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terça-feira, 23 de abril de 2024

Distúrbios na tireoide impactam a saúde mental e a qualidade de vida, principalmente em mulheres

Doenças tireoidianas afetam 750 milhões de pessoas no mundo e a Dra. Elaine Dias JK, PhD em endocrinologia pela USP, com tese sobre tireoide, explica os sinais em diferentes fases da vida.

 

Responsável pela produção de hormônios que regulam o metabolismo, a tireoide é uma pequena glândula localizada na base do pescoço que desempenha um papel crucial em diversas funções do corpo humano, além de influenciar na frequência cardíaca, humor e cognição.

Doenças como o hipotireoidismo, o hipertireoidismo e o câncer de tireoide afetam mais de 750 milhões indivíduos no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Cerca de 60% dessas pessoas têm o problema, mas desconhecem, em sua maioria mulheres.

A Dra. Elaine Dias JK, PhD em endocrinologia pela USP cuja tese foi sobre tireoide, aponta sinais e sintomas que podem indicar que a glândula está comprometida: cansaço, desânimo, queda de cabelo, unhas quebradiças, dificuldade para emagrecer, falta de foco, entre outros. Eles aparecem por conta da alteração do TSH, hormônio que age na tireoide. “Durante as fases da vida, principalmente das mulheres, existem disfunções hormonais que correspondem a evolução corporal, como na adolescência, quando há um pico de estrogênio e progesterona e, consequentemente, uma redistribuição de gordura subcutânea, com aumento de glúteos, coxas, braços, provocando os primeiros sinais de celulite e retenção de líquido. Ainda nessa fase, acontece o aumento da testosterona, que traz o excesso de oleosidade na pele e no cabelo, provocando acne, queda capilar e alterações de humor”, comenta a endocrinologista Dra. Elaine.

A partir dos 30 anos de idade,  há uma diminuição do metabolismo, que segue reduzindo a cada ano que passa, sendo ainda mais acentuada após os 40 anos, fase em que o corpo começa a perder 1% de músculo ao ano. “No climatério, o pico dos hormônios LH e FSH resulta na perda de massa muscular, diminuindo o metabolismo significativamente. Com isso, vem a diminuição da libido, surgem as alterações de humor mais frequentes, como irritabilidade e labilidade emocional, insônia, fogachos -conhecidos como os calores-, pele seca, cabelos finos e as mudanças corporais com a flacidez de pele, redistribuição das gorduras de forma centrípeta, gordura abdominal, além das alterações cognitivas, como esquecimento, dificuldade de foco e raciocínio, como se houvesse uma nuvem no cérebro”, alerta a Dra. Elaine.

Por isso, é fundamental realizar acompanhamento anual com o endocrinologista e o ginecologista, com a realização de exames hormonais como da tireoide, ovários e hipófise, TSH, T4 Livre, estrogênio, progesterona, FSH e LH.

“Para garantir um resultado hormonal positivo, também é necessário um estilo de vida saudável, com atividade física regular, alimentação saudável e dormir de 7 a 9 horas por noite. Dessa forma, a possibilidade de se ter alguma alteração hormonal é bem menor em relação a quem não tem uma vida saudável”, finaliza a médica PhD em endocrinologia pela USP. 

 

Dra. Elaine Dias JK – PhD em endocrinologia pela USP, também é membro ativo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, onde foi professora no curso de USG de Tireoide. Em sua clínica-boutique na Oscar Freire, atua com uma equipe de profissionais multidisciplinares em um espaço acolhedor e humanizado, com tecnologias de última geração. É uma das poucas no Brasil a realizar o exame de epigenética, que permite a personalização do tratamento com a orientação de dieta e atividade física ideal para cada paciente, apontando os melhores caminhos para resultados mais efetivos.
www.elainedias.com.br
Instagram @draelainedias.


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