Especialistas indicam quais vacinas não podem ficar
de fora do calendário vacinal feminino.
Sim, 11! A imunização não para na infância: saiba
quais vacinas devem ficar no radar de mulheres adultas, além das essenciais
durante o período de gestação
Desde que a pandemia de coronavírus explodiu no Brasil, fala-se muito sobre a importância da vacinação. E por mais que a cobertura vacinal para a doença tenha avançado, é fato que, via de regra, esquecemos da importância da imunização depois de adultos.
O calendário vacinal define alguns dos nossos principais marcos na infância e, no caso das mulheres, costumamos pensar em vacinação novamente apenas quando engravidamos ou na velhice, para evitar complicações derivadas da gripe, por exemplo.
"Ao
nos vacinarmos, fortalecemos as defesas naturais do nosso corpo, o que impede
quadros graves de diversas doenças. É uma forma segura e inteligente de
permanecermos saudáveis e fortes", reforça a Dra. Aline
Scarabelli, consultora médica e infectologista do Labi Exames.
Quais vacinas as mulheres adultas devem tomar?
Acredite, a lista é longa e tem como base, claro, a carteira de vacinação da infância. Conversar com um médico para tirar dúvidas e confirmar a necessidade de imunização é sempre importante, mas, no geral, as mulheres devem ficar atenta às imunizações abaixo de acordo com a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm):
1.Hepatite A
e B: as doses são recomendadas para adultos que tiveram a
vacinação incompleta na infância ou não sabem se foram imunizados ou já tiveram
a doença.
2.Febre
amarela: para adultos, a vacinação de reforço é recomendada
para o caso de pessoas que morem em regiões de risco ou que vão viajar para
essas áreas.
3.Gripe:
todos devem tomar a vacina da gripe anualmente nos meses de sazonalidade do
vírus - que acontece, principalmente, no inverno.
4.
Herpes Zóster: existem dois imunizantes disponíveis (duas marcas
diferentes), indicadas a partir dos 50 anos de idade. O que muda é o esquema
vacinal entre elas: Vacina atenuada (VZA) -- dose única e Vacina inativada
(VZR) -- duas doses com intervalo de 2 meses (0-2).
5.HPV
Quadrivalente: conhecida por proteger, principalmente, contra o
câncer de útero, é uma vacina que pode ser administrada pelo Sistema Único de
Saúde na infância e em laboratórios particulares na vida adulta.
6.Meningocócica
B: são recomendadas duas doses com intervalo de um mês.
7.Meningocócica
ACWY: protege contra a meningite, funciona no esquema de dose
única.
8.Pneumocócicas
(VPC13 e VPP23): depende da recomendação médica para mulheres
adultas, mas deve ser de rotina para pessoas acima de 60 anos ou portadores de
algumas comorbidades.
9.Tríplice
Bacteriana Acelular: protege contra difteria, tétano e
coqueluche, é necessário tomá-la a cada 10 anos (pode ser necessária a combinação com
a vacina da rede pública (dT) em esquemas vacinais incompletos).
10.Tríplice
Viral (sarampo, caxumba e rubéola): indivíduos não vacinados ou
que não têm o comprovante de vacinação deverão atualizar a imunização.
11.Varicela
(catapora): em adultos, a vacina é recomendada para aqueles
suscetíveis à doença e a imunização deve ser feita em duas doses com intervalo
de um a dois meses entre elas.
Vacinação na gravidez
Falando especificamente sobre o período gestacional, é importante lembrar que o sistema imunológico da mulher fica enfraquecido por conta das alterações hormonais e das mudanças que acontecem no corpo da mulher.
Por isso, manter a carteirinha de vacinação atualizada nesse período é essencial para garantir a saúde da mãe e do bebê, uma vez que os anticorpos desenvolvidos pela mulher nessa fase são transmitidos para a criança via placenta e cordão umbilical - e isso gerou um resultado incrível para a saúde no Brasil: a eliminação do tétano neonatal e materno.
A
Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) recomenda que as gestantes tomem as
seguintes durante a gravidez:
- Gripe
- Tríplice Bacteriana Acelular (dTpa)
- Hepatite B
"Em situações específicas, como epidemias ou quando a mulher apresenta algumas doenças crônicas, outras vacinas podem ser recomendadas", explica a Dra. Aline. "Nesses casos é necessária uma criteriosa avaliação médica para que o imunizante correto seja indicado."
Dra. Aline Barbosa Scarabelli - CRM 190165 - Especialidade Infectologia. Formação acadêmica Medicina UNIFENAS - Universidade José do Rosário Vellano (2011-2017) Infectologia Hospital Heliópolis (2018-2021). Membro da Sociedade Brasileira de Infectologia. Principais experiências: Atendimento de pacientes com HIV/AIDS, Hepatites virais e outras ISTs; Docência em Infectologia - Curso pré residência médica; Experiência em Unidades de Internação e UTI.
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