A doença é uma das principais queixas na
clínica veterinária de pequenos animais e interfere diretamente no bem-estar
dos animais e de seus tutoresFoto por wirestock em freepik
Se
você tem um pet deve saber que o ver se coçar de vez em quando é normal, assim
como aquela coçadinha que nós damos em algum lugar da pele que esteja
momentaneamente incomodando. Mas, para alguns animais, a coceira é muito mais
do que algo simples e pode estar relacionada à problemas de pele mais sérios.
“Um
dos principais problemas de pele nos pets atualmente é a dermatite. A dermatite
é uma doença crônica e muitas vezes hereditária, caracterizada pela inflamação
nas camadas mais superficiais da pele e pode acometer diferentes áreas do corpo
do animal. Não é uma doença contagiosa, mas pode ser desencadeada por uma gama
de alérgenos distintos presentes no ambiente, como poluição, poeira e pólen”,
explica Fernanda Ambrosino, médica-veterinária gerente de produtos da linha Pet
da Ceva Saúde Animal.
Embora
a coceira seja o principal sintoma de dermatite, outros sinais também podem
evidenciar o problema, como por exemplo regiões de inflamação na pele, pústulas
em região de dorso ou barriga, vermelhidão ao redor dos olhos e da boca, nas
orelhas, nas patas e na região de virilha.
“A
coceira é algo que incomoda o pet e o tutor, mas a aquela lambedura excessiva
nas patinhas também pode ser sinal de dermatite. Além disso, o odor
característico de um animal com problema de pele pode incomodar quem convive
com o pet e desencadear um aumento desnecessário de banhos para disfarçar o
problema, o que acaba prejudicando ainda mais a saúde da pele do pet”, elucida
a médica-veterinária.
A
pele é o maior órgão do corpo dos pets, comporta por diferentes barreiras
estruturais. Ela é responsável por proteger os órgãos internos, músculos e
vasos sanguíneos de agressões provenientes do ambiente, além auxiliar na
manutenção do nível de hidratação e da temperatura do organismo.
“Os
animais alérgicos, que sofrem com a dermatite, têm algumas falhas estruturais
na pele na barreira mecânica, na barreira imunológica ou na barreira
microbiológica, o que a deixa mais vulnerável. Por isso, estes animais
apresentam uma reação mais exagerada aos agentes ambientais, desencadeando
coceiras intensas, feridas de pele, perda de pelos e um odor característico”,
Fernanda comenta.
A
profissional também relata que aquelas coceirinhas ocasionais são mais brandas
e eventuais do que as coceiras causadas pela dermatite. “Estas são bem mais
intensas e o pet usa o que estiver disponível para se coçar, as patas, os
dentes, móveis, tapetes, e até mesmo o chão áspero pode servir como um auxílio
improvisado para o peludo com uma crise de dermatite”.
Dermatite tem cura?
A
dermatite é uma doença crônica e não tem cura definitiva, mas é possível adotar
estratégias para que as crises não sejam tão frequentes e nem tão intensas.
“Quando
o pet está em uma crise e é levado ao veterinário, algumas medicações são
utilizadas para frear a progressão da coceira e trazer novamente a qualidade de
vida para o pet. Muitos tutores acabam confundindo isso com cura do quadro na
ideia de que se parou de coçar é porque está tudo bem e o tratamento não
precisa ser continuado. Isso, na verdade, pode prejudicar ainda mais o animal,
voltando a fragilizar a pele dele e promovendo novas crises. O tratamento
contra a dermatite é para a vida toda”, Fernanda alerta.
Para
os animais alérgicos, o fortalecimento das barreiras da pele é parte essencial
dos cuidados com a saúde. Por isso, a utilização de produtos naturais durante o
banho e no dia a dia do pet deve ser prioridade.
“Adotar
o hábito de utilizar shampoos e hidratantes que fortaleçam a barreira mecânica
da pele e restabeleçam o equilíbrio da microbiota é essencial para que o pet
com dermatite tenha melhor qualidade de vida. Ingredientes naturais, como o
Ophytrium, ajudam a deixar a pele macia e hidratada, nutrem o microbioma
cutâneo, reduz a irritação e ajuda a acalmar a pele irritada e lesionada”,
Fernanda reforça. “Desta forma é possível fortalecer a saúde da pele do animal,
espaçando as crises de dermatite e reduzindo as suas intensidades, o que traz
mais qualidade de vida para o pet e para o tutor”.
Os
cuidados com a pele dos pets precisam fazer parte da rotina diária dos peludos,
não apenas no momento do banho, e especialmente para os pets que têm alergias
ou maior sensibilidade dermatológica. Além de fortalecer e proteger as defesas
naturais da pele, trazer para a rotina diária um momento de cuidado com o pet
fortalece os laços entre animal e humano.
Ceva
Saúde Animal
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