Especialista da Clínica Omint Odonto e Estética fala sobre
inflamação que costuma surgir durante a gestação e pode aumentar o risco de
parto prematuro e baixo peso do bebêDivulgação
A gengivite é uma
inflamação da gengiva causada pelo acúmulo de placa bacteriana ou de tártaro
nos dentes, que pode levar a sintomas como dor, sangramento, vermelhidão e mau
hálito. É uma condição comum que pode afetar qualquer pessoa, mas que se torna
mais frequente e grave durante a gestação, devido às alterações hormonais que
ocorrem nesse período.
A gengivite na
gravidez, também chamada de gengivite gravídica, costuma surgir no segundo
trimestre e pode aumentar o risco de parto prematuro e baixo peso do bebê, se
não for tratada adequadamente. Por isso, é importante que as gestantes
mantenham uma boa higiene bucal e consultem regularmente o dentista para
prevenir e tratar essa condição.
Segundo Bruna
Costa da Silva, clínica geral e odontopediatra da Clínica Omint Odonto e
Estética, os níveis de progesterona e estrogênio aumentam no sangue da gestante
e podem se acumular na gengiva, alterando a vascularização local e favorecendo
a inflamação. De acordo com a odontologista, os sintomas da gengivite gravídica
são semelhantes aos da gengivite comum, mas podem ser mais intensos e
persistentes. Os principais sinais de inflamação na gravidez são:
- Sangramento
fácil das gengivas ao mastigar ou escovar os dentes.
- Vermelhidão das gengivas.
- Gengiva inchada
e com superfície brilhante.
- Dor intensa ou
constante nos dentes.
- Mau hálito e
sensação de gosto ruim na boca.
- Dentes que
parecem mais longos do que realmente são porque a gengiva fica retraída.
A gengivite
gravídica pode evoluir, ainda, para periodontite se não for tratada
corretamente. A periodontite pode levar à perda óssea na região afetada,
formação de abscessos e até perda dos dentes. “A condição deve ser tratada o mais
rápido possível, pois pode levar ao surgimento de complicações. Estudos têm
apontado possíveis riscos associados à doença periodontal na gestação, como
nascimento pré-termo (antes das 37 semanas), baixo peso e pré-eclâmpsia”.
O tratamento é
feito pelo dentista, que deve avaliar a gravidade da inflamação e a presença de
placa bacteriana ou tártaro nos dentes para restaurar a saúde da gengiva. “Esse
tratamento é seguro e não oferece riscos para a gestante ou para o bebê. No
entanto, alguns procedimentos podem ser adiados para depois do parto, como
radiografias, restaurações ou extrações dentárias, dependendo da necessidade e
da urgência de cada caso”, comenta.
Como
prevenir
A melhor forma de
prevenir a gengivite gravídica é manter uma boa higiene bucal durante toda a
gravidez. Isso significa escovar os dentes pelo menos duas vezes ao dia, com
uma escova de cerdas macias e um creme dental com flúor; usar o fio dental
diariamente, para remover os restos de alimentos entre os dentes; e usar um
enxaguante bucal sem álcool, para complementar a limpeza.
“Também é
importante evitar o consumo de alimentos açucarados ou ácidos, que podem
favorecer o aparecimento de cáries e erosão do esmalte dos dentes; beber
bastante água, para manter a boca hidratada e evitar o ressecamento da gengiva;
e ter uma alimentação equilibrada e rica em vitaminas e minerais, que são
essenciais para a saúde bucal”, destaca a profissional.
Outra medida preventiva, segundo Bruna, é consultar o
dentista antes de engravidar ou logo no início da gestação, para fazer uma
avaliação completa da saúde bucal e tratar qualquer problema existente, como
cáries, gengivite ou periodontite. Assim, é possível evitar que essas condições
se agravem durante a gravidez e causem complicações.
Fonte: Clínica Omint Odonto e Estética
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