Companhia implantará uma série de medidas para diminuir emissões de CO² até 2030; novo tipo de asfalto, menos poluente, está em fase de testes na BR-365
A
EcoRodovias, uma das maiores empresas de infraestrutura rodoviária do país,
está adotando uma série de medidas para reduzir a emissão de dióxido de carbono
(CO²) e demais gases de efeito estufa (GEE), responsáveis pelo aquecimento
global. A companhia busca estar alinhada com as metas de sua controladora, a
italiana ASTM, que quer reduzir em 54% as emissões decorrentes da atividade da
empresa e das associadas ao seu consumo de energia (emissões de Escopos 1 e 2),
em comparação com os resultados de 2021. No que se refere às emissões
indiretas, que ocorrem ao longo da cadeia de produção (Escopo 3), a ASTM traçou
a meta de redução de 11% no mesmo período. Esses objetivos foram validados pela Science-Based Targets initiative
(SBTi).
Recentemente
construído, o Plano de Descarbonização da EcoRodovias inclui o uso de energias
renováveis, por meio da produção de energia solar, compra de energia limpa
certificada, utilização de etanol no lugar da gasolina, uso de equipamentos
mais eficientes, eletrificação da frota de veículos e novas opções de asfalto,
entre outras medidas. Desde 2013, a companhia já compensa 100% de suas emissões
de Escopos 1 e 2 com a compra de créditos de carbono. No decorrer desses anos,
foram compensadas em torno de 196 mil toneladas de CO²e (dióxido de carbono
equivalente).
Dentre
as tecnologias em desenvolvimento nas rodovias sob concessão da companhia que
resultam em redução das emissões de CO², estão o Free Flow, a pesagem em
movimento de veículos comerciais e novos meios de pagamento automático –
inovações que evitam que veículos fiquem parados nas vias, aumentando as
emissões de gases poluentes, além da instalação de postos de recarga para
veículos eletrificados. A EcoRodovias também implantou um programa interno de
metas de redução de consumo atreladas à remuneração variável de todos os
colaboradores, incluindo os da alta gestão.
"Além
das iniciativas de redução de gases de efeito estufa, estamos fazendo uma
transição da forma como as empresas do grupo consomem energia. Na outra ponta,
buscamos melhorias na infraestrutura de nossas rodovias, para que os usuários
também possam participar desse processo, realizando viagens mais
sustentáveis", esclarece Moises Basilio, gerente de sustentabilidade da
EcoRodovias. Agora, a companhia busca quantificar a redução da emissão de GEE
decorrente dessas medidas, e lançou um desafio para startups apresentarem
soluções tecnológicas que possibilitem essa aferição. O processo é realizado por meio do InovaEco, ecossistema de
inovação aberta da empresa, onde a companhia busca parcerias com instituições
acadêmicas, governos, startups e outros players do mercado.
Novo
asfalto
No
âmbito do Escopo 3, a EcoRodovias está empenhada no engajamento de seus
fornecedores e promovendo alterações em projetos de engenharia, principalmente
no que se refere à produção e aplicação de asfalto.
Inclusive,
a empresa já iniciou testes com um novo asfalto, produzido pela Petrobras, o
CAP Pro, que, entre outras vantagens, possibilita a redução em até 35% do
consumo de energia na etapa de usinagem da massa asfáltica, comparado ao
processo convencional e reduz a emissão de gases de efeito estufa em até 65%.
Entre
as características que propiciam uma menor emissão de gases de efeito estufa,
está o fato de o asfalto CAP Pro ser produzido e aplicado a temperaturas cerca
de 40°C menores que as habituais. Outra característica benéfica desse asfalto é
a possibilidade de aplicação em dias mais frios, além da redução do tempo de
liberação das pistas após a manutenção do pavimento.
Os testes foram realizados na malha da concessionária Ecovias do Cerrado, empresa do grupo responsável por 437 quilômetros das BRs 364 e 365, entre Uberlândia (MG) e Jataí (GO). A companhia monitorou os trechos onde foram feitas as aplicações para, a partir dos resultados, avaliar a utilização da tecnologia em novas obras pelo país.
EcoRodovias
www.ecorodovias.com.br
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