Inflamações, rigidez e falta de mobilidade também são condições que afetam as articulações dos animais de estimação, mas podem e devem ser prevenidas
Problemas nas articulações são comuns nos pets mais
idosos e ocorrem pelo desgaste natural das estruturas que compõem as
articulações, mas animais jovens com predisposição genética, deficiência
nutricional, excesso de peso, que tenham sofrido traumas ou que vivam em locais
com o piso muito liso que dificulta a sua movimentação, também podem apresentar
doenças articulares.
“De forma geral, os problemas articulares promovem
a redução da mobilidade dos animais, e já foi considerado um dos principais
fatores que comprometem a qualidade de vida dos pets. Os joelhos, cotovelos e o
quadril são as regiões que costumam ser mais afetadas, e os sintomas mais
perceptíveis de que as articulações do pet não estão bem é a dificuldade para
andar e a relutância em realizar atividades rotineiras, como levantar ou subir
degrau”, conta Taís Motta Fernandes, médica-veterinária gerente de produtos da
Avert Saúde Animal.
Taís relata que os felinos costumam mascarar mais
os sintomas de problemas articulares, alterando o seu comportamento natural.
Para os tutores destes animais o aumento da agressividade, diminuição da
ingestão de água, recusa de alimentos e dificuldade para urinar ou defecar na
caixinha de areia podem ser sinais de alerta e devem ser investigados.
“Felinos são caçadores e mestres em camuflar suas
fraquezas, por isso é importante ter total atenção aos hábitos deles e investigar
qualquer mudança que não tenha um motivo evidente. Outra coisa que pode ser
observada nestes animais é a redução da massa muscular em determinadas regiões
pelo desuso de certas articulações”, alerta.
Quais são as doenças
articulares mais comuns?
Doença Articular
Degenerativa (DAD): é uma enfermidade lenta e
progressiva em que ocorre e a degradação da cartilagem que recobre as
extremidades ósseas e o interior das articulações, e quase sempre está
relacionada à idade do animal e ao desgaste natural das estruturas articulares
ao longo da vida.
Nos gatos, a doença é mais comum entre os animais
idosos. Estudos sugerem que cerca de 90% dos felinos com mais de 12 anos de
idade possuem alguma articulação acometida por DAD. Já os cães podem ser
acometidos em todas as idades e os animais de “alta performance”, como cães
esportistas ou de trabalho, e animais obesos e sedentários, podem desenvolver o
quadro com maior facilidade.
Os principais sintomas são rigidez e dificuldade de
se levantar e realizar os movimentos mais comuns da rotina diária.
Displasia coxofemoral: A displasia coxofemoral é o desenvolvimento anormal da articulação que
envolve o osso do quadril e o fêmur. Ela é pouco comum em gatos, acometendo
principalmente raças grandes como o Maine Coon, e mais frequente nos cães de
grande porte. As causas da doença são multifatoriais, envolvendo fatores
genéticos e ambientais, além de peso e idade, que interferem no desenvolvimento
adequado dos ossos desta articulação.
Os animais com displasia coxofemoral apresentam
mobilidade de quadril reduzida, perda de massa muscular na região de coxa,
sentam-se com maior frequência de lado, apresentam dificuldade para realizar
atividades comuns como correr, pular, saltar, descer e subir escadas, e podem
sofrer quedas repentinas durante caminhadas. Em casos mais avançados de
displasia a cirurgia pode ser indicada.
Como evitar?
Cuidar das articulações dos pets é tarefa importante e deve acontecer
durante toda a vida do peludo, começando o quanto antes. Dois pilares importantes
são a nutrição e a prática de atividade física leve e regular.
“Fornecer uma nutrição balanceada aos pets auxilia na manutenção adequada do peso do animal, evitando sobrecargas articulares. Suplementos alimentares que contenham condroitina, glicosamina, colágeno e ômega-3 também auxiliam na proteção e no fortalecimento das cartilagens e outras estruturas que compõem as articulações”, declara Taís. “Já a prática de atividade física leve e regular auxilia no fortalecimento da musculatura, dos ossos e das articulações. Além disso, quando realizada junto com o tutor, a atividade física ajuda a estreitar laços e multiplicar a confiança, sendo benéfico para as duas partes”, finaliza.
https://www.avertsaudeanimal.com.br/
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