Professor de
medicina do UNIPÊ, José Brasileiro Dourado Junior, diz que as alterações no
sono podem mexer com todo o organismo do corpo humano
Não há nada
melhor do que uma longa e boa noite de sono para renovar as energias, descansar
e fazer com que o organismo trabalhe de forma correta. O problema é quando o
corpo não consegue acompanhar a mente e o relógio biológico desregula
totalmente, acarretando diversos problema físicos e mentais. Diante disso, o
professor do curso de Medicina do Centro
Universitário de João Pessoa - Unipê, José Brasileiro Dourado Junior, traz
algumas dicas e orientações sobre como identificar e regular o sono.
Segundo o
doutor, o sono possui 5 fases, a do adormecimento, seguida pela etapa do sono
mais leve. Logo depois entra a introdução do sono profundo seguida pelo sono
profundo em si e terminando com o sono REM. “O sono desregulado é quando você
tem alterações nessas fases ou redução durante estes ciclos, quebrando assim, o
padrão dos ciclos necessários para uma boa e saudável noite. Isso pode reduzir
o período de reabilitação cerebral decorrente do sono, gerando também
alterações no despertar e insônia decorrentes dessa expressão de sono
desregulado”, destaca.
O
importante ao perceber essas alterações ou ter dificuldades para dormir é
procurar um médico para primeiro fazer uma anamnese, depois uma avaliação
adequada, terminando com um exame clínico e assim conseguir averiguar qual a
causa desses padrões de desregulação. “É importante submeter-se também a uma
terapia. Existem alguns exames e algumas escalas para fazer essa avaliação e
entender os padrões de sonos, entre eles a polissonografia, onde são
fixados eletrodos no couro cabeludo e no corpo do paciente, além de um sensor
no dedo, para que, durante o sono, sejam analisados os parâmetros que permitem
detectar as alterações de cada um em cada uma das fases”, explica.
As
principais causas de sono desregulado são a obesidade, alterações nas cavidades
respiratórias, como desvio de septo, hipertrofia de cornetos, hipertrofia de
tonsilas adenoideanas e também alterações neurológicas do sistema nervoso
central, que podem desregular o sono, além de alguns transtornos mentais, como
depressão e ansiedade. “Geralmente o tratamento é buscar tratar a causa dessa
desregulação do sono. Existem alguns dispositivos que podem ser utilizados,
como medicações e um aparelho CPAP (uma sigla em inglês para pressão positiva
contínua nas vias aéreas), se for o caso da apneia obstrutiva, entre outros”
completa José Junior.
“As
consequências de um sono desequilibrado, são alterações de humor, perda da
memória, diminuição da força muscular, falta de atenção e foco. Assim como
alterações metabólicas, ganho de peso, dores físicas, ansiedade e depressão”,
salienta.
Por fim, o docente enfatiza sobre a importância de procurar um médico especialista no assunto para entender cada caso. “Existem medicações que melhoram o padrão de sono, retiram a sonolência diurna e adequam a sonolência noturna. mas que é sempre bom e necessário procurar um médico especialista no assunto”, finaliza.
Centro Universitário de João Pessoa – Unipê
www.unipe.edu.br
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