Pesquisa também aponta que para a nação
brasileira, as pessoas com deficiência física e mulheres são os grupos que mais
sofrem algum tipo de discriminação no país
Sete
em cada dez pessoas no Brasil concordam que a desigualdade é o problema mais
crucial ou um dos mais importantes enfrentados pelo país. Globalmente, 52%
concordam com essa afirmação. No topo do ranking estão Indonésia (79%), Brasil
(74%), Colômbia, Turquia e Tailândia, todos com 70%, e África do Sul (69%).
Enquanto Holanda (32%), Canadá (35%) e Polônia (35%) apresentam os menores
índices.
Quando
comparados aos países de outros continentes, as nações da América Latina
mostram uma preocupação significativamente maior em relação à desigualdade do
que, por exemplo, os países da Europa e da América do Norte. No contexto
latino-americano, o Brasil lidera o ranking com 74% (sendo 24% dizendo ser a
maior preocupação e 50% um das maiores); seguido por Colômbia com 70%; México
com 63%, Peru com 62% e Argentina 58%; e o Chile com 56% .
Além
da desigualdade, 41% dos brasileiros acham que pessoas com deficiência física
pertencem ao grupo que mais sofre discriminação no país, já 37% apontam serem
as mulheres e 35% que são gays, lésbicas e bissexuais.
Responsabilidade
Social
Para
75% dos brasileiros, é o governo quem deveria assumir a responsabilidade de
tentar diminuir a desigualdade no país. O Brasil está em segundo lugar dos que
mais creem na responsabilidade do Governo. A primeira colocação fica com a
Indonésia (82%) e empata com a Colômbia (75%) no ranking. Já os que menos
concordam com essa afirmativa são Alemanha (55%), Canadá (56%) e Índia (57%).
Os
brasileiros atribuem essa responsabilidade, em segundo e terceiro lugar, a
empregadores (25%) e organizações de advocacia (24%).
LGBTQIAPN+
Outra categoria que também se destaca no Brasil são as pessoas gays, lésbicas e/ou bissexuais. O país ocupa a segunda posição no ranking global em relação à percepção de que esse grupo sofre tratamento desigual ou injusto, com 35%. Em primeiro lugar está a Polônia (39%), seguida pelo México em terceiro lugar (34%). A média global é de 23%.
Os
dados fazem parte da pesquisa "Equalities Index 2024",
conduzida pela Ipsos em 29 países, visando medir a percepção da população em
relação à igualdade social. O estudo teve 21.759 entrevistados, sendo aproximadamente mil entrevistados no
Brasil, entre 23 de fevereiro a 8 de março. A margem de erro para o Brasil é de
3,5 pontos percentuais. Esta é a segunda edição do estudo, que será realizado
anualmente para acompanhar as mudanças na sociedade.
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