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segunda-feira, 7 de novembro de 2022

11 vacinas que toda mulher adulta deve tomar

Especialistas indicam quais vacinas não podem ficar de fora do calendário vacinal feminino.

Sim, 11! A imunização não para na infância: saiba quais vacinas devem ficar no radar de mulheres adultas, além das essenciais durante o período de gestação


Desde que a pandemia de coronavírus explodiu no Brasil, fala-se muito sobre a importância da vacinação. E por mais que a cobertura vacinal para a doença tenha avançado, é fato que, via de regra, esquecemos da importância da imunização depois de adultos. 

O calendário vacinal define alguns dos nossos principais marcos na infância e, no caso das mulheres, costumamos pensar em vacinação novamente apenas quando engravidamos ou na velhice, para evitar complicações derivadas da gripe, por exemplo. 

"Ao nos vacinarmos, fortalecemos as defesas naturais do nosso corpo, o que impede quadros graves de diversas doenças. É uma forma segura e inteligente de permanecermos saudáveis e fortes", reforça a Dra. Aline Scarabelli, consultora médica e infectologista do Labi Exames.

 

Quais vacinas as mulheres adultas devem tomar? 

Acredite, a lista é longa e tem como base, claro, a carteira de vacinação da infância. Conversar com um médico para tirar dúvidas e confirmar a necessidade de imunização é sempre importante, mas, no geral, as mulheres devem ficar atenta às imunizações abaixo de acordo com a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm): 

1.Hepatite A e B: as doses são recomendadas para adultos que tiveram a vacinação incompleta na infância ou não sabem se foram imunizados ou já tiveram a doença.

2.Febre amarela: para adultos, a vacinação de reforço é recomendada para o caso de pessoas que morem em regiões de risco ou que vão viajar para essas áreas.

3.Gripe: todos devem tomar a vacina da gripe anualmente nos meses de sazonalidade do vírus - que acontece, principalmente, no inverno.

4. Herpes Zóster: existem dois imunizantes disponíveis (duas marcas diferentes), indicadas a partir dos 50 anos de idade. O que muda é o esquema vacinal entre elas: Vacina atenuada (VZA) -- dose única e Vacina inativada (VZR) -- duas doses com intervalo de 2 meses (0-2).

5.HPV Quadrivalente: conhecida por proteger, principalmente, contra o câncer de útero, é uma vacina que pode ser administrada pelo Sistema Único de Saúde na infância e em laboratórios particulares na vida adulta.

6.Meningocócica B: são recomendadas duas doses com intervalo de um mês.

7.Meningocócica ACWY: protege contra a meningite, funciona no esquema de dose única.

8.Pneumocócicas (VPC13 e VPP23): depende da recomendação médica para mulheres adultas, mas deve ser de rotina para pessoas acima de 60 anos ou portadores de algumas comorbidades.

9.Tríplice Bacteriana Acelular: protege contra difteria, tétano e coqueluche, é necessário tomá-la a cada 10 anos (pode ser necessária a combinação com a vacina da rede pública (dT) em esquemas vacinais incompletos).

10.Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola): indivíduos não vacinados ou que não têm o comprovante de vacinação deverão atualizar a imunização.

11.Varicela (catapora): em adultos, a vacina é recomendada para aqueles suscetíveis à doença e a imunização deve ser feita em duas doses com intervalo de um a dois meses entre elas.

 

Vacinação na gravidez 

Falando especificamente sobre o período gestacional, é importante lembrar que o sistema imunológico da mulher fica enfraquecido por conta das alterações hormonais e das mudanças que acontecem no corpo da mulher. 

Por isso, manter a carteirinha de vacinação atualizada nesse período é essencial para garantir a saúde da mãe e do bebê, uma vez que os anticorpos desenvolvidos pela mulher nessa fase são transmitidos para a criança via placenta e cordão umbilical - e isso gerou um resultado incrível para a saúde no Brasil: a eliminação do tétano neonatal e materno. 

A Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) recomenda que as gestantes tomem as seguintes durante a gravidez: 

  • Gripe
  • Tríplice Bacteriana Acelular (dTpa)
  • Hepatite B 

"Em situações específicas, como epidemias ou quando a mulher apresenta algumas doenças crônicas, outras vacinas podem ser recomendadas", explica a Dra. Aline. "Nesses casos é necessária uma criteriosa avaliação médica para que o imunizante correto seja indicado." 



Dra. Aline Barbosa Scarabelli - CRM 190165 - Especialidade Infectologia. Formação acadêmica Medicina UNIFENAS - Universidade José do Rosário Vellano (2011-2017) Infectologia Hospital Heliópolis (2018-2021). Membro da Sociedade Brasileira de Infectologia. Principais experiências: Atendimento de pacientes com HIV/AIDS, Hepatites virais e outras ISTs; Docência em Infectologia - Curso pré residência médica; Experiência em Unidades de Internação e UTI.



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