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sexta-feira, 11 de outubro de 2024

O impacto do resultado das eleições americanas para a educação internacional nos EUA


As políticas públicas voltadas para a educação internacional têm ganhado destaque em contextos eleitorais, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. O papel dessas políticas será determinante para definir o futuro da mobilidade acadêmica e a internacionalização de carreiras, à medida que governos eleitos ou reeleitos passam a moldar os investimentos e programas voltados para a educação superior e o intercâmbio de estudantes.

No Brasil, as eleições municipais deste ano trouxeram à tona debates sobre o investimento público em educação internacional, especialmente em relação à participação de jovens em programas de intercâmbio e bolsas de estudo no exterior. Nos últimos anos, programas como o Ciência sem Fronteiras e outras iniciativas internacionais têm sido essenciais para garantir que estudantes brasileiros tenham acesso a oportunidades globais.

No entanto, a continuidade e ampliação desses projetos dependem diretamente de um compromisso dos governos com a pauta. "A internacionalização da educação é uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento socioeconômico. Governos precisam investir mais em programas que proporcionem aos estudantes brasileiros uma experiência acadêmica no exterior", afirma Gabrielle Hayashi Santos, consultora de educação internacional.

Nos Estados Unidos, as eleições de novembro de 2024 podem impactar significativamente as políticas de imigração e os intercâmbios estudantis. O governo que assumir a Casa Branca terá uma influência direta sobre a entrada de estudantes estrangeiros no país, além de moldar os acordos de cooperação acadêmica entre universidades americanas e instituições de ensino de outras nações. Gabrielle Hayashi Santos aponta que "as eleições nos EUA sempre têm um impacto direto nas oportunidades de estudantes brasileiros no exterior. A maneira como o próximo governo tratará as questões de imigração, concessão de vistos e financiamento de bolsas será crucial para determinar se haverá um aumento ou retração nas possibilidades de intercâmbio".

A postura de governos em relação à educação internacional afeta diretamente a formação de futuros profissionais e a capacidade de os países se integrarem a uma economia globalizada. Nos EUA, o valor do intercâmbio é reconhecido por várias instituições, e há uma grande expectativa sobre o fortalecimento de programas que favoreçam a vinda de estudantes internacionais. No Brasil, as discussões sobre o tema, durante o período eleitoral, mostram que ainda há muito o que avançar no sentido de garantir que a educação internacional seja uma prioridade perene.

Seja qual for o resultado das eleições, as políticas de educação internacional devem permanecer como um pilar fundamental para promover o desenvolvimento econômico e social, além de fortalecer o diálogo global.


Gabrielle Hayashi Santos - Formada em Relações Internacionais pela UNISAGRADO, doutoranda em Política de Educação Internacional e consultora em Educação e Internacionalização de Carreiras. Gabrielle, tem 26 anos, já conquistou mais de 20 bolsas de estudos internacionais para realizar programas de estudo e trabalho no exterior, possui mestrado em Desenvolvimento e Governo pela bolsa DAAD Helmut Schmidt do DAAD, realizou estágios na Organização das Nações Unidas (ONU), Organização dos Estados Americanos (OEA) e Young America Business Trust (YABT) e atualmente é aluna do primeiro ano de PhD na University of Maryland em Política Educacional Internacional.


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