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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Talento Incluir aponta dicas para tornar as escolas aliadas reais da inclusão de estudantes com deficiência

Crianças brincando | Foto/Uinstock: Iza Guedes
 As dicas contam com a participação da especialista, consultora para Inclusão de Pessoas com Deficiência, com ênfase em Educação e Trabalho, empreendedora social e parceira da Talento Incluir, Marta Gil


“Ao invés de começar a desenvolver nas pessoas a cultura de inclusão da pessoa com deficiência apenas quando elas ingressam nas empresas para trabalhar, o fundamental é que esse aprendizado seja iniciado na escola”, segundo Katya Hemelrijk, CEO da Talento Incluir -- consultoria de diversidade e inclusão, pioneira no Brasil. De acordo com a especialista, as escolas precisam participar do aumento da inclusão dos alunos com deficiência. Para isso, ela e uma das parceiras da Talento Incluir, a especialista, consultora para Inclusão de Pessoas com Deficiência, com ênfase em Educação e Trabalho e empreendedora social, Marta Gil, apontam juntas 8 atitudes para promover, e ampliar e aprimorar a inclusão nas escolas. São elas:

  1. Disposição: preparar a escola para ser um ambiente acolhedor a todos os alunos não requer apenas obras estruturais. O principal é desenvolver a acessibilidade atitudinal, partindo do ponto principal de que educação é um direito de todas as pessoas e para todas as pessoas, com e sem deficiência. Conteúdos e atividades que favorecem e ampliam o entendimento sobre as pessoas com deficiência é muito importante, além da convivência;
     
  2. Capacitação das equipes: uma das mais importantes ações. A cultura de inclusão deve acontecer em todo o time, do portão à diretoria, da sala de aula às quadras e lanchonetes para eliminar o capacitismo que impede o desenvolvimento pessoal dos estudantes com deficiência. Quando os profissionais são qualificados, a Educação inclusiva acontece. Pedagogicamente todo o ambiente é beneficiado;
     
  3. Acessibilidade digital: capacitar as equipes nas ferramentas tecnológicas de ensino que colaboram com a inclusão, muitas delas disponíveis até de forma gratuita e geram a cidadania digital, além de possibilitar a aprendizagem;
     
  4. Parceria família-escola: essa aliança é fundamental para o desenvolvimento da pessoa com deficiência em idade escolar. Juntos, devem observar e entender os potenciais e habilidades de cada aluno, atuando cada um no seu papel. Professora não é a mãe e mãe não deve ser a professora.
     
  5. Escola especializada é um retrocesso: além disso é ilegal e inconstitucional indicar aos pais que a criança com deficiência seja transferida para o que se chama de “escola especial”, onde só haverá pessoas com deficiência. Além de excludentes, nada contribuem para o desenvolvimento social e necessário das pessoas com deficiência. Além disso é uma atitude desumana. É ilegal. Assim como as empresas, as escolas, por lei, devem estar preparadas para estudantes com deficiência e não o contrário;
     
  6. Do ensino infantil à universidade: trabalhar a cultura de inclusão é um processo sustentável, que contribui com a qualificação, a socialização e o desenvolvimento pessoal em uma fase muito importante da vida e antes mesmo de chegar ao mercado de trabalho;
     
  7. Boas práticas: as ações de inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho podem e devem inspirar ações dentro das escolas. Visitar empresas e entender como atuam na inclusão, conhecendo seus projetos pode contribuir para a qualidade da inclusão no ambiente escolar.
     
  8. Guia do educador inclusivo: o guia que Marta Gil elaborou com o Instituto de Pesquisa Amankay, como um material importante de apoio à construção da Educação Inclusiva no ambiente escolar e que está disponível para baixar gratuitamente (clique aqui). O material foi desenvolvido a partir de temas que trazidos nas rodas de conversas, feitas em escolas públicas de Ribeirão Preto (SP), com a participação das equipes escolares, mães e pais de alunos com e sem deficiência e com o apoio da Coordenadoria de Educação Especial da Secretaria da Educação da cidade. “A inclusão é disruptiva e nos convida a rever conceitos, preconceitos, visões de mundo. Estimula a Inovação e Criatividade. A Inclusão é transformadora!”, reforça Marta Gil.

“Eu que nasci com a osteogênese imperfeita, conhecida como “ossos de vidro” e desde cedo entendo o quanto a cultura de inclusão deve estar ativada no ambiente escolar. A escola é fundamental para promover o desenvolvimento e a socialização das pessoas com deficiência. A exclusão de aulas tão importantes, como a de Educação Física, nunca se justificaram no meu caso, a não ser pelo fato de a escola não estar disposta a me incluir nas atividades. A determinação da minha família foi fundamental nessa hora em buscar uma escola mais disposta à inclusão. Hoje, com uma carreira profissional de mais de 20 anos, reafirmo o quanto essa atitude da minha família foi importante para meu desenvolvimento. Precisamos insistir em fazer do ambiente escolar um aliado produtivo da inclusão”, destaca Katya Hemelrijk 



Talento Incluir (site)
Talento Sênior (site)
UinHub (site)
UinStock (site)

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