O GHB (gama-hidroxibutírico) é uma droga sintética que vem sendo usada na prática do chamado chemsex, o “sexo químico”.
“O GHB aumenta os estímulos sexuais, o que seria interessante para pessoas com disfunções sexuais ou qualquer problema de saúde física ou mental que afeta a libido. No entanto, seu uso indiscriminado e a desinformação sobre os efeitos colaterais não justificam a recompensa do prazer sexual”, aponta Claudia Petry, pedagoga com especialização em Sexologia Clínica, membro da SBRASH (Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana), especialista em Educação para a Sexualidade pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/SC), professora no Instituto de Parapsicologia e Ciências Mentais de Joinville (SC).
Segundo Danielle H. Admoni, psiquiatra geral e da Infância e Adolescência, preceptora na residência da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM) e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria); o sexo químico, ou chemsex (expressão em inglês, chemical sex), é mais uma das modas que priorizam o prazer e a diversão, em detrimento da própria vida.
“Trata-se de uma droga psicoativa, estimulante do sistema nervoso
central, que vem sendo consumida de forma irresponsável ‘para aprimorar o
desempenho sexual’. O que os usuários ignoram é o fato de que, assim como todos
os psicoestimulantes, a exemplo do álcool e da cocaína, o GHB altera o nível de
consciência, as funções cognitivas e, pior: se usado em doses elevadas e
concomitantemente com álcool e outras drogas, pode ocasionar uma overdose, um
infarto e até levar ao óbito”, alerta Danielle Admoni.
Uso da substância não tem autorização da ANVISA
O GHB é listado como uma substância psicotrópica de uso prescrito
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e está incluído na lista
de substâncias sujeitas a controle especial pela Portaria SVS/MS nº 344/98. Ou
seja, a produção, venda, posse e o uso são ilegais no país.
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