Médica infectologista, Marília Turchi, que
atende no Órion Complex, em Goiânia, ressalta a importância da imunização para
evitar surtos de doençasImagem ilustrativa
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O
baixo índice de imunização em Goiás chama a atenção da Secretaria de Estado de
Saúde (SES) e preocupa especialistas. Neste ano, de acordo com a SES, nenhuma
das campanhas voltadas ao público a partir de 1 ano conseguiu atingir a meta
estipulada pelo Ministério da Saúde (MS).
De
acordo com a médica infectologista, Marília Turchi, que atende no Órion
Complex, em Goiânia, a imunização é fundamental para prevenir aumento de casos
graves, internações e de óbitos pelos vírus Influenza. Estas infecções foram
responsáveis por grande número de vítimas, neste primeiro semestre de
2023, em Goiás.
A
preocupação, também, foi debatida pela Organização Pan-Americana da Saúde, que
em abril emitiu um alerta para o risco de surtos de doenças preveníveis por
vacinação. Segundo o comunicado, no cenário atual, o índice é o mais alto em 30
anos, devido à baixa cobertura vacinal.
Vacinação em Goiás
A
vacina contra a poliomielite, por exemplo, alcançou 72,72% do público alvo em
Goiás. No ano passado, o número subiu para 76,65%, tendo um retrocesso em 2023,
caindo para 67,93%. A meta do MS é de 95%. O mesmo ocorreu com a vacina BCG,
que protege contra a tuberculose, e a Tríplice Viral D1 (sarampo, caxumba e
rubéola).
A
BCG, de acordo com a pasta, tem meta de 90%, mas em 2021 a cobertura alcançou
74,21%, passando para 79,59% em 2022 e, novamente, caindo para 71,1% em 2023. A
Tríplice Viral D1, por outro lado, imunizou 79,53% do público em 2021, 82,34%
em 2022 e 72,45% neste ano, sendo que a meta é de 95%. A queda vem ocorrendo
desde de 2016, conforme a SES.
Em
relação à imunização contra a gripe, a SES conseguiu vacinar apenas 46,74% da
população, fazendo com que a campanha fosse prorrogada para conseguir atingir a
meta de 90%. Em 2022, a cobertura vacinal contra a influenza em Goiás foi de
70,1%. Foram 1 milhão de doses aplicadas no público-alvo.
“A
vacina tem um tremendo impacto na saúde das populações e individual. Uma das
principais estratégias para prevenir mortes, sequelas e sofrimento por parte de
doenças é a vacinação, que também foi responsável pela erradicação de algumas
doenças”, contou Marília.
Baixa em Goiânia
A
baixa procura pelos imunizantes também refletiram. Segundo a Secretaria
Municipal de Saúde, a vacinação contra a gripe, meningite, sarampo, rubéola e
caxumba foi de 65,7% em 2022. Os imunizantes estão disponíveis em 72 postos de
saúde da capital e 36 de Aparecida de Goiânia.
O
calendário de vacinação continua até o dia 9 de setembro, período no qual a SMS
tem a expectativa de ampliar as coberturas vacinais da faixa etária. Os pais e
responsáveis devem apresentar o cartão de vacina da criança ou adolescente para
conferência dos imunizantes faltantes.
“É
muito importante pensar a vacina trazendo proteção ao indivíduo e proteção à
coletividade. Em 2016, o Brasil recebeu a certificação da eliminação do
vírus do sarampo . Entretanto, com a queda progressiva da cobertura
vacinal, o número de casos de sarampo aumentou muito desde 2018. E o
Brasil perdeu a certificação de país livre de sarampo”, explicou a médica
infectologista.
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