- Cerca de 6% da população brasileira lida com problemas
reumatológicos e 60% desses casos são mulheres
As doenças reumáticas afetam
aproximadamente 6% da população brasileira e emergem como um desafio
significativo para o sistema de saúde nacional, com um impacto pronunciado na
saúde das mulheres. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia, o
público feminino representa 60% dos casos relacionados a distúrbios reumáticos.
A convite da Organon Brasil, a Dra.
Adriana Maria Kakehasi, professora Associada de Reumatologia da Faculdade de
Medicina da UFMG, fala sobre os impactos das doenças reumáticas na vida da
mulher, que vai além das manifestações físicas, influenciando diretamente a
qualidade de vida, o bem-estar emocional e as decisões relacionadas ao
planejamento familiar.
Segundo Adriana Kakehasi, as
principais doenças reumáticas incluem artrite reumatoide, lúpus eritematoso
sistêmico, espondilite anquilosante, osteoartrite e fibromialgia. Estas
condições variam de forma significativa em termos de sintomas, tratamento e
evolução. Algumas doenças reumáticas, como lúpus eritematoso sistêmico,
fibromialgia e artrite reumatoide, são mais frequentes em mulheres do que em
homens. ‘’Acredita-se que as diferenças hormonais, genéticas e imunológicas
possam explicar essa disparidade. Os hormônios como estrogênio, prolactina,
testosterona e progesterona têm efeitos no sistema imune’’, explica.
Muitas mulheres apresentam doenças
reumáticas em idade fértil e produtiva. Isso implica em questões que podem
influenciar decisões no planejamento familiar e até efeitos negativos sobre a
gestação. ‘’O impacto das doenças reumáticas nas mulheres pode ser
significativo, afetando não apenas sua saúde física mas também a qualidade de
vida. A dor crônica pode afetar a capacidade de trabalhar, a vida social e a
saúde mental. Durante o climatério (período de transição em que a mulher passa
da fase reprodutiva para a fase de pós-menopausa), também temos uma gama de
queixas que podem confundir ou piorar os sintomas. Uma doença crônica, com
necessidade de tratamento por longos períodos e a insegurança em relação ao
futuro, tem uma carga pesada sobre qualquer pessoa’’, ressalta.
Os tratamentos para doenças reumáticas
podem incluir medicamentos anti-inflamatórios comuns, medicamentos
modificadores de doença e, mais recentemente, terapias biológicas, incluindo os
biossimilares. A cura para muitas doenças reumáticas ainda não existe, mas os
tratamentos podem ajudar a controlar os sintomas, prevenir danos permanentes e
melhorar a qualidade de vida.
‘’Os tratamentos para doenças
reumatológicas, muitas vezes, são de alto custo. Nesse contexto, os
biossimilares são importantes para ampliar o acesso a tratamentos, porque
tendem a ser menos caros que as terapias biológicas originais. Eles são
altamente similares aos produtos biológicos aprovados e podem ajudar a reduzir
os custos de saúde e tornar os tratamentos mais acessíveis para mais
pacientes’’, pontua.
Os sintomas de doenças reumáticas podem variar, mas geralmente incluem dor, rigidez, inchaço e vermelhidão articulações. Alterações de pele são frequentes no lúpus e na esclerose sistêmica. Alguns pacientes podem também experimentar sintomas sistêmicos como febre, perda de peso e fadiga. Por isso, o diagnóstico precoce e tratamento adequado são altamente importantes para boa evolução. Além disso, adoção de um estilo de vida saudável, incluindo exercício físico e uma dieta balanceada, pode ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Organon
www.organon.com/brazil
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