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Tratamento avançado também contribui para combater
a doença e garantir mais qualidade de vida
Segundo
estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), estão previstos 73,6 mil
novos casos de câncer de mama no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025. Mas
estilo de vida saudável pode reduzir a incidência da doença.
“Cerca
de 30% dos casos de câncer de mama podem ser prevenidos com hábitos saudáveis,
como a prática regular de atividades físicas, dieta equilibrada, controle do
peso e redução do consumo de bebidas alcoólicas”, explica Camilla Parente Salmeron,
ginecologista do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”. Estes
hábitos, aliados ao diagnóstico precoce, desempenham um papel fundamental no
combate ao câncer de mama.
Por
isso, quanto antes iniciar o tratamento, menos invasiva pode ser a abordagem
terapêutica, permitindo que a paciente tenha uma recuperação mais rápida e com
menor impacto na sua rotina diária. “Pacientes que seguem as orientações
médicas corretamente têm mais chances de superar a doença e viver com menos
complicações”, complementa Camilla.
De
acordo com levantamento da epharma, uma das principais plataformas de gestão de
benefícios de saúde do país, o número de unidades de medicamentos para câncer
de mama vendidas para beneficiários do programa PBM cresceu quase 44% nos
primeiros oito meses de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023 De
janeiro a agosto deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, o
Centro-Oeste foi a região que apresentou maior evolução do número de
beneficiários que adquiriram os antineoplásicos, seguida pelo Nordeste e Norte,
respectivamente.
“Temos
nos dedicado a impulsionar a saúde por meio de soluções que vão além de ampliar
o acesso ao tratamento medicamentoso. Contribuímos para a continuidade do
cuidado das pessoas durante todas as etapas da jornada do paciente”, explica
Wilson Oliveira Junior, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da
epharma.
Tratamentos avançados
O
tratamento do câncer de mama varia de acordo com a fase da doença, o tipo de
tumor, a idade da paciente e outros fatores individuais. Entre as opções
terapêuticas, um dos destaques são os biomedicamentos, que têm demonstrado
segurança e eficácia. Em terapias conjugadas, inibem a multiplicação das
células tumorais e preservam os tecidos saudáveis, contribuindo para a
qualidade de vida das pacientes.
“Os
biossimilares vêm ganhando espaço por ampliar o acesso da população a terapias
avançadas e por oferecer resultados muito positivos a custos inferiores aos
medicamentos originadores”, esclarece Carolina Martins Vieira, oncologista
clínica do Grupo Oncoclínicas e do Hospital das Clínicas da Universidade
Federal de Minas Gerais.
Saúde da mulher
A
campanha Outubro Rosa foca na saúde da mulher e reforça a importância da
prevenção e do diagnóstico precoce dos cânceres de mama e do colo do útero.
Soluções inovadoras têm contribuído para ampliar o acesso e facilitar o
diagnóstico.
Uma delas é a biópsia a vácuo, que é um método diagnóstico para retirada de
amostras de tecido de lesões suspeitas na mama. Este procedimento que utiliza
uma agulha para aspirar o tecido, é minimamente invasivo e pode ser guiado
pelas modalidades de ultrassom, mamografia e ressonância magnética, fornecendo
informações sobre a lesão para que o médico possa avaliar a conduta adequada.
No caso de prevenção do câncer do colo do útero, a inovação está relacionada à solução de autocoleta vaginal para detecção da infecção pelo papilomavírus humano (HPV), principal fator de risco para o câncer do colo do útero. A solução para a autocoleta vaginal, com aprovação FDA e registro ANVISA permite que as mulheres realizem a coleta da amostra vaginal em casa, de forma prática e privada, sem a necessidade de deslocamento a uma clínica ou laboratório para a coleta da amostra do colo do útero por um profissional de sáude.
“Este método facilita o acesso ao exame preventivo, especialmente para mulheres que enfrentam dificuldades em realizar exames ginecológicos regulares, democratizando a detecção precoce de lesões precursoras do câncer do colo do útero”, finaliza a ginecologista Neila Speck, professora da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e vice-presidente da Comissão Nacional Especializada no Trato Genital Inferior da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).
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