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segunda-feira, 26 de junho de 2023

Adoção de cuidados com as orelhas e de hábitos preventivos pode evitar a ocorrência de otites

Médica do Hospital Edmundo Vasconcelos oferece dicas e orientações relacionadas à doença

 

A otite, inflamação das orelhas, é uma condição comum que afeta pessoas de todas as idades, ainda que as crianças sejam prevalentes. A doença, porém, ainda é cercada por dúvidas. A otorrinolaringologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Cleonice Hitomi Watashi Hirata ajuda a esclarecer as principais causas, sintomas, prevenção e tratamentos, além de dicas e orientações relacionadas à doença.

A otite pode ser de dois tipos principais: a externa e a média. A primeira é a inflamação do conduto auditivo externo e pode ser causada por excesso de umidade, como pode ser o caso de nadadores, ou por traumas, como o uso inadequado de cotonetes, palitos ou grampos. Infecções provocadas por fungos e bactérias também podem desencadear essa variação. Já a segunda é a inflamação da orelha média e pode ocorrer de forma aguda ou crônica. Ela é frequentemente causada por infecções virais ou bacterianas.

Apesar das diferenças, porém, os sintomas são muito semelhantes. “A dor é o sintoma principal da otite, podendo ser contínua, latejante e pulsátil. Além da dor, outros sintomas comuns incluem sensação de ouvidos tampados, dificuldade na audição e otorreia (secreção). Febre, mal-estar e irritabilidade, especialmente em bebês, também podem estar presentes”, explica a médica.

Para tratar a doença, são recomendados cuidados com as vias aéreas e a aplicação de medicamentos sintomáticos como analgésicos e anti-inflamatórios. Já as bacterianas devem ser tratadas com antibióticos. “Para ambos os casos, o ideal é sempre procurar a supervisão médica”, destaca.


Prevenção

A otite externa pode ser prevenida ao se evitar a manipulação do conduto auditivo externo por meio do uso de cotonetes e outros instrumentos. “Manter as orelhas secas e evitar a entrada de shampoos ou sabonetes durante o banho também é recomendado”, avalia. Segundo ela, nadadores e pessoas com dermatite atópica são considerados parte do grupo de risco dessa doença. “Mas para além deles, é crucial que pacientes diabéticos com dor de ouvido procurem avaliação profissional e evitem a automedicação, por conta de medicamentos que possuem contraindicações”, afirma.

No caso da otite média aguda, os grupos de risco incluem pessoas que possuam com frequência obstrução das vias aéreas superiores, rinites e sinusites. Alguns hábitos também podem contribuir como o uso de chupetas, a utilização de mamadeiras para crianças que estejam deitadas, crianças que não foram amamentadas, crianças que respiram pela boca e crianças que foram expostas precocemente a berçários e creches.

“A prevenção envolve manter as vias aéreas sempre limpas, controlar os quadros alérgicos, como rinites alérgicas, e garantir a vacinação adequada. É importante ressaltar que nem toda dor de ouvido é otite, e a avaliação de um otorrinolaringologista é essencial. Outras causas de dor de ouvido podem estar relacionadas a problemas na articulação temporo mandibular, lesões na garganta e problemas dentários”, finaliza a médica. 



Hospital Edmundo Vasconcelos
www.hpev.com.br

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