Segundo
educadores, quanto mais cedo, melhor é para aprender uma segunda língua
O ensino bilíngue já há alguns anos tem ganhado
importância na educação brasileira. Uma pesquisa realizada pela Associação
Brasileira do Ensino Bilíngue, entre 2014 e 2019, mostrou que o crescimento das
instituições bilíngues especificamente no setor privado foi de 6% a 10%. Em
2020, o Conselho Nacional de Educação (CNE) instituiu as Diretrizes Nacionais
para a Educação Plurilíngue no Brasil. O documento conta com definições e
regulamentações voltadas para escolas bilíngues e está no portal do Ministério
da Educação.
“Estudos comprovam que ao aprender a falar línguas
na educação infantil, principalmente a questão de falar um segundo idioma na
fase adulta (o inglês, por exemplo), sem sotaque, sem dificuldades, já será um
diferencial na vida do estudante, pois o cérebro considera as duas línguas como
maternas. Por isso, essa pessoa nunca terá de fazer um esforço para pensar em
inglês, por exemplo, caso essa seja a segunda língua dela. É como acontece em
família, quando temos pais que falam idiomas diferentes, isso também pode ser
feito em uma escola infantil”, explica Fernanda King, pedagoga e especialista
em educação infantil, diretora da escola Petit Kids Cultural Center em São
Paulo, que já trabalha o bilinguismo com crianças entre 3 e 6 anos.
O pensamento sobre o aprendizado na primeira
infância de um outro idioma é corroborado pela especialista Andressa Diniz,
coordenadora bilíngue do Colégio Progresso Bilíngue Santos, no Litoral Sul de
São Paulo. Para ela, o ensino bilíngue deve ocorrer de maneira planejada e
interdisciplinar - não só desenvolvendo as habilidades de compreensão já
conhecidas como listening, speaking, reading e writing- composto em programas
curriculares com inglês como segundo idioma- como também a imersão com foco na
comunicação e a inserção da língua no ambiente diário, integrando conhecimentos
que promovem a fluência a partir dos primeiros anos de aprendizado.
"Em nossa escola, temos por objetivo é
permitir que nossos alunos possam contar com orientações de coordenadores
pedagógicos bilíngues que juntos asseguram que não somente nossos conteúdos
estejam equiparados aos altos padrões de ensino mas também fornecendo recursos
e escolhendo profissionais qualificados que promovam o espírito de um ambiente
que enriqueça nossos alunos internacionalmente. Sabemos que esse aprendizado
fará toda diferença para esses alunos no futuro”, comentou Andressa.
De acordo com Sr. Lyle French, Head de
International Programs do colégio Lourenço Castanho, o trabalho com várias
línguas é importante para os alunos em um momento competitivo. “Isso abre
portas para que o aluno pense em estudar fora no Ensino Médio, fazer uma
faculdade de alto nível no Brasil ou se tiver que dominar o inglês, por
exemplo, para conseguir boas oportunidades de trabalho”. Uma pesquisa do
British Council aponta que mais de 40% das empresas hoje consideram o domínio
do inglês como uma competência básica essencial.
A língua inglesa é um dos pilares do ensino da
escola, que coloca em prática o World Language Program, que tem como intuito
tornar o aluno proficiente em inglês. “É comum no Brasil as pessoas falarem que
são fluentes em inglês, mas a verdade é que precisa ser proficientes na fala,
na leitura e na escrita”, diz Lyle.
Do ponto de vista cognitivo, aprender uma segunda
língua pode fortalecer a capacidade cognitiva do indivíduo ao longo da vida.
Diferentes pesquisas demonstram que aqueles que falam mais de uma língua podem
apresentar habilidades cognitivas acima da média. Para Fernanda King, essas
habilidades são estimuladas com maior potencialidade ainda nos primeiros anos
das crianças, para ela, o aprendizado da segunda língua no sistema de imersão é
a forma na qual ela mais acredita, sendo a forma na qual sua escola
trabalha.
“Trabalhamos no sistema de imersão, onde uma
professora fala em português uma parte do tempo e outras falam naturalmente em
inglês com essas crianças, assim como você ensina uma criança falar uma
primeira língua, você ensina duas, então, por meio de gestos, entonação de voz,
as crianças fazem associações e aprendem de forma natural a falar corretamente
dois idiomas. Hoje, falar inglês para conseguir uma boa colocação no mercado de
trabalho é algo básico, aprendendo na primeira infância, de forma natural,
acabará fazendo uma diferença enorme no futuro dessas crianças”, finaliza
Fernanda.
Site
Escola Lourenço Castanho
Petit Kids
Instagram: @escolapetitkids
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