O evento, primeiro
do gênero no país, é um manifesto em favor da equidade e da garantia dos
direitos das pessoas com deficiência
A primeira edição da Parada do Orgulho PCD (Pessoa
com Deficiência) ocorre no dia 24/9, domingo, das 10h às 16h, na Av. Paulista, 1.313
(em frente ao prédio da Fiesp), em São Paulo (SP). O evento, o primeiro do
gênero no Brasil, é realizado pelos coletivos Vale PCD e Quilombo PCD e foi
idealizado por Priscila Siqueira, Weverton Fonseca, Julia Piccolomini, Pedro
Avelar e Marcelo Zig.
O objetivo do evento é apresentar as deficiências
como parte natural da diversidade humana e se manifestar em favor da equidade e
da garantia de direitos das pessoas com deficiência.
Apresentações artísticas de PCD marcam a parada.
Entre as atrações, está o ativista social e rapper Billy Saga, que é cadeirante
e aborda o direito das pessoas com deficiência por meio da música. O músico e
produtor musical Quixote, que tem uma deficiência no braço direito e aborda o
preconceito, também está na programação.
“Discriminação e falta de acesso generalizada, seja
ao mercado de trabalho ou a espaços físicos, são apenas os obstáculos mais óbvios
que as PCD têm de enfrentar. A proposta da parada, então, é debater esses
temas”, afirma Priscila Siqueira, especialista em Acessibilidade, Diversidade e
Inclusão.
“Escolhemos este mês para o evento tendo em vista o Setembro Verde, Mês da
Pessoa com Deficiência. Em 21/9, é celebrado o Dia Nacional de Luta das Pessoas
com Deficiência”, explica Priscila, que integra o time da Gombo, primeira
agência brasileira especializada em influência, engajamento e projetos
especiais exclusivos para o LinkedIn e que atua em ações com um time de
renomados business influencers.
Números sobre PCD
Segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios) de 2022, do IBGE, cerca de 18,6 milhões de pessoas de 2 anos ou
mais de idade do país (ou 8,9% desse grupo etário) tinham algum tipo de
deficiência.
Outros números da mesma pesquisa revelam o cenário
de PCD no Brasil:
- No terceiro trimestre de 2022, a taxa de analfabetismo para as pessoas com
deficiência foi de 19,5%, enquanto entre as pessoas sem deficiência essa taxa
foi de 4,1%.
- Apenas 25,6% das pessoas com deficiência tinham concluído pelo menos o Ensino
Médio, enquanto 57,3% das pessoas sem deficiência tinham esse nível de
instrução.
- A taxa de participação na força de trabalho das pessoas sem deficiência foi
de 66,4%, enquanto entre as pessoas com deficiência essa taxa era de apenas
29,2%. A desigualdade persiste mesmo entre as pessoas com nível superior: nesse
caso, a taxa de participação foi de 54,7% para pessoas com deficiência e 84,2%
para as sem deficiência.
- O nível de ocupação das pessoas com deficiência foi de 26,6%, menos da metade
do percentual encontrado para as pessoas sem deficiência (60,7%).
- Cerca de 55% das pessoas com deficiência que trabalhavam estavam na
informalidade, enquanto para as pessoas ocupadas sem deficiência esse
percentual foi de 38,7%.
- O rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas com
deficiência foi de R$1.860, enquanto o rendimento das pessoas ocupadas sem
deficiência era de R$ 2.690.
“Os números do IBGE sobre as PCD são muito
esclarecedores e mostram que devemos lutar por equidade e pelos nossos
direitos. Esse é o objetivo da Parada do Orgulho PCD”, finaliza Priscila.
Mais informações sobre a
Parada do Orgulho PCD
www.instagram.com/paradapcd
Priscila
Siqueira - pessoa com deficiência; psicóloga de formação; fundadora e
presidente do Vale PCD; ativista PCD e LGBTQIA+; especialista em
Acessibilidade, Diversidade e Inclusão; consultora de acessibilidade em mídias,
espaços, eventos e festivais, responsável por coordenar o acesso das pessoas
com deficiência no Festival do Futuro; formada em Direitos Humanos pelo
Instituto Maria da Penha.
https://gombo.com.br/gombers/priscila-siqueira
Gombo
www.gombo.com.br
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