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segunda-feira, 12 de junho de 2023

Festa junina com fogos de artifício pode ser um problemão para os pets!

Um dos meses mais aguardado por muitas pessoas é também um mês de apreensão e estresse para os pets, mas existem formar de ajudar o peludo a superar as situações adversas e o medo

 

O mês de junho é conhecido pelas festividades juninas, sinônimo de muita comida gostosa, músicas divertidas para dançar quadrilha, fogueira e eventualmente foguetório para celebrar em especial os dias de Santo Antônio, São Pedro e São João. Para os humanos é um mês repleto de diversão, já para os pets pode ser um mês bem desafiador.

“Os animais, sejam eles pets ou não, têm uma audição muito mais sensível do que a nossa. Como eles não entendem exatamente qual é o motivo que os fogos de artifício estão sendo soltos, eles interpretam os estampidos inesperados como sinal de perigo. Isso também acontece com trovões ou escapamento de carros ou motos”, explica Nathalia Fleming, médica-veterinária gerente de produtos pet da Ceva Saúde Animal.

Muitas clínicas veterinárias reportam aumento de atendimentos por eventualidades que acontecem em decorrência da agitação e medo dos pets causado por fogos de artifício. Alguns animais se machucam ao tentar escapar do ambiente em que estão, outros acabam conseguindo chegar à rua e podem se perder de seus donos ou até mesmo serem atropelados.

“Um grande problema é que o estresse causado por fogos de artifício nos animais pode se prolongar por dias, potencializando problemas cardíacos nos animais que já são cardiopatas e em animais idosos, além de promover elevação dos níveis de Cortisol, hormônio relacionado ao estresse, que pode influenciar outras patologias”, Nathalia elucida.

De acordo com a profissional, não são todos os pets que sofrem com medo de fogos, mas alguns sinais de que o seu peludo não curte o barulho são bem claros, como por exemplo tremer, ficar com a respiração ofegante, ficar mais agitado, buscar locais para se esconder, latir em direção ao barulho, avançar em pessoas ou animais que estejam próximos no momento do barulho, pedir colo e destruir objetos sem motivo aparente.

 

O que posso fazer para ajudar o meu pet?

Há alguns anos, a forma mais conhecida de lidar com o medo de barulho dos pets era através da utilização de fármacos tranquilizantes ou sedativos. Além da possibilidade de causar sérios efeitos colaterais, estes remédios não inibem os sentidos dos animais e, embora eles aparentem estar sonolentos e relaxados, eles continuam ouvindo o barulho e sentido medo.

“Hoje em dia existem diferentes abordagens para estes problemas, que não incluem tranquilizantes ou sedativos. Estes fármacos ainda são indicados para os animais que tem fobia de barulho, que é um medo muito mais acentuado do que o medo comum da maioria dos pets. Cuidar do ambiente e trabalhar o comportamento dos animais nestes casos comuns é muito mais indicado”, acrescenta a médica-veterinária.

O mais indicado, para todos os pets, é ter auxílio de um adestrador ou comportamentalista que possa colocar em prática treinamentos e mudanças comportamentais capazes de auxiliar o animalzinho a conviver e superar o momento de tensão e estresse promovido pelos fogos. Esta opção, porém, nem sempre é factível para todos os tutores e, por isso, preparar o ambiente continua sendo a melhor opção para os pets.

“Promover um ambiente acolhedor e seguro para os pets é de extrema importância nos momentos de estresse. Vale lembrar que o lugar preferido de qualquer animal de estimação é no próprio lar, ao lado dos seus humanos, então evite deixar o pet sozinho nestes momentos e procure abafar os sons, fechando as janelas por exemplo. Caso sair seja inevitável, deixe o local bem iluminado, com a caminha do pet ou a caixa de transporte aberta para que ele possa usar como esconderijo caso sinta necessidade. Tenha também cobertas e brinquedos para que o pet possa se distrair, comidas gostosas e petiscos também podem ser bons aliados nestas horas”, Nathalia orienta.

A utilização de análogos sintéticos dos feromônios caninos e felinos também auxiliam na manutenção e um ambiente seguro para os pets. Similares aos odores transmitidos pelas mães ou outros membros da mesma espécie, estes feromônios ajudam o pet a se sentir mais apto e seguro para lidar com situações de angústia e estresse. Eles estão disponíveis em difusor (deve ser colocado na tomada ao menos 6 horas antes do momento dos fogos) ou em spray (pode ser borrifado em bandana ou na caminha e deve permanecer de 10 a 15 minutos sem acesso do pet).

“Os análogos sintéticos dos feromônios são específicos para cada espécie e não interferem em nada no olfato ou na saúde dos seres humanos. É uma excelente estratégia para quem tem mais de um pet e sente necessidade de propiciar um ambiente mais acolhedor e seguro aos pets”, reforça.

A profissional acrescenta ainda orientações básicas de não reprimir os animais por expressarem seus medos, acolhê-los quando necessário e, caso o medo de barulho se intensifique com o passar dos anos, conversar com o médico-veterinário de confiança que possa auxiliar na estruturação de uma força-tarefa capaz de auxiliar o pet da melhor forma possível a lidar com o medo.

“Vale lembrar que já existem diversas festas juninas pet-friendly que podem ser uma excelente opção para pets e tutores se divertirem nesta época do ano, com menos estímulos sonoros que podem ser prejudiciais aos pets e potencial para gerar muitas memórias divertidas para todos”, Nathalia finaliza.

 

Ceva Saúde Animal
www.ceva.com.br


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