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sábado, 27 de julho de 2024

CREMESP emite novo alerta à população sobre os riscos da realização de procedimentos invasivos com não médicos

 

Nos dias atuais, a busca incessante pela perfeição estética se desenrola em um cenário que merece nossa mais profunda reflexão. A crescente popularidade das cirurgias plásticas e procedimentos estéticos no Brasil não apenas transformou o panorama da beleza, como também desencadeou um fenômeno alarmante: os exageros nas intervenções estéticas. Muitas vezes, essa busca atinge limites que beiram o absurdo, resultando em consequências graves para a saúde dos indivíduos. 

Diversos procedimentos estéticos invasivos vêm sendo realizados e amplamente divulgados nas redes sociais por profissionais não médicos, que não possuem qualificação e experiências necessárias. Tais práticas refletem em casos de complicações graves e, muitas vezes, irreversíveis aos pacientes. Dentre os procedimentos estão o endolaser, lipoaspiração, preenchimento, blefaroplastia e bichectomia. 

Sobre o endolaser, o cirurgião plástico e coordenador do Departamento de Comunicação do CREMESP,  Alexandre Kataoka afirma: "O único profissional que deveria fazer esse procedimento é o médico que tem a habilitação para fazer o procedimento, ou seja, que tem o treinamento. Ideal seria ser feito junto com a supervisão, do que?  Do anestesiologista que é o profissional adequado para fazer a anestesia.  A indicação desse procedimento tem que ser feita em uma avaliação médica, para ver se esse paciente está apto a fazer." 

É verdade que, em diversos casos, a decisão de se submeter a um procedimento vem acompanhada de um desejo genuíno de melhorar a autoimagem ou corrigir características que geram incômodo. Entretanto, o que se observa é a influência de profissionais sem formação, que promovem uma cultura de excesso e estimulação à transformação a qualquer custo. Essa realidade é preocupante e nos instiga a questionar até onde realmente estamos dispostos a ir em nome da beleza. 

Além disso, a pressão exercida pelas redes sociais intensificou essa busca insaciável por corpos considerados ideais. A pergunta que fica é: será que estamos prontos para enfrentar o reflexo da nossa realidade, sem as maquilhagens da perfeição virtual? 

Vale ressaltar que a cirurgia plástica e procedimentos estéticos não são meramente um capricho superficial, mas sim uma questão de qualidade de vida. Tanto homens quanto mulheres podem se sentir profundamente impactados por características físicas que desejam alterar, levando-os a considerar intervenções cirúrgicas como uma solução viável. Contudo, antes de mergulhar nessa jornada, é imprescindível que aqueles que aspiram a tais procedimentos realizem uma pesquisa cuidadosa sobre os profissionais que escolherão. 

É crucial entender que, independentemente da complexidade, todo procedimento cirúrgico acarreta riscos. A realização de cirurgias desnecessárias deve ser descartada como uma opção, pois não se trata apenas de aparência, mas também de saúde. 

O site do CREMESP (cremesp.org.br)  é uma ferramenta valiosa que pode guiar pacientes na busca por especialistas qualificados e éticos. 

Afinal, é a verdadeira segurança em nossas decisões que garantirá não somente a estética desejada, mas também a integridade de nossas vidas. 

 

Fonte: Alexandre Kataoka - CREMESP 112.497 RQE 38.349 - Cirurgião plástico formado na Faculdade Estadual de Medicina de Marília (FAMEMA), Residência de Cirurgia Geral no HC FAMEMA, Cirurgia Plástica Santa Casa de Santos, Titular da SBCP, ex- Diretor da SBCP (DEPRO), Perito concursado do Instituto de Medicina Social e Criminologia do Estado de São Paulo, Conselheiro Eleito 2023/2028 do CREMESP, Coordenador do Departamento de Comunicação CREMESP, Conselheiro Responsável da Câmara Técnica de Cirurgia Plástica CREMESP e Membro Efetivo da Câmara Técnica de Cirurgia Plástica CFM.


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