A
pandemia afetou o bem-estar físico, emocional e mental de milhares de
brasileiros. Manter a autoestima nesse período tornou-se uma busca diária e
difícil; pensando nisso, a psicóloga Vanessa
Gebrim e o fotógrafo Alberto Martinez
A busca por bem-estar e felicidade é
uma jornada constante na vida de todos. Enfrentar desafios cotidianos e
encontrar maneiras de se sentir bem consigo mesmo pode ser uma tarefa
gratificante. De acordo com um estudo realizado pela Universidade de São Paulo
(USP), em onze países, muitas pessoas têm lidado com momentos de desânimo e
incerteza. No Brasil, assim como em outros lugares, as preocupações com saúde
mental são comuns.
Para a psicóloga Vanessa Gebrim, especialista em Psicologia Clínica pela PUC de SP,
sentir-se bem tem sido um desafio para muitas pessoas. “As frustrações
comprometeram até mesmo a autoestima, já que muitas pessoas não conseguem
realizar os projetos que tinham planejado. Aumentos nos casos de depressão e
ansiedade se deram também por conta das mudanças drásticas na rotina, além de
todo o medo e incerteza que vieram junto. As pessoas estão com as emoções à
flor da pele, o que prejudica o equilíbrio e contribui para a baixa
autoestima”, explica.
De acordo com o fotógrafo Alberto Martinez, que busca fotografar a beleza natural das pessoas, a
estética começou a ser ainda mais uma forma das pessoas cuidarem de si e
estimularem a autoestima. “As pessoas estão muito pra baixo, muito pra baixo
devido a acontecimentos da vida e muitas vezes relacionamento que tiveram. O
que eu vejo são relatos de pessoas falando o como isso afeta a vida delas, como
isso afeta a imagem delas e como isso afeta o pensamento delas e isso deixa a
pessoa com uma crença limitante sobre si própria”, entende.
Pensando em quem busca alternativas
para melhorar o bem-estar físico e mental durante a pandemia, os especialistas
listaram algumas dicas. Confira:
1. Faça terapia: a falta de autoestima pode ser uma ponte para quadros de
ansiedade, medos, fobias e até para depressão. “Procurar um profissional pode
ser necessário e ajuda no sentido de fazer com que o paciente entre no processo
de autoconhecimento, trazendo mais segurança e autonomia para sua vida. Além
disso, contribui no controle das emoções, fortalecendo a autoconfiança e auto
aceitação. Existem abordagens e técnicas bastante eficazes que podem ser a
chave para a melhora do bem-estar emocional da pessoa”, explica Vanessa Gebrim.
2. Reserve tempo para cuidar de si: existem diferentes formas de se cuidar e se sentir bem
consigo mesmo. "É essencial trazer de volta um pouquinho de luz para sí
mesmo, poder irradiar isso que a pessoa tem dentro dela que é olhar para si
próprio e se enxergar da maneira que o mundo vê e não aquela maneira que ela
colocou na cabeça que ela é", orienta Alberto.
3.
Comemore as pequenas conquistas: para
algumas pessoas se tornou mais difícil conquistar coisas que antes seriam
fáceis. Comemorar essas conquistas se tornou um fator essencial para a saúde
mental. “Quando celebramos algo que fizemos e deu certo, ativamos sentimentos
bons dentro de nós, sentimentos de recompensa. Nossa mente registra isso para
sempre, ajudando-nos a nos sentir mais capazes diante de novos desafios e
contribuindo para que sejamos mais confiantes e plenos”, complementa a
psicóloga.
4.
Experimente diferentes estilos: Ao
experimentar diferentes estilos e temas em ensaios fotográficos, você pode
descobrir novas facetas de si mesmo. "Explorar diversas abordagens na
fotografia pode ser libertador, permitindo que você se conecte com diferentes
partes da sua identidade", aponta Martinez.
5. Se
olhe e se entenda: é importante entender que tudo o que a
pessoa fizer que, de alguma forma, contribua para que ela se orgulhe de si, a
ajudará a fortalecer sua autoestima. “Quando a pessoa está focada em seus
aspectos negativos, a insegurança certamente estará presente em sua rotina e
relacionamentos. Dentro do processo de autoconhecimento, a pessoa aprende a
gerenciar suas emoções e desenvolve sentimentos positivos sobre si e sobre o
mundo. É importante entender que tudo o que a pessoa fizer e que de alguma
forma contribuir para que ela se orgulhe de si contribuirá para fortalecer a
autoestima em tempos tão difíceis como o que estamos vivendo”, conclui a
psicóloga Vanessa Gebrim.
Vanessa Gebrim - Pós-Graduada e especialista em Psicologia pela PUC-SP. Teve em seu desenvolvimento profissional a experiência na psicologia hospitalar e terapia de apoio na área de oncologia infantil na Casa Hope e é autora de monografias que orientam psicólogos em diversos hospitais de São Paulo, sobre tratamento de pacientes com câncer (mulheres mastectomizadas e oncologia infantil). É precursora em Alphaville dos tratamentos em trauma emocional, EMDR, Brainspotting, Play Of Life, Barras de Access, HQI, que são ferramentas modernas que otimizam o tempo de terapia e provocam mudanças no âmbito cerebral. Tem amplo conhecimento clínico, humanista, positivista e sistêmico e trabalha para provocar mudanças profundas que contribuam para a evolução e o equilíbrio das pessoas. Mais de 20 anos de atendimento a crianças, adolescentes, adultos, casais e idosos, trata transtornos alimentares, depressão, bullying, síndrome do pânico, TOC, ansiedade, transtorno de estresse pós traumático, orientação de pais, distúrbios de aprendizagem, avaliação psicológica, conflitos familiares, luto, entre outros.
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