Em 2019, a OMS determinou a importância de notificar casos de
doenças relacionadas ao trabalho como parte de um esforço global para melhorar
a saúde ocupacional e a segurança dos trabalhadores. Essa medida foi
implementada para garantir que as doenças ocupacionais, muitas vezes
subnotificadas, recebam a devida atenção e tratamento, além de permitir a
adoção de políticas de prevenção mais eficazes.
Em 27 de março de 2024, foi sancionada a Lei 14.831 que instituiu
o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental. Essa certificação, concedida
pelo Governo Federal, visa reconhecer e valorizar as empresas que demonstram um
compromisso concreto com a saúde mental de seus colaboradores. Para obter o
certificado, as organizações precisam adotar e implementar ações efetivas que
promovam o bem-estar psicológico e a saúde mental no ambiente de trabalho.
O Setembro Amarelo, campanha de prevenção ao suicídio, é fomentado
no Brasil desde 2015 e tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre o
suicídio e evitar o seu acontecimento.
Abordada já há algumas décadas por algumas empresas, a saúde
mental é uma temática que vem se fortalecendo a cada dia e, graças a movimentos
como os acima citados, evidencia a necessidade de ações constantes que tenham
como foco o cuidado com o bem-estar psicológico no ambiente de trabalho,
refletindo na crescente conscientização sobre a importância de um ambiente
corporativo saudável e sustentável.
É indiscutível que a saúde mental seja abordada em todos os níveis
da organização e não apenas na área de gestão de pessoas. No entanto, sabemos
que ainda é desafiador implementar e integrar programas eficazes ao cotidiano
das empresas, devido à pressão constante por metas e resultados.
Os dados sobre depressão, burnout e outras doenças mentais
que podem levar ao suicídio são alarmantes. No Brasil, o Ministério da Saúde
aponta que a depressão afeta cerca de 5,8% da população, e o transtorno de
ansiedade atinge 9,3%. Além disso, o país registra aproximadamente 14 mil
suicídios por ano, sendo a maioria desses casos relacionados a transtornos mentais
como os já citados.
Também, quando analisamos dados recentes relacionados a baixa
produtividade, alta rotatividade e licenças ocupacionais, é possível obter
informações acerca do impacto nos resultados financeiros da empresa. Segundo o
INSS e o Ministério do Trabalho, em 2023, foram notificadas mais de 250 mil
licenças de trabalho no Brasil relacionadas a doenças ocupacionais e acidentes
de trabalho. Esses fatores podem custar à empresa até 4,5% do seu faturamento
anual, o que indica uma urgente necessidade de implementar medidas para
aprimorar o ambiente de trabalho e ampliar a retenção de talentos.
Portanto, a saúde mental deve ser encarada como uma pauta
estratégica e essencial no planejamento anual das empresas. Isso inclui revisar
e, se necessário, reavaliar as políticas e práticas de recursos humanos.
Exemplos de boas práticas incluem a implementação de programas de assistência
aos funcionários, treinamentos de gestores para identificar sinais de
sofrimento mental, programas de apoio psicológico, treinamentos de gestores,
criação de políticas de saúde mental e a criação de comitês de bem-estar.
Para auxiliar e dar suporte às empresas, várias ações que entregam
conhecimentos substanciais acontecem durante o mês de setembro. A Vetor
Editora, por exemplo, oferecerá um webinar gratuito sobre o tema Dependência
Química e Suicídio: Compreendendo os Desafios e Promovendo a Prevenção, além
de produzir outros conteúdos extremamente relevantes para o tema em diversos
formatos e plataformas. Pesquise, atualize-se e implemente ações de
prevenção e manutenção na sua organização.
Adriana Isidio - Gerente de Marketing e Comunicação da Vetor Editora
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