Junho
Roxo – Mês de Conscientização do Lipedema
Geralmente confundido,
o lipedema e o linfedema são doenças distintas. O primeiro se caracteriza pelo acúmulo de gordura nos braços, coxas e pernas. Além da
gordura, é comum surgir equimose (roxinhos) nas áreas afetadas, sensibilidade e
dor ao toque, sensação de peso e cansaço nas pernas, fadiga e pode até
comprometer a mobilidade.
O diagnóstico de
lipedema é clínico, e depende de uma boa anamnese (conversa com o paciente) e
exame físico. Exames complementares como ultrassom e ressonância magnética
podem complementar o exame físico, auxiliando o diagnóstico e tratamento.
Segundo o
cirurgião plástico Dr. Fernando Amato, membro da Sociedade Brasileira de
Cirurgia Plástica (SBCP), o tratamento cirúrgico deve ser a última opção, mas,
muitas vezes, acaba sendo o primeiro recurso procurado. Somente depois de
tentar o tratamento clínico e, de preferência apresentando alguma melhora, mesmo
que parcial, deve ser indicada a lipoaspiração para o tratamento do lipedema”,
comenta Dr. Fernando Amato que alerta ainda para a questão da segurança: “É preciso
respeitar os limites de gordura a serem retirados durante a cirurgia, que devem
ser entre 5% e 7% do peso corporal do paciente”, detalha o especialista.
Para os casos de
lipedema, Dr. Fernando trabalha com uma equipe multidisciplinar formada por cirurgião vascular,
endocrinologista, nutricionista e fisioterapeuta.
Linfedema
– O linfedema está relacionado a uma
falha no sistema linfático e se caracteriza pelo acúmulo anormal de líquido
linfático em determinadas áreas do corpo como braços e pernas, causando inchaço
persistente.
“O linfedema pode
ter origem primária, ou seja, quando a pessoa já nasce com uma má formação
congênita e que compromete os vasos linfáticos. O linfedema secundário pode ser
causado por situações diversas, como cirurgias oncológicas, e processos
inflamatórios e infecciosos que bloqueiam o fluxo normal do líquido linfático,
causando o inchaço”, detalha Dr. Amato.
O linfedema não tem cura, mas tem tratamento. A drenagem linfática manual, diferente da aplicada em centros de estética e realizada por especialista com conhecimento do sistema vascular e linfático, é uma das terapias indicadas. Cuidados locais da pele e terapias de compressão fazem parte da linha de tratamento.
Dr. Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).
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