Um dos meses mais
aguardado por muitas pessoas é também um mês de apreensão e estresse para os
pets, mas existem formar de ajudar o peludo a superar as situações adversas e o
medo
O mês de junho é conhecido pelas festividades
juninas, sinônimo de muita comida gostosa, músicas divertidas para dançar
quadrilha, fogueira e eventualmente foguetório para celebrar em especial os
dias de Santo Antônio, São Pedro e São João. Para os humanos é um mês repleto
de diversão, já para os pets pode ser um mês bem desafiador.
“Os animais, sejam eles pets ou não, têm uma
audição muito mais sensível do que a nossa. Como eles não entendem exatamente
qual é o motivo que os fogos de artifício estão sendo soltos, eles interpretam
os estampidos inesperados como sinal de perigo. Isso também acontece com
trovões ou escapamento de carros ou motos”, explica Nathalia Fleming,
médica-veterinária gerente de produtos pet da Ceva Saúde Animal.
Muitas clínicas veterinárias reportam aumento de
atendimentos por eventualidades que acontecem em decorrência da agitação e medo
dos pets causado por fogos de artifício. Alguns animais se machucam ao tentar
escapar do ambiente em que estão, outros acabam conseguindo chegar à rua e
podem se perder de seus donos ou até mesmo serem atropelados.
“Um grande problema é que o estresse causado por
fogos de artifício nos animais pode se prolongar por dias, potencializando
problemas cardíacos nos animais que já são cardiopatas e em animais idosos,
além de promover elevação dos níveis de Cortisol, hormônio relacionado ao
estresse, que pode influenciar outras patologias”, Nathalia elucida.
De acordo com a profissional, não são todos os pets
que sofrem com medo de fogos, mas alguns sinais de que o seu peludo não curte o
barulho são bem claros, como por exemplo tremer, ficar com a respiração
ofegante, ficar mais agitado, buscar locais para se esconder, latir em direção
ao barulho, avançar em pessoas ou animais que estejam próximos no momento do
barulho, pedir colo e destruir objetos sem motivo aparente.
O que posso fazer para ajudar
o meu pet?
Há alguns anos, a forma mais conhecida de lidar com
o medo de barulho dos pets era através da utilização de fármacos
tranquilizantes ou sedativos. Além da possibilidade de causar sérios efeitos
colaterais, estes remédios não inibem os sentidos dos animais e, embora eles
aparentem estar sonolentos e relaxados, eles continuam ouvindo o barulho e
sentido medo.
“Hoje em dia existem diferentes abordagens para
estes problemas, que não incluem tranquilizantes ou sedativos. Estes fármacos
ainda são indicados para os animais que tem fobia de barulho, que é um medo
muito mais acentuado do que o medo comum da maioria dos pets. Cuidar do
ambiente e trabalhar o comportamento dos animais nestes casos comuns é muito
mais indicado”, acrescenta a médica-veterinária.
O mais indicado, para todos os pets, é ter auxílio
de um adestrador ou comportamentalista que possa colocar em prática
treinamentos e mudanças comportamentais capazes de auxiliar o animalzinho a
conviver e superar o momento de tensão e estresse promovido pelos fogos. Esta
opção, porém, nem sempre é factível para todos os tutores e, por isso, preparar
o ambiente continua sendo a melhor opção para os pets.
“Promover um ambiente acolhedor e seguro para os
pets é de extrema importância nos momentos de estresse. Vale lembrar que o
lugar preferido de qualquer animal de estimação é no próprio lar, ao lado dos
seus humanos, então evite deixar o pet sozinho nestes momentos e procure abafar
os sons, fechando as janelas por exemplo. Caso sair seja inevitável, deixe o
local bem iluminado, com a caminha do pet ou a caixa de transporte aberta para
que ele possa usar como esconderijo caso sinta necessidade. Tenha também
cobertas e brinquedos para que o pet possa se distrair, comidas gostosas e
petiscos também podem ser bons aliados nestas horas”, Nathalia orienta.
A utilização de análogos sintéticos dos feromônios
caninos e felinos também auxiliam na manutenção e um ambiente seguro para os
pets. Similares aos odores transmitidos pelas mães ou outros membros da mesma
espécie, estes feromônios ajudam o pet a se sentir mais apto e seguro para
lidar com situações de angústia e estresse. Eles estão disponíveis em difusor
(deve ser colocado na tomada ao menos 6 horas antes do momento dos fogos) ou em
spray (pode ser borrifado em bandana ou na caminha e deve permanecer de 10 a 15
minutos sem acesso do pet).
“Os análogos sintéticos dos feromônios são
específicos para cada espécie e não interferem em nada no olfato ou na saúde
dos seres humanos. É uma excelente estratégia para quem tem mais de um pet e
sente necessidade de propiciar um ambiente mais acolhedor e seguro aos pets”,
reforça.
A profissional acrescenta ainda orientações básicas
de não reprimir os animais por expressarem seus medos, acolhê-los quando
necessário e, caso o medo de barulho se intensifique com o passar dos anos,
conversar com o médico-veterinário de confiança que possa auxiliar na
estruturação de uma força-tarefa capaz de auxiliar o pet da melhor forma
possível a lidar com o medo.
“Vale lembrar que já existem diversas festas juninas
pet-friendly
que podem ser uma excelente opção para pets e tutores se divertirem nesta época
do ano, com menos estímulos sonoros que podem ser prejudiciais aos pets e
potencial para gerar muitas memórias divertidas para todos”, Nathalia finaliza.
Ceva Saúde Animal
www.ceva.com.br
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