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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Quatro informações importantes que você precisa saber antes de colocar o DIU

Ginecologista Evelyn Prete é quem esclarece as principais dúvidas sobre o método contraceptivo mais buscado do momento e aborda as recomendações para cada mulher 

 

Da clássica tabelinha ao inadequado coito interrompido, foi-se o tempo em que evitar uma gravidez causava tanta dor de cabeça nas mulheres. Com o passar dos anos, novos métodos contraceptivos despontam no mercado, com o objetivo de trazer mais praticidade, segurança e conforto para o público feminino. Mais modernas e acessíveis, as alternativas variam desde opções via oral, como a tradicional pílula, até métodos cutâneos, implantes, dispositivos intrauterinos (DIU), entre outras possibilidades. “Ainda que a variedade de métodos contraceptivos seja ampla, é preciso ter em mente que tais alternativas são recomendáveis para impedir a gestação e, em alguns casos, auxiliar na regulação do ciclo menstrual. O preservativo segue sendo o único método contraceptivo que atua, também, na prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)”, alerta a Dra. Evelyn Prete, ginecologista e obstetra. 

De uns tempos para cá, os dispositivos intrauterinos, popularmente conhecidos como DIU, vêm sendo tema recorrente nos consultórios ginecológicos, pela sua eficácia, durabilidade e facilidade de inserção e remoção. “Em formato de “T”, o aparelho, pequeno e flexível, é inserido e posicionado dentro do útero que, por meio da liberação de hormônios ou outras substâncias, evita o contato dos espermatozóides com os óvulos, impedindo, assim, a fecundação”, explica Prete. Classificados como hormonais, como é o caso dos DIUs Mirena e Kyleena, e não hormonais, sendo o de prata ou cobre, a especialista afirma que, em ambos os casos, a eficácia é de 99% na prevenção da gravidez. 

Com o objetivo de esclarecer todas as dúvidas sobre o tema, a Dra. Evelyn Prete elencou as informações mais importantes que toda mulher deve saber antes de colocar o DIU. Confira, a seguir:

 

1.Como escolher o melhor tipo? 

Ainda que o propósito principal do DIU seja evitar uma gravidez indesejada, cada variação dos dispositivos intrauterinos possuem certas características individuais, como material, valores e funcionalidades, que ajudam na tomada de decisão. De acordo com a ginecologista, os DIUs Mirena e Kyleena, classificados como hormonais, são indicados, também, para o controle da menstruação e reposição hormonal. Já os de cobre ou prata, que não possuem hormônios, não exercem influência no ciclo menstrual e no período de ovulação. “É importante frisar que essa decisão deve ser tomada em conjunto com um médico de confiança, visto que existem fatores individuais e contraindicações específicas para cada mulher, cabendo ao profissional averiguar”, ressalta Evelyn.

 

2. Exames necessários

“Além de um hemograma completo, onde o ginecologista pode detectar alguma disfunção hormonal, deve ser solicitado para a paciente o ultrassom transvaginal, para detectar alguma possível anomalia no útero, além de medir as dimensões do órgão para avaliar qual é o DIU mais indicado para a mulher”, explica. Segundo Evelyn, o Papanicolau também deve ser exigido, com o objetivo de analisar as células do colo do útero e descartar possíveis lesões na região.

 

3. O procedimento

De acordo com a ginecologista, graduada em Medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, o procedimento de inserção é relativamente rápido, podendo variar de 15 a 30 minutos. “A colocação do DIU pode ser realizada no consultório ginecológico, onde o profissional utiliza anestesia local para a inserção. No caso de mulheres que são mais sensíveis à dores e/ou possuem alguma particularidade fisiológica, o procedimento pode e deve ser realizado no centro cirúrgico de um hospital de confiança, com a aplicação de anestesia geral”, esclarece.


4. Acompanhamento e durabilidade

“A durabilidade varia conforme o modelo do DIU. Para os hormonais e o de prata, o período pode chegar até cinco anos. Já o de cobre tem uma duração maior, de até 10 anos”, conta. Segundo Prete, no caso dos mini DIUs, que possuem tamanho reduzido, o tempo é de três anos. Após a inserção, a médica recomenda realizar um acompanhamento com o ginecologista durante as consultas de rotina, de seis meses a um ano, para observar a adaptação da paciente, bem como analisar a posição e acomodação do DIU no útero. “Caso tenha alguma anormalidade, o profissional pode exigir um acompanhamento em menor tempo”, finaliza a médica.

 

Evelyn Prete - (@draevelynprete) - Evelyn é formada em Medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, com residência em Ginecologia e Obstetrícia pela Maternidade Jesus, José e Maria de Guarulhos, uma das maiores em volume de partos do estado de São Paulo. Passou por estágios nos hospitais Pérola Byngton e Unifesp e, atualmente, é especialista em Medicina Fetal pela Conceptus, além de sócia-proprietária da clínica Alve Medicina, em Guarulhos e realiza atendimento de ginecologia, obstetrícia e medicina fetal na Unimef Conceptus -- Unidade de Medicina Fetal, no bairro do Paraíso, em São Paulo.

 

 

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