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segunda-feira, 25 de março de 2024

Seconci-SP divulga importância do exame de colonoscopia

O exame é essencial para a prevenção do câncer colorretal, objetivo da Campanha Março Azul Marinho

Ignorar os sinais de alerta e não realizar o exame de colonoscopia periodicamente a partir de 45 anos de idade pode levar ao desenvolvimento de câncer do cólon (intestino grosso) e do reto (a parte final do intestino, que termina no ânus).

A advertência é da dra. Marcella Guilherme Carolino de Sousa, coloproctologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião da campanha Março Azul Marinho, de prevenção a este tipo de câncer. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), esse é o segundo tipo de tumor maligno de maior incidência, atrás apenas do câncer de próstata em homens e do câncer de mama em mulheres.

De acordo com a dra. Marcella, esta doença pode ser ocasionada por predisposição genética, mas também por tabagismo, consumo de álcool, obesidade, dieta pobre em fibras, consumo de alimentos ultraprocessados e excesso de carne vermelha.

“Os sinais de alerta são sangramento nas fezes, mudanças de hábitos do intestino (como prisão de ventre), dores abdominais e cólicas frequentes, emagrecimento sem motivo e anemia. Quando algum desses sinais aparecer, a pessoa deve procurar imediatamente o médico, para diagnóstico e tratamento”, destaca a coloproctologista.

Importância do exame

A maioria dos cânceres de cólon se origina em pólipos, “verruguinhas” que surgem nas paredes do intestino. No início, esses pólipos são benignos, mas se não forem retirados, podem se transformar em malignos em até 10 anos. “Daí a importância da colonoscopia, um exame em que estes pólipos são visualizados e retirados”, afirma.

Uma vez que este tipo de câncer acomete pessoas cada vez mais jovens, a dra. Marcella segue a recomendação da Sociedade Americana de Proctologia, que preconiza a realização da primeira colonoscopia aos 45 anos de idade. Dependendo do resultado, o exame deve ser repetido em períodos de 2 até 10 anos. “Mas se a pessoa tiver um parente de primeiro grau em que tenha sido detectado câncer de cólon, deve também realizar uma colonoscopia, mesmo que não tenha nenhum sinal de alerta”, recomenda.

A colonoscopia é realizada mediante a introdução de um tubo denominado colonoscópio pelo reto do paciente sedado e dormindo, que não causa nenhuma dor. Para uma visualização perfeita da existência de pólipos menores que 1 cm, é preciso que o intestino esteja completamente limpo. Assim, no período anterior ao exame, o paciente precisa esvaziar o intestino mediante uso de laxantes, o que provoca algum desconforto.

“As pessoas não precisam ter medo, a colonoscopia é muito segura e indolor, o risco de complicações durante o procedimento é baixíssimo, ocorre em menos de 0,1% dos casos”.

A dra. Marcella comenta que o SUS ainda não divulga a colonoscopia como exame de prevenção, recomendando apenas o exame de sangue oculto nas fezes. Entretanto, esse exame não detecta necessariamente a presença de pólipos, daí a razão de a Sociedade Brasileira de Proctologia pressionar o Ministério da Saúde em favor da colonoscopia, sob o argumento de que sairá muito mais caro tratar o paciente com câncer colorretal.

No Seconci-SP, o paciente é examinado e, se for o caso, sai com uma prescrição para realizar a colonoscopia, mediante convênio ou particularmente.

“Esta é a mensagem principal da Campanha Março Azul: siga a orientação de seu proctologista e faça a colonoscopia regularmente, evitando o risco de câncer colorretal”.

 

 

 

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