Hospital Paulista
alerta para perigos da exposição prolongada a sons em alto volume e destaca a
importância de uma boa hidratação para diminuir os riscos de lesões nas cordas
vocais
Celebrado em 22 de novembro, o Dia do Músico é uma
homenagem aos artistas que interpretam melodias e harmonias que encantam e
alegram a humanidade. Nesse ensejo, o Hospital Paulista faz um alerta sobre a
exposição prolongada a volumes elevados, uma das grandes preocupações em se
tratando da audição de músicos, além de destacar a importância de uma boa
hidratação para diminuir os riscos de lesões nas cordas vocais.
Segundo estatísticas, a surdez está entre as principais deficiências
presentes na população global. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS)
indicam que há mais de 500 milhões de pessoas com deficiência auditiva em todo
o mundo. Já no Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE)
aponta para mais de 10 milhões de deficientes auditivos, número que equivale a
5% de toda a população nacional.
Pesquisadores do Departamento de Música da Universidade de Carl von
Ossietzky, na Alemanha, por sua vez, constataram que os musicistas apresentam
uma propensão quatro vezes maior à perda gradual da audição.
Apenas o ouvido saudável é capaz de executar corretamente a audição e
responder pelo adequado equilíbrio do corpo. Sintomas como tonturas, zumbidos,
sensação de ouvido cheio e desequilíbrio geralmente dão indícios de que algo
está errado com o sistema vestibular (estruturas do ouvido interno que são
responsáveis pelo movimento e estão relacionadas ao Sistema Nervoso
Central).
Para o otorrinolaringologista do Hospital Paulista Dr. Alexandre Enoki, um
ponto importante que deve ser observado é a necessidade de um bom retorno de
som. “O músico precisa se ouvir de forma adequada, seja por meio de fones in ear
ou caixas de som, não somente para garantir a afinação, mas também para
diminuir o risco de um esforço abusivo”, alerta.
O fone in ear ou intra-auricular é um retorno de palco profissional
e o seu uso contínuo é indicado para o monitoramento do som durante as
apresentações ou ainda estudo e prática com instrumentos musicais ou com
equipamentos de som que ultrapassem o nível de decibéis aceitável (85 dB).
Outra recomendação do Dr. Enoki para os profissionais músicos é a
realização anual, no mínimo, do exame de audiometria, capaz de identificar
possíveis alterações no sistema auditivo. De modo geral, o procedimento é
feito em uma cabine de isolamento acústico. Do lado de fora, o fonoaudiólogo
toca diferentes tons e o paciente sinaliza quando escuta o tom.
Caso o paciente não consiga ouvir determinados
ruídos e tons sonoros, o profissional de saúde avalia o tipo de perda auditiva,
de deficiência e se há ou não a necessidade de realizar medidas para corrigir
essa perda auditiva.
Cuidados com a voz
Para os cantores, Dr. Enoki destaca a importância
do acompanhamento com otorrinolaringologista para fazer os diagnósticos das
alterações da voz e indicar os tratamentos mais adequados, além de seguimento
com fonoaudiólogos e professores de canto.
“Uma boa hidratação e evitar tabagismo são cuidados
importantes para diminuir os riscos de lesões nas cordas vocais”, afirma.
Conforme o especialista, o tabagismo é, sem dúvida,
um dos maiores vilões da laringe. “Não somente na boca, mas o cigarro eleva,
consideravelmente, o risco de o tabagista desenvolver câncer nas vias aéreas.
Dependendo do tamanho e local de acometimento, o câncer pode levar a um
comprometimento importante da qualidade vocal, dificultando ou até mesmo
impossibilitando o canto.”
O médico reitera que o álcool também é um inimigo
das cordas vocais. “O álcool pode levar à desidratação das cordas vocais, além
de favorecer refluxo gastroesofágico, que leva a um processo inflamatório na
laringe”, finaliza.
O Hospital Paulista conta com o Voice Center, que é
um centro especializado não somente em exames endoscópicos da laringe, mas
também com consultas na área de Laringologia, além de um grupo de
Fonoaudiólogos, incluindo especialista na área, que é um profissional
importante no preparo dos cantores e demais profissionais da voz.
Além disso, a unidade está na vanguarda na utilização de tecnologias
avançadas para o tratamento clínico e cirúrgico das doenças associadas à
audição e voz. E, no Dia do Músico, reforça que, além da celebração, se faz
necessário conscientizar estes profissionais sobre a importância de ações
preventivas que visam o diagnóstico prévio e o tratamento precoce de doenças
associadas aos dois sentidos.
Hospital Paulista de
Otorrinolaringologia
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