Na era onde as soluções tecnológicas são facilitadoras de tarefas, desde as mais simples até as mais complexas, parece que vivemos em um mundo onde tudo é muito fácil, não é mesmo? Mas mesmo assim, encontramos muitas dificuldades e reclamações.
O pensamento analítico e a necessidade
de resolução de problemas, habilidades que figuram no topo da lista que os
empregadores acreditam que crescerão em destaque nos próximos cinco anos, de
acordo com o Fórum Econômico Mundial (WEF), talvez seja a pedra no sapato das
tecnologias que deveriam facilitar, mas nem sempre. Por isso, não é incomum
você ouvir por aí: “Basta baixar o meu aplicativo e resolver tudo por lá”! E
quando escutamos isso, imediatamente pensamos que todas as soluções estão
claras e óbvias quando realizamos o acesso no aplicativo, pois basta
baixar o App para tudo. Mas nem sempre é assim, e agora você já está lá,
sozinho encarando o aplicativo e tentando descobrir como resolver o seu
problema. Será?
Algumas pessoas possuem mais
afinidade com a tecnologia, ou seja, trata-se do perfil ''intuitivo''. Porém,
por outro lado, nem todos são assim, e não por causa da idade, cultura ou
qualquer outra característica, mas sim porque o indivíduo precisa de ajuda. E
quase sempre precisamos falar e queremos alguém que nos escute atentamente, nos
compreenda e nos ajude a resolver uma situação independentemente do tempo que
isso tomou.
O ser humano nasceu para se
comunicar. O ato de falar é aguardado pelos pais e comemorado a cada letra ou
som que são emitidos. E, quando aprendemos a falar, nos
desenvolvemos e criamos laços. Nasce, então, a socialização e compartilhamos
interesses em comum.
Ora, então podemos dizer que a
conexão do ser humano é a comunicação?
Na prática, estamos cada vez mais sendo tratados como máquinas. Empresas esperam que façamos exatamente o que eles desejam ou simularam nos laboratórios, sem nos dar a chance de falar ou escrever, expressando o que realmente queremos.
Isso sem falar em grupos de pessoas que possuem uma dificuldade devido a alguma necessidade especial, idosos ou até mesmo alguém que não teve a oportunidade de aprender a ler e escrever.
A verdade é que, conforme a tecnologia avança, a cada dia que passa não queremos ser tratados como máquinas, mas sim como humanos.
A melhor experiência que tive nesses tempos foi com um banco estrangeiro. Falei com um chatbot, fluente em mais de dez idiomas e que me ajudou a esclarecer uma dúvida, de forma simples e ágil, sem a necessidade de perder tempo no aplicativo. E, claro, não sou contra aplicativos. Eles nos ajudam e precisamos muito deles, mas nem tudo deve possuir apenas um canal de comunicação, às vezes precisamos que a tecnologia nos ouça e nos compreenda.
O chatbot é uma tecnologia usada para se comunicar de maneira eficiente com diferentes públicos, a partir de chats programados com padrões de respostas. Ele traz rapidez ao processo de atendimento ao cliente, sem tirar o tempo dos funcionários e ajuda a criar um relacionamento amistoso entre empresas e os consumidores. Porém, é importante ressaltar que assim como para outras tecnologias, no caso dos chatbots, a evolução que tem conquistado espaço nas organizações é a construção de diálogos mais amigáveis e que simulem realmente a conversa entre humanos e, assim, possibilitem mais engajamento e acolhimento durante um atendimento.
E tanto as empresas quanto os consumidores buscam exatamente isso no mercado: conversas humanizadas, naturais e que tenham a capacidade de engajar o usuário da mesma maneira que um agente humano faria. Mas com muito mais escala e rapidez do que uma pessoa executaria. É possível?
Sim, quer um exemplo de automatização
humanizada? Conhece a Siri ou a Alexa? Ambas são assistentes virtuais que
cumprem suas tarefas – responder às dúvidas dos usuários e automatizar algumas
tarefas -, mas têm personalidades bastante definidas e são bem-humoradas em
vários momentos. Para algumas pessoas são, inclusive, uma boa companhia.
Não pense que é difícil alcançar um
nível tão avançado de humanização, o mapeamento de linguagem e intenções, já
existe e permite criar um chatbot muito simpático para auxiliar no engajamento
dos seus clientes.
No próximo artigo explicarei sobre as
características de um chatbot humanizado e como garantir que ele seja realmente
humanizado, quando criado com recursos de inteligência artificial e machine
learning.
André
Luiz Favero - MBA Gestão Comercial, na Kore.ai é Head de Novos Negócios e
Partner Manager.
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