Será nos dias 23 e 24 de setembro, na Rua 25 de Março, e deve reunir milhares de pessoas durante o final de semana para desfrutarem, ainda, de uma programação cultural inusitada, com apresentações artísticas gratuitas, além de gastronomia típica, como o Bolo da Lua, prato típico da celebração em família na China.
Para aqueles que apreciam e acompanham as
tradicionais festividades da cultura asiática, um evento inédito em São Paulo
promete envolver milhares de pessoas em um final de semana inteiro de atrações
gratuitas: o Festival da Lua Chinês. Será nos dias 23 e 24 de
setembro, na Rua 25 de Março, como uma oportunidade de imersão nos hábitos e
tradições chineses, a partir das 10h. A celebração é resultado da crescente
influência e integração da cultura chinesa com a brasileira.
O Festival da Lua Chinês também é
conhecido como Festival do Meio do Outono, porque acontece no 15º dia do
oitavo mês do calendário lunar, e essa é uma data especial para as tradições
chinesas e outros povos asiáticos, marcando a chegada do outono e a colheita de
outubro. Por isso, a festividade é familiar e repleta de decoração com
lanternas coloridas, o Bolo da Lua -símbolo tradicional da celebração-, música
e dança, realizada há mais de três mil anos na China.
Assim será a primeira edição do Festival da
Lua Chinês no Brasil, um momento de alegria e imersão à
cultura, com apresentações artísticas, demonstrações de artes marciais e danças
folclóricas, como a do dragão e a do leão, opções da culinária típica, com
destaque para os famosos bolos da lua, além de oficinas oferecidas
gratuitamente para o público do evento, bem como sessões de auriculoterapia.
As oficinas serão ministradas pelo Instituto
Confúcio, instituição sediada na China, que visa promover o ensino da língua e
cultura chinesas. Um dos temas previsto é: Técnica tradicional de pintura chinesa, "墨吹" (mò chuī). O artista utiliza um pincel
carregado com tinta e, em seguida, sopra suavemente sobre o papel para criar
padrões e formas orgânicas.
Outra oficina que será oferecida durante o Festival da
Lua Chinês será Técnica chinesa de arte em corte de papel,
conhecida como "jianzhi" (剪纸). Esta arte envolve a criação de intrincados designs
recortados em papel utilizando tesouras, facas ou estiletes.
O "origami chinês" ou "zhezhi" (折纸) também estará presente no festival. Ele é
semelhante ao origami japonês, mas possui algumas diferenças em termos de
técnicas e estilos. No zhezhi chinês, é comum usar tesouras e cola, o que não é
tradicional no origami japonês, que se baseia apenas no ato de dobrar o papel.
O zhezhi pode envolver técnicas complexas de dobras para criar uma variedade de
formas, incluindo animais, flores e objetos decorativos.
A oficia de Caligrafia chinesa, chamada (书法), que se pronuncia como "shūfǎ", também estará entre as opções gratuitas no festival. A palavra (书) significa "escrita" ou "livro", e (法) significa "método" ou "lei", portanto, a
caligrafia chinesa pode ser traduzida literalmente como "o método da
escrita" ou "a arte da escrita". É uma forma de arte tradicional
que envolve a escrita de caracteres com pincel e tinta. A caligrafia chinesa é
uma prática altamente valorizada na cultura, com uma longa história e uma
variedade de estilos diferentes.
Simultaneamente às oficinas, haverá sessões de
auriculoterapia, método terapêutico que se baseia no princípio de que a orelha
representa um feto de cabeça para baixo, considerando que pontos específicos no
pavilhão auricular podem ser chaves para o tratamento de diversas doenças. As
sessões serão ministradas por médicos da Faculdade de Medicina Chinesa EBRAMEC.
A origem do Festival da Lua
A origem do Festival da Lua remonta à antiga
Dinastia Tang (618-907), quando os chineses começaram a reconhecer a relação
entre o movimento da lua, as estações do ano e a produção agrícola. Como
expressão de gratidão pela colheita abundante, eles passaram a fazer oferendas
à lua nos dias de outono, quando ela se apresenta mais brilhante e redonda.
Assim como muitas festividades orientais, o
Festival da Lua tem suas raízes em lendas transmitidas ao longo das gerações.
Uma das histórias mais conhecidas está ligada à figura da Senhora Chang'e, a
deusa da lua. Segundo a lenda, em um passado distante, a Terra sofria com a
presença de dez sóis que escaldavam tudo e privavam as pessoas de água e vida.
Um herói chamado Hou Yi subiu ao topo da Montanha Kunlun e, com seu arco e
flechas, abateu nove dos dez sóis, salvando assim a humanidade.
Após essa proeza, Hou Yi encontrou a Rainha Mãe,
que lhe presenteou com o elixir da imortalidade. Ele confiou o elixir à sua
esposa, Chang'e, para que o guardasse. Porém, um vizinho invejoso descobriu a
existência do elixir e tentou roubá-lo de Chang'e na ausência de Hou Yi.
Desesperada, ela tomou o elixir e imediatamente se transformou em uma deusa,
voando em direção ao céu. Porém, seu amor por Hou Yi a fez pousar na lua, o
lugar mais próximo da Terra.
Quando Hou Yi retornou e descobriu o
desaparecimento de sua esposa, ficou devastado. Ao olhar para o céu e chamar
pelo nome dela, viu que a lua estava particularmente brilhante e cheia,
avistando assim Chang'e. Em homenagem à sua amada esposa, Hou Yi começou a
oferecer os bolos favoritos de Chang'e como uma forma de oração para receber as
bênçãos celestiais. Desde então, tornou-se uma tradição chinesa adorar o céu e
celebrar o Festival da Lua com os bolos lunares.
Festival da Lua Chinês em São
Paulo
GRATUITO – para toda família
Data: 23 e 24 de setembro
Sábado: das 10h às 20h
Domingo: das 10h às 18h
Local: Rua 25 de março, esquina com a Ladeira Porto
Geral – Metrô São Bento, Centro Histórico – São Paulo – SP
Sobre os realizadores:
O Festival da Lua Chinês será
realizado pela Associação Geral de Jinhua do Brasil, uma entidade sem fins
lucrativos que tem como objetivo promover o intercâmbio cultural, econômico e
educacional entre a China e o Brasil. A associação trabalha para fortalecer os
laços entre os dois países por meio de eventos, atividades e parcerias que
incentivam o entendimento mútuo e a cooperação. Seu foco abrange desde a promoção
de negócios e investimentos até a realização de atividades culturais,
contribuindo para a ampliação das relações sino-brasileiras.
Outra entidade envolvida na realização do evento é
a Associação de Caridade Brasil-China, uma organização sem fins lucrativos que
tem como objetivo promover a integração e a cooperação entre as comunidades
chinesa e brasileira, além de desenvolver projetos sociais e culturais que
beneficiem ambas as partes.
A Univinco União dos Lojistas da 25 de Março e
Adjacências também está atuando na organização e viabilização do festival em
São Paulo. Trata-se de uma Associação Civil sem fins lucrativos, constituída
por empresas estabelecidas à Rua 25 de Março e suas adjacências. Ela tem por
finalidade promover o desenvolvimento comercial da região e colaborar com os
poderes públicos em benefício da ordem e do respeito às autoridades
constituídas.
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