Médica do Hospital Edmundo Vasconcelos oferece dicas e orientações relacionadas à doença
A otite, inflamação das orelhas, é uma condição
comum que afeta pessoas de todas as idades, ainda que as crianças sejam
prevalentes. A doença, porém, ainda é cercada por dúvidas. A
otorrinolaringologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Cleonice Hitomi Watashi
Hirata ajuda a esclarecer as principais causas, sintomas, prevenção e
tratamentos, além de dicas e orientações relacionadas à doença.
A otite pode ser de dois tipos principais: a
externa e a média. A primeira é a inflamação do conduto auditivo externo e pode
ser causada por excesso de umidade, como pode ser o caso de nadadores, ou por
traumas, como o uso inadequado de cotonetes, palitos ou grampos. Infecções
provocadas por fungos e bactérias também podem desencadear essa variação. Já a
segunda é a inflamação da orelha média e pode ocorrer de forma aguda ou
crônica. Ela é frequentemente causada por infecções virais ou bacterianas.
Apesar das diferenças, porém, os sintomas são muito
semelhantes. “A dor é o sintoma principal da otite, podendo ser contínua,
latejante e pulsátil. Além da dor, outros sintomas comuns incluem sensação de
ouvidos tampados, dificuldade na audição e otorreia (secreção). Febre,
mal-estar e irritabilidade, especialmente em bebês, também podem estar
presentes”, explica a médica.
Para tratar a doença, são recomendados cuidados com
as vias aéreas e a aplicação de medicamentos sintomáticos como analgésicos e
anti-inflamatórios. Já as bacterianas devem ser tratadas com antibióticos.
“Para ambos os casos, o ideal é sempre procurar a supervisão médica”, destaca.
Prevenção
A otite externa pode ser prevenida ao se evitar a
manipulação do conduto auditivo externo por meio do uso de cotonetes e outros
instrumentos. “Manter as orelhas secas e evitar a entrada de shampoos ou
sabonetes durante o banho também é recomendado”, avalia. Segundo ela, nadadores
e pessoas com dermatite atópica são considerados parte do grupo de risco dessa
doença. “Mas para além deles, é crucial que pacientes diabéticos com dor de
ouvido procurem avaliação profissional e evitem a automedicação, por conta de
medicamentos que possuem contraindicações”, afirma.
No caso da otite média aguda, os grupos de risco
incluem pessoas que possuam com frequência obstrução das vias aéreas
superiores, rinites e sinusites. Alguns hábitos também podem contribuir como o
uso de chupetas, a utilização de mamadeiras para crianças que estejam deitadas,
crianças que não foram amamentadas, crianças que respiram pela boca e crianças
que foram expostas precocemente a berçários e creches.
“A prevenção envolve manter as vias aéreas sempre limpas, controlar os quadros alérgicos, como rinites alérgicas, e garantir a vacinação adequada. É importante ressaltar que nem toda dor de ouvido é otite, e a avaliação de um otorrinolaringologista é essencial. Outras causas de dor de ouvido podem estar relacionadas a problemas na articulação temporo mandibular, lesões na garganta e problemas dentários”, finaliza a médica.
Hospital Edmundo Vasconcelos
www.hpev.com.br
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