente, como ioga.

 

2. Dor nas costas

Alongamentos e fortalecimento muscular ajudam a prevenir o problema, que segundo a OMS atinge 80% da população e está ligado ao sedentarismo, sobrepeso, envelhecimento e má postura. Ambos os médicos afirmam que o fortalecimento e alongamento da musculatura pode ser uma opção de tratamento eficaz em muitos casos. Porém, em momentos de crise, é sugerido repouso. 

Camila lista algumas atividades que podem ser incluídas nesse tratamento. “Após um diagnóstico médico, é muito importante trabalhar a região para prevenir doenças e minimizar sintomas. Alongamentos, ioga, pilates, além de treinos específicos para o core, os músculos da região central do corpo, são interessantes”.

 

3. Gripe

A indicação depende dos sintomas da doença. Caso esteja melhor, atividades leves a moderadas estão liberadas, como caminhadas. Os doutores Joyce e Odilon, no entanto, chamam para a respiração, que deve ser um fator de atenção na recuperação de um paciente de gripe. Quando há febre, mal-estar e/ ou dor no corpo, o melhor é repousar para poupar energia e acelerar a cura. 

“A recomendação seria descansar até apresentar melhora dos sintomas, e ir retomando os exercícios aos poucos e gradualmente. Por ser uma doença altamente transmissível, é importante que o paciente tente se isolar de contatos com outras pessoas o máximo possível, usando máscaras, e evitando aglomerações e ambientes fechados. Portanto, nada de visitas à academia”, colocam.


4. Dor de cabeça

A prática regular de atividades físicas, com aumento de intensidade progressivo, pode ajudar a ganhar condicionamento e melhorar o quadro de quem sofre cronicamente com a doença. Uma pesquisa do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil), que desde 2008 avalia a ocorrência e os riscos de doenças crônicas, 150 minutos de exercícios por semana podem prevenir dores de cabeça como enxaquecas. Porém, em momentos de crise, movimentos podem agravar a dor, por isso é desaconselhado.

 

5. Ressaca

Durante a ressaca, o corpo apresenta desidratação e sintomas desagradáveis como dores de cabeça e mal-estar. Uma vez que as energias estão concentradas em eliminar as toxinas do álcool, é comum baixa disposição e concentração. A desidratação grave pode ocasionar tontura, fraqueza, desmaios e até convulsões. Sendo assim, praticar atividades físicas é desaprovado, segundo todos os especialistas. 

Em todos os casos é importante haver a liberação médica para o treino. Caso o paciente esteja fazendo o uso de medicamentos, se faz necessário, uma vez que alguns remédios não combinam com atividades físicas. A professora da Bio Ritmo acrescenta que, havendo aval médico, é possível continuar com a rotina e alcançar os objetivos:

“O mais importante sempre é respeitar os limites do corpo. Quando há incômodo, dor, pare e investigue. Descanse. E ao retornar, faça aos poucos para não esgotar as energias e/ou causar um novo problema”, finaliza.


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